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Aula 04, 05 e 06 CIPA

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Convenção sobre a 
Prevenção de Acidentes 
5.1. Adcltntes Industriais Maiores 
A Conferência Geral da Olganizaçao Internacional do Trabalho. 
convocada em Genebra pelo Conselho de Administração do Es-
critório Sede da Organização Internacional do Trabalho, reuniu-se 
em 2 de junho de 1993, em sua octogésima reunião. 
Tendo em vista as pertinentes corwenç~ e recomendações in-
ternacionais do trabalho, especialmente a Convençao e a Reco-
mendaçJo sobre a Segurança e Saúde dos Trabalhadores, de 1981, 
e a Conw!nçáo e a Recomendaçao sobre os Produtos Químicos, de 
1990, e destacando a necessidade de adotar um enfoque global e 
coerente; 
Tendo em vista tamWm a coletJnea de recomendações ptitlcas 
sobre a prevenção de acidentes industriais maiores, publicada 
pelaOITem 1991; 
Considerando a necessidade de assegurar a actoçao de medidas 
apropriadas para: 
a) prevenir acidentes maiores; 
b) reduzir ao mínimo os riscos de acidentes maiores; 
c) reduzir ao mínimo as consequências desses acidentes maiores. 
Considerando as causas desses acidentes, particularmente erros 
de organização, fatores humanos, falhas de componentes. des-
vios das condições noonais de funcionamento, Interferências 
externas e fenômenos naturais; 
Tendo em vista a necessidade de cooperaçc\o, no 3mblto do 
Programa Internacional de Segurança de Produtos Químicos, 
entre a Organização Internacional do Trabalho, o Programa das 
Nações Unidas para o Melo Ambiente e a Organização Mundial 
da Saúde, assim corno com outras organizações governamen-
tais pertinentes; 
Tendo decidido pela actoçao de propostas relativas ~ preven-
ção de acidentes Industriais, maiores, tema que constitui a 
quarta questão da ordem do dia da Reunião, e havendo de-
liberado que essas propostas se revistam da forma de uma 
convenção lntemacional. 
Edilora &ca •CIPA (Comln&o~oe Pr9't•IÇl041t Aadel'iN) - GJlaPrMcoct.~rançadolrabllho • lr\M"O Paalw:nli · t• Edlçlo 
Adota, na data de vinte e dois de• Junho de 
mil nowcentos e noventa e três, a seguin-
te convenção, que poderá ser dernominada 
como a Convençao sobre a Prevenção de 
Acidentes Industriais Maiores, de 1993: 
Abnca I D■11■1"611 
Artigo 11 
1. A presente Convenção tem por objeto 
a prevenção de acidentes industriais 
maiores que envolvam subst\ncias 
perigosas e a limitação das conse-
quências desses acidentes. 
2. A Convenção aplica-se a Instalações 
sujeitas a ri.scos de acidentes maiores. 
3. A convenção não se aplica: 
(a) a Instalações nucleares e usinas 
que processem substancias ra-
dioativas, à exceçao dos st'tores 
dessas Instalações nos quais se 
manipulam substinclas nao ra-
dioativas; 
{b) a Instalações milltares; 
(e) a transporte fora da Instalação 
distinto do transporte por tubula-
ções. 
4. Todo Estado-membro que ratificar 
a f)feSente Convenção poderá, após 
consulta com as organizações mais 
representativas de empregadores e de 
trabalhadores Interessadas, e com ou-
tras partes também interessadas que 
possam ser afetadas, excluir de seu 
campo de aplicação instalações ou 
setores de atividade econômica nas 
quais se disponha de proteçjo equlva• 
lente. 
Artlgo:ZO 
Onde surgirem problemas especiais de re-
levante lmportancla, que tomem lmpos-
slvel põr Imediatamente em prática todas 
as medidas preventivas e de proteção pre-
vistas pela Convenção, todo Estado-mem-
CTPA - Gwia Prático tk ~rança do Trabalho 
bro, após se consultar com organizações 
de empregadores e trabalhadores e outras 
partes interessadas que possam ser afeta-
das, deverá criar planos para a progressiva 
Implementação das citadas medidas num 
determinado espaço de tempo. 
ArtigoJI 
Para os fins da presente Convençao: 
(a) a expressão "substãncla perigosa" de-
signa toda substãncla ou mistura de 
substancias que, em raz.ao de suas 
propriedades químicas. fislcas ou to-
xícológicas, isoladas ou combinadas,, 
constitui um perigo; 
(b) a expressão •quantidade llmíte" slgnl• 
fica, com ref~la a uma substancia 
ou a categoria de substancias perigo-
sas. a quantidade fixada por leis ou re-
gulamentos nacionais para condições 
especificas que, se excedida, Identifica 
uma Instalação como sujeita a riscos 
de acidentes maiores; 
(c) a express&o "Instalação sujeita a riscos 
de acidentes maiores• designa a lns• 
talaç&o que produz. transforma, ma-
nipula, utlilza, descarta ou armazena., 
de uma maneira permanente ou tran· 
sitória. uma ou várias substancias ou 
categorias de substancias perigosas., 
em quantidades que excedam a quan-
tidade limite; 
(d) a expressão "acidente maior" designa 
todo evento subit3neo, como emissao. 
incêndio ou explosão de grande mag-
nitude, oo curso de uma atividade em 
instalação sujeita a riscos de aciden-
tes maiores, envolvendo uma ou mais 
substãnc:las perigosas e que implica 
grave perigo, Imediato ou retardado. 
para os trabalhadores, a populaçlo ou 
o melo ambiente; 
(e) a expressão "relatório de segurança" 
designa documento contendo Infor-
mações técnicas, administrativas e 
operacionais relativas a perigos e ris• 
cos de lnstalaçlo sujeita a acidentes 
EdllDl'a &ca -CPA(Cominlo Nana c:ll Prtwooçlodl t,cd1 llN) · GJia PrMauJe ~rançado Tratlilh>- 8Nno Paolw7ll · 1• Eoiçlo 
Col!Wll{do sobre o Prrw,,çd,, d« A<idmta 
maiores e a seu controle, e que Justifi-
quem medidas adotadas para a segu-
rança da instalação; 
(f) o tenno •quase-acidente· designa todo 
evento subit&neo enYOlvendo uma ou 
mais substancias perigosas que. não 
fossem os efeitos. ações ou sistemas 
atenuantes, poderia ter resultado num 
acidente de maiores proporções. 
