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REDAÇÃO COMENTADA Tema: A exploração trabalhista na sociedade moderna 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 No filme “Tempos Modernos”, Charles Chaplin retrata as péssi- mas condições as quais os trabalhadores estavam submetidos durante a Revolução Industrial. Infelizmente, tais características ainda predo- minam na sociedade contemporânea, só que com outras formas de exploração. Em primeiro lugar, o medo de ficarem sem uma fonte de renda faz com que muitas domésticas aceitem certas circunstâncias traba- lhistas. As empregadas costumam ter uma carga intensa de trabalho e recebem um valor que não condiz com a sua atuação e por isso foi cria- da a PEC das Domésticas, aprovada em 2015, para combater diversos problemas. Mesmo com tais melhorias, são inúmeros os casos de patrões que ignoram a nova Lei. As zonas rurais concentram grandes casos de trabalhos análogos à escravidão, parecendo ecoar traços do período escravocrata brasilei- ro. Os meios de comunicação denunciam fazendas e sítios que manti- nham pessoas em condições análogas à escravidão, o que evidencia que a sociedade se prende a influências históricas. É preciso fiscalizar essas áreas, principalmente nas regiões ondem ocorrem a exploração da ca- na-de-açúcar, pois as condições dos trabalhadores são precárias. As domésticas devem ter seus direitos assegurados e cobrar seus benefícios e, se ameaçadas, denunciem ao Sindicato de trabalhadores para que as devidas providências sejam tomadas. Faz-se urgente que o Governo atue na fiscalização de propriedades localizadas nas zonas rurais, punindo os culpados e que o Ministério da Saúde preste auxílio médico e psicológico às vítimas desse abuso. A mídia, com seu poder persuasivo, pode também pode contribuir. Introdução: A contextualização sobre o filme “Tempos Modernos” poderia ser mais aprofundada, uma vez que não há a exposição das péssimas condições vividas pelos trabalhadores no ambiente de trabalho, principalmente, porque esses mesmos aspectos são confirmados como ainda presentes na contempora- neidade. A relação entre o contexto e a exploração trabalhista ficou pouco esclarecedora. Desenvolvimento II: Atenção ao primeiro e ao segundo períodos, pois, embora escritos de formas dife- rentes, apresentam a mesma intenção comunicativa, o que promove a repetição de ideias e explicita a falta de conhecimento argumentativo do candidato. A ausência de elementos coesivos dificulta a progressão textual e, além disso, ao abordar sobre a exploração da cana-de-açúcar, esse item poderia ser ampliado para relacionar-se com a ideia central do argumento. Conclusão: O parágrafo de conclusão não apresenta um conectivo conclusivo e tampouco a retomada da tese, o que prejudica a estrutura do texto. Mesmo com a apresentação das propostas interventoras, faltou interligar os períodos por meio de elementos conclusivos, além disso, a última proposta não foi detalhada e faltou finalizar o parágrafo de conclusão com uma reflexão sobre as consequências das intervenções apresentadas. Desenvolvimento I: Há dois pontos positivos: o uso de conectores no primeiro período e a presença do tópico frasal. Em contrapartida, a ampliação do argumento possui pouco aprofundamento. Qual foi a intenção da criação da PEC das Domésticas? Quais problemas elas combatem? Essas perguntas devem ser respondidas. Além disso, o último período ficou “solto”, sem que o candidato explicasse o motivo de inserir uma nova informação, ainda que dialogue com o que estava sendo apresentado. É preciso atentar-se, ain- da, à ausência de vírgula no conectivo deslocado “por isso”. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 O cair das máscaras No filme “Tempos Modernos”, Charles Chaplin retrata a condição a qual estava submetido o trabalhador durante a Revolução Industrial: jornadas exaustivas, ausência de direitos básicos e a alienação trabalhista. Essas características, infelizmente, também são identificadas na contemporaneidade, uma vez que a exploração trabalhista ganhou novas “roupagens” e formas de delimitar a rotina de muitos funcionários. Em primeiro lugar, o medo de ficarem sem uma fonte de renda faz com que muitas domésticas aceitem certas circunstâncias trabalhistas. Historicamente, as em- pregadas costumam ter uma carga intensa de trabalho e recebem um valor que não condiz com a sua atuação; por conseguinte, tal fato incitou a criação da PEC das Do- mésticas, aprovada em 2015, que visa assegurar os direitos trabalhistas, como o salário mínimo e o direito a férias. Mesmo com tais melhorias, são inúmeros os casos de patrões que ignoram a nova Lei e ameaçam funcionários de uma possível demissão, o que mas- cara uma exploração indireta na modernidade. Além disso, nas zonas rurais do Brasil concentram grandes casos de trabalhos análogos à escravidão. A proposta da Lei Áurea parece ainda ecoar no âmbito social, pois os meios de comunicação continuam denunciando fazendas e sítios que mantinham cidadãos em condições de exploração trabalhista, o que evidencia a falta de fiscalização de empresas que financiam o agronegócio, principalmente no campo da cana-de-açú- car, onde os cortadores atuam abaixo de um sol tórrido e em condições precárias. Nesta perspectiva, nota-se que o abuso trabalhista apresenta diversas facetas que precisam ser extintas. É imprescindível, portanto, a alteração desse cenário preocupante. As domésticas devem ter seus direitos assegurados e cobrar seus benefícios e, se ameaçadas, denunciem ao Sindicato de trabalhadores para que as devidas providências sejam tomadas. Ade- mais, faz-se urgente que o Governo atue na fiscalização de propriedades localizadas nas zonas rurais, punindo os culpados e que o Ministério da Saúde preste auxílio médico e psicológico às vítimas desse abuso. A mídia, com seu poder persuasivo, pode alarmar a população sobre tais casos, pois, só com uma sociedade que preze pela transparência, as máscaras da exploração poderão cair. REDAÇÃO EXEMPLAR Tema: A exploração trabalhista na sociedade moderna Sugestão de reescrita: