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AD1 - Geografia na educação 1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AD1 – 2019 - 2
Disciplina: GEOGRAFIA I
Coordenador (a): EDUARDO PIMENTEL MENEZES
Aluno (a): DEMERICE AZEVEDO DE SOUSA Matr.: 18112080466
Polo: NOVA IGUAÇU
1 – Faça uma pesquisa sobre a importância e o significado da Geografia no processo de aprendizagem da criança nos Anos Iniciais. (10,0)
Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino da Geografia pode e deve ter como objetivo mostrar ao aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer a uma realidade na qual as relações entre a sociedade e a natureza formam um todo integrado — constantemente em transformação — do qual ele faz parte e, portanto, precisa conhecer e sentir-se como membro participante, afetivamente ligado, responsável e comprometido historicamente. 
As expectativas de aprendizagem no campo da Geografia buscam orientar o trabalho pedagógico para que o estudante adquira consciência espacial e a capacidade de desenvolver raciocínios espaciais. A compreensão de diferentes territorialidades, os vínculos espaciais, a produção da paisagem, a mobilidade social, a formação de grupos sociais e sua interação com processos da natureza são articuladas a uma base conceitual da Geografia que dá sustentação para a interpretação do mundo vivido. No ensino da Geografia, os temas estruturam conceitos imprescindíveis para a compreensão da realidade e espaços. Eles permitem aos estudantes localizar e dar significação aos diferentes lugares e estabelecer relações desses com seu cotidiano. (SÃO PAULO, 2008, p. 08). 
Aprender e ensinar Geografia, nos tempos atuais, significa exercer uma ação pedagógica repleta de grandes desafios e de ricas possibilidades de trabalho. O desafio se encontra na necessidade de abordagem de diversos temas, conteúdos e conceitos fundamentais para o entendimento dos fatos, fenômenos e características de um mundo dinâmico e cada vez mais complexo. Dessa forma, os educadores deparam-se diariamente com uma série de possibilidades de trabalho junto aos alunos, que certamente não se esgotam em sala de aula, mas nela encontram o lugar ideal para comparar, analisar, debater, sistematizar e socializar antigos e novos conhecimentos fundamentais para a construção da cidadania. 
2 – Descreva os desafios e problemas que a Geografia enfrentou para sistematizar-se como ciência.. (5,0)
A forma como entendemos a Geografia passou por diversas mudanças até se estruturar da forma científica como é reconhecida atualmente. Os fundamentos teóricos e metodológicos surgiram no século XIX, no território tido hoje em dia como Alemanha, assim como outras ciências modernas tais como a Sociologia, Antropologia, Biologia, etc. 
O processo de nascimento e consolidação da Geografia como ciência está intrinsecamente relacionado ao processo de expansão do capitalismo na Europa. O início da Geografia como ciência moderna possibilitou o estudo e o agrupamento de informações sobre os mais diferentes lugares do planeta, por outro lado, legitimou o colonialismo europeu, seja através do conhecimento de recursos naturais necessários para impulsionar a industrialização europeia ou através dos grandes equívocos difundidos na época sobre o determinismo geográfico, responsável pela crença da superioridade racial de determinados povos sobre outros. 
Inicialmente, a Geografia foi um instrumento da burguesia, que possibilitou o domínio das relações capitalistas no mundo mediante a expansão de um modo de produção e exploração global. A burguesia, que desde o final da Idade Média lutava ideológica e politicamente contra os resquícios do feudalismo, consolidou-se como a grande vencedora e constituiu a formação dos “Estados modernos”. Assim, a ciência geográfica foi usada no intuito de satisfazer interesses específicos das classes que constituíam o poder político-militar do Estado e as classes que possuíam poderes econômicos, ou seja, os modos de produção capitalista (SANTOS, 2012).
A princípio, muito influenciada pelo conteúdo das teorias evolucionistas, a Geografia adquiriu um viés naturalista. O método de análise empregado pelos primeiros geógrafos consiste em uma visão bastante positivista, cartesiana e sistêmica. Ou seja, para se consolidar como ciência, os primeiros geógrafos utilizavam métodos construídos a partir das ideias de Auguste Comte, as quais valorizavam a evolução do pensamento religioso para o racional, valorizavam a observação e a descrição como fatores básicos da relação sujeito – objeto como ciência legítima.
Já a visão cartesiana se dava pelo fato da busca da observação e divisão do objeto até a mínima parte, sendo assim possível estudar e aprofundar os conhecimentos nos seus meros detalhes. Tal método, bastante empregado na Biologia, é importante, porém a visão atomística introduzida por Descartes dificulta, por outro lado, o entendimento holístico de determinado fenômeno, sendo perigoso esse tipo de análise para outras ciências como a Geografia.
A visão sistêmica fundamenta-se através das ideias do filósofo alemão Friedrich Schelling, o qual fomenta a visão da natureza como um organismo, composto por diferentes sistemas que se relacionam. Esses conceitos vigoram nas obras dos primeiros geógrafos, com destaque para os considerados “pais da Geografia”, os alemães Alexander von Humboldt e Karl Ritter.
Bibliografia:
SÃO PAULO. Coordenadoria de Gestão da Educação Básica/Secretaria de Estado da Educação. Expectativas de Aprendizagens de História e Geografia (Ensino Fundamental – Ciclo I). São Paulo: CENP/SEE, 2008. 
MORAES, Antônio Carlos Robert de. Geografia: Pequena História Crítica. Annablume Editora, 21ª Edição. São Paulo: 2007. 
SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova: Da Crítica da Geografia a uma Geografia Crítica. Edusp. 6ª Edição. São Paulo: 2012.

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