Buscar

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@Professor 
@JessicaJulioti 
@EquipeMySete 
Prof. Ms. Leonardo A. 
Massabki Caffaro 
@EquipeMySete 
@JessicaJulioti 
Conceitos e aplicações de Estimulação 
Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) 
@leocaffaro 
Bases físicas da eletroterapia 
Definição de corrente elétrica, fase, simetria, balanço, forma 
 
Corrente elétrica 
• Fluxo de carga elétrica 
• Circuitos elétricos – fluxo de elétrons em um fio (cobre, ouro...) 
Tipos de correntes 
• Corrente Direta 
• Fluxo contínuo (min. 1seg) e 
unidirecional 
 
• Corrente alternada 
• Fluxo contínuo e bidirecional 
 
• Corrente pulsada 
• Existe intervalo inter-pulso 
 
 Robertson et al., 2009 
Fase (polaridade) 
• Número de sentidos que a corrente 
elétrica flui 
 
• Monofásica (polar) 
• Fluxo unidirecional da carga 
• Ânodo e cátodo 
• Acúmulo de íons sobre os eletrodos 
 
• Bifásica (apolar) 
• A corrente elétrica flui em dois 
sentidos 
• Polaridade dos eletrodos se alterna 
(não é fixa) 
 
Robertson et al., 2009 
Simetria 
• Se uma fase é idêntica em 
relação à outra 
• Simétrica 
• Assimétrica 
Balanço 
• Densidade de energia das fases 
(área) 
• Balanceada 
• Desbalanceada 
Sempre um pulso simétrico será 
balanceado! 
Formas 
•Mais usadas 
•Quadrada 
•Retangular 
•Triangular 
•Senoidal (sinusóide) 
Características “gráficas” 
da corrente elétrica 
V
o
lt
ag
em
 (
V
) 
Tempo 
Fase 
Burst 
Amplitude (I) 
Pulso (T) 
Intervalo inter-pulso 
Intervalo inter-burst 
Aspectos relacionados à 
parametrização 
• Frequência (portadora) 
• Pulsos por seg (pps ou Hz) 
 
• Frequência de Burst 
• Trens de energia por seg (Hz) 
 
• Ciclo de trabalho 
• Porção que o Burst flui sobre o tempo total do ciclo (em %) 
 
• Intensidade (amplitude, amperagem) 
• 0-100 mA 
Robertson et al., 2009 
Fisiologia da dor e mecanismos 
de ação da eletroanalgesia 
Características das fibras nervosas, vias da dor, teoria das comportas e inibição 
(extra)segmentar 
Condução nas fibras nervosas 
• Diâmetro (2r) 
• > 2r, < limiar de excitação 
 
 
 
 
 
 
• Fibras mielínicas 
• Condução nervosa em saltos 
Receptores e tipos de fibras nervosas 
Característica A-β e A-α Fibras A-δ Fibras C 
Diâmetro (2r) Grande Pequeno Pequeno (< A-δ) 
Bainha de mielina Mielinizadas Mielinizadas Amielínicas 
Veloc. Condução rápida rápida (< A-β; 5-30 m/s) lenta (1 m/s) 
Tipo (de dor) Aguda (pontada) Contínua (profunda) 
• Mecanoceptores 
• Fibras A-β (sensorial) 
• Fibras A-α (motor) 
 
• Nociceptores cutâneos 
• Fibras A-δ 
• Fibras C 
Robertson et al., 2009 
Intensidade (gráfico I-T) 
Aδ e C 
Aα 
Aβ 
Vias da dor (níveis) 
Sistema 
Nervoso 
Periférico 
(SNP) 
Medula 
Espinal 
Tronco 
encefálico e 
Tálamo 
Córtex 
cerebral 
Robertson et al., 2009 
Transmissão da dor 
Vias da dor (estruturas) 
SNP 
• Fibras A-δ 
• Fibras C 
Medula espinal 
• Corno 
posterior 
• Substância 
gelatinosa 
T. encefálico e 
tálamo 
• Mesencéfalo 
• Massa 
periaquedutal 
cinzendta 
Córtex cerebral 
• Percepção 
• Consciência 
Sinapse 
Neurotransmisor (Substância 
P) 
Robertson et al., 2009 
Fibras A-β 
• Estimulação 
Liberação de GABA 
• excitabilidade das fibras 
nociceptoras 
Informação de dor 
• do estímulo 
Inibição segmentar (pré-sináptica) 
• Teoria das comportas 
• Mecanoceptores: >2r; mielinizados; c. rápida 
Robertson et al., 2009 
Subs Gelatinosa 
Inibição segmentar (pré-sináptica) 
• Inibição do estímulo doloroso a 
partir da estimulação de fibras 
A-beta 
• Liberação de GABA na SG 
• Inibição do estímulo doloroso 
Johnson, 2009 
Inibição segmentar (pré-sináptica) 
TENS 
• Estimulação 
A-α 
Contração 
muscular 
• Estimulação 
A-δ 
Substância 
gelatinosa 
• Ativação do 
interneurônio 
Inibição da dor 
• Através da 
liberação de 
Encefalina 
Robertson et al., 2009 
Inibição segmentar por meio de TENS Acupuntura; 
Intensidade motora. 
Inibição extrassegmentar 
• A estimulação das fibras nervosas A-delta 
leva a 
• Ativação do periaqueduto cinzento 
• Medula rostral ventromedial (via inibitória da 
dor) 
• Inibição das vias descendentes facilitadoras da 
dor 
• Maiores efeitos foram observados quando 
fibras nervosas A-alfa são ativadas (motoras) 
quando comparadas com as A-beta 
(sensoriais). 
• A ativação de fibras A-delta causa depressão 
da atividade nociceptora central por até 2 hrs 
Johnson, 2009 
Inibição extrassegmentar 
Fibras A-δ 
• Estimulação 
Mesencéfalo 
• Massa 
periaquedutal 
cinzenta 
• Núcleo de Rafi 
Trato 
espinotalâmico 
• Fibras A-δ 
descendentes 
Substância 
gelatinosa 
• Interneurônio 
• Liberação de 
Encefalina 
Via ascendente Via descendente 
Robertson et al., 2009 
Inibição periférica 
(colisão anti-drômica) 
• A Estimulação elétrica estimula uma 
porção do axônio 
 
• O estímulo ascende e DESCENDE ao 
longo do axônio 
 
• Resultado: O estímulo doloroso que 
vai acender se COLIDE com o estímulo 
da TENS que está DESCENDO 
Johnson, 2009 
Johnson, 2009 
Inibição periférica 
(colisão anti-drômica) 
• Maiores chances deste 
mecanismo ocorrer quando 
fibras A-delta são ativadas (Ex: 
TENS breve-intenso) 
 
• Como se a TENS congestionasse 
a fibra A-delta (dolorosa) 
Johnson, 2009 
O portal da dor 
• Condições normais 
• Processamento central da dor 
(SNC) advinda de estímulos 
nociceptivos da periferia (SNP) 
 
• Para a dor se tornar consciente o 
estímulo passa por diversas 
estruturas 
• As estruturas mais baixas do SNC 
(medula) seriam este portal para 
receber o estímulo da periferia (SNP) 
Johnson, 2009 
O fechamento do portal 
• A estimulação com TENS diminui 
a passagem do estímulo 
doloroso dificultando a sinapse 
entre nociceptores e SNC na 
medula espinal 
 
• Fechando assim o portão/portal 
da dor 
Johnson, 2009 
Resumo [mecanismos de ação] 
• Estímulo sensorial (Aβ) > Inibição segmentar 
• TENS convencional 
 
• Estímulo motor (Aα) > estimula as fibras Aδ > Inibição extrasegmentar 
• TENS acupuntura 
 
• Estímulo doloroso (Aδ) > Inibição extrasegmentar 
• TENS breve-intenso 
 
Lembrar que... 
Johnson, 2009 
Gráfico IT 
Estimulação Elétrica Nervosa 
Transcutânea (TENS) 
Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) 
Definição, histórico, características físicas, efeitos fisiológicos e terapêuticos 
Definição 
Qualquer equipamento que produza/forneça eletricidade e esta atravesse 
a pele intacta e ative os nervos abaixo desta. 
Jones e Johnson, 2009 
Histórico 
 
•Uso de correntes elétricas para analgesia 
data de 2.500 A.C. no antigo Egito 
 
•Peixes elétrico eram utilizados em diferentes 
partes do corpo 
 
•Johnson (2009) 
•Fonte: https://therockyriver.com/fishing-in-
ancient-egypt/ 
 
https://therockyriver.com/fishing-in-ancient-egypt/
https://therockyriver.com/fishing-in-ancient-egypt/
https://therockyriver.com/fishing-in-ancient-egypt/
https://therockyriver.com/fishing-in-ancient-egypt/
https://therockyriver.com/fishing-in-ancient-egypt/
https://therockyriver.com/fishing-in-ancient-egypt/
https://therockyriver.com/fishing-in-ancient-egypt/
Histórico 
 
•No século 18 geradores eletrostáticos 
ajudaram a popularizar a eletroterapia 
 
•O aumento do uso de tratamentos 
farmacológicos fez com que houvesse uma 
queda do uso da eletroterapia no fim do 
século 19 
 
•Johnson (2009) 
•Fonte: 
https://www.sciencephoto.com/media/8108
92/view/nollet-s-electrostatic-generator-
18th-century 
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-centuryhttps://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
https://www.sciencephoto.com/media/810892/view/nollet-s-electrostatic-generator-18th-century
Histórico 
• Em 1965 a publicação de 
Melzack e Wall “Mecanismos da 
dor: Uma nova teroria” (Pain 
Mechanisms: A New Theory) 
reacendeu o interesse pela 
eletroterapia. 
Melzack e Wall (1965) 
Histórico 
Melzack e Wall (1965) 
Características físicas 
• Pulsada (CP) 
• Bifásica 
• Intervalo inter-pulso 
 
• Baixa frequência (< 1 kHz) 
• 1-200 Hz 
 
• Formato de onda 
• Geralmente retangular 
• Retangular/”triangular exponencial” 
Robertson et al., 2009 
TENS 
https://ibramed.com.br/site/en/eq
uipamentos/neurodyn-tens-fes-2/ 
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
https://ibramed.com.br/site/en/equipamentos/neurodyn-tens-fes-2/
Efeitos fisiológicos 
Estimulação das fibras nervosas 
• SNA 
• Bomba muscular 
• Reflexo axonal 
• Fluxo sanguíneo 
• Temperatura 
• Metabolismo celular 
Temperatura tecidual 
•Humanos saudáveis 
•Nn. Ulnar 
•+ 1,0°C mãos 
Temperatura tecidual 
•Humanos com queixas álgicas não malígnas 
•+ 2,5°C em indivíduos que obtiveram 
analgesia. 
Temperatura tecidual 
• Mulheres assintomáticas 
• Mãos 
• + 2°C em grupo de 4 Hz 
Temperatura tecidual 
Sem alterações na temperatura 
tecidual independente da frequência 
utilizada 
Temperatura tecidual 
Sem alterações na temperatura 
tecidual independente da 
intensidade utilizada 
Metabolismo celular 
Lei de Van’t Hoff 
• A cada 4°C aumenta-se o metabolismo em 50% 
 
• Ou.. A cada 1°C aumenta-se o metabolismo em 13% 
 
Robertson et al., 2009 
Reflexo axonal 
TENS 
Estímulo das Fibras 
A-delta e C 
Reflexo axonal 
(antidrômico) – 
ramo axônio 
terminal 
Liberação de 
neuropeptídeos 
(SP, CGRP, VIP) 
Vasodilatação > fluxo sanguíneo 
Khalil et al., 2001; Robertson et al., 2009; Machado et al., 2012; 2016; Kubasch et al., 2017 
Fibras amielínicas e de menor 
diâmetro. 
 
