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RELACIONAMENTO INTRAPESSOAL
RESUMO: O desenvolvimento do relacionamento intrapessoal é basicamente o ato de conhecer a si mesmo, identificar pontos fortes e que precisam de melhoria, emoções e habilidades. É como você se enxerga no mundo, como vê a si mesmo e como reage às mais diversas situações. É a busca constante pelo autoconhecimento, autocontrole emocional e autoestima. Como o relacionamento intrapessoal diz respeito à integração do autoconhecimento, autodomínio e automotivação, é a base para a realização do relacionamento interpessoal. Portanto, quanto maior for o domínio e controle sobre suas emoções, mais bem-sucedida será a convivência com colegas e outros contatos que fazem parte do ambiente corporativo. O relacionamento intrapessoal é a base para alcançar o poder do autoconhecimento. Tendo mais consciência sobre sua personalidade, você domina as suas atitudes. Nessa perspectiva, pode desenvolver habilidades muito valorizadas na construção de um ambiente de trabalho em que haja crescimento pessoal, profissional e bom trabalho em equipe.
Palavras-Chave: Relacionamento Intrapessoal. Ambiente coorporativo. Recursos Humanos
ABSTRACT: The development of an intrapersonal relationship is the act of knowing yourself, identifying strengths and requiring improvements, emotions and skills. It is how you see in the world, how you see the same thing and how you react to different situations. It is a constant search for self-knowledge, emotional self-control and self-esteem. As the intrapersonal relationship concerns the integration of self-knowledge, self-mastery and self-motivation, it is a basis for the realization of interpersonal relationships. Therefore, the greater the dominance and control over your emotions, the more determined will be the coexistence with colleagues and other contacts that are part of the corporate environment. The intrapersonal relationship is a basis for achieving the power of self-knowledge. By being more aware of your personality, you dominate your attitudes. From this perspective, you can develop highly valued skills in building a work environment in which there is personal, professional growth and good teamwork.
Keywords: Intrapersonal Relationship. Corporate environment. Human Resources
1.INTRODUÇÃO
Da mesma forma que precisamos nos aprimorar em conhecimentos, também precisamos nos conhecermos, para assim lidar com as situações externas, como trabalho, família, amigos e clientes. Não foi à toa que os gregos eternizaram a máxima “Conhece-te a ti mesmo”, nas palavras do filósofo Sócrates, pois o autoconhecimento é essencial para compreender o mundo ao redor. Quando olhamos para nós mesmos, conseguimos entender as motivações, desejos, sentimentos e ações dos outros.
Quem identificou a inteligência intrapessoal foi o psicólogo Howard Gardner (psicólogo cognitivo e educacional estado unidense, ligado à Universidade de Harvard e conhecido em especial pela sua teoria das inteligências múltiplas). 
Uma pessoa com boa inteligência intrapessoal deve ser capaz de acessar suas emoções e pensamentos com clareza. Mas não basta olhar no espelho e reconhecer quem você vê. Para desenvolver a capacidade intrapessoal, é preciso que a imagem de si próprio seja verdadeira e coerente. Com um reflexo efetivo e realista, você se torna capaz de explorar seus pontos fortes, controlar suas emoções e se adaptar a qualquer situação e sentimentos externos.
Contudo, será que realmente é possível fazer uma auto avalição confiável? Conhecer a si mesmo pode ser um desafio e tanto, pois muitas pessoas simplesmente não dão a devida atenção aos seus sentimentos, valores e impulsos.
2 CONCEITO DE RELACIONAMENTO INTRAPESSOAL
 
Desde que o ser humano se entende por gente, está fadado à vida em sociedade. Não que isso seja algo ruim, pelo contrário, é o que, em grande parte das vezes, traz motivação e força para encarar os desafios e desavenças que a vida coloca no meio do caminho. O fato é que nós não nascemos para viver sozinhos. Rodeado de muitas ou poucas pessoas, é o contato com outras pessoas que nos faz sermos quem somos.
Esse contato, também conhecido como relacionamento, existe das mais diversas maneiras. Seja no âmbito profissional, com clientes, empresas, colaboradores, colegas de trabalho, stakeholders, instituições de ensino… seja no aspecto pessoal, com a família, amigos, parceiros amorosos, grupos sociais, religiosos e tantos outros. 
