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Pseudomoas aeruginosa

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Pseudomonas aeruginosa
ISOLAMENTO DO MICROORGANISMO ATRAVES DA SEMEADURA QUANTITATIVA E SEMI QUANTITATIVA:
METODOLOGIA:
· Semear a amostra de urina de forma quantitativa em Ágar macconkey (seletivo), Ágar Cled (não seletivo) e de maneira semiquatitativa em laminocultivo.
· Após semeadura em Ágar Cled e Ágar macconkey, encubar por 24 horas a 35ºC.
RESULTADOS: 
Na aula seguinte ao pegarmos as placas foi observado que não houve crescimento em Ágar macconkey e no lamino cultivo, apenas pequenos pontos de crescimento em Ágar Cled e assim como a mudança de cor. De acordo com as informações obtidas em aula quando o meio de Cled fica amarelado ele irá fazer correspondência com Ágar macconkey que obteve cor rosa, porém como não obtivemos este resultado, podemos pensar no esgotamento da placa de macconkey não ter sido feita de maneira correta ou não homogeneização da amostra. Sendo assim seguimos o procedimento como se o Ágar Cled tivesse obtido a cor azul.
O Ágar Cled é um meio não seletivo utilizado para isolamento e quantificação de microrganismos presentes na amostra de urina e identificação se é um fermentador ou não de acordo com a cor do meio após o crescimento. Quando o meio adquire cor amarela é uma indicativa de que o microrganismo presente na amostra é um fermentador de lactose (Escherichia coli, Klebsiella, Staphylococcus coagulase) e quando se obtém cor azul e uma indicativa que o microrganismo é um não fermentador de lactose (Proteus, Salmonella, Pseudomonas aeruginosa).
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/microbiologia/mod_4_2004.pd https://uspdigital.usp.br/apolo/apoObterAtividade?cod_oferecimentoatv=43603)
ANALISES BIOQUÍMICA DE IDENTIFICAÇÃO:
Levando em consideração que o crescimento ocorreu apenas na placa de Ágar Cled (meio não seletivo), prosseguimos para a análise bioquímica utilizando o kit NF.
METODOLOGIA
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: MACCONKEY:
· Semear a superfície do ágar inclinado por meio de estrias observando se houve ou não crescimento
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: GELATINASE
· Semear o meio contendo gelatina e observar se houve produção da enzima que liquefaz a gelatina.
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUDO: ARGININA E CONTROLE
· Semear o tubo com arginina para verificação da capacidade do microrganismo de descarboxilarem os aminoácidos da arginina.
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: LISINA E CONTROLE
· Semear o tubo com Lisina para verificação da capacidade do microrganismo de descarboxilarem os aminoácidos da lisina
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO DE GLICOSE COM ÓLEO
· Semear o tubo de glicose com óleo para identificação do metabolismo oxidativo do microrganismo.
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: GLICOSE SEM ÓLEO
· Semear o tubo de glicose sem óleo para identificação da fermentação de glicose pela bactéria.
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: MALTOSE
· Semear o tubo com maltose para identificar o metabolismo fermentativo/oxidativo das bactérias frente aos açúcares.
Analises Bioquímicas de identificação:
RESULTADOS
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: MACCONKEY
· Não houve crescimento
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: GELATINASE
· Resultado obtido positivo para gelatinase.
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUDO: ARGININA E CONTROLE
· Resultado obtido positivo para descarboxilação 
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: LISINA E CONTROLE
· Resultado obtido foi negativo para descarboxilação
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO DE GLICOSE COM ÓLEO
· Resultado obtido foi de que a bactéria é inerte frente a glicose, não oxidou o açúcar.
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: GLICOSE SEM ÓLEO
· Resultado obtido foi positivo devido a cor amarela que foi observado na superfície.
 
SEMEADURA DA BACTÉRIA EM TUBO: MALTOSE
· Resultado obtido foi de que o microrganismo não utiliza maltose em seu metabolismo e superfície do tubo apresentou cor azulada.
IDENTIFICAÇÃO DA ESPÉCIE BACTERIANA
· Ágar Cled: Azul / Ágar MacConkey: Transparente
· Oxidase: + / Gram –
	A
	Resultado
	B
	Resultado
	C
	Resultado
	MC (2
	Ausência de crescimento
	Glicose (4)
	Oxidação positiva (4)
	Lisina(4)
	Descarboxilação negativa
	Oxidase (1)
	Positivo (1)
	Maltose (2)
	Negativa
	Arginina (2)
	Descarboxilação positiva (2)
	
	
	
	Lactose (1)
	Negativa
	Gelatinase
(1)
	Presença positiva de enzima que liquefaz a gelatina (1)
	Resultado
	1
	