Prlndplmwals 
Artlgo4' 
1. Todo Estado-membro. à luz das leis e 
regulamentos, das condições e pra• 
tlcas nacionais. e em consulta com as 
organizações mais representativas de 
empregadores e trabalhadores e ou-
tras partes Interessadas que possam 
ser afetadas, deverá formular, adotar 
e rever, periodicamente, uma política 
nadonal coerente relativa à proteçJo 
dos trabalhadores, da populaçJo e do 
melo ambiente contra os riscos de acl• 
dentes maiores. 
2. Esta polltlca devera ser implementada 
por meio de medidas preventivas e de 
proteção para instalações com maior 
risco de acidentes e, onde l'or possível, 
promoverá a utilização das melhores 
tecnologias de segurança disponíveis. 
ArtlgoS' 
1. A autoridade competente ou órgão 
aprovado ou reconhecido pela au-
toridade competente devera, após 
consulta às organízações mais repre-
sentativas de empregadores e de tra• 
balhadores e a outras partes Interes-
sadas que possam ser afetadas, criar 
um sistema de Identificação de inst.i· 
lações mais sujeitas a riscos de aclden· 
tes maiores nos termos do Artigo 30, 
c), baseado numa lista de substâncias 
perigosas ou de categorias de subs-
tancias perigosas. ou de ambas, que 
Inclua suas respectivas quantidades 
limites, de acordo com as leis e regu-
lamentos nacionais ou com normas 
internacionais. 
2. O sistema mencionado no parágral'o 1 
acima serj regularmente revisto e atua-
lizado. 
Altlgo61 
A autoridade competente, após consulta às 
organizações ,epresentativas de emprega-
dores e de trabalhadores interessadas, to-
mará providências especiais para proteger 
informllÇ!o confidencial que lhe tiver sido 
transmitida ou posta à sua disposição nos 
termos dos artigos 811. 12, 13 ou 14, cuja re-
velação poderia causar prejulzo à empresa 
do empregador, desde que a citada provi-
dência nllo Implique graves riscos para os 
trabalhadores, a população ou o melo am-
biente. 
lluf 11t11bUldMe N Elll,r111•1res 
IMlllllcl{lcl 
Altlgo79 
Os empregadores identificarão toda insta• 
lação de risco sob seu controle, com base 
no sistema referido no artigo S". 
~ 
Altlgol' 
1. Os empregadores deverão notificar 
a autoridade competente sobre toda 
instalaçllo sujeita a riscos de acidentes 
maiores que tenham identificado: 
(a) dentro de um detenninado prazo, 
no caso de installlÇ!o jA existente; 
(b) antes de entrar em operação, no 
caso de uma Instalação nova. 
2. Os empregadores notificalio também 
a autoridade competenteantes do fe-
chamento definitivo de uma instala-
ção de risco maior. 
66 CIPA • Guia Prático th Sq,,rança do Trabalho 
,,,.,.J,I 
~lllatlwasà 1-"bbfl• 
Artlgo9" 
Com relação a cada Instalação sujeita a ris· 
co maior, os empregadores deverão criar e 
manter um sistema documentado de con-
trole de risco que preveja: 
(a) ldentlflcaçjo e estudo dos perloos e 
avallaç3o dos riscos. considerando 
Inclusive possíveis interações entre 
substAncias; 
(bl medidas técnicas que compreendam 
projeto, sistemas de segurança, cons-
trução, seleção de substãnclas qulmf-
cas, operação, manutenç3o e Inspeção 
sistemática da Instalação; 
(c) medidas organizacionais que lnduam 
formaça<> e instNÇao do pessoal, fot-
necimento de equipamentos de segu-
rança. níveis do pessoal, horas de tra· 
balho, definição de responsabllldades 
e controle de empresas externas e de 
trabalhadores temporarios no local da 
lnstalaçio; 
(d) planos e procedimentos de emergên• 
cia que compreendam: 
i) preparação de planos e procedi-
mentos eficazes de emergência 
local, lnclusíve atendimento mé-
dico emergenclal, a ser aplicados 
no caso de acidentes maiores ou 
de ameaça de acidente, com tes-
tes e avaliaçio periódicos de sua 
efidcla e A!llislio quando neces-
sário; 
li) fornecimento de lrlormações so-
bre possllll!is acidentes e planos 
inll!mos de emergência a autori-
dades e órgios respo~is pela 
preparação de planos e procedl-
mento.s de emergência para pro-
teçao do público e do meio am-
biente fora do local da instalação; 
Ili) toda consulta necessária com es-
sas autoridades e esses órgaos; 
(e) medidas para reduzir as consequên· 
cias de um acidente maior; 
(f) consulta com os trabalhadores e seus 
representantes; 
EdiAOrabca -CIPA{CO'nlllilo~c» ~dt ~,. GJl&Pnllt.o4-Segurançado 1'rlbllh0·8r\ll'O ~. t'Edlçlo 
Cmn•ct111('Uo wbrtt ,r Prr,-,nr,XI ,Ir ;\ ridrmr..s 
(g) a melhoria do sistema, incluindo me-
didas para a coleta de informações e 
análise de acidentes ou •quase-aciden-
tes~ As experlénclas assim adquiridas 
deverão ser debatidas com trabalha· 
dores e seus representantes e registra· 
das de conformidade com a legislação 
e a prática nacionais. 
Relltório ele Segul'lllÇI 
Artigo 10 
1. Os empregadores elaborarão relatório 
de segurança de acordo com as dispo• 
sições do artigo g,_ 
2. O relatório delll!f'á ser feito: 
(a) no caso de instalações de risco Já 
existentes. num determinado pra-
zo, após a notificação, prescrito 
pelas leis e regulamentos nacio-
nais; 
(b) no caso de Instalação de risco 
nova, antes de entrar em opera-
ção. 
Artigo 11 
Os empregadores reverão, atualizarão e 
modificarao o relatório de segurança: 
67 
(a) na eventualidad, de modificação 
que tenha significativa lnHuência 
no grau de segl.l'ança na instala-
ção ou em seus processos, ou nas 
quantidades de substáncias peri-
gosas presentes; 
(b) quando o progresso nos conheci-
mentos técnicos ou na avaliação 
de risco o recomendar; 
(c) nos intervalos estabelecidos por 
leis ou regulamentos nacionais; 
(d) a pedido da autoridade compe-
tente. 
Arúgo12 
Os empregadores deverão enviar à autori-
dade competente, ou pór à sua d isposíção, 
os relatórios de segurança referidos nos ar-
tigos 10 e 11. 
llelltórlo ele Adtl1ntes 
A,tigo13 
Os empregadofes deverio enviar à au-
toridade competente e a outros órgãos 
designados para esse fim, ou põr à sua 
disposição, os relatórios de segurança Ime-
diatamente à ocorrencla de um acidente 
maior. 
