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FACULDADE UNIVÉRTIX SOCIEDADE EDUCACIONAL GARDINGO LTDA. – SOEGAR DISCIPLINA: FISIOPATOLOGIA E FARMACOTERAPIA II PROFESSORA: RENATA FONTES Aluna: Camila R. Ribeiro Curso: Farmácia Período: 6º período ATIVIDADE – DIABETES MELLITUS Questão 1 - Responda seguidamente às afirmações como Verdadeiras ou Falsas. Corrija as falsas para fixar o conhecimento. 1)A terapêutica farmacológica da DM é conseguida com insulina. R:FALSA, pois os pacientes que recebem o diagnóstico de DM, é sugerido pelo médico uma mudança em seu estilo de vida, optar por uma alimentação balanceada e uma prática regular de exercício físico, além de um constante monitoramento da glicemia. 2) Num obeso com DM tipo II a terapêutica farmacológica inicial a tentar é acarbose ou biguanidas. R:Verdadeira 3) A insulina só pode ser administrada no DM tipo I. R:FALSA, pois se um paciente não tem um controle glicêmico satisfatório, com uma modificação de seu estilo de vida e medicamentos orais, se faz sim a utilização de insulinas. 4) As diferentes insulinas variam no que se refere ao início, duração e pico de ação. R:VERDADEIRA 5) Atualmente o modo mais habitual de administração de insulina é por bomba de perfusão. R:FALSA, o mais comum para administração de insulina é a via subcutânea, pois essas bombas de perfusão tem um custo elevado. 6) O local mais habitual de administração de insulina é o tecido abdominal. R:VERDADEIRA 7) A insulina designada de ação rápida é a usada habitualmente antes das refeições. R:VERDADEIRA 8) A alergia à insulina é muito frequente. R:FALSO, essa alergia era muito comum quando se utilizavam insulinas bovinas ou suínas, mas esse problema foi facilmente resolvido quando mudou para a insulina humana, hoje a alergia a insulina humana é extremamente rara. 9) Dado que o número de unidades de insulina a administrar deve ser função da glicemia, não existem fatores que alterem o controle glicêmico. R:FALSA, uma alimentação excessiva de alimentos ricos em carboidratos e açucares, associado a falta da prática de atividade física, pode sim alterar os níveis glicêmicos. 10)As biguanidas facilitam a ligação da insulina aos receptores e atrasam a absorção gastrointestinal do hidratos de carbono. R:VERDADEIRA. 11)A biguanida mais utilizada é a fenformina. R:FALSA, pois a biguanida mais utilizada é a metformina. 12)O efeito secundário mais grave das biguanidas é a acidose láctica. R:VERDADEIRA. 13)As sulfoniuréias são fármacos inócuos. R: FALSA, essa classe de fármacos, podem causar efeitos adversos como: Ganho de peso, náusea dentre outros. 14)Os corticosteróides interagem com as sulfoniuréias com o aumento da sua ação R: FALSA. Os corticosteróides podem reduzir a ação das sulfoniluréias. 15)A acarbose retarda a ação dos hidratos de carbono com mais de 2 moléculas de oses, como a sacarose. R:VERDADEIRA Questão 2 – Em relação ao Diabetes (tipos I e II): A) Quais os objetivos do tratamento dessa doença. Explique: R: O diabetes trata-se de uma doença metabólica, que está intrinsicamente ligada a forma que o organismo transforma e metaboliza os alimentos. O principal objetivo para o tratamento do tipo DM tipo 1 é o controle de níveis de açúcar no sangue, para que assim evite picos de hipoglicemia ou hiperglicemia, por tanto além do uso de insulinas é importante que o paciente faça dieta e exercícios regularmente. No tipo 2 é necessário que o paciente perca peso, aumente a atividade física e tenha uma alimentação balanceada, seu tratamento também inclui antiglicemiantes orais, e em alguns casos também se faz necessário o uso de insulina. B) Explique o que é a cetoacidose diabética e como é tratada. R: Trata-se de uma Complicação aguda, que se caracteriza pelo acúmulo de corpos cetônicos (cetonemia) na deficiência de insulina, e tem como consequente acidose metabólica, podendo levar à morte. O tratamento deve ser feito de modo a corrigir a desidratação, depois corrigir distúrbios hidroeletrolíticos e ácido bases e por fim a correção da glicemia e consequentemente a osmolaridade. C) Qual a complicação mais grave da insulinoterapia e como tratá-la? R: Uma das principais complicações pelo uso de insulina é a lipo-hipertrofia, caracterizada por ter presença de massas subcutâneas, correlacionada com uma inadequada absorção da insulina, formando uma gordura e tecido fibroso nestes locais de aplicação. O que pode ser feito para evitar esse tipo de complicação é fazer rodízio das áreas de aplicação, garantindo assim uma melhor absorção metabólica. D) Em que casos de diabetes podem ser utilizadas as sulfoniuréias? Explique como deve ser conduzida a terapêutica nesses casos. R: Essa classe terapêutica se aplica aos casos de DM tipo 2. O tratamento é feito com mudanças no estilo de vida, perda de peso e uso de hiperglicemiantes orais, mas para encontrar o tratamento ideal para cada paciente, deve-se levar em conta diversos fatores como: idade do paciente, níveis de glicose no sangue, e a saúde de modo geral que o paciente se encontra, a primeira classe terapêutica de escolha são as Biguanidas (metformina), mas nem sempre se mostram eficazes sozinhas, neste caso se faz necessário a combinação entre as classes terapêuticas, iniciando assim as sulfoniuréias Glibenclamida e Glicazida são exemplos. Questão 3 – M.M.B, 13 anos, feminino. A paciente soube-se diabética aos 5 anos de idade. Foi inicialmente tratada com dieta hipocalórica e hipoglicemiante oral (sulfoniluréia). Não obtendo melhoras substanciais, consultou outro médico que lhe prescreveu insulina NPH 15 UI por via subcutânea, pela manhã. Vinha fazendo esse tratamento até 8 dias, quando interrompeu o uso da insulina. Começara então a apresentar poliúria e polidpsia. Em 48 horas o quadro clínico piorou (anorexia, dor abdominal, vômito). A paciente foi hospitalizada e usou insulina NPH na dose de 15 UI. (Dados clínicos: Glicemia 525 g/dL; Cetonemia +++.) Foi configurada a instalação de cetoacidose diabética. A. Que tipo de diabetes a paciente do caso apresenta? Justifique. R:Diabetes tipo 1, pois a cetoacidose é mais comum nesse caso. B. Por que mecanismo a insulina corrige as manifestações clínicas-laboratoriais do diabetes? R: O efeito da insulina sobre a diminuição da glicose deve-se à absorção facilitada de glicose, após a ligação da insulina aos receptores nos músculos e nas células gordurosas e da simultânea inibição da produção de glicose pelo fígado. C. Justifique farmacodinamicamente o uso de hipoglicemiante oral nessa paciente. R: hiperglicemiantes orais favorecem a hidrólise de glicogênio hepático, o que leva à liberação de glicose para o sangue. São, portanto, hormônios de ação antagônica. O glucagon atua, em condições normais; seu efeito é reforçado pela adrenalina nas situações de estresse ou emergência. Podendo reduzir em 20% a glicemia. D. Como se acompanham os efeitos desejados do tratamento? R:É muito importante que o paciente faça um monitoramento constante da glicemia que é a principal forma de acompanhar o tratamento do diabetes e entender o funcionamento do metabolismo em relação a certos alimentos, à prática de atividades físicas e à administração dos medicamentos. E. Que(uais) tipo(s) de insulina(s) seriam recomendadas a esta paciente? Justifique. R: NPH e Regular, pois elas funcionaram em tempos diferentes, as insulinas podem ser combinadas para imitar o pâncreas normal. F. Que recomendação deve ser feita a paciente em relação aos locais de administração de insulina. Por que? R: A insulina regular deve ser aplicada preferencialmente no abdômen para aumentar a taxa de absorção, enquanto a NPH deve ser aplicada nas coxas ou nas nádegas para uma melhor absorção e reduzir o risco de hipoglicemia. Questão 4– M.O.R., 53 anos, feminino. A paciente era saudável até dois anos atrás, com exceção de obesidade. Nessa época, começou a sentir cansaço fácil, aumento da ingesta líquida e do volume urinário, ardência ao urinar e urgência miccional. Procurou o médico, que solicitou exames subsidiários, cujos resultados confirmaram os diagnósticos de diabetes mellitus. Para o diabetes prescreveu-se dieta. Mesmo com esta medida a glicemia não foi estabilizada; permaneceram, inclusive, as manifestações clínicas de descompensação. Na reavaliação, demonstraram-se repercussões sistêmicas do diabetes, tais como retinopatia incipiente e proteinúria de 800 mg/24h (normal de 0-100mg). A glicemia nessa ocasião era de 260mg/dL Decidiu-se então pelo tratamento medicamentoso. A. Selecione um antidiabético e planeje seu esquema terapêutico de administração. R:A Metformina é um antidiabético da classe das Biguanidas, que diminui os eventos cardiovasculares, previne o DM2 e auxilia na diminuição de peso. Pode ser tomada de 2 a 3 comprimidos ao dia. Como dose inicial, utilizar 1 comprimido (500mg) duas vezes ao dia (Café da manhã e ao jantar). Caso necessário a dose poderá ser aumentada semanalmente. Pode ser combinado com insulina para que seja alcançado um melhor controle da glicemia. B. Por quais mecanismos os antidiabéticos orais são disponíveis? R: As sulfonilureias (SU) são os primeiros hipoglicemiantes orais e os mais amplamente utilizadas para o tratamento de diabetes tipo 2. São secretados, pois atuam estimulando a secreção de insulina pelas células beta pancreáticas. Reduzem a glicemia em cerca de 20% C. Compare os antidiabéticos orais quanto aos efeitos adversos. R: Sulfonilureias tem como efeitos colateriais hipoglicemia e ganho ponderal (clorpropamida favorece o aumento de peso e não protege contra retinopatia) é contra indicado em pacientes com insuficiência renal ou hepatica e grávidas. Metiglinidas :tem como efeitos colaterais hipoglicemia e ganho ponderal discreto.,é contra indicado à grávidas. Biguanidas:pode causar desconforto abdominal e diarreia. é contra indicado à pacientes com insuficiências renal, hepática,cardíaca,pulmonar e acidose grave e grávidas. Inibidores da alfaglicosidase : Pode causar meteorismo, flatulência e diarreia e é contra indicado a grávidas Glitazonas :Retenção hídrica, anemia, ganho ponderal, insuficiência cardíaca e fraturas Insuficiência cardíaca classes III e IV Insuficiência hepátic, gravidez, retenção hídrica, anemia, ganho ponderal, insuficiência cardíaca e fraturas (Inibidores da DPP-IV) Gliptinas :Os eventos adversos mais comuns verificados nos ensaios clínicos foram faringite, infecção urinária, náusea e cefaleia. Contraindicado a pacientes com hipersensibilidade aos componentesdo medicamento D. Comente a indicação preferencial de biguanida. R:Foi recomendando o uso de biguanida pois ela aumenta a sensibilidade para insulina nas células, principalmente no fígado, e, diminuem a resistência para a ação da insulina nos tecidos musculares, hepático e adiposo. E também por causar diminuição no peso o que pode ser um benefício à paciente nesse momento.
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