	4
	
	3
De acordo com o número obtido (143) através dos testes bioquímicos realizados e da cor azulada no Ágar Cled no início da inoculação, podemos concluir que a bactéria presente é uma Pseudomonas Aeruginosas, uma bactéria flagelada, gram negativa, não fermentadora, responsável pela produção de pigmentos como a piocianina, pioverdina e a piorrubina que tornam o Ágar Cled azulado. É uma bactéria altamente oportunista, invasiva, considerada como um dos principais agentes de infecção nasocomial, apresenta fatores cepas de resistência natural ou adquirida a grande numero de antibióticos de uso clinico.
ANTIBIOGRAMA: PSEUDOMONAS AERUGINOSA
	Nome antibiotico
	Medição Halo
	Interpretação
	Classificação
	Mecanismo de ação
	Espectro de ação
	Ceftriaxona
	10 mm
	sensível
	ß-lactâmicos (cefalosporinas de 3º geração)
	Inibe a síntese dos peptídeos glicanos que compõe a parede celular microbiana. Inibe a enzima de transpeptideção
	Efeito bactericida.
	Ceftazidima
	10mm
	sensível
	ß-lactâmicos (cefalosporinas de 3º geração
	Inibe a síntese dos peptídeos glicanos que compõe a parede celular microbiana. Inibe a enzima de transpeptideção
	Efeito bactericida.
	Aztreonam
	10,2mm
	sensível
	ß-lactâmicos Monobactans
	Inibe a síntese dos peptídeosglicanos que compõe a parede celular microbiana. Inibe a enzima de transpeptideção
	Efeito bactericida.
	Cefepima
	10,2mm
	sensível
	ß-lactâmicos (cefalosporinas de 4º geração
	Inibe a síntese dos peptídeosglicanos que compõe a parede celular microbiana. Inibe a enzima de transpeptideção
	Efeito bactericida.
	Amoxicilina
	s/ halo
	resistente
	ß-lactâmicos (Aminopenicilinas)
	Inibe a síntese dos peptídeosglicanos que compõe a parede celular microbiana. Inibe a enzima de transpeptideção
	Efeito bactericida.
	Amicacina
	10,4
	sensível
	ß-lactâmicos (Aminopenicilinas)
	Inibe a síntese dos peptídeosglicanos que compõe a parede celular microbiana. Inibe a enzima d. transpeptideção
	Efeito bactericida.
	Cefazolina
	S/halo
	resistente
	ß-lactâmicos (cefalosporina de 1 ª geração)
	Ela atua por inibição da síntese da parede celular bacteriana. 
	Efeito bactericida
	Ampicilina 10
	S/ Halo
	resistente
	ß-lactâmicos 
(penicilinas)
	Atua na inibição da síntese da parede celular bacteriana.
	Efeito bactericida
	Tetraciclina
	10,1 mm
	sensível
	Tetraciclina
	As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação do RNA transportador, impedindo a síntese protéica.
	Efeito bacteriostático
	Gentamicina
	10,2 mm
	sensível
	aminoglicosídeo
	Ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica ou produzindo proteínas defeituosas.
	Efeito bacteriostático 
	Sulfametazol + Trimetropin
	0,4 mm
	sensível
	Sulfonamidas
	O efeito das duas drogas é sinérgico, pois atuam em passos diferentes da síntese do ácido tetra-hidrofólico (folínico), necessária para a síntese dos ácidos nucléicos. O sulfametoxazol inibe um passo intermediário da reação e o trimetoprim a formação do metabólito ativo do ácido tetra-hidrofólico no final do processo.
	Efeito bacteriostático 
	Ciprofloxacina
	10,5 mm
	sensível
	Quinolona
	Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana.
	Efeito bactericida
De acordo com os resultados obtidos podemos identificar resistência bacteriana aos seguintes antibióticos: Amoxicilina, Amicacina, Cefazolina, e Ampicilina. Todos esses possuem efeito bactericida e pertencem a família dos b- lactamicos. Assim como podemos observar a sensibilidade da bactéria aos seguintes antibiótico: Ceftriaxona, Ceftazidima, Aztreonam, Cefepima, Amicacina, Tetraciclina, Gentamicina, Sulfametazol + Trimetropine Ciprofloxacina
Fatos que podem justificar essa resistência principalmente aos B- Lactâmicos está relacionado com algumas cepas da P. aeruginosa que sofreram mutações relacionada ao uso excessivo de antibiótico, tornando-se assim capazes de produzir enzimas betalactamases potentes que são capazes de destruir os antibióticos até mesmo os carbapenicos. Já a sensibilidade da bactéria aos antibióticos podemos notar que a maioria deles é ao betalactâmicos de amplo espectro (Carbapenêmicos de 3º e 4º geração). Os antibióticos carbapenêmicos são considerados fármacos de reserva, possuem atividade bactericida no tratamento de infecções provocadas por P. aeruginosa. frequentemente empregados como último recurso no tratamento de infecções hospitalares causadas por bactérias Gram-negativas resistentes aos demais betalactâmicos ou a outros antibacterianos.
Referencias:
MATA. P.T.G. ABEGG. M.A. Descrição de Caso de Resistencia a Antibióticos por Pseudomonas aeruginosas. Maringá. 2007. Disponivel em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/19998. Acesso em: 15 set. 2019.
NEVES.P.R. et al. Pseudomonas aeruginosa multirresistente: um problema endêmico no Brasil. Med Lab. Vol.47.n.4.p.409-420. 2011. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v47n4/v47n4a04.pdf. Acesso em: 15 set. 2019.
ANVISA. Antimicrobianos – Bases Teóricas e uso Clinico. Disponivel em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/penicilinas5.htm. Acesso em: 14 set. 2019

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