Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROFª Chinaira Raiazacc ▪ Concepção de sexualidade e gênero, perspectivas históricas e sociais de gênero, corpo e sexualidade, heteronormatividade compulsória e seus efeitos; como feminismo. Entendimento das interpelações entre sexo biológico, identidade sexual e orientação do desejo sexual. ▪Apresentar noções fundamentais de Gênero e Sexualidade e suas aplicações práticas na atuação profissional em Psicologia. ▪ Habilitar o (a) estudante para compreender as diversas concepções sobre sexualidade e gênero; sua história e suas decorrências sociopolíticas; ▪ Habilitar o (a) estudante para compreender as diversas concepções sobre sexualidade e gênero; sua história e suas decorrências sociopolíticas; ▪ Habilitar o (a) estudante para correlacionar gênero, violência de gênero, opressão de gênero e a vida cotidiana, escolhas afetivas e sofrimentos decorrentes da cultura. ▪ Habilitar o (a) estudante para compreender as diversas concepções sobre sexualidade e gênero; sua história e suas decorrências sociopolíticas; ▪ Habilitar o (a) estudante para correlacionar gênero, violência de gênero, opressão de gênero e a vida cotidiana, escolhas afetivas e sofrimentos decorrentes da cultura. ▪ Desenvolver a competência de refletir de forma crítica sobre as formas de sexualidade, de relacionamentos humanos, famílias e expressões afetivas. ▪ Definição de "sexualidade" e discussão sobre os aspectos históricos e sociais envolvidos na construção da sexualidade através do tempo. ▪ Temas ligados à sexualidade são cada vez mais comuns nas escolas, nos serviços de saúde, na família, no grupo de amigos e em diversos setores da sociedade. Até mesmo nas instituições religiosas, atualmente, encontramos debates sobre tais assuntos. ▪ Definição - Mutável ▪ Definição - Mutável ▪ Produto de Transformações Históricas e Culturais. ▪ Definição - Mutável ▪ Produto de Transformações Históricas e Culturais. ▪ Influenciada pela interação de fatores biológicos, sociais,econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais. ▪ "Sexualidade compreende as nossas relações com as pessoas, nossas emoções, nossos costumes, nossos desejos. É a energia que nos motiva a ir de encontro ao contato e a intimidade com o outro, em um processo que se constrói passo a passo, desde que nascemos". (pg 1). ▪ Distinção entre Sexualidade e Sexo ▪"Longo e contínuo processo que vai desde a descoberta das primeiras sensações físicas na infância, até sentimentos e emoções que nos motiva a procurar o contato físico e afetivo na vida adulta" (p.1). ▪"A sexualidade é um aspecto central do ser humano ao longo da vida e inclui o sexo, gênero, identidadee papéis, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. A sexualidade é vivenciada e expressa através de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitude, valores, comportamentos, práticas,papéis e relações". (OMS, 2002). ▪1. Acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. ▪1. Acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. ▪2. Receber e compartilhar informações sobre sexualidade. ▪1. Acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. ▪2. Receber e compartilhar informações sobre sexualidade. ▪3. Receber educação sexual. ▪1. Acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. ▪2. Receber e compartilhar informações sobre sexualidade. ▪3. Receber educação sexual. ▪4. Respeito pela sua integridade corporal. ▪1. Acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. ▪2. Receber e compartilhar informações sobre sexualidade. ▪3. Receber educação sexual. ▪4. Respeito pela sua integridade corporal. ▪5. Escolher os seus parceiros. ▪6. Decidir ser sexualmente ativo ou não. ▪6. Decidir ser sexualmente ativo ou não. ▪7. Manter relações sexuais consensuais. ▪6. Decidir ser sexualmente ativo ou não. ▪7. Manter relações sexuais consensuais. ▪8. Casamento consensual. ▪6. Decidir ser sexualmente ativo ou não. ▪7. Manter relações sexuais consensuais. ▪8. Casamento consensual. ▪9. Decidir se quer ou não e quando ter filhos. ▪6. Decidir ser sexualmente ativo ou não. ▪7. Manter relações sexuais consensuais. ▪8. Casamento consensual. ▪9. Decidir se quer ou não e quando ter filhos. ▪10. Alcançar uma vida sexual de satisfação, segurança e prazer. ▪ O reconhecimento atual de que as pessoas têm direitos sexuais reflete um longo percurso de mudanças sociais transcorridas na história, principalmente no que diz respeito à noção de pecado/prazer, à sexualidade feminina e às diferentes orientações sexuais. ▪Repressão Sexual – Cristianismo. ▪ A sexualidade ocidental possui sua origem no conceito de moralidade cristã, que propunha uma grande restrição aos prazeres do corpo, já que estes “impediam o indivíduo de orar e de se elevar a Deus” (FLANDRIN, 1983) ▪ Sexualidade – Fins Reprodutivos ▪ Proibicionismo – Prazer Físico ▪ Casamento como forma de controle ▪As mulheres foram as maiores vítimas dessa rígida moral que condenava a sexualidade humana (FARO, 2008). ▪Para Foucault (pub 2004) os prejuízos psíquicos e comportamentais dos indivíduos foram adquiridos da repressão de sexualidade. ▪Todos os detalhes sexuais precisavam ser confessados, os gestos, prazeres e desejos mais profundos, para aplicação da penitência. Havia um domínio religioso do discurso do prazer e dos desejos sexuais, que se prolongou por vários séculos durante a Idade Média (FARO, 2008). ▪SEXO NA IDADE MÉDIA: - Apenas para procriação - Amor excessivo é vergonhoso - Proibido ▪ SEXO PROIBIDO NA IDADE MÉDIA: - Menstruação - Gestação - Quarentena - Pós-Parto - Amamentação - Três dias antes da Comunhão - Véspera de dias Santos - Dias de Jejum e de festa ▪SEXO NA IDADE MÉDIA: -Contracepção é condenada -Coito Interrompido, sexo anal, sexo oral e contracepção são crimes (condenação e prisão) -Sexualidade Feminina ▪ Na década de 1920 nos EUA, após a Primeira Guerra Mundial, crescia o número de mulheres trabalhando fora de casa e também daquelas que frequentavam a faculdade. As mulheres não estavam mais confinadas à esfera privada do lar e algumas delas se colocavam contra aposição de subordinação em relação ao homem, lutando por seus direitos. Após a Segunda Guerra Mundial as taxas de divórcio aumentaram e as mulheres continuaram uma forte luta em busca de seus direitos na sociedade (IRVINE, 2005). ▪Revolução de Estudos Sexuais no Séc XX ▪ Alfred Charles Kinsey ▪Masters e Johnson Biólogo americano, professor de entomologia e zoologia e sexólogo que em 1947 fundou o Instituto de Pesquisa do Sexo na Universidade de Indiana agora conhecido como o Instituto Kinsey para Pesquisa do Sexo, Gênero e Reprodução ▪As pesquisas de Kinsey, publicadas em 1948, traziam a noção do sexo como umfenômeno natural, cuja base estava na biologia. Criticava a distinção entre comportamento sexual normal e anormal e buscou modificar o caráter patológico das práticas sexuais que não visavam a procriação, comoa masturbação e as relações homossexuais (ROBINSON, 1977). A equipe de pesquisa de Masters e Johnson, composta por William H. Masters e Virginia E. Johnson, foi pioneira na pesquisa sobre a natureza da resposta sexual humana e o diagnóstico e tratamento de distúrbios e disfunções sexuais de 1957 a 1990. ▪Masters e Johnson realizaram uma grande pesquisa sobre o funcionamento sexual humano, buscando compreender e mensurar os aspectos fisiológicos do corpo durante a atividade sexual. O resultado foi a elaboração do ciclo de resposta sexual humana, que se tornaria a grande referência nos estudos científicos da sexualidade (FARO, 2008). ▪Movimentos Sociais ▪As primeiras décadas do século XX trouxeram mudanças significativas nas representações tradicionais relativas à sexualidade vistas até então. O ato sexual deixou de ser visto apenas como função natural de reprodução, para ser reconhecido também como necessidade humana e fonte de prazer (CHAUÍ,1985). ▪Nos anos1960 e 1970, a sexualidade foi vinculada à política por meio dos movimentos feminista e gay, que exigiam a legitimização dos direitos das mulheres e reforçavam a crítica à heterossexualidade como padrão de normalidade. ▪Na mesma época, o “movimento gay” passou a exigir a retirada do diagnóstico de homossexualidade do DSM – Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais. Em 1973, o diagnóstico foi parcialmente retirado, mas ainda permaneceu a categoria homossexualidade ego-distônica, referindo-se àqueles indivíduos que estariam insatisfeitos com sua condição homossexual. Somente em 1987, todas as referências à homossexualidade deixaram de constar no manual. ▪ Também foi na década de 1960 que a criação da pílula anticoncepcional trouxe a desvinculação completa entre sexo e reprodução, deixando as mulheres mais livres no exercício de sua sexualidade, ocasionando grandes transformações na forma de encarar a sexualidade feminina, antes vista de forma tão misteriosa. Agora as mulheres poderiam ter prazer com o sexo. O final do século XX e início do século XXI então, é marcado por uma importante modificação nos papéis de gênero e diferentes orientações sexuais. ▪Sexualidade e Gênero: Perspectivas Históricas e Sociais. Texto no AVA. Autoras: Maria Cláudia Lordello. Elvira Mª Ventura Filipi ▪ CHAUÍ, M. Repressão sexual: Essa nossa (des)conhecida. São Paulo: Brasiliense, 1985. ▪ FARO, L. F. T. As disfunções sexuais femininas no periódico Archives of Sexual Behavior. Dissertação deMestrado em Ciências Humanas e Saúde. Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio deJaneiro 2008. ▪ FLANDRIN, J. L. A vida sexual dos casais na antiga sociedade: da doutrina da Igreja à realidade doscomportamentos. In: ÁRIES, P; ▪ FOUCAULT, M. (Orgs) – Sexualidades Ocidentais. Lisboa: Contexto, 1983. ▪ FOUCAULT, M. A história da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988. ▪ __________. Ditos e Escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. 5v. V.5: Ética, Sexualidade ePolítica. ▪ GIBSON, M. Clitoral corruption: body metaphors and American doctor¿s constructions of femalehomosexuality, 1870-1900. In: ROSARIO, V. (Org). Science and homosexuality. Nova York: Rutledge, 1997. ▪ GRONEMAN. C. Ninfomania: história. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2001. ▪ HACKING, I. The social construction of what? Cambridge: Harvard University Press, 1999. ▪ IRVINE, J. Disorders of desire: sexuality and gender in modern sexology. Philadelphia: Temple UniversityPress, 2005. ▪ LOURO, G. L. Heteronormatividade e Homofobia. In: JUNQUEIRA, R. D. (Org.) Diversidade sexual naeducação: problematizações sobre a homofobia nas escola. Brasília: UNESCO, 2009. ▪ O.M.S. Growing in Confidence: Programming for Adolescent health and Development – Lessons from eightcountries. Department of Child and Adolescent Health and Development, 2002. ▪ WEEKS, J. Sexuality. Nova Iorque: Routledge, 2003 ▪ ESPAÇO DEBATE
Compartilhar