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1a Questão
A possibilidade de concessão, pelo juiz da causa, de tutela antecipatória do mérito, inaudita altera parte, em razão de requerimento
formulado nesse sentido pela parte autora em sua petição inicial, está diretamente relacionada ao princípio:
da inafastabilidade do controle jurisdicional;
da motivação das decisões judiciais.
do juiz natural;
da inércia da jurisdição;
do contraditório;
 
 
Explicação: Lei 13.105/2015: Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. Constituição Federal: Art.
5º, inciso XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
 
 
 
 2a Questão
Sobre a irreversibilidade recíproca no exame pelo juiz da concessão ou não da tutela antecipada é CORRETO afirmar que:
ocorrendo irreversibilidade recíproca, o juiz deverá negar o pedido de tutela antecipada.
haverá irreversibilidade recíproca apenas nas situações em que for possível admitir-se reconvenção ou pedido contraposto no
rito sumário;
a presença da chamada irreversibilidade recíproca torna obrigatória a oitiva da parte contrária, antes de ser concedida;
 a proporcionalidade e a razoabilidade são os dois elementos decisivos para formar a convicção do juiz, diante da
irreversibilidade recíproca;
 
 
Explicação:
Por vezes o exame dos pressupostos do fumus boni iuris e do periculum in mora não são suficientes para exame do caso concreto.
Nessas hipóteses deve o magistrado examinar a irreversibilidade do provimento e os efeitos concretos tanto para o autor como para
réu.
 
 
 
 3a Questão
Quanto à tutela provisória, assinale a alternativa correta:
A tutela provisória de evidência exige como requisito o dano irreparável ou de difícil reparação.
A tutela provisória de urgência nunca exige como requisito a probabilidade da existência do direito
A tutela provisória de urgência pode ser apenas cautelar
A tutela provisória pode se fundar na urgência ou na evidência
A tutela provisória de urgência pode ser apenas antecipada
 
 
Explicação: Artigo 294 do CPC
 
 
 
 4a Questão
As tutelas jurisdicionais provisórias são tutelas jurisdicionais não definidas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de cognição que
exigem, necessariamente, confirmação posterior, por meio de sentença. As tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas
espécies: urgência e evidência. Em relação à tutela de urgência, a alternativa incorreta é:
Possui natureza satisfativa.
A sua concessão ocorre quando uma das partes está manifestamente protelando o processo.
Exige demonstração de probabilidade do direito e perigo de dano ou risco.
Está sempre condicionada a assegurar o resultado útil do processo.
Objetiva garantir realização do resultado.
Gabarito Coment.
 
 
 
 5a Questão
Em relação às nulidades processuais, assinale a alternativa INCORRETA.
Se a nulidade é absoluta e declarável de ofício pelo juiz, não se sujeita à preclusão, podendo ser argüida em qualquer tempo
ou grau de jurisdição.
 O ato processual que atingiu a sua finalidade, apesar de ter sido praticado com desvio de forma, será anulado de ofício pelo
juiz ou a requerimento da parte;
Se a nulidade é somente de forma, ela é relativa; não sendo alegada pela parte na primeira oportunidade, se convalida por
força da preclusão;
Enquanto o juiz não declara a nulidade do processo, a relação processual existe e produz efeitos de uma relação válida,
podendo ocorrer o saneamento do vício a partir do momento em que se operar a coisa julgada;
 
 
 
 6a Questão
Sobre tutela jurisdicional marque a opção CORRETA:
A tutela cautelar tem natureza satisfativa.
A tutela reintegratória é modalidade de tutela preventiva.
O autor sempre receberá a tutela de seu direito material quando provocar a jurisdição.
A tutela inibitória não depende da ocorrência ou comprovação de efetivo dano para ser requerida.
A tutela de urgência visa a impedir o comportamento ilícito do réu.
 
 
Explicação:
Observar que o art. 311 do CPC trata da tutela de evidência e que seus pressupostos são diversos da tutela de emergência.
 
 
 
 7a Questão
(XXIV Exame Unificado/2017/OAB/adaptada) - O Sr. João, pessoa idosa e beneficiária de plano de saúde individual da sociedade
¿ABC Saúde Ltda.¿, começa a sentir fortes dores no peito durante a madrugada e, socorrido por seus familiares, é encaminhado para
a unidade hospitalar mais próxima.
 
