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Pesquisas em Geociências
http://seer.ufrgs.br/PesquisasemGeociencias
Publicado por
Instituto de Geociências
Informações Adicionais 
Email: pesquisas@ufrgs.br
Políticas: http://seer.ufrgs.br/PesquisasemGeociencias/about/editorialPolicies#openAccessPolicy
Submissão: http://seer.ufrgs.br/PesquisasemGeociencias/about/submissions#onlineSubmissions
Diretrizes: http://seer.ufrgs.br/PesquisasemGeociencias/about/submissions#authorGuidelines
Data de publicação - jan./abr., 1985.
Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
Estratigrafia da Bacia Carbonífera de Charqueadas - Santa Rita, RS, Brasil
Ana Emília Mendes Piccoli, Michael Holz, Jorge Antonio Degrazia Sarturi, Pierre 
Munaro, Wladmir Granitoff
Pesquisas em Geociências, 17 (17): 269-310, jan./abr., 1985.
Versão online disponível em: 
http://seer.ufrgs.br/PesquisasemGeociencias/article/view/21702
Portal de Periódicos
ESTRATIGRAFIA DA BACIA CARBONrFERA DE 
CHARQUEADAS - SANTA RITA, RS, BRASIL ' 
ANA EMILIA MENDES PICCOU-
MICHAEL HOlZ .. 
JORGE ANTON IO DEGRAZIA SA RTURI-
PIERRE MUNARO-
WLADIMIR GRAN ITOFF-
SINOPSE 
A rcgiiio em esluc.lo abnnge uma area de 1300km2, localiuda nos arreda-
re~ da c idade de Charqueadas. a oeSle de Porlo Alegre, Rio Grande do SuI. Nesta 
irea se localizam as jazidas carbon(feras de Charqueadas e de Sanla Rill , esta 
ultima i nord~le da area. 
Objelivando a caxacteriza~o estral igJarica e paleoambiental deslasjazidu, 
foram uliJiudos dados de teslemunhos de 50ndadgcns du unidades !farad e 
Rio Bonito (Bacia do Pararui), que scrvir'am de basc para a elabora~o de mapas, 
5e¢es de correla~o, gr.if1C05 e analises de ciclicidade. 
Estes esludos possibili llr.a rn 11 delimilaoyao dal unidades Itarm e Rio 
Bonilo llraves de crilerios 5edimcnloIOgice» e paleontol6gioos como cor de pe-
IiIOS, estruturas se<iimenlares e conteudo palinol6giro. 
A seqiiencia sedimentaI roi CWlcterizada como de oriaem lacustre. rom Ie-
ques aluviais de vargvel densidade aS5Ociad05. principal mente a norte-noroeste 
ca regiio. 0 paleoambienle sofJeu vuia~es, sendo possiYl'I visualiur·se evenlos 
de estasna~o re lacionados a oscila~s no nrYl'I da 'sua . ocuionando a rorma~o 
de pintanol I' 0 sucessivo afogaml'nto desll'S por novas elevac;6es, reimpondo-se 
rondic;Qes lacusu es. A lransgressoio marinha do Palermo oobriu os sedimenlilos 
ca Forma~o Rio Bonilo com .rl'nil05 e pelilos de origem cosleira , em associa~o 
oom planicies de mare. 
A paleolopografia da epoca de deposic;io das unid.des basais Ilanti e 
Rio Bonito se caraclerizava peia presen,? de aliOS do embasamento a norte-no-
roes te da regiio I' reiativas extensOe5 da bacia deposicional para nordesle e para 0 
51.11 da "ea. 
As ca.madas de carvio sorreram a inOucncia dOl paleoalto5, desaparecendo 
a noroeste, sendo relativamente contfnuas no reslo da bacia. Enconlram·se fa-
!hadas, parcialmente dl'struidas por intruwes de diabaslo, principalml'nte a nor-
des te, e erodidu ao 51.11 , devido ao basculamento geral do pacote sedimentar para 
o norte . 
• Trabalho realizado sob 0 patrodnio do Convcnio UFRGS/ FINEP. 05 /03 /83/0118/00 e CNPq 
-Departamento de Pa\eonlologia e ESlratigrafia. Instituto de Geociencias/UFRGS. 
Trabalho recebido plra publica~o em 11 de outubro de 1984. 
Pnquiqs PonoA",. n.17 1985 
ABSTRACi 
Sedimentological analyses of about 80 dr ill corcs hom the Charqueadas 
- Santa Rila Coal Field, weSI from Poria Alegre, Rio Grande do Sui Siale, have 
been made. 
The large I mounl of dala oblained on bolh co;J.i and associated sedimen-
lary rocks have aUowed for many concLusions to been drawn. The Itarart Group 
is characlerized by peliles of lacust rine origin and conglomerates and sandslOnes 
of alluvial fans, mainly in the northewestern region, where basement highs were 
present. 
A shallow lacust rine amI paludal sys tem characterize the Rio Boni lO For-
mll ion, comprising coal seams and associated pelitic s..'tlimcn ts,:IS wfll IS some 
paraconglomeratcs Jl nd Andslone layers. 
The contact between thcse uni ts is eS lablished by the colour of the peli-
tes, differences in sedimen lary lex lures, struc tures and palynological da la. 
A marine transgression caus~'tl the $Cdimenu of the Rio 80nil0 Forma-
lion 10 be covered by coastal sandsto nes and pelites of fh e Palermo Formation, 
of tidal na l origin. 
At the present , the coal layers and $Cd iments are eroded soulh ward and 
slope genlly 10 Ihe norlh of the area. 
AGRAOECIM ENTOS 
Os autores agradecem aos professores Breno Correa da Silva FI?, Marleni 
Marques-Toigo e Zuleika Carrela Correa da Silva pclas provcitosas sugestOes e mi· 
nudosa revisao dos textos, a dcsenhisla Flavia Boycn pela exccuc;fo das represen· 
tac;Ocs grMicas, e a CPRM, CRM e COPELMI, pela cedencia de sondagens, relau'>rios 
e mapas que serviram de base para este trabalho. 
INTRODU~AO 
Com a finalidade de caracterizar as roehas sedimentares basais do Supergru-
po Tubarao na <lrea de Charqueadas-Santa Rita, foi realizado urn trabalho de pes-
quisa como partc de urn estudo geol6gico integrado das bacias carboniferas da Re-
gi50 Lestc do Estado do Rio Grande do Sui. Especificamente, foram analisados 
os caNOcs, folhelhos carbonosos e rochas associadas, visando a definir a evoluc;ao 
gcol6gica I' paleogeografica destas jazidas. . 
COllsidcrando-se a pequcna Jazida de Santa Rita, a nordeste da area, como 
uma extensao da Jazida de Charqueadas, sit uada a sudoesle (Fig. I). rcalizou-se 
a correla~ao de sedimcntitos do Grupo It arare e da Forma~[o Rio Bonito, Grupo 
GUala, com enfase lias camadas de carvao. 
A regifo estudada loealiza-se na porc;:ro centro-Ieste do Estado do Rio Gran-
de do Sui, entre as coordenadas 290 47' - 30003' sui e 51014' - 51042' oeste, 
compreendendo uma superficie de aproximadamente 1300 kml (Fig. I). Encon-
270 Pesqui5a"11 71 1985 
Ira-se inserida, na sua maior parle, nas folhas de $[0 Jeronimo (SH-22-1-lJj-4) e 
Morretes (SH-22·J.fV-3) e alinge ainda, parcial mente, as folhas adjacentes de 
Arraio dos Ratos ·(SH·22-0-1-2), Guaiba (SH-22-O- II - I), Porto Alegre (SH-22-0-
iI- 2) e sa-o Leopoldo (SH·22-j- IV-4). A leste encontra-se a Jazida Carbonifera 
de Gravataf·Morungava e a sudoeste a Jazida de Arroio dos Ratos e Faxinal. 
A area e cortada ]ongitudinalmenle pelo Rio Jacuf. 0 Rio Cal passa na sua 
porlj:!o nordeste, 0 Arroio dos Ratos a sudoeste e 0 Guaiba localiza-se a sudeste. 
Como vias de acesso, apresenta a rodovia BR-386 (Tabai-Canoas), que passa 
pela Jazida de Santa Rita; a BR- 290, na extremidade sudeste e 0 Tronco Principal 
Sui da Rede Ferrovi:iria Federal (Porto Alegre·Roea Sales), a1em de varias estradas 
estaduais e municipais. 
As sondagens que seIViram de base a estc trabalho, em nurnero de 80, distri· 
buclll'sc por loda a regilfo abrangida pela Jazida de Santa Rita e Jla porlj:ao centro-
sui da :lrea que e considerada neste estudo como parle da Jazida de Charqueadas, 
alem de alguns fUTos dispersos na direlj:ao oeste (Fig. I). A maior concentralj:d"o 
ocone nas regiOes nordeste e centro-sui, onde atualmente e pesquisado carvao pela 
Companhia Riograndense de Mineralj:80 (CRM-Jazida de Santa Rita) e minerado pc· 
la Companhia de Pesquisa e Lavras Minerais (COPELMI - Jazida de Charqueadas). 
METODOLOGIA 
-0 estudo das rochas sedimentares foi baseado na analise de 12 testemunhos 
de sondagens completos, descrilos detalhadamcnte segundo 0 metodo de BOSSI , 
PI CCOL I & ANDRE IS (1979), utilizando-se 0 modelo de SELLEY (1978), modifi· 
cado, para a eJaboTalj:aO das 5CIj:OeS colunares (Figs. 3 a II). 
AMm deslas, foram utilizadas mais 68 sondagens, a1gunas incompletas, exe-
cutadas e descritas pela CR1i, CPRM e COPELMI, que serviram de apoio ao eSludo 
e iI. analise estraligrMica. 
Todas estas sondagens permitirarn a confecljtro de perfis, bern como 0 estabe· 
iecimenlo de urna serie de criterios utilizados para distinguir as Tachas das unida-
des Itarare e Rio Bonito na :irea em estudo. 
Estes perfis foram criteriosamenteanalisados, levantando-se cinco parametros 
diferenciais: 
I. Espessura das camadas: 
1.1) ate 0,0501 = camadas muit o finas. 
1.2) de 0,05 a 0,6m = camadas finas. 
1.3) mais de 0,6m = camadas espessas. 
2. Cores apresentadas pelos pelitos: 
Segundo a "Rock Color Chart", dOl Geological Society of America (GSA), 
foram agrupadas da seguinte maneira: 
2.I)NI aN4=preto. 
2.2) N5 a N8 = cinza. 
2.3) cores Y e YG = verde . 
2.4) cores R e RP = bordo. 
Pesquiu>s, (1711985 
3. Texturas ocorrentes em cada unidade: 
3.1) carv1l"o. 
3.2) pelito carbonoso 
3.3) argilito. 
3.4) sillito. 
3.5) arenito (fino, m«!dio e grