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FACULDADE ESAMC SANTOS Estática e Mecânica dos Sólidos I Giovanna Pereira Barbosa 11161004 Engenharia Química – Noturno Resistência dos Materiais Santos 2020 Sumário Introdução .................................................................................................................................. 3 1. O que é resistência dos materiais? ................................................................................ 4 2. Critérios de Resistência dos Materiais .......................................................................... 7 Considerações Finais ............................................................................................................. 8 Introdução A ciência da resistência dos materiais depende muito de uma total certeza na obtenção de seus resultados, uma vez que qualquer erro, por menor que seja, pode significar prejuízos gigantescos depois. E isso é ainda mais sério se considerarmos que vidas podem ser colocadas em risco por cálculos mal feitos. Além de toda essa responsabilidade, o estudo da resistência dos materiais é essencial para que se evitem prejuízos com gastos desnecessários de recursos. Ainda pode impedir o excesso de peso nas estruturas, facilitando a criação de projetos sustentáveis e com melhor rendimento. 1. O que é resistência dos materiais? A resistência dos mesmos é a capacidade de resistir a uma determinada força sobre ele aplicada, em função do processo de fabricação do material, de modo que os cientistas envolvidos aplicam vários processos para alterá-la. Devido ao profundo conhecimento sobre o assunto, a manipulação da resistência dos materiais pode ser feita de maneira perfeitamente quantificável e qualificada. Apesar disso, alterar essa resistência pode significar perder alguma outra propriedade mecânica. Esse tipo de conhecimento vem desde a Antiguidade. Os egípcios, por exemplo, detinham grande domínio sobre a resistência dos materiais, uma vez que sem ele seria impossível construir estruturas tão grandiosas quanto as pirâmides do Egito. Ainda na Antiguidade, os romanos se destacavam como grandiosos construtores, elaborando monumentos, templos e estradas que resistem até hoje às intempéries do tempo. Séculos depois, todo esse conhecimento que tinha se perdido durante a Idade Média foi recuperado no Renascimento. Grandes estudiosos, como Leonardo da Vinci e Galileu Galilei, ajudaram a enriquecer as teorias sobre mecânica e os materiais. Torção: é a tensão que ocorre em um elemento construtivo ou um prisma mecânico, quando aplica-se momento sobre seu eixo longitudinal. Podem tanto ser eixos quanto elementos nos quais uma dimensão é predominante a outras duas. O estudo geral do movimento de torção é bastante complicado, uma vez que leva ao acontecimento de dois fenômenos: tensões tangenciais e deformações seccionais. E é essa deformação que complica muito o cálculo da tensão de resistência dos materiais, fazendo com que o momento torsor seja decomposto. Flexão: Em Engenharia, flexão é o tipo da deformação apresentada por uma estrutura alongada em uma direção perpendicular a esse eixo longitudinal. Denomina-se estrutura alongada quando uma das dimensões é dominante às outras. Vigas, placas e lâminas são exemplos desse tipo de objeto. https://www.stoodi.com.br/materias/historia/antiguidade-classica-roma/aspectos-geograficos-economia-e-origem/ https://www.stoodi.com.br/blog/2018/10/29/galileu-galilei/ Quando um objeto é submetido à flexão, é a formação de uma curva paralela ao eixo neutro da estrutura, sendo que sua distância não varia em relação ao valor antes do processo de deformação. Flambagem: A flambagem, também conhecida como encurvadura, consiste em um fenômeno que ocorre nas peças denominadas esbeltas, ou seja, aquelas nas quais a área da seção transversal é bastante pequena se comparada ao seu comprimento. Esse fenômeno se inicia quando as peças são submetidas a um esforço de compressão axial. É considerada uma instabilidade elástica, de modo que a peça pode perder a estabilidade antes mesmo que o material atinja sua tensão de escoamento. O colapso sempre se dará ao redor do eixo de menor momento de inércia da seção transversal. Tensão e Deformação: Na Engenharia, geralmente, mede-se tensão em megapascals (Mpa) ou gigapascals (GPa). No Sistema