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7 CUSTOS - NOMENCLATURAS - OBJETIVOS - FINALIDADES

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GESTÃO EMPRESARIAL, CUSTO E FINANCEIRO PROF. PAULO CÉSAR ARENHART TACT 14 Página 1 
 
CUSTOS – ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS - NOMENCLATURAS 
- 7ª AULA 
Conceito 
A Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, 
mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços. Ela tem a função de 
gerar informações precisas e rápidas para a administração, para a tomada de 
decisões. É voltada para a análise de gastos da entidade no decorrer de suas 
operações. 
A Contabilidade de Custos planeja, classifica, aloca, acumula, organiza, 
registra, analisa, interpreta e relata os custos dos produtos fabricados e 
vendidos. Uma organização necessita ter uma contabilidade de custos bem 
estruturada para acompanhar e atingir seus objetivos em um mercado dinâmico 
e globalizado. 
 
Surgimento da Contabilidade de Custos 
A Contabilidade de Custo surgiu pela necessidade de avaliar estoques 
nas indústrias, por volta do século XVIII, quando acontecera a Revolução 
Industrial e teve como base a Contabilidade Financeira ou Contabilidade Geral, 
que foi sendo desenvolvida na Era Mercantilista para servir de grande base 
estrutural para as empresas comerciais. 
A partir da revolução industrial a contabilidade de custos muito evoluiu, 
passando a gerar informações, não só para controle, mas também para o 
planejamento e tomada de decisão. 
A contabilidade de custos aparece pela primeira vez com técnica 
independente e sistemática, nos Estados Unidos, envolvendo a produção 
industrial, sobretudo estudando os problemas de mão-de-obra e repercussões 
no custo industrial. 
Até então, as empresas apenas compravam e revendiam mercadorias, 
ou seja, apenas dedicavam-se ao comércio. Para apurar o resultado de suas 
operações com mercadorias, bastava calcular o Custo das Mercadorias 
Vendidas – CMV - que é apurado por meio da fórmula: CMV = EI(Estoque 
Inicial) + COMPRAS LÍQUIDAS – EF(Estoque Final) 
Hoje, dentro da Contabilidade de Custos, existem critérios e técnicas 
que solucionam de modo bastante adequado os problemas relacionados a 
esse aspecto. 
 
 
GESTÃO EMPRESARIAL, CUSTO E FINANCEIRO PROF. PAULO CÉSAR ARENHART TACT 14 Página 2 
 
O sistema de custos busca identificar os gastos com a produção (Custos 
totais), para que com base nestes dados possam ser realizadas classificações, 
análises, avaliações, controles e planejamentos, consequentemente, 
transforma-se num importante instrumento de gestão, como fonte primária e 
básica para a tomada de decisão. 
É importante ressaltar que a Contabilidade de Custos não se aplica 
somente às indústrias, sendo que é possível calcular custos comerciais, de 
serviços, agrícolas etc. Porém a ênfase maior é dada à atividade industrial, 
uma vez que é neste segmento seu maior campo de atuação (motivo esse que 
leva muitos a denominarem, erroneamente, a contabilidade de custos como 
sinônimo de contabilidade industrial). 
 
Objetivos da Contabilidade de Custos 
 A Contabilidade de custos foi inicialmente desenvolvida para fornecer 
dados de custos apropriados às demonstrações contábeis segundo os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade, porém teve uma importante 
evolução nas últimas décadas, tornando-se um instrumento da Contabilidade 
Gerencial. 
Em termos amplos é possível relatar o objetivo da Contabilidade de 
Custo como: A apreensão, classificação, registro, análise e interpretação dos 
valores físicos e monetários das variações patrimoniais – ocorridas, projetadas 
ou simuladas – pertencentes ao ciclo operacional da entidade, com vistas à 
tomada de decisões de cunho administrativo, nos seus diversos níveis de 
comando. 
Especificamente a Contabilidade de Custos objetiva a (o): 
a) avaliação de estoques; 
b) atendimento das exigências fiscais; 
c) determinação do resultado; 
d) planejamento; 
e) formação do preço de venda; 
f) controle gerencial; 
g) avaliação de desempenho; 
h) controle operacional; 
 
 
GESTÃO EMPRESARIAL, CUSTO E FINANCEIRO PROF. PAULO CÉSAR ARENHART TACT 14 Página 3 
 
i) análise de alternativas; 
j) estabelecimento de parâmetros; 
k) obtenção de dados para orçamentos; 
l) tomada de decisão. 
 
Finalidades da Contabilidade de Custos 
A Contabilidade de Custos tem vários objetivos básicos, como visto no 
tópico anterior. Por sua vez, a aplicação do pensamento sistêmico explora e 
procura demonstrar a ligação entre os objetivos ideais e os reais de uma 
organização, podendo em alguns casos tais objetivos serem determinados por 
ações e não o contrário, como se imagina ser ideal. 
Assim, é possível interpretar que muitos objetivos são estabelecidos de 
acordo com a finalidade a que se propõe a entidade, ou seja, quais as 
necessidades que este sistema tenderá a anular, podendo ser elas 
genericamente de três ordens: 
1 Finalidade Contábil – o sistema de custos tem sua estrutura formulada para 
encontrar o custo do estoque a ser contabilizado e como consequência o CMV 
ou CPV, determinantes na apuração do rédito(é o fruto de uma dinâmica entre 
a atividade, o tempo e o capital). Para atender esta finalidade é importante 
frisar que todos os procedimentos devem ser efetivados segundo os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. 
2 Finalidade Administrativa – o sistema de custos que procura atender a 
finalidade administrativa tem com intuito principal estabelecer maneiras de 
controle, utilizando na grande maioria dos casos o sistema de custo padrão, 
podendo o administrador gerenciar seu sistema operativo. 
3 Finalidade Gerencial – o sistema tem como base o cálculo do custo atual, do 
custo futuro, do custo de reposição, entre outros, buscando subsídios para 
gerenciar seu sistema produtivo, na visão de curto e longo prazo, 
estabelecendo metas, preços de venda e estratégias. 
Os objetivos principais do sistema de custo gerencial são: 
- suprir a administração de informação para a tomada de decisão. 
- servir como ponto de orientação quanto a medidas de correção. 
 
 
GESTÃO EMPRESARIAL, CUSTO E FINANCEIRO PROF. PAULO CÉSAR ARENHART TACT 14 Página 4 
 
- acompanhar distorções de valores, níveis de eficiência de produção e 
qualidade dos padrões estabelecidos. 
- Identificar, entre outros aspectos, contribuição por produto, linhas 
deficitárias... 
 
Campo de Aplicação 
 Na indústria: a Contabilidade de Custos irá determinar: 
 O custo dos produtos vendidos 
 O estoque de produtos em elaboração (também chamado de “produtos 
em fabricação”) 
 O estoque de produtos acabados (ou prontos) 
 O estoque de insumos (matérias-primas, materiais de embalagem, 
almoxarifado, etc.) 
 
No comércio: 
 Aplica-se a Contabilidade de Custos no comércio? 
 Sim, pois suas premissas básicas são aplicáveis á formação do custo de 
mercadorias vendidas. Apesar de uma aplicação mais simples, “direta”, sem as 
complexidades advindas das operações industriais ou de serviços, a 
Contabilidade de Custos no comércio irá determinar: 
 O custo das mercadorias vendidas 
 O estoque de mercadorias 
 O estoque de bens não destinados á revenda (como materiais de 
consumo, etc.) 
 Nas prestadoras de serviços: 
 O custo dos serviços vendidos 
 O estoque de serviços em andamento 
 O custo de materiais adquiridos e não incorporados a serviços em 
andamento 
 Nomenclaturas 
 Para poder analisar melhor o processo de formação dos custos e 
preços, alguns termos técnicos são empregados. Muitos desses termos mais 
 
 
GESTÃO EMPRESARIAL, CUSTO E FINANCEIRO PROF. PAULO CÉSAR ARENHART TACT 14 Página 5 
 
comuns são empregados a contabilidade geral e desta última são trazidos para 
a contabilidade de custos. Segue alguns termos: 
Gastos ou dispêndios: consiste no sacrifício financeiro que a entidade 
arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer. Segundo a 
contabilidade, serão em última instância classificados como custos ou 
despesas. Algunsgastos podem ser temporariamente classificados como 
investimentos e, à medida que forem consumidos, receberão a classificação de 
custos ou despesas. Ex: gastos com mão de obra; 
Investimentos: representam gastos ativados em função de sua vida útil 
ou benefícios atribuíveis a futuros períodos. Ficam temporariamente 
“congelados” e incorporados aos custos e despesas. Ex: compra de máquina; 
Custos: gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de 
outros bens ou serviços. Portanto, estão associados aos produtos ou serviços 
produzidos pela entidade. Ex: gastos com matérias-primas, embalagens, mão-
de-obra fabril, aluguéis e seguros de instalações fabris; 
Despesas: correspondem a bem ou serviço consumido direta ou 
indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associadas à produção 
de um produto ou serviço. Ex: despesas com gastos de salários de 
vendedores, com funcionários administrativos, etc; 
Desembolsos: consistem no pagamento de bem ou serviço, 
independemente de quando o produto ou serviço foi ou será consumido. É 
importante ressaltar que a contabilidade registra os fatos de acordo com o 
Princípio da Competência. Por competência entende-se que o registro de 
receitas e despesas deve ser feito de acordo com a real ocorrência, 
independemente de sua realização ou quitação. Ex: Representa pela saída do 
caixa; 
Perdas: representam bens e serviços consumidos de forma anormal. 
Consiste em: 
Um gasto não intencional decorrente de fatores externos. Os lançamentos são 
considerados despesas e lançado diretamente contra o resultado do período. 
Ex: alagamento em depósito, e 
Atividade produtiva normal da empresa deve ser classificada como custo 
de produção do período. EX: Sucatas. 
 
 
 
 
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Diferença contábil entre custos e despesas 
 A primeira polêmica na terminologia da contabilidade de custos refere-se 
à distinção entre Custos e Despesas. 
 Custos – vão para as prateleiras, sendo armazenados em estoques – 
são consumidos pelos produtos ou serviços durante seu processo de 
elaboração. 
 Despesas – são associados a gastos administrativos, que não 
repercutem, diretamente, na elaboração dos produtos ou serviços prestados, 
natureza não fabril. 
Funções básicas da Contabilidade de Custos 
 - Determinação do Lucro - empregando dados originários dos registros 
convencionais contábeis, ou processando-os de maneira diferente, tornando-os 
mais úteis à administração; 
 - Controle das operações – e demais recursos produtivos, como os 
estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre 
previsto e realizado; 
 - Tomada de decisões – o que envolve produção(o que, quanto, como e 
quando fabricar), formações de preços, escolha entre fabricação própria ou 
terceirizada. 
Contabilidade Financeira 
 A Contabilidade Financeira é externa, ou seja, apresenta informações 
para agentes que estão fora da organização. Assim, preocupam-se com a 
elaboração de demonstrações financeiras para terceiros, como credores, 
acionistas, investidores, fornecedores, clientes etc. 
Por isso, a Contabilidade Financeira é utilizada para apresentar a saúde 
financeira de uma organização aos seus stakeholders externos. Conselho de 
administração, acionistas, instituições financeiras e outros investidores são a 
audiência para os relatórios contábeis financeiros. Perceba que, diferentemente 
da Contabilidade Gerencial que possui ênfase no futuro, a Financeira 
apresenta um período de tempo específico no passado, permitindo ao público 
ver como a organização encontra-se atualmente. 
Justamente por servir a uma audiência externa é que a Contabilidade 
Financeira está condicionada a requisitos fiscais e a imposições legais. 
Normalmente, as demonstrações baseadas na contabilidade financeira são 
preparadas para um ano contábil a fim de permitir que o usuário faça 
 
 
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comparações sobre a posição financeira, rentabilidade e desempenho da 
empresa em um período específico. 
Importante destacar que a Contabilidade Financeira não é importante 
apenas ao público externo, pois ela também mune a gestão interna com 
informações para previsão, planejamento e tomada de decisões. Muitos dizem 
que é a forma mais pura de contabilidade, já que a manutenção adequada de 
registros e relatórios financeiros fornecem informações relevantes a terceiros. 
Contabilidade Gerencial 
A Contabilidade Gerencial é também chamada de Contabilidade de 
Gestão (do inglês Management Accounting). Ao analisarmos o termo, 
conseguimos matar a charada logo no início: é o tipo de contabilidade que 
serve aos gestores e administradores da empresa. 
Sendo assim, gestores utilizam a Contabilidade Gerencial para tomarem 
decisões sobre as operações diárias de uma organização. Como os gerentes 
muitas vezes têm que tomar decisões de operação em um curto período de 
tempo em um ambiente que muda constantemente, a Contabilidade Gerencial 
depende fortemente da previsão de mercados e tendências. 
Importante ressaltar que o controller tem um papel fundamental no ramo 
da Contabilidade de Gestão. Justamente por ela focar em fornecer informações 
aos líderes para que a empresa seja operada de forma mais eficaz, é que o 
profissional de controladoria tem a grande responsabilidade de: 
 Interpretar indicadores e elaborar relatórios; 
 Apresentar os pontos fortes e fracos do processo operacional e 
financeiro da empresa; 
 Propor alternativas que direcionem o futuro da entidade (análise 
de cenários). 
Observe que, por tratar de fornecer informações aos gestores, a 
Contabilidade Gerencial não se prende a cumprir requisitos legais, sendo que 
os procedimentos a serem analisados serão os necessários para tomadas de 
decisão. Por isso – e para que o controller consiga fazer análises e 
interpretações -, é que as informações transmitidas pelo Management 
Accounting devem ser claras, precisas e dirigidas.

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