O médico responsável pelo atendimento inicial constata um quadro clínico grave, com risco de morte, sendo necessário o imediato
encaminhamento do Sr. João para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Ao ser contatado, o plano de saúde informa que
não autoriza a internação, uma vez que o Sr. João ainda não havia cumprido o período de carência exigido em contrato.
 
Imediatamente, um dos filhos do Sr. João, advogado, elabora a ação cabível e recorre ao plantão judicial do Tribunal de Justiça do
estado em que reside.
 
A partir do caso narrado, assinale a alternativa correta.
Concedida a tutela de evidência requerida em favor do Sr. João, ela conserva sua eficácia na pendência do processo, apenas
podendo vir a ser revogada ou modificada com a prolação da sentença definitiva de mérito.
Concedida a tutela provisória requerida em favor do Sr. João, ela conserva sua eficácia na pendência do processo, apenas
podendo vir a ser revogada ou modificada com a prolação da sentença definitiva de mérito.
 Diante da urgência do caso, contemporânea à propositura da ação, a petição inicial redigida poderia limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido final. Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a
petição inicial em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar.
A tutela de urgência a ser requerida deve ser deferida, tendo em vista os princípios da cooperação e da não surpresa que
regem a codificação processual vigente, após a prévia oitiva do representante legal do plano de saúde ¿ABC Saúde Ltda.¿, no
prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Uma vez demonstrado o perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, o magistrado poderá conceder tutela de
evidência em favor do Sr. João, autorizando sua internação provisória na Unidade de Terapia Intensiva do hospital.
 
 
Explicação:
O novo CPC modificou todo o sistema de tutela judicial fundada em cognição sumária. Isto é, a tutela antecipada e a tutela
cautelar passaram a respeitar o mesmo regime legal, diferentemente do Código de 1973.
A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência:
Tutela de Urgência - será concedida quando forem demonstrados elementos que indiquem a probabilidade do direito,
bem como o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional;
Tutela da Evidência - dispensa a demonstração do perigo da demora, nos seguintes casos: ficar caracterizado abuso do
direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas
mediante prova documental e houver tese firmada em demandas repetitivas ou em súmula vinculante; se tratar de pedido
reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito; a petição inicial for instruída com prova
documentalsuficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.
A tutela de urgência é subdivida em cautelar e antecipada, com ambas podendo ser concedidas em
caráter antecedente ou incidental. A tutela de evidência só ocorre em caráter incidental.
O sistema das tutelas provisórias, está disposto nos os artigos 294 e 311 do NCPC.
As tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelas jurisdicionais não definitivas, concedidas pelo Poder
Judiciário em juízo de cognição sumária, que exigem, necessariamente, confirmação posterior, através de sentença, proferida
mediante cognição exauriente.A tutela de urgência exige demonstração de probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (artigo
300). A tutela da evidência independe de tais requisitos, porque ela é uma tutela ¿não urgente¿ (artigo 311). 
 
 
 
 8a Questão
 
(TRE/PR 2012 - FCC) - São condições da ação:
interesse de agir, inocorrência da prescrição ou de decadência e capacidade de ser parte.
possibilidade jurídica do pedido, legitimidade das partes e interesse processual.
capacidade postulatória, legitimidade das partes e interesse processual.
competência do juiz, inocorrência da prescrição e não terem as partes celebrado convenção de arbitragem.
possibilidade jurídica do pedido, não se achar perempta a ação e citação válida do réu.
 
 
Explicação:
De acordo com o Código de Processo Civil, são elementos identificadores da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir. A expressão
utilizada deixa claro, desde logo, que há elementos da ação que não as identificam, como o ¿interesse de agir¿. Com base nos
elementos da ação se determinam: a) os casos de cumulação de ações; b) os fatos que podem ou não ser conhecidos em uma ação,
sem que ela perca a sua identidade, transformando-se em outra. A alteração do pedido ou da causa de pedir é proibida (CPC,
arts. 264 e 321), mas há fatos que o Juiz pode conhecer, embora não alegados (art. 131), na inicial, entre eles o fato constitutivo
superveniente (art. 462); c) os casos em que há litispendência ou coisa julgada, a obstar uma segunda ação (art. 301, parágrafos) -
identificação de ações -, bem como os limites subjetivos e objetivos da coisa julgada, que atinge inclusive alegações não formuladas
(art. 474).

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