Internacional de Unidades, um pascal (1 Pa) equivale à aplicação de um newton por metro quadrado (1 N/m²). A unidade oficial para tensão é o pascal (Pa), que se refere à medida de força por unidade de área. Importante não confundir tensão com pressão, já que são expressas com a mesma unidade de medida. Já o conceito de deformação de um corpo ou estrutura corresponde a qualquer mudança da configuração da forma geométrica do corpo que resulte em uma variação da forma ou das dimensões do mesmo após a aplicação de uma tensão ou mesmo de variação térmica. A deformação plástica consiste na permanente alteração do estado da estrutura, de modo que ela não consegue retornar à sua forma original. Isso ocorre quando a mesma é submetida à chamada tensão de plasticidade, maior do que aquela aplicada na deformação elástica. Assim, há transição da fase elástica para a plástica. Já a deformação por ruptura resulta no rompimento da estrutura em múltiplas partes. Esse processo ocorre quando a mesma recebe tensão inicialmente maior que a responsável pela deformação plástica. Tende a diminuir após o processo ter início. Por fim, deformação elástica resulta no retorno da estrutura ao estado original, após a aplicação da tensão ter sido finalizada. Isso acontece quando a força à qual a estrutura é submetida não consegue superar sua tensão de elasticidade. Lei de Hooke: Na resistência dos materiais, uma das leis mais importantes é a Lei de Hooke. Ela diz respeito à elasticidade dos corpos, sendo usada para os cálculos de deformações causadas pelas forças exercidas em um determinado corpo ou estrutura. Ela pode ser utilizada sempre, desde que o limite elástico da estrutura a receber a tensão não seja excedido. Assim, o comportamento elástico dos materiais acaba por seguir o regime elástico proposto na Lei de Hooke, mas apenas até um certo valor da força. Após esse ser ultrapassado, a relação de proporção não é mais definida, mesmo que o corpo retorne à forma inicial após remover-se a tensão. 2. Critérios de Resistência dos Materiais Vários critérios diferentes, a respeito da ruína dos materiais, foram propostos ao longo do tempo 1. Teoria da máxima tensão normal proposta por Rankine; 2. Teoria da máxima deformação normal, proposta por Saint-Venant; 3. Teoria da máxima tensão de cisalhamento, proposta por Coulomb em 1773 e por Tresca em 1868; 4. Teoria do atrito interno, desenvolvida por Mohr e por Coulomb; 5. Teoria da máxima energia de deformação, proposta por Beltrami em 1885; 6. Teoria da máxima energia de distorção, desenvolvida por Huber em 1904; Von Mises em 1913 e Hencky em 1925; 7. Teoria da tensão octaédrica de cisalhamento de Von Mises e Hencky. Critério da máxima tensão de cisalhamento ou Critério de Tresca: Este critério se baseia no fato que para os materiais dúcteis o principal mecanismo de deformação plástica é o de escorregamento nos planos de maior densidade atômica. Assim, a tensão equivalente (σeq) é igualmente perigosa a um estado de tensão quando ela apresentar a mesma tensão de cisalhamento máxima que o estado da tensão. Critério da máxima energia de distorção ou Critério de Von Mises: Este critério propõe que a ruína por escoamento seja associada a valores críticos de certa porção da energia de deformação do ponto material em estudo. Quando as tensões principais possuem valores diferentes, o cubo que representa o ponto se transforma em paralelepípedo.Critério de Coulomb-Mohr: Este critério é particularmente interessante para materiais que apresentam resistências diferentes quando solicitados à tração e à compressão. Este tipo de comportamento, em geral, é apresentado pelos materiais frágeis. Considerações Finais Estudar a resistência dos materiais é fundamental. Já imaginou se as estruturas e objetos utilizados no dia a dia de bilhões de pessoas tivessem sido construídos de qualquer maneira, sem um estudo a fundo dos materiais, sem cálculo ou análise? Muito provavelmente viveríamos em um mundo de tragédias. Entender quanto de tensão um determinado material suporta é essencial para descobrir em qual tipo de função é possível aplicá-lo. Como citamos anteriormente, não apenas a segurança das pessoas que usufruirão daquela estrutura é importante, mas também as possibilidades de melhor aproveitamento dos mais diversos recursos.
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