Editora t.nc:a · CIPA tC<mslilo lnaon.t oa Pt~ à1 AcdltrWNJ · Gula Prilliico dlt S.gurai,ça do Tl'abiltio • Bn.,no ~ • 1 • Eclçlo 
68 
Artigo 14 
1. Após um acidente maior e num prazo 
preestabelecido. os empregadores de-
verão submeter à autoridade compe-
t.ente relatório detalhado que ananse 
as causas do acidente e relacione suas 
consequências imediatas no locaL as• 
sim como todas as medidas adotadas 
para atenuar seus efeitos. 
2. O relatório de'<erá incluir recomenda-
ções detalhadas sobre as medidas a 
serem tornadas para evitar que o aci-
dente se repíta. 
S.1.1 . Comunicação dt Addente 
de Trabalho (CAT) 
A Lei n• 8.213/91 determina no seu artigo 
22 que todo acidente de trabalho ou doen• 
ça profissional deverá ser comunicado pela 
empresa ao INSS, sob pena de multa em 
caso de omiwo. 
S.1.2. Tipos de CAT 
CAT lnklal: acidente do trabalho, tipí• 
co ou de trajeto, ou doença profissio-
nal ou do trabalho; 
CAT de reabertura: reinicio de tra• 
tamento ou afastamento por agrava-
mento de lesão de acidente do tra-
balho ou doença profissional ou do 
trabalho, já comunicado anteriormen-
te ao lNSS; 
CAT de comunkaç.lo de óbito: fale-
cimento decorrente de acidente ou 
doença profissional ou do trabalho, 
ocorrido após a emissão da CAT inicial. 
A comunicação em epigrafe deverá ser fei-
ta ao INSS, em 24 horas úteis, em seis vias, 
com a seguinte destinaçao: 
1. ao INSS; 
2. à empresa; 
3. ao segurado ou dependente; 
CIPA - G11ia Prtlriro d, S,g11ranra tio Trobalho 
4. ao sindicato de classe do trabalhador; 
S. ao Sistema único de Saúde (SUS); 
6 . a Delegacia Regional do Trabalho Tec-
nicas de lnvestlgaçao de acidentes. 
5.2. Responsabilidades das 
Autoridades Competentes: 
Planos de Emergênáa Fora 
do Local 
Ardgo 15 
Com base na Informação fornecida pelo 
empregador, a autoridade competente as-
segurará que planos e procedimentos de 
emergência, contendo medidas para prote-
ção da população e do melo ambiente fora 
do local de cada instalaçao de riscos sejam 
criados, atualizados em intervalos apro· 
priados. e coordenados com autoridades e 
órgãos pertinentes. 
Ardgo16 
A autoridade competente assegurará que: 
(a) Independentemente de solicitação, 
devem ser divulgadas, entre a popula· 
çâo passivei de ser afetada por aciden• 
te maior. informações sobre medidas 
de segurança e comportamento apro-
priado a ser adotado em caso de aci-
dente maior e sejam tais Informações 
atualizadas e retransmitidas em inter· 
valos apropriados; 
(b) em caso de acidente maior, o alerta 
deve ser dado tão logo quanto pos-
sível; 
(c) quando as consequências de um aci-
dente maior puderem ter efeitos além 
da.s fronteiras, as informações de que 
tratam as allneas a) e b) acima serão 
pa.s.sadas aos Estados Interessados, a 
título de contrlbuiç~o <om medidas 
de cooperação e coordenação. 
Editora Erica · CIPA CC<mido ,.,....,,. OI Pt"9ftÇio dt Ac:dlrnl) · Guia Priiim ct. S.gurarça do Trabiitlo · Bruno~· 11 Eclçlo 
Conw,,çdo sobre a P1ffl'nlçdo iÚ Addmtm 
S.l. Zoneamento de lnstalaps 
de Risco de Acidente Maior 
Artigo 17 
A autoridade competente devera estabe• 
lecer uma polftfca global de zoneamento 
com vista ao adequado Isolamento de no-
vas Instalações de risco maior de 6reas re-
sidenciais e de trabalho, e de lognKlouros 
públlcos, assim como medidas adequadas 
para Instalações Ji\ existentes. Essa política 
dever6 refletir os prindplos gerais enuncia-
dos na Parte li desta Convenção. 
5.4.ln~ 
Artigo 11 
1. A autoridade competente dispora de 
pessoal devidamente quallfiado e 
competente, e suficiente apoio t«· 
nico e proliuional para Inspecionar, 
Investigar, avaliar e acompanhar rnati· 
rias tratadas nesta Convenção e garan-
tir a obseniãncia de leis e regulamen-
tos nacionais. 
2. Representantes do empregador e re-
presentantes dos trabalhadores de 
uma lnstalaç.\o de risco de acidente 
maior t~ a oportunidade de acom-
panhar os Inspetores na supervlsio da 
apllcaçio das medidas prescritas por 
força desta C~nção. a menos que 
os Inspetores considerem, à luz de 
Instruções gerais da autoridade com-
petente, que Isso possa prejudicar o 
desempenho de suas funções. 
Anigo19 
A autoridade competente tera direito de 
suspender toda o~ que represente 
ameaça iminente de um acidente maior. 
5.5. Direitos e Obriga~ dos 
Trabalhadores e de Seus 
Representantes 
Artigo20 
69 
Numa Instalação de risco de acidente 
maior, os trabalhadores e seus represen-
tantes serio consultados por melo de apro-
priados mecanismos de cooperaçJo para 
assegurarum sistema seguro de trabalho. 