E é por isso mesmo que você precisa estar mais atento aos seus sentimentos, às suas ações e o que tudo isso reflete em sua vida. Estar bem consigo mesmo é o primeiro passo para estar bem com as outras pessoas – todas elas. É aqui que entra o Conceito de Relacionamento Intrapessoal.
Esse conceito diz respeito à capacidade de se relacionar com suas próprias emoções e sentimentos. Ou seja, se refere ao autoconhecimento e a automotivação de cada um de nós enquanto indivíduos e a como aplicamos estas ferramentas em nossas vidas. São elementos que se somados à capacidade de relacionamento intrapessoal, se tornam fatores fundamentais para o alcance de resultados, pois influenciam diretamente na capacidade de nos comunicarmos, nos relacionarmos positivamente com outras pessoas e a alcançar a cooperação de cada uma.
O relacionamento intrapessoal é a capacidade de integração do autoconhecimento, autodomínio, autoafirmação e a automotivação. Esse relacionamento somado ao interpessoal resulta no conceito de inteligência emocional, que segundo Daniel Goleman é “a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos e também, é a grande responsável pelo sucesso e insucesso das pessoas.” 
Os benefícios do autoconhecimento não são novidades dos dias de hoje e não pertencem somente as novas gerações. Pelo contrário. Há mais de 2000 anos atrás Sun Tzu general, estrategista e filósofo chinês, fez a seguinte afirmação: 
Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece o inimigo nem a si próprio, perderá todas as batalhas (CAPELLI, 2018 P.3). 
Numa organização, lidamos com diversos tipos de pessoas de temperamentos diferentes e capacidades diferentes. Quando conhecemos nossos limites, nossas reações e nossas motivações, a forma de encarar situações turbulentas é vista de uma maneira mais racional e menos exposta a nossas emoções, diminuindo assim, o risco de tomarmos decisões impulsivas e até mesmo errôneas. 
Com a movimentação do “mundo moderno” e a tão desejada 30 horas diárias, é comum que tempo para refletir sobre si mesmo seja cada vez mais escasso. A tarefa de nos conhecer um pouquinho mais por dia vai sendo adiada e nos privamos de alcançar melhores desempenhos em nossas realizações. Nossas emoções são acumuladas durantes anos e são guardadas em uma caixinha. 
A grande questão é perceber que nosso comportamento é influenciado e resultante do conteúdo que guardamos por todo esse período. Conflitos internos também estão presentes quando falamos de inteligência emocional, são eles que auxiliam no fortalecimento das emoções. Portanto, não tenha medo quando dúvidas, anseios e incertezas começarem a surgir no meio do processo de relacionamento com você mesmo. Quando o relacionamento intrapessoal é de fato existente, é possível notar comportamentos positivos tão procurados entre tantos profissionais.
 A facilidade na comunicação de pontos de vistas pessoais, prioridades em ações estratégicas bem estabelecidas, energias focadas para o alcance dos objetivos propostos por si próprio e tomadas de decisões com tranquilidade e equilíbrio são só algumas das características de um bom relacionamento intrapessoal.
3 RELACIONAMENTO INTRAPESSOAL NAS ORGANIZAÇÕES
Em nosso dia a dia de trabalho, muitas vezes nos deparamos com diversas situações que nos impõem estresse, pressão e crise. Especialmente nestes momentos precisamosestar bem emocionalmente para minimizar os efeitos negativos destes eventos e transformar adversidades em oportunidades de fazer um bom trabalho e evidenciar nossas competências.  
Através da inteligência intrapessoal você é capaz de alavancar seu relacionamento intrapessoal. De acordo com o psicólogo Daniel Goleman – considerado o “pai da inteligência emocional”, a relação intrapessoal é a capacidade de integrar autoconhecimento, autodomínio e automotivação.
No livro “Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”, Goleman (1996) define a combinação dos relacionamentos intrapessoais e interpessoais com a inteligência emocional. Assim, esse tipo de inteligência se caracteriza pela capacidade de conhecer a si mesmo e aos outros, gerindo suas emoções e relações sociais.
Porém, de fato, é muito mais fácil encontrar dicas de como desenvolver as relações interpessoais do que as intrapessoais. Isso acontece porque muitas pessoas estão mais preocupadas em aprender sobre o comportamento dos outros do que os próprios. Enxergar-se verdadeiramente pode ser desafiador.
Se você deseja tornar o seu relacionamento intrapessoal cada vez melhor, o Coaching pode ser um importante aliado neste processo. As ferramentas e técnicas do Coaching promovem o autoconhecimento e contribuem para que você tenha atitudes que contribuam positivamente com o seu relacionamento intrapessoal. 
4 EMPATIA 
O termo empatia foi utilizado pela primeira vez pelo psicólogo E.B. Titchener. Origina-se do termo grego empátheia, que significa “entrar no sentimento”. Empatia é um conceito-chave no desenvolvimento de relacionamentos. Ela pode ser definida como a habilidade de identificar e reconhecer a condição de outra pessoa, seus sentimentos e motivos. É a capacidade de reconhecer as preocupações e interesses que outras pessoas possuem. O dicionário Aurélio define empatia como “tendência para sentir o que sentiria, caso estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa.” Mas segundo o senso comum, empatia é simplesmente a habilidade de “colocar-se no lugar dos outros” ou “entrar em sintonia”. 
Há muitos estudos que estabelecem relação entre empatia e bons resultados nos negócios: aumento nas vendas e melhoria no desempenho de equipes em geral. Algumas pessoas são naturalmente empáticas – fazem com que outros se sintam a vontade para falar e expressar suas idéias e sentimentos. Mas mesmo aqueles que possuem dificuldade em “conectar-se” com outras pessoas podem desenvolver suas habilidades para a empatia.
5 BOAS MANEIRAS NO TRABALHO 
As regras da boa educação são importantes em qualquer ambiente onde convivemos com grupos de pessoas e nos ajudam a estabelecer um bom relacionamento em todos os níveis hierárquicos. Onde há respeito mútuo, desenvolve-se um ambiente sadio e sem grandes turbulências. Há muitos problemas nos locais de trabalho, como desmotivação e queda de produtividade, que são causados por falta de boas maneiras.
 Em ambientes onde há tratamento grosseiro e indelicado, as pessoas sentem-se infelizes, frustradas e perdem a vontade de cooperar. Esforços para aumentar a motivação nesses grupos podem ir por água abaixo, já que as bases de um relacionamento civilizado não estão funcionando. Por isso, não há desculpas para indelicadezas e falta de educação. Se você é capaz de controlar suas emoções e seu temperamento quando fala com um superior, é porque pode fazer o mesmo quando fala com colegas e subordinados. Uma equipe de sucesso começa com regras claras de relacionamento, em especial de educação e boas maneiras.
6 UMA JANELA PARA O AUTOCONHECIMENTO: A JANELA DE JOHARI 
A Janela de Johari é um modelo de autoconhecimento desenvolvido por dois psicólogos americanos, Joseph Luft e Harry Ingham, há cerca de 50 anos. Há duas ideias importantes presentes na Janela de Johari citado por Lemonica (2015 p.26): 
1. Indivíduos podem construir confiança entre si por meio da abertura mútua de informações. 
2. Indivíduos podem aprender sobre si mesmos com a ajuda do feedback que recebem dos outros. 
Ela é dividida em quatro quadrantes: 
A Janela de Johari nos ajuda a compreender e comparar nossa autoimagem com a imagem que os outros têm de nós e pode ser usada para melhorar nossos relacionamentos pessoais e profissionais.
Ainda de acordo com Lemonica (2015) a Janela de Johari, mostra que as pessoas receptivas a relacionamentos são aquelas que se mostram francamente aos outros e estão abertas a receber feedback (ouvir mais e conhecer a opinião que os outros têm sobre elas). O receptivo é uma pessoa com clara auto-imagem e com confiança suficiente para expor-se aos demais. Quando está numa posição gerencial ou participando de uma equipe de trabalho, esta pessoa tende a ser respeitada e a encorajar o crescimento dos demais. 
Já o dissimulado segundo Lemonica (2015) pela Janela de Johari, as pessoas dissimuladas tendem a esconder ao máximo a informação sobre elas: o que pensam, como se sentem etc. 
O dissimulado é aquele que sempre pede informação sobre os outros, mas fala pouco de si mesmo. É um “jogador” – parece estar sempre escondendo algo e usando a informação apenas em seu próprio benefício. Quando está numa posição gerencial ou participando de uma equipe de trabalho, esta pessoa tende a levantar suspeitas e a provocar uma atitude defensiva nos demais. (LEMONICA, 2015 P. 23)
Para o autor, segundo a Janela de Johari, o eremita possui uma grande parcela de “eu desconhecido”, refletindo pouco conhecimento sobre si mesmo. É uma pessoa complexa, cujo comportamento é difícil de prever. Está sempre orientado para a auto-proteção. Quando está numa posição gerencial ou participando de uma equipe de trabalho, esta pessoa tende a deixar os demais confusos e inseguros. 
Lemonica ainda cita o falastrão ou fofoqueiro, o falastrão ou fofoqueiro possui uma grande área cega, refletindo alguém que fala muito, mas ouve pouco. É uma pessoa muito preocupada consigo mesma e que não sabe o momento certo de se calar. Quando está numa posição gerencial ou participando de uma equipe de trabalho, esta pessoa tende a irritar os demais, que tentarão encontrar formas de distanciar-se dela ou evitarão considerar suas opiniões.
7 AS RELAÇÕES HUMANAS NAS ORGANIZAÇÕES
Os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e mantêm-se em uma constante interação social. Para explicar o comportamento humano nas organizações, a Teoria das Relações Humanas passou a estudar essa interação social. As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas e através dos contatos entre pessoas e grupos.
Cada pessoa possui uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e atitudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas outras. Cada pessoa procura ajustar-se às demais pessoas e grupos, pretendendo ser compreendida, aceita e participa, com o objetivo de entender os seus interesses e aspirações.
A compreensão da natureza dessas relações humanas permite melhores resultados dos subordinados e uma atmosfera onde cada pessoa é encorajada a expressar-se livre e de maneira sadia. Com o avanço da tecnologia, o trabalho também passa a ser mais individual, cada funcionário em seu setor, isso faz com que as pessoas fiquem distantes uma das outras, aumentando o nível de stress, pois não conseguem mais se relacionarem, não há mais tempo para o diálogo (CHIAVENATO, 2010, p.45).
A comunicação hoje é tudo, saber se comunicar é fundamental e para o sucesso de uma organização isso é essencial. 
Chiavenato (2010, p.47) diz: “A informação não é tocada, palpável nem medida, mas é um produto valioso no mundo atual porque proporciona poder”.
Diante do exposto vê-se que o mundo gira em torno da comunicação e da informação e para que uma organização tenha sucesso é necessário que a comunicação seja clara, direta e transparente assim como as relações interpessoais.
Conforme diz Chiavenato (1989, p.3):
As organizações são unidades sociais (e, portanto, constituídas de pessoasque trabalham juntas) que existem para alcançar determinados objetivos. Os objetivos podem ser o lucro, as transações comerciais, o ensino, a prestação de serviços públicos, a caridade, o lazer, etc. Nossas vidas estão intimamente ligadas às organizações, porque tudo o que fazemos é feito dentro das organizações.
Os ambientes de trabalho são, pois, organizações, e nelas sobressai a interação entre as pessoas, para a promoção da formação humana.
Romão (2002, p.56) registra:
Hoje temos que nos preparar para viver a era emocional, onde a empresa tem de mostrar ao colaborador que ele é necessário como funcionário profissional, e antes de qualquer coisa que é um ser humano com capacidades que reunem à produção da empresa, formarão uma equipe e harmoniosa em que o maior beneficiado será ele mesmo com melhoria em sua qualidade de vida, relacionamentos com os outros e, principalmente, o cliente que sentirá isso quando adquirir o produto ou serviço da empresa gerando a fidelização que tanto se busca.
O melhor negócio de uma organização ainda se chama gente, e ver gente integrada na organização como matéria-prima principal também é lucro, além de ser um fator primordial na geração de resultados.
Percebe-se que a parte humana da empresa precisa estar sempre em processo de educação, não a educação escolar, mas uma educação que tenha como objetivo melhorias no comportamento das pessoas, nas relações do dia a dia, pois somos seres de ralações, não nos bastamos, precisamos sempre um do outro.    Precisamos nos relacionar e se comunicar, somos seres inacabados em processo de educação constante, estamos em busca contínua de mudar nossa realidade.