Necessária maior intensidade 
para estimulá-las 
Reflexo axonal 
Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
(SNAS) 
Orgão Efeito - Estimulação 
Pupila Dilatação 
Coração > Frequência e força de contração 
Brônquios Broncodilatação 
Vasos sanguíneos Vasodilatação no músculo estriado esquelético 
Glândulas sudoríparas Estimuladas, secreção de suor 
Silverthorn (2009) modificado 
Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
(SNAS) 
• Resultados dos mais diversos 
entre estimulação e inibição do 
SNAS 
Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
(SNAS) 
Ebersold et al., 1977 
• Resposta sudomotora, 
FC, PA, reflexo pupilar, 
temp. 
• Sem influência 
Reeves et al., 2004 
• Resposta sudomotora, 
FC, PA, reflexo pupilar, 
temp. 
• Sem influência 
Okuyucu et al., 2017 
•Resposta sudomotora 
•Inibição do SNAS (alta 
e baixa F) 
Fluxo sanguíneo 
Cramp et al., 2000 
• Humanos saudáveis 
• Nn. Mediano 
• Aumento em grupo de 4 Hz 
Cramp et al., 2002 
• Humanos saudáveis 
• Nn. Mediano 
• Aumento em grupo de 
intensidade motora 
Fluxo sanguíneo 
Cramp et al., 2000 Cramp et al., 2002 
Contração muscular 
Músculo 
estriado 
esquelético 
Contração 
muscular 
Aumento o 
metabolismo 
muscular 
Liberação de 
subs 
vasodilatadoras 
Vasodilatação 
Aumento do 
fluxo 
Repouso 
Diminuição do 
metabolismo 
muscular 
Diminuição de 
temperatura e 
fluxo 
Scudds et al., 1995; Sherry et al., 2001 
Transferência de calor 
Homem (homeotérmico) ≈ 36°C 
Eletrodo: inanimado, não é 
fonte de calor. 
Perda de calor por condução. 
Ambiente à 24 +/- 1°C. 
Perda de calor por radiação. 
Indergrand e Morgan (1994); Scudds et al., 1995 
 Robertson et al., 2009 
Ambiente 24 +/- 1°C 
Fator de Crescimento Endotelial 
Vascular (VEGF) 
• Aumento da re-epitelização e angiogênese a partir da expressão de CD31 e 
VEGF (corrente e parâmetros não especificados – estudo de reparação tecidual 
em humanos saudáveis) 
Sebastian et al., 2011 
• A liberação de VEGF com correntes elétricas terapêuticas deve ser parâmetro 
dependente 
Liebano e Machado (2014) 
 
• A estimulação elétrica pode liberar VEGF, mas os dados da literatura ainda são 
insuficientes 
Liebano e Machado (2014); Machado et al., 2017 
Efeitos fisiológicos 
As diferenças metodológicas entre 
estudos que avaliam os efeitos 
vasculares relacionados à TENS limitam 
as comparações entre estes, o que pode 
ser o motivo da existência de resultados 
conflitantes. 
Reeves et al., 2004 
Efeitos terapêuticos 
• Johnson (2009); Robertson et al., 2009 
Analgesia 
• Liebano et al., 2006; 2008; Machado et al., 2012; 2016;2017 
Modulação da reparação tecidual 
• Mendonça et al., 2017; Tonezzer et al., 2017 
Diminuição de sintomas de neuropatias periféricas 
Modulação de neuropatias 
TENS promoveu diminuição do 
sintoma de disestesia. 
Mendonça et al., 2017 
Modulação de neuropatias 
• Resultados promissores na 
diminuição dos sintomas da 
neuropatia periférica induzida 
pela quimioterapia 
Modulação da reparação tecidual 
Machado et al., 2016 
TENS de baixa frequência promoveu 
modulação da reparação tecidual após 
lesão tegumentar aguda. 
Modalidades e aplicação 
Modalidades 
Parâmetros/TENS Convencional Acupuntura Intenso Burst 
 
Johnson 
F Port./Burst 100-150 Hz 2-10 Hz 150-250 Hz 100/2-3 Hz Paciente 
escolhe 
L. de pulso 50-80 µs 200-300 µs > 300 µs 100-300 µs 20-50 µs 
Intensidade Sensorial Sens/motora Dolorosa Motora Sensorial 
Tempo tto 30 min 30 min 10-15 min 30 min 40-50 min 
Conceito por modalidade 
Parâmetros/TENS Convencional Acupuntura Intenso Burst 
 