Os trabalhadores e seus representantes de-
veria sobretudo: 
(a) estar suficiente e adequadamente 
Informados dos riscos ligados a essa 
Instalação e suas possíveis conse-
quências; 
(b) ser informados sobre quaisquer or-
dens, Instruções ou recomendações 
feitas pela autoridade competente; 
(c) ser consultados na elaboração dos 
seguintes documentos e a eles ter 
acesso: 
1) relatório de segurança; 
IO planos e procedimentos de emer-
gência; 
íií) relatórios de acidente; 
(d) ser regularmente Instruídos e treina-
dos nas praticas e procedimentos para 
prevenção de acidentes maiores e no 
controle. de eventos susceptlvels de 
resultar em acidente maior e nos pro-
cedimentos de emergência a serem 
seguidos na eventualidade de um aci-
dente maior; 
(e) nos !Imites de suas funções e sem cor-
re.r o risco de serem de alguma forma 
prejudicados. tomar medidas cor-
retivas e. se necessário, interromper a 
atividade onde, com base em seu trei-
namento e expe.rlênda, considerem 
ter razoável Justificativa para crer que 
haja risco Iminente de acidente maior; 
Informar seu supervisor antes, ou lme-
Edii101'1i ÚIC:a °CPA (Con1llilo.,.,_OI P.•v•IÇ6o-.1tAodwall)· GJlaPrMco0.8-glJral'JÇlldo ,,._,._,. BNnoPIICIIW:nli. t •Edlçlo 
70 
diatamente depois, de tomar essa me-
dida ou, se for o caso, soar o alarme; 
(f) discutir com o empregador qualquer 
risco potencial que considerem capaz 
de gerar um acidente maior e ter di• 
reito de informar a autoridade compe-
tente sobre esses perigos. 
Artigo21 
Os trabalhadores empregados no local de 
uma Instalação de risco de~o: 
(a) observar todas as práticas e proce-
dimentos relativos li prevenção de 
acidentes maiores e ao controle de 
eventos susceptiveis de dar origem a 
um aàdente maior nas instalações de 
risco; 
(bl observar todos os procedimentos de 
emergência caso ocorra um acidente 
maior. 
S.6. Responsabilidade dos 
Países Exportadores 
Ard9022 
Quando, num Estado-membro exportador, 
for proibido o uso de substâncias, tecnolo-
gias ou processos perigosos por serem fon-
te potencial de acidente maior, esse Estado 
deverá informar todo país importador so-
bre essa proibição e as razões da medida. 
S.7. Disposições Finais 
Artigo23 
As ratificações formais desta Convenção se-
rão comunicadas, para registro, ao Diretor· 
-Geral do Escritório Sede da Organízaçlio 
Internacional do Trabalho. 
Anlgo24 
1. Esta convenção obrigará unicamente 
os Estados-membros da Organização 
Internacional do Trabalho cujas ratífi-
Cll'A • Gufo l'rtl tim d, S,1111r1111ça ,h, Tmbulho 
cações tiverem sido registradas pelo 
Diretor-Geral. 
2. A Convenção entrará em vigor doze 
meses após a data de registro, pelo 
Diretor-Geral das ratificações de dois 
Estados-membros. 
3. A partir dai, esta Convenção entrará 
em vigor, para todo Estado-membro, 
doze meses após a data do registro de 
sua ratificação. 
Arligo25 
1. O Estado-membro que ratificar esta 
Convenção poderá denunàâ-la ao fi. 
nal de um periodo de dez anos, a con-
tar da data de sua entrada em vigor, 
mediante comunicação do Oiretor-Ge-
ral do Escritório Sede da Organização 
Internacional do Trabalho, para regis-
tro. A denúncia não terá efeito antes 
de se completar um ano a contar da 
data de seu registro. 
2. Todo Estado-membro que ratificar 
esta Convenção e que, no prazo de um 
ano após expirado o período de dez 
anos referido no parágrafo anterior, 
não tiver exercido o direito de denún-
cia previsto neste artigo, ficará obriga· 
do a um novo perlodo de dez anos e, 
dai por diante poderá denunciar esta 
Convenção ao final de cada período 
de dez anos, nos termos deste artigo. 
Arligo26 
1. O Diretor-Geral do Escritório Sede da 
Organização Internacional do Traba• 
lho (Genebra) dará ciência a todos os 
Estados-membros da Organização In-
ternacional do Trabalho do registro de 
todas as ratificações, declarações e de-
núncias que lhe forem comunicadas 
pelos Estados-membros da Organiza-
ção. 
2. Ao notificar os Estados-membros da 
Organização sobre o registro da se-
gunda ratificação que lhe tiver sido 
comunicada, o Diretor-Geral lhes cha-
mará a atenção para a data em que a 
Convenção entrará em vigor. 
Editora {:nça • QPA (Ccm!Sdo ~ OI Prew•.çio 61 Ac:dilnlltS) • Gula ~ d9 Segurança Cio Tratah> • Btunc> ~ • 1 • Ec,çlo 
Cnm1t'1Jftlo :rohro n Ptr-\'t'll(Ün tlr Ar.ide111a 
Artlgo27 
O DlmOl'-Geral do EKritórlo Srde da Or· 
ganlzação Internacional do Trabalho (Ge-
nebra) comunicará ilO Secretário-Geral das 
Nações Unidas, para registro nos termos do 
artigo 102 da Carta das Nações Unidas, ln-
formações circunstanciadas sobre todas as 
ratificações. declarações e atos de denún· 
eia por ele registrados, conforme o dispos-
to nos artigos anteriores. 
Artlgoll 
O Conselho de Administração do Escritó-
rio-Sede da Organização Internacional do 
Trabalho apresentará à Conferência Inter-
nacional do Trabalho. quando considerar 
necessário, relatório sobre a aplicação des-
ta Convenção, e analisará a conveniência 
de Incluir na pauta da Conferência a ques-
tAo de sua revisão total ou parcial. 
Artlgo29 
1. No caso de a Conferencia lntema-
clonal do Trabalho adotar uma nõi/a 
c.onvenção que reveja total ou parcial-
mente esta Convenção, a menos que 
a nova Convenção disponha de outro 
modo, 
(a) a ratificação, por um Estado-mem-
bro, da nova Convenção revi.sta 
implicará, Fpso jure, a partir do mo-
mento em que a convenção re-
vista entrar em vigor, a denúncia 
Imediata desta Convenção, nllo 
obstante o disposto no artigo 25 
supra; 
(b) esta Convenção deixará de estar 
sujeita a ratificação pelos Estados-
·membros a partir da data de en-
trada em vigOI' da convenção re-
vista. 
2. Esta Convenção continuará em vigor, 
em sua forma e conteúdo, nos Esta· 
dos-membros que a ratificaram, mas 
não ratificaram a Convenção revista. 
71 
Ardgo30 
As ver50es nos Idiomas lnglfi e francês do 
tellto desta Convenção são Igualmente ofi-
ciais. 
S.8. Recomendação nll 181 
Recomendação sobre a Prmnção de 
Aádenres Industriais Maiores 
A Conferência Geral da Organização Inter-
nacional do Trabalho, convocada em Gene-
bra pelo Conselho de Administração do Es· 
critôrio-Sede da Organização Internacional 
do Trabalho, e reunida na dila cidade em 2 
de junho de 1993, em sua 8()1 Reunião; 
Após decidir pela adoção de diversas pro-
postas relativas à prevenção de acidentes 
industriais maiores. tema que constitui a 
quarta quest.lo da ordem do dia da Reu-
nião, e após haver deliberado que as ditas 
propostas se revestissem de forma de re• 
comendaç.ão que complete a Convenção 
sobre a Prevenção de Acidentes Industriais 
MalOl'l!S, de 1993, adota, na data de vinte e 
dois de junho de mil novecentos e noven-
ta e três, a seguinte recomendação, que 
poderá ser citada como a RecomendaçAo 
sobre a Prevenção de Acidentes Industriais 
Maiores, de 1993. 
As disposições da presente Recomendação 
devem ser aplicadas conjuntamente com 
as da Convenção sobre a Prevenção de Aci· 
dentes Industriais Maiores. de 1993 (dora-
vante referida como ·a Convenção1 . 
1. A Organlzaç3o Internacional do Traba-
lho, em cooperação com outras orga-
nizações Internacionais interessadas. 
intergovernamentais ou não governa-
mentais, deveria adotar disposições 
com vista a um lnterdmblo interna-
cional de Informações sobre: 
E~E:nc::a • CIPAIConndo.,_,_dl Ptawnç.lodt~J • OulaPJ-.»dl 5-gura.çe do T,..-io , B,unoPmlndlf , t•Edlçlo 
72 
(a) práticas satisfatórias de segurança 
nas instalações de risco de aciden-
tes maiores. inclusive a oestão dos 
sistemas de segurança e a segu-
rança dos procedimentos de tra· 
balho; 
(b) acidentes maiores; 
(c) experiências adquiridas com os 
•quase-acidentes•; 
(d) tecnologias e procedimentos proi· 
bidos por razões de segurança e 
saúde; 
(e) organização de técnicas e dos ser· 
viços médicos necessários para 
enfrentar as consequências de um 
addente maior; 
(f) mecanismos e procedimentos 
utilizados pela autoridade com-
petente com Vista à aplicação daConvenção e da presente Reco-
mendação. 
2. Os Estados-membros deveriam, na 
medida do possível, enviar à Diretoria 
Internacional do Trabalho informações 
sobre os assuntos a que se refete o 
subparâgrafo (1) acima. 
3. A política nadonal estipulada na Con• 
venção, assim como a legislação na• 
cional e outras medidas com vista à 
aplicação dessa política, deveriam 
Inspirar-se, conforme o caso, na cole-
!Anea de recomendações práticas para 
a prevenç.\o de acidentes Industriais 
maiores, publicada pela OIT em 1991. 
4. Os Estados-membros deveriam desen-
volver políticas para fazer frente aos 
riscos e petlgos dos acidentes maiores 
e a suas consequências naqueles seto· 
res e atividades excluídos do campo 
de aplicação da Convenção, nos ter-
mos do seu ª"lgo 11, parágrafo 3. 
C/JlA • Guü, Prtltin1 ti,- St'Jlllrtmfu d<, Trabalho 
5. Reconhecendo que um acidente 
maior pode ter grandes consequen• 
cias nos termos de seu impacto sobre 
a vida humana e o meio ambiente, os 
Estados-membros deveriam incentivar 
a criação de sistemas de compensar 
trabalhadores o mais breve possível 
após o evento, e de controlar adequa-
damente seus efeitos sobre a popula-
ção e o melo ambiente. 
6. De conformidade com a Declaração 
Triparte de Principias sobre as Empre-
sas Multinacionais e Política Social, 
adotada pelo Conselho de Adminis-
tração da Diretoria Internacional do 
Trabalho, toda empresa nacional ou 
multinacional que tenha mais de um 
estabelecimento deveria adotar, sem 
discriminação, medidas de seguran• 
ça para prevenir acidentes maiores e 
controlar eventos capazes de resultar 
num acidente maior e para proteger 
os trabalhadores em todos os seus es· 
tabelecimentos. 
Exercícios 
1. Quando foi criada a Convenção sobre 
a Prevenção de Acidentes Industriais 
Maiores? 
2, De quem ê a responsabilidade pela 
Identificação de riscos de acidentes 
maiores? 
3. Quando o empregador deve notificar 
a autoridade competente sobre Insta• 
lações com riscos de acidentes maio-
res? 
4. Quando o relatório de segurança deve 
ser elaborado? 
5. Quantos tipos de Comunlcaçao de 
Acidentes de Trabalho (CATl existem? 
EdltOta Enca • CIPA~ComlHIO lrHrt\1109 Pltw•do-ot ~ · •Gula P,Na)Of &tou,anç-,, 00 T,.,...., • e,uno p~ • 1• Ed,çl,O 
Equipamento de 
Proteção Individual (EPI) 
6.1. Uso e Necessidade 
Seu uso está especificado na NR-<i, aprovada pela Lei 6.514 de 22 
de dezembro de 1977, da Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978 
que elena as condições de funciONmento de um EPI como lns• 
trumento neutralizltdor da Insalubridade, levando em conta o 
fator da adequabllldade ao risco, garantindo uma escolha com 
critérios, os quais devem ser especificados por um profissional 
competente (engenheiro, técnico em saúde e segurança do 
trabalho e outros). 
Os Equipamentos de ProteçJo Individual (EPI) devem ser for-
necidos pelo empregador ao emPf1!9ado que, pela função 
exercida na empresa, necessita para se proteger. 
A empresa está obrigada a fornea?r aos empregados. gratui-
tamente, Equipamento de Proteç&o Individual adequado ao 
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamen-
to, nas seguintes drcunst.\ncias: 
Edjer;i&it:a- CFA (Comilslo~O. p,.,.•.ç:too.Acólnllll}-GJlaPrilic:Dd•~ra!IÇldoTrat.llo-twunoPaalllliti-rEdiçlO 
74 
Sempre que as medídas de proteção 
coletiva forem tecnicamente inviàveis 
ou não oferecerem completa proteção 
contra os riscos de acidentes do traba-
lho e/ou doenças profissionais; 
Enquanto as medidas de proteção co-
letiva estiverem sendo implantadas e 
para atender a situações de emergén-
cia. A melhor maneira de sensibílizar e 
infonnar o uso correto de EPI é através 
de palestras, cursos e, principalmente, 
pela SIPAT. 
O empr~ deve fomec.er os EPls ade· 
quados ao trabalho com Certificado de 
Aprovação, emitido pelo Departamento 
de Segurança e Saúde do trabalhador, que 
deve atestar que o equipamento reúne 
condições de servir ao fim a que se presta. 