8 A IMPORTÂNCIA NA QUALIDADE DO AMBIENTE DE TRABALHO
Passamos mais tempo em nosso ambiente de trabalho do que em nosso lar, e ainda assim não nos damos conta de como é importante estar em um ambiente saudável, e o quanto isto depende de cada um. Devemos refletir sobre qual o nosso papel e a importância na qualidade do ambiente em que trabalhamos.
Além de constituir responsabilidade da empresa, qualidade de vida é uma conquista pessoal. O autoconhecimento e a descoberta do papel de cada um nas organizações, da postura facilitadora, empreendedora, passiva ou ativa, transformadora ou conformista é responsabilidade de todos (BOM SUCESSO, 1997, p.47).
É importante que a comunicação seja clara, e é necessário que se tenham boas relações. É fundamental ter um bom relacionamento entre as pessoas, pois isso contribui não somente para uma boa convivência no dia a dia, mas também para um bom clima, e influencia diretamente de forma positiva no resultado da organização.
As organizações são compostas por pessoas, devemos considerar que, para um bom andamento do trabalho e uma boa produção, é necessário que as pessoas estejam bem colocadas na organização, com oportunidades de crescimento e, principalmente, com felicidade.
Fatores ambientais colaboram para a qualidade de trabalho, pois quanto maior for à preocupação com o fator humano nas organizações, mais elevado será o resultado. Enfim, se houver investimento no desenvolvimento humano de todas as pessoas da empresa, as relações interpessoais saudáveis resultarão em um ambiente favorável onde todos possam deixar fluir suas potencialidades. Os valores, aos poucos, mudam, e o empregado está sentindo o gosto de participar, de arriscar, de ganhar mais e de sobreviver a tantas mudanças.
De acordo com Bom Sucesso (1997), “No cenário idealizado de pleno emprego, mesmo de ótimas condições financeiras, conforto e segurança, alguns trabalhadores ainda estarão dominados pelo sofrimento emocional. Outros necessitados, conseguindo o alimento diário com esforço excessivo, ainda assim se declaram felizes, esperançosos.”
No mercado de trabalho hoje em dia, se não tivermos um bom relacionamento com as pessoas, acabamos ficando sem emprego, pois hoje em dia, precisamos nos comunicar, ter contato com as pessoas. Mas muitos seres humanos são prejudicados por si mesmo, por falta de compreensão ao outro, falta de paciência, e o principal, que é não saber lidar com as diferenças.
No nosso dia a dia, convivemos e falamos com várias pessoas de todo lugar, outra classe social ou raça diferente da nossa, enfim, vemos e convivemos com pessoas de todos os tipos, mas não é só porque ela é diferente, que não podemos ter um bom relacionamento, ainda mais, se esta pessoa está todos os dias do nosso lado no trabalho.
Quando estamos reunidos em um ambiente onde há pessoas diferentes é normal que encontremos hábitos diferentes do nosso, sendo assim, temos que aprender a lidar e ceder aos hábitos dos outros e demonstrar o nosso também.
O problema se instala quando essas situações não são resolvidas ou não são percebidas pelos envolvidos, ficando “mascarados”, invisíveis e internalizados nos colaboradores que acabam demonstrando suas emoções somente quando se sentem ameaçados, injustiçados ou até mesmo temerosos de perder posições ou funções que ocupam.
Tanto as pessoas quanto as empresas sofrem as consequências das relações interpessoais negativas que geram desmotivação da equipe, queda do rendimento e da produtividade.
As trocas constantes de informações e o diálogo são essenciais quando se busca a preservação dos relacionamentos e o trabalho em equipe, o que acaba sendo essencial e indispensável para o bom andamento das atividades organizacionais. Nesse sentido, o relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo, abrir-se para o novo, buscar ser aceito e ser entendido e entender o outro.
No ambiente de trabalho, onde passamos cerca de um terço de nossa vida é fundamental que saibamos viver e conviver com as pessoas e respeitá-las em suas individualidades, caso contrário, somente o fato de pensar em ir para o trabalho passa a ser insuportável esta ideia.
CONCLUSÃO
Não basta saber quem você é: é preciso definir exatamente o que você quer. Cada vez que você determina, persegue e alcança objetivos, você está exercitando sua inteligência intrapessoal. Como vimos lá no início, esse tipo de inteligência inclui a capacidade de direcionar seu comportamento de acordo com suas metas. Ou seja, uma vez que você se conhece de fato, pode usar suas competências de forma estratégica para realizar todas as suas aspirações.
E acredite: saber aonde você quer chegar é uma das maiores provas de autoconsciência.
O relacionamento intrapessoal é fundamental em qualquer organização, são as pessoas que movem os negócios, estão por trás dos números, lucros e todo o bom resultado, daí a importância de se investir nas relações humanas.
Neste sentido, podemos afirmar que a empresa constitui o ambiente dentro do qual as pessoas trabalham e vivem a maior parte de suas vidas.  A maneira como esse ambiente é moldado e estruturado influencia a qualidade de vida das pessoas. Mais do que isso: influencia o próprio comportamento e os objetivos pessoais de cada ser humano. E isso, consequentemente, afeta o próprio funcionamento da empresa.
Observou-se que hoje em dia as relações interpessoais estão cada vez mais difíceis. Com o estresse que se vive, as pessoas ficam mais intolerantes. Talvez este seja o momento de se refletir um pouco mais a respeito dos nossos sentimentos e atitudes.
REFERÊNCIAS:
BOM SUCESSO, Edina de Paula. Trabalho e qualidade de vida. 1ª ed. Rio de Janeiro: Dunya, 1997.
CAPPELLI, Ricardo. Conhecemos o inimigo? Disponível em: https://jornalggn.com.br/opiniao/conhecemos-o-inimigo-por-ricardo-cappelli/ Acesso em: 31 de julho de 2020.
CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas. 48ª ed, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000.
CEZAR, Andréa Silvana dos Santos. BIACHINI, Eloâne. PIASSA. Zuleica Aparecida Claro. A Atuação do Pedagogo em Espaços Não Escolares. Disponível em:<http//www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/artigo/pdf> Acesso em: 31 de julho de 2020.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
__________, Idalberto. Recursos Humanos na Empresa. São Paulo: Atlas, 1989.
__________, Idalberto. Construçãode Talentos. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2002.
__________, Idalberto. Como transformar RH - de um centro de despesa - em um centro de lucro. São Paulo: Markron/Pearson, 2000.
__________, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel das pessoas nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 1999.
__________, Idalberto. Iniciação à organização e controle. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.
COSTA, Wellington Soares. Humanização, relacionamento interpessoal e ética. São Paulo, 2004.
______, Wellington Soares. Resgate da humanização no ambiente de trabalho. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo: PPGA/FEA/USP. V.09, p.13-23, junho 2002.
Goleman, D. (1995). Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva. Goleman, D. (1998). Trabalhando com a Inteligência Emocional. (Trad. M. H. C. Cortês). Rio de Janeiro: Objetiva
GONÇALVES, Roseli. A Pedagogia Empresarial e as Práticas Pedagógicas dentro da Empresa. Disponível em:<http://www.webartigos.com/apedagogiaempresarialeaspraticasdentrodaempresa/140896/> Acesso em: 31 de julho de 2020.
LEMONICA, Bianca. Relação Intrapessoal no Trabalho. Disponível em: https://www.unifac.edu.br/images/materiais_de_apoio/2015/rh/relacoes_intra_e_interpessoais_2015.pdf Acesso em: 31 de julho de 2020.
LUCENA, Maria Diva. Pensamento de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1990.
MAGALHÃES, Lucila Rupp. Aprendendo a lidar com gente. Bahia: Casa da Qualidade, 1999.
MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo a multiplicação do talento humano. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996.
NÉRICI, Imídeo. Didática do Ensino Superior. São Paulo: IBRASA (Instituto Brasileiro de Difusão Cultural Ltda), 1993.
PERCY,  Allan. Nietzsche para estressados: 99 doses de filosofia para combater as preocupações e despertar a mente / Allan Percy; traducão de Rodrigo Peixoto; Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia Empresarial - atuação do pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2003.
ROMÃO, C. Empresa socialmente humanizada. Acadêmica - Revista Virtual de Administração e Negócios, ano 2, jul-set. 2001. Disponível em: <http://www.terravista>. Acesso em: 18 jul.2020.

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