Johnson 
F Port./Burst Alta (> 50 Hz) Baixa (< 10 Hz) Alta (> 50 Hz) Variável Variável 
L. de pulso Baixa (< 100 µs) Alta Alta (> 300 µs; dor) Média Baixa 
Intensidade Sensorial Máx. tolerado Dolorosa Motora Sensorial 
Tempo tto Médio Médio Breve Médio Longo 
Frequências – nível motor 
TENS Breve-intenso 
Uso comum por modalidade 
• Dor aguda 
• Tradicional, normal, convencional, Hi-TENS 
• TENS Johnson 
 
• Dor crônica 
• Acupuntura, Lo-TENS 
• Burst 
 
• Dor “intratável” 
• Breve-intenso 
Protocolo de aplicação segura 
(Johnson 2009 - modificado) 
Aplicação segura 
• Verificar contraindicações com o paciente 
• Testar sensibilidade da pele 
• Inicialmente o equipamento deve estar desligado e 
com a intensidade zerada 
• Parametrizar o aparelho (equipamentos analógicos 
permitem isto antes de ligar) 
• Conectar os eletrodos com os cabos e com a pele 
do paciente (intensidade zerada) 
• Aumente a intensidade devagar até o paciente 
sentir o começo da parestesia 
• Aumente a intensidade até o paciente sentir uma 
sensação forte, porém confortável 
• Averiguar resposta fisiológica desejada (sensorial, 
motora ou dolorosa) 
Finalização segura 
• Se puder, diminua a intensidade 
do aparelho aos poucos 
• Desligue o equipamento 
• Desconecte o cabo do eletrodo 
e retire o eletrodo da pele do 
paciente 
 
Procedimentos gerais 
• Explicar ao paciente 
• O que é e pra que serve 
• Indicações e contra-indicações 
• Resposta esperada (intensidade) 
• Sensorial, motora ou dolorosa 
 
• Posicionamento 
• Expor, limpar e secar área de tto (álcool 70%)• Parametrização 
 
• Colocação dos eletrodos 
Eletrodos 
Tipos Colocação 
 
• Auto-adesivo 
• 1/pcte 
 
• Silicone carbonado (karaya) 
• Gel hidrossolúvel 
• Ponto doloroso: Sobre o local da 
dor 
• Troncular (raiz nervosa): Um 
eletrodo na raiz nervosa e outro 
onde a dor está irradiando 
• Mioenergética: Ventre muscular 
• Trajeto nervoso: seguir o trajeto 
do nervo. 
 
Dicas 
• Conferir voltagem (110-220 V)! 
 
• Sempre conferir o contato aparelho-cabo e cabo-eletrodo 
 
• Nunca colocar as mãos em baixo do eletrodo quando ligado 
 
• Processos inflamatórios agudos e dores agudas, é melhor usar frequências altas 
e intensidades baixas (sensorial). 
 