E de responsabilídade do empregador: 
Instruir e treinar os trabalhadores 
quanto ao uso e higienização dos EPls; 
Fiscalizar e exigir o uso dos EPls; 
Repor os EPIS danificados. 
Muitos acreditam que o Equipamento de 
Proteção Individual (EPI) é o principal re• 
curso ad()(ado para proteger o trabalhador, 
mas não é. 
A principal proteç~o do trabalhador em 
qualquer ativídade é um ambiente de tra· 
balho livre de riscos ã integrídade física e 
adequado às condições necessArias para se 
preservar a saúde e o meio ambiente. 
Inicialmente, cada empresa deve projetar 
seus ambientes de trabalho para atender 
às suas necessidades produtivas, mas pre• 
servando um ambiente salubre que preser• 
ve o meio ambiente. 
Cabe aos empregados se preocuparem 
com a saúde e Integridade tisica, para pro-
tegerem a sua prlnclpal fonte de renda. 
que é a capacidade de trabalho e não se 
esquecerem de que devem contribuir, ma[) 
do que com a utilização adequada dos EPts, 
com a manutenção de um ambiente de 
trabalho adequado às funç.ões e aos riscos 
Inerentes a elas. 
CI PA · Guia Prt1litv1 d, St!R"""'f" do Trobt.1/ho 
Ê importante lembrar que o uso do EPI, 
além de ser obrigatório, é também um re• 
curso de proteçAo ao empregado e não o 
último. 
Acrescenta que sAo obrigações do traba• 
lhador usar, manter e higienizar os EPls. 
O trabalhador que não cumprir essas obri• 
gações pode ser respons.ibilizado por isso. 
O funcionário está sujeito a sanções traba-
lhistas podendo inclusive ser demitido por 
justa causa. Conforme item 1.8.b. da NR-1, 
constitui ato faltoso pelo empregado a re-
cusa injustificada do uso do EPI. O empre-
gador pode responder na área criminal ou 
cível. pela negligência ou não fornecimen-
to do EPI, além de ser multado pelo Minis· 
tério do Trabalho. 
Ess.i proteçAo é usada para resguardar a 
cabeça, o tronco, os membros superiores. 
lnferio(es, a pele e o aparelho respiratório 
do Individuo. 
Os EPls eram muito desconfortáveis no 
passado, porém atualmente são confeccio-
nados com materiais leves e confortáveis. 
A sensação de desconforto está principal· 
mente nsoclada a fatores como a falta de 
treinamento e ao uso incorreto. 
O trabalhador recusa-se a usar os EPls so· 
mente quando não foi conscientizado do 
risco e da Importância de proteger sua s.iú-
de. 
Se conscientizado, o profissional exige pro· 
teçáo para trabalhar. 
A Ideia dos empregadores de que os EPls 
sao caros nao resiste a estudos que com-
provam que os gastos com EPls represen· 
tam. em média, menos de 0,05% dos inves· 
timentos necessArios para cumprir o seu 
planejamento (em alguns casos, o custo cai 
para menos de 0,01 ). 
Por ootro lado, o não uso do1 EPls e o nao 
cumprimento da legiSlaçAo podem acar· 
retar multas e ações trabalhistas, o que aca• 
ba se tomando bem mais custoso para o 
empregador, além das perdas de produção 
com os afastamentos. 
Edho,a E.rica • CIPA{COmiltlO~da Pte"9ftÇlo01AoclilrlllN• • GulaPtiaa>O.Segural'IÇ,IClofrlOll'lo 0 8tunoPIIOINcN • 1• E<IQIO 
EquÍpOIM1flo d, Proteção Individual (EPI) 
A neauidade desse entendimento i! por-
que, na maioria das IIIUeS, as empresas 
fome<em os EPls de maneira generalizada, 
MO cobrindo as necessidades dos empre-
gado.s. Esses equipamentos devem ser for-
necidos de acordo com as neceuídades 
individuais e a troca deve ser feita quando 
MO mais servirem ao uso proposto. Não 
existe prazo estipulado para a troca dos 
EPls. 
Para o bom funcionamento de urna orga-
nlzaÇio. nao basta projetar m6qulnas que 
minimizem erros humanos. 
Equlpamenros de Proteçlo Individual exl• 
gem papel central nesse cernlrlo, assim 
como o cuidar de quem opera as máqui-
nas. 
O relaàonamento entre as pessoas e os 
equipamentos, quando bem planejados e 
acompanhados de dispositivos que visam 
proteger o trabalhador, raz com que haía 
no ambiente melhor desempenho, com se-
gurança e conforto. 
6.2. Uso Especffim 
Quando pensamos em segurança e saúde 
no trabalho, a primeira pergunta que surge 
é •o que é EPI?~ 
Segundo o site Central do EPI', é definido 
pela legislação comoEquipamento de Pro-
teção Individual (EPI) todo melo ou dispo-
sitivo de uso pessoal destinado a proteger 
a Integridade física do trabalhador durante 
a atividade de trabalho. A função do EPI é 
neutralizar ou atenuar um posslvel agente 
agressivo contra o corpo do trab,lhador 
que ousa. 
Eles evitam lesões ou minimizam sua gra-
vidade, em casos de acidente ou exposição 
a riscos, também protegem o corpo contra 
' www.cenualdoeptcom.bt 
75 
os efeitos de substjncias tóxias, all!rgi-
cas ou agressivas, que causam as doenças 
ocupacionais. Segundo a NR-6 (Norma Re-
gulamentadora, 1998, p. 78-80), podem ser 
classificados em diferentes grupos: 
1- Proteçlo ,-. • cabe91 
protetores faciais destinados à prote-
ção dos olhos e da face contra lesões 
ocasionadas por partículas, respingos, 
vapores de produtos qufmkos e radia-
ções luminosas Intensas; 
capacetes para trabalhos em obras de 
construções e reformas, onde exista a 
po.sslbllldade, mesmo que remota, de 
quedas de partes soltaS e restos de 
materiais; 
óculos de segurança para trabalhos 
que possam causar ferimentos nos 
olhos, provenientes de lrnpact.o de 
partículas; 
óculos de segurança, contra rHplngos, 
para trabalhos que possam causar Ir-
ritação nos olhos e outras lesões de-
correntes da ação de líquidos agres-
sivos; 
Edil0111 &a· CPA (COmllllO.,.,,. O. P...,ttii!Çlo61 AcidtnlN) -0..,11 Pl'McoO. 5eVUr111'Çt 00 T'rat,eil'IO• 8t\lnO PIIOlll9CN • , • ECIIÇIO 
76 CIPA · Guia l'rtlliro tk Stg1mmra d,, Trub.1/ho 
óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, provenien· 
tes de poeiras; e 
• Owdos . p,<AelDes 11.dihos do tipo ODnàla ou pt.,gues de inse_ao 
óculos de segurança para trabalhos que possam causar Irritação nos olhos e outras le• 
sões decorrentes da açAo de radiações perigosas. 
