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DIREITO PENAL MILITAR PMDF Prof. FLÁVIO MILHOMEM 1º BLOCO 1ª QUESTÃO (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO) O crime militar cometido no exterior é enquadrado na lei penal militar brasileira, de acordo com o Código Penal Militar. Certo Errado Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. 2ª QUESTÃO (2013/FUMARC/TJM-MG/OFICIAL DE JUSTIÇA) O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste: a) o princípio da legalidade, o princípio da ultra-atividade da lei penal e o princípio da territorialidade. b) o princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da extraterritorialidade. c) o princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio da retroatividade da lei mais benéfica ao réu. d) o princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio da legalidade. Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Art. 2° § 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. 3ª QUESTÃO (2011/CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considere que decisão do conselho de justiça substitua a pena privativa de liberdade imposta na sentença condenatória por tratamento ambulatorial, não obstante o réu ter permanecido preso por sessenta dias e cumprido integralmente a pena anteriormente fixada. Nessa situação, é incabível a decisão do conselho de justiça, mesmo diante de incontestável demonstração da periculosidade do réu. Certo Errado MEDIDA DE SEGURANÇA DETENTIVAS • Para as DETENTIVAS, ou seja, as privativas de liberdade e as de internação em manicômios (art. 112 e 113, CPM) o sistema adotado é o VICARIANTE. • Aplicada penas de privação de liberdade não se deve aplicar a pena de internação, e vice- versa. NÃO-DETENTIVAS • Para as penas NÃO-DETENTIVAS aplica-se o sistema DUPLO BINÁRIO. • Após o cumprimento da pena pode-se aplicar a cassação de licença para direção de veículos (Art. 115 do CPM) ou proibição de frequentar determinados locais (Art. 117). 2º BLOCO 1ª QUESTÃO (2017/CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Um oficial foi preso em flagrante delito pelo cometimento de crime militar que não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, tendo sido denunciado e se tornado réu em ação penal militar. Nessa situação, a depender da gravidade, o juiz poderá aplicar a pena do crime consumado, sem diminuí-la. Certo Errado Art. 30. Diz-se o crime: (...) II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços (TEORIA OBJETIVA), podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado (TEORIA SUBJETIVA). 2ª QUESTÃO (2010/VUNESP/APMBB/TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR) Sobre a aplicação da lei penal militar, assinale a alternativa correta. a) Não são extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros sob comando militar ou militarmente utilizados, se de propriedade privada. b) Os crimes militares, em tempo de guerra, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão da competência da justiça comum. c) Considera-se como crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade. d) O militar que, em razão da função, exerce autoridade sobre outro de posto ou graduação superior, é considerado comandante. e) O Código Penal Militar também tipifica as infrações disciplinares dos militares das Forças Armadas. Art. 7º § 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ Art. 9º § 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. CRIMES MILITARES EM TEMPO DE GUERRA Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: (...) II - os crimes militares previstos para o tempo de paz. Art. 9º § 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7565.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp97.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1002.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4737.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade. Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar. Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares. 3º BLOCO 1ª QUESTÃO (2010/MS CONCURSOS/SEDS-PE/SARGENTO POLICIAL MILITAR) Tício comete um crime durante a vigência de uma lei temporária. A citada lei agravava a pena ao fato praticado por Tício. Na época de seu julgamento, tal lei já não estava mais em vigor. Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa CORRETA: a) A lei temporária, embora decorrido o prazo de sua duração, aplica- se ao fato praticado durante sua vigência. b) A lei temporária não poderá ser aplicada após ultrapassado seu período de vigência. c) A lei temporária só poderá ser aplicada se mais benéfica ao réu. d) Na época do julgamento, devese observar a lei mais benéficaao réu. e)Deve ser aplicada a lei vigente à época do julgamento, independente se mais grave ou n ão ao réu. Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 2ª QUESTÃO (2010/CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) No que concerne ao direito penal militar e a seus critérios de aplicação, julgue os itens a seguir. Considere que um militar, no exercício da função e dentro de unidade militar, tenha praticado crime de abuso de autoridade, em detrimento de um civil. Nessa situação, classifica-se a sua conduta como crime propriamente militar, porquanto constitui violação de dever funcional havida em recinto sob administração militar. Certo Errado ABUSO DE AUTORIDADE • LEI Nº 4.898/65 • Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: • a) à liberdade de locomoção; • b) à inviolabilidade do domicílio; • c) ao sigilo da correspondência; • d) à liberdade de consciência e de crença; • e) ao livre exercício do culto religioso; • f) à liberdade de associação; • g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto; • h) ao direito de reunião; • i) à incolumidade física do indivíduo; • j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DO ABUSO DE AUTORIDADE COMETIDO PELO MILITAR Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) a) por militar em situação de atividade, contra militar na mesma situação; b) por militar em situação de atividade, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996) d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; e) por militar em situação de atividade contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13491.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9299.htm#art1 DERROGAÇÃO SÚMULA 172-STJ • Súmula n° 172: “Compete à Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço”. 3ª QUESTÃO (CESPE/2011/STM/ANALISATA JUDICIÁRIO) Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM possui disciplinamento singular, entendendo o “cabeça” como o líder na prática de determinados crimes, é correto afirmar que, havendo participação de oficiais em crime militar, ainda que de menor importância, para todos os efeitos penais, eles devem ser considerados como “cabeças”. Certo Errado • Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas. • Cabeças • § 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação. • § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os inferiores que exercem função de oficial. 4º BLOCO 1ª QUESTÃO (CESPE/2010/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o resultado. Certo Errado Tempo do crime Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. Lugar do crime Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. 1ª QUESTÃO (VUNESP/2017/TJM-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa que apresenta a assertiva correta. a) Desrespeitar um superior hierárquico diante de um civil caracteriza o crime militar de desrespeito a superior. b) O despojamento, apenas por menosprezo, de uniforme militar por parte do militar não caracteriza crime militar. c) O militar que critica publicamente em rede social na internet uma resolução do Governo pratica o crime militar de publicação ou crítica indevida. d) O crime militar de desrespeito a símbolo nacional se caracteriza com base no ato ultrajante praticado pelo militar ao símbolo nacional independentemente do lugar ou diante de quem o ato for praticado. e) Pratica o crime militar de deserção o militar que se ausenta, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de dois dias. DESRESPEITO A SUPERIOR Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Despojamento desprezível Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio: Pena - detenção, de seis meses a um ano. Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou em público. Publicação ou crítica indevida Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do Governo: Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Desrespeito a símbolo nacional Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza em ultraje a símbolo nacional: Pena - detenção, de um a dois anos. Deserção Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias: Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
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