• Eletrodos muito distantes entre si podem não “ligar” (do mesmo canal) 
Precauções e contraindicações 
Precauções e contra-indicações 
Não é contraindicado 
Implantes metálicos 
• Aplicação sobre a pele intacta 
• Os implantes metálicos não devem interferir na condução 
da corrente elétrica 
• Pacientes submetidos à artroplastias podem ser tratados 
com correntes elétricas 
Precauções 
Déficit circulatório 
• Na presença de doenças circulatórias severas a estimulação elétrica pode promover isquemia e exacerbar 
a dor 
• Caso a corrente elétrica aumente a demanda metabólica, a célula precisará de sangue, porém, este está 
com o acesso deficitário 
Fraturas instáveis, cirurgias recentes e osteoporose 
• Não utilizar estimulação elétrica à nível motor 
• Evitar contrações musculares vigorosas e consequentemente, fraturas por avulsão 
Convulsões e epilepsia 
• Não aplicar transcranial 
• Aplicar com cautela no resto do corpo 
• Estudos com resultados divergentes 
Precauções 
Útero gravídico 
• Evitar utilizar sobre abdome, lombar 
• Não realizar estimulação com intensidade motora em grandes grupos musculares 
• Risco de induzir o parto precocemente, embora existam estudos mostrando que isto não ocorre (Yokoyama et al., 2015) 
Afecções dermatológicas, tecido tegumentar lesionado 
• Uma solução da epiderme significa alteração da impedância da pele. A estimulação elétrica nessas condições pode 
representar perigo de lesões ou dor 
• A estimulação elétrica pode exacerbar processo inflamatório de eczema e dermatite de contato 
• Não usar eletrodos auto-adesivos para não perder tecido tegumentar fragilizado 
Abdome inferior 
• Evitar uso da corrente elétrica à nível motor 
• Aumento da motilidade gastrointestinal 
Precauções 
Tórax, coração e insuficiência cardíaca 
• Pode ser aplicada sobre o coração a nível sensorial em pessoas que não tenham doenças cardíacas 
Aplicação transcranial e em cabeça 
• Poucos estudos 
• Efeitos pouco compreendidos 
• Apenas profissionais capacitados para tal 
Órgãos do aparelho reprodutor 
• Efeitos desconhecidos sobre a gametogênese 
• Embora existam estudos que relatem a ejaculação induzida eletricamente no tratamento de lesados 
medulares e de incontinência urinária 
• Apenas profissionais capacitados para esta aplicação devem realizá-la com cautela 
Contraindicações 
Dispositivos eletrônicos 
• Não aplicar sobre estes 
• Neuroestimuladores, marca-passos e etc 
• Pode afetar funcionamento destes podendo gerar importantes alterações no paciente (ex: 
arritmia) 
Tumores e áreas recém irradiadas (até 6 meses) 
• Risco de promover aumento da atividade mitótica e nutrição, promovendo crescimento 
tumoral e metástases 
• Pouquíssimo estudado 
• Linkov et al., 2012 e Wang et al., 2018 não mostraram influências das correntes elétricas sobre 
tumores. 
Contraindicações 
Tromboflebite e TVP ativa 
• Risco de deslocar um trombo 
• Contraindicado tanto a nível sensorial, motor, local e remoto 
• Embora seja pouco provável o deslocamento deste, suas consequências podem ser catastróficas 
Condições hemorrágicas 
• A estimulação pode possivelmente aumentar a perda sanguínea 
Infecções, osteomielite e tuberculose 
• Pode promover o alastramento da infecção ou infecção cruzada entre paciente, fisioterapeuta e 
eletrodos 
• Embora existam estudos que mostrem bons resultados de correntes elétricas em lesões 
tegumentares (Machado et al., 2016) 
Contraindicações 
Zonas hipoestésicas, déficit de cognição e/ou comunicação 
• Não permitem que o paciente de o feedback relacionado à intensidade (segura) de tratamento 
• Embora dificilmente haja alguma lesão por conta da eletroestimulação a partir de correntes 
bifásicas 
Região anterior da cervical e seio carotídeo 
• A estimulação desta região pode acarretar na estimulação dos nervos vago e e/ou frênico 
acarretando em rápida queda da PA 
• Pode gerar espasmo muscular laríngeo 
Olhos 
• Efeitos desconhecidos 
Caso 1 
• Paciente JPBM, ♂ 
• 12 anos 
• 1° dia pós contusão em diáfise de tíbia 
• Queixa: dor em região de diáfise de tíbia ao toque 
 
• Como utilizar TENS nesse caso? 
Caso 2 
• Paciente CMBM, ♀ 
• 55 anos 
• Histórico de CA retirado em planta do pé 
• Queixa: lombalgia inespecífica crônica (> 6 meses) e difusa 
• Dor e inflamação crônicas tratáveis 
 
• Como utilizar TENS? 
 