Edi,:n &ica . CIPA (Coriililo k'ania dli P••••IÇào -.11 Ac:ólrllNJ. Gula PrillcD ct. S.11,1rança do Tr.lbilh>. e,\#)(1 ~. ,. Eclçlo 
EtJmptmk'nm tlt! Prmf'Çd,t Individual ( E.PIJ 
11· Proteçlo para os membros 
superiora 
luvas e/ou mangas de proteção e/ou 
cremes protetores que devem ser usa-
dos em trabalhos em que haja perigo 
de lesão provocada por: materiais ou 
objetos escoriantes. abrasivos, cortan-
tes ou perfurantes; produtos químicos 
corrosivos, cáusticos. tóxicos, alerg~nl-
cos, oleosos, graxos, solventes orgAni-
cos e derivados de petróleo; materiaís 
ou objetos aquecidos; choque elétri-
co; radiações perigosas; frio e agentes 
biológicos. 
,.,..u 
111- Proteçio para os IIMtllbros 
inhriores 
calçados ou botas impermeáveis para 
trabalhos realizados em lugares úml-
dos, lamacentos ou encharcados; 
calçados lmperrndvels e resistentes a 
agentes químicos agressivos; 
calçados de proteç.\o contra agentes 
biológicos agressivos; 
77 
calçados de proteção contra riscos de 
origem elétrica. 
-
G\IID 
~Ll 
IV· Proteçlo c,oolta quedas com 
diferença de nlvel 
cinto de segurança; 
cadeira suspensa; 
trava-quedas de segurança. 
f (. J 1 
1f: 
d_ 
V• Proteçlo auditiva 
protetores auriculares do tipo espu-
ma e concha para trabalhos ruidosos 
que necessitam atenuação do nível de 
pressão sonoro para garantir a salubri-
dade ocupacional. 
78 CIP,\ • G11ia Prtl tim ,1, StRllrtmça ,ln Trob,a/ho 
,.,. ... ,o 
Com orientações técnkas adequadas. a empresa pode adquirir esses equipamentos e trel• 
nar seus empregados para utilizá-los convenientemente e trabalhar com mais segurança. 
~WMTUN 
~~ 
o 
VI· Proteçlo respiratória 
Para exposições a agentes ambientais em 
concentrações prejudiciais à saúde do tra-
balhador: 
respiradores contra poeiras. para tra-
balhos que Impliquem produção de 
poeiras; 
respiradores e máscaras de filtro qul-
mico para exposição a agentes qulmi• 
cos prejudiciais à saúde; 
aparelhos de isolamento (autônomo 
ou de adução de ar), para locais de 
trabalho onde o teor de oxigénio seja 
inferior a 18% em volume. 
n,,.uz 
ECIIIIQ ~ • CIPA(C<wnlnlo .,.._ OI Prtvenc;io Ot ~ )• Guia PtMC:Oo. S.gurança do T,-...0 • 8tvno PaolNcN • 1• Ec,çAo 
Eq11iJ1'mk'nt1J ,/e f>rutrrú" lntlfriJ11t1I ( EPI) 79 
VII• Proteçlo do tronco 
avent.1is, capas, jaquetas e outras vestiment.ls especiais de proteção para trabalhos em 
que ha;a perigo de lesões provocadas por riscos de origem radioativa, riscos de origem 
biológica e riscos de origem química. 
VIII- Proteçlo do corpo Inteiro 
aparelhos de isolamento para locais 
de trabalho onde haja exposiçA<> a 
agentes qulmicos. absorvlveís pela 
pele, pelas vias respiratórias e dlgestl· 
va, prejudiciais à saúde. 
IX- Prvteçio da pele 
cremes protetores. Para cada Item 
existe uma grande variedade de EP1s a 
serem escolhidos. Evíte acidentes. 
R,,n6.14 
\ 
R,,nf,IS 
O uso cOrTeto do EPI pode salvar a sua vida. 
Use-o. 
Editon t~ • CIPA◄COml11to lt'INlfNI OI Pte'1911Q1o Ot .foólntiM) • Gula Pt.-C:OOI S..oura~ 00 T~ • 8f\ll'IO ~ • 11 l:clçlO 
80 
Exerdcios 
1. O que é Equipamento de Proteção In-
dividual (EPI)? 
2. Quais são as responsabílídades do em-
pregador relativas ao uso do EPI? 
3. Quais s.\o as responsabílidades do tra-
balhador? 
4 . O que acontece quando o trabalhador 
não cumprir suas obfigações relativa.s 
ao uso dos EPls? 
5. Qual a funç~o do EPI? 
CIPA - G11it1 Prtiriro tk S,g11rt1nro tk, Trol>tllho 
Edloa &ic:a. CIPA(Ccms&io kwM OI Preweuçio ât & 1 WWW) · Guia Pr.ia:::odl! Segurança do l ~ - Bnn1 P; 1 ,i • 11 Eclçlo 
Equipamento de 
Proteção Coletiva (EPC) 
Equlpamen10s de Ploteç.\o Coletiva, ou EPCs, são utlllz.ados para 
proteçio enquan10 um grupo de peuoas ~allza del2rmlnada ta-
refa ou atividade. 
Esses equipamentos MO são necessariamente para proteçjo de 
um coletivo. Muitas vezes sao apenas de uso coletivo, como, por 
exemplo, uma máscara de solda ou um cinto de segurança para 
alturas. 
Como exemplos de EPC podem ser citados: 
Redes de proteção (nállon) 
Sinaliz.adores de segurança (como placas e cartazes de adver· 
tência ou fitas zebradas) 
Extintores de lnctndlo 
Lav.t-olhos 
Chuveiros de segurança 
Exaustores 
Kit de primeiros socorros 
~~ 
-C!!!D 
!s-oe 01) 
,,,_,., 
Em contraste, máscaras e cintos de segurança sao Equipamen-
tos de Proteçio Individual (EPls). Apenas uma pessoa por vez 
pode usar os referidos EP1s, assim protegendo "o" colabora· 
dor. 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) deYem prote· 
ger todos os trabalhadores expostos a determinado risco. 
EdllOla &a· CPA (C:O,,illilo ll'Nfflit oe Pr9-.e1,ç6odt ~ ) · Gúla Pl'Mcciele Slgurançado l rabllho· Bruno PaallircN · 1• Ediçlo 
82 
Como exemplo, podemos citar o enclau-
suramento acústico de fontes de ruido, a 
ventllaç.áo dos locais de trabalho, a prote-
çao de panes móveis de mâqulnas e equi-
pamentos. a sinalização de segurança. a 
cabine de segurança biológica, capelas 
químicas, cabine para manipulação de ra-
dioisótoJX)s, extintores de incêndio, entre 
outros. 
Cabine para histologia 
A cabine deve ser construida em aço ino>1. 
com exaustão por duto. 1: especifica para 
trabalhos histológicos. 
(aPfla química 
Deve ser construída de forma aerodlni\mi-
ca, de maneira que o fluxo de ar ambiental 
nao cause turbulências e correntes, redu-
zindo, assim, o perigo de inalação e a con• 
taminação do operador e do ambiente. 
Manta au cobffnlr 
Serve para abafar ou envolver a vítima de 
Incêndio, devendo ser confeccionado em 
lá ou algodão grosso, n.\o sendo admitidos 
tecidos com fibras sintéticas. 
Vasa dt artio au balde dt arda 
1: utilizado sobre o derramamento de álca· 
lis para neutralizá-lo. 
Mangueira dt incêndio 
O modelo padrão, comprimento e localiZa-
çáo são fornecidos pelas normas do Corpo 
de Bombeiros. 
Sprlnklt 
E o sistema de segurança que, pela eleva-
ç.ao de tempe,atura, PfodUZ fones borrifos 
de água no ambiente (borrifador de teto). 
Cll'i\ • Gula Prtltitv1 d, Srg11rw,ça do Trobulho 
Alças de transferindo dtsairt6veis 
São alças de material plástico estêrll, des• 
cartáveis após o uso. Apresentam a vanta• 
gem de dispensar a flambagem. 
MiuoinciMrador de alça dt tronsftlincia mttd/ica~ aquecido a gás ou eletricidade. Possui an-
teparos de cerãmica ou de vidro de silicato 
de boro para reduzir, ao mínimo possível, a 
dispersão de aerossóis durante a flamba· 
gem das alças de transferência. 
Luz u/tnmo/tta 
Umpada germicida cujo coml)firnento da 
onda eficaz é de 240 nm. Seu uso em cabi-
ne de segurança biológica não deve exce-
der 1 S minutos. O tempo médio de uso é 
de 3.000 horas. 
Dispositiras de pipttagem 
São os dlspositívos de sucção para pipetas. 
Exemplos: plpetador automático, pera de 
borracha e outros. 
l'rol'fÕO do sistema de rúcuo 
São filtros do tipo canucho que Impedem 
a passagem de ae<ossóls. Também é usado 
o frasco de transbordamento, que contém 
desinfetante. 
(onttll{ÕO para homogfmilador, agitador, 
ultrassom etc. 
Devem ser cobertos com anteparo de ma-
terial autoclavável e sempre abertos dentro 
das cabines de segurança biológica. 
Ant,paro para miCIOS(ópio dt lmunofluomdndo 
E o dispositivo acoplado ao microscópio, 
que Impede a passagem de luz ultravioleta, 
que pode causar danos aos olhos, até mes· 
mo levando o operador li c.eguelra. 
Edlo-a bw.a · CIPA (Crm!Uilo 1~ de PteYa'IÇào dt AcdarW) · Guiil Prilim de Segural'Çi do Trabillho • Bn.nc Pi t n · 1• Eclçlo 
Equtpa,,w,t,o d, Pl'otlÇl,o Coltttva (EPCJ 83 
KJr pn limpm, tm azso dt dtm1mammto bkll6gko, qufmla, ou n,dio«wo 
E composto de traje de proteç!o, luvas. máscara, mascara contra gases. óculos ou protetor 
facia~ bota de borracha, touca, pAs para recolhimento do material, pinça para estilhaços de 
vidro, panos de esfregão e papel toalha para o chio. baldes, soda ciustlca ou bicarbonato 
de sódio para neutralizar a<:ldos, areia seca para cobrir "calls, detergente nio lnflamiivel, va-
porizador de formaldeldo, desinfetantes e sacos pliistlcos. 
Kit tlf prltMlm s«oms 
E composto de material usualmente indicado, inclusive antidoto universal contra cianureto 
e outros antldotos especiais. 
7.1. Modelos de Equipamento 
de Prote{io Coletiva (EPC) 
No desenvolvimento de serviços em Ins-
talações elétricas e em suas proximidades 
devem ser previstos e adotados equipa-
mentos de proteçiio coletiva. 
Cont. sinalzoçáo 
a 
-
' 1 
Flnalldlde: slnailzação de areas de trabit-
lho e obras em vias públicas ou rodovias e 
orientação de transito de veículos e de pe-
destres, podendo ser utilizado em conjun-
to com a fita zebrada, slnalizador STROBO, 
bandeirola etc. 
Fto tlf skla/JlO{do 
Finalidade: utilizada quando da delimita-
ção e do Isolamento de areas de trabalho. 
84 
Grodtmtflllkadobrdwl 
Flnalldllclc isolamento e sinalização de 
áreas de trabalho, poços de inspeçao. en-
trada de galerias subten1neas e situações 
semelha"tes. 
Sinallmdor mlOBO 
t 
• 
Flnalldlldc Identificar serviços. obras. « i-
dentes e ate~imentos em ruas e rodovias. 
Banqutto&olontf 
OPA - Gwta Prdttco tk Squrança do Trabalho 
Flnalldade: Isolar o operador do solo du-
rante a operaçio do equipamento guin-
dauto, em regime de linha energizada. 
Man111 lsolanm 
Flnaldilde: Isolar as partes energizadas da 
rede durante a execução de tarefas. 
Cobtrtllro lsolon~ 
Flnalldade: Isolar as partes energizadas da 
rede durante a execuç.\o de tarefas. 
Exerddos 
1. O que sao EPCs? 
l. Dê alguns exemplos de EPC. 
3. Dê alguns exemplos de modelos de 
Equipamento de Proteção Coletiva 
(EPC). 
EcliiCW&ca•C•A <ComllllO.,....OI Pft:..•IÇIOCII t 1 • J•OullPl"McoC,,.s.g..,ranç,ooTrlbd'0 • 8'\ll'IO~- •• Eolçlo

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