Resposta 1 
• Modalidade: Contínuo ou Johnson 
• F: 100-150 Hz/pcte escolhe 
• T: 50-80/20-50 µs 
• I: Sensorial 
• Tempo = 30/40-50 min 
Resposta 2 
• Modalidade: Acupuntura ou Burst 
• F: 2-10/100 Hz 
• T: 200-300/100-300 µs 
• I: Máxima/motora 
• Tempo = 30 min 
Sugestões de protocolos 
Síndrome da bexiga hiperreativa 
• F = 10-20 Hz 
• T = 200 us 
• I = máx tolerada 
• Aplicação: 30 min 
• Tto: 8-30 sessões; 2xsem 
•Estimulação de nn. Tibial 
•+ QV e - incontinência 
Fibromialgia 
• F = 80-100 Hz 
• T = 150-200 us 
• I = máx tolerada 
• Aplicação: 30 min 
• Tto: 3-5xsem por 3-5 sem 
 
• Johnson et al., 2017 
•Tender points/região de queixa 
•- fadiga; - dor; + performace no trabalho; - 
rigidez, - ansiedade; - depressão 
 
Dor neuropática 
• F = 80-100 Hz 
• T = 50-200 us 
• I = máx tolerada 
• Aplicação: 20-30 min 
• Tto: diário ou alternado por 2-3 sem 
 
• Gibson et al., 2017 
•- Dor 
•Nível de evidência: Muito baixo 
Dor aguda 
• F = 80-100 Hz 
• T = 75-200 us 
• I = sensorial max 
• Aplicação: 20-30 min 
• Tto: 1xdia (quando dor) 
 
• Johnson et al., 2015 
 •- Dor aguda 
OA de joelho (enfermaria) 
• F = 80-120 Hz 
• T = 200-300 us 
• I = máx tolerada 
• Aplicação: 15-20 min 
•ATJ (enfermaria) 
•- Dor; - uso de morfina; + ADM 
•Resultados em até 24 hrs de PO 
OA de joelho (enfermaria) 
• Outras revisões sistemáticas 
mostram 
 
• - Dor; - consumo de opióides; - 
náusea; - vômito 
• Qualidade dos estudos: alta 
• Zeng et al., 2015; Li and Song 
(2017) 
 
Zeng et al., 2015 Li e Song (2017) 
F = LF (2-4 Hz) ou HF (80-
100 Hz) 
F = 80-150 Hz 
 
Aplicação: 20-60 min 
Tto: 5xsem por 2-4 sem Tto: 1xdia por 7-14 dias 
AVC 
• F = 100 Hz 
• T = 200 us 
• I = 2-3x limiar sensorial 
• Aplicação: 30-60 min 
• Tto: 5xsem 1xdia 
•+ Marcha; - espasticidade; + equilíbrio estático 
•Qualidade dos estudos: alta 
•+ Marcha; - espasticidade de tríceps sural 
•Em quadríceps, tríceps sural ou pontos de acupuntura 
•+ eficaz em fase aguda e subaguda 
Kwong et al., 2017 
Referências bibliográficas 
• Ammer K. Electrotherapy. Wien Med Wochenschr 1994;144(3):60-5. 
• Caffaro, Leonardo Affonso Massabki. Influência da estimulação elétrica nervosa 
transcutânea no crescimento de carcinoma 4T1 em glândula mamária de 
camundongos [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de 
Medicina; 2017 [citado 2017-10-31]. Disponível em: 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-06062017-083836/. 
• Jones I, Johnson MI. Transcutaneous electrical nerve stimulation. Critical Care 
Pain 2009;9(4):130-5. 
• Rennie S. Electrophysical agents contraindications and Precautions: An Evidence-
Based Approach to Clinical Decision Making in Physical Therapy. Physiother Can 
2011;62(5):1-80. 
• Robertson V, Ward A, Low J, Reed A. Eletroterapia explicada: princípios e prática. 
4ª Ed. São Paulo: Elsevier,2009. 
 
Obrigado! 
teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-06062017-
083836/pt-br.php 
leomassabki@usp.br 
@leocaffaro 
attivaresaude.com.br 
O conteúdo desse curso 
foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete 
de Setembro 
em parceria com o 
Professor(a) Leonardo 
A. Massabki Caffaro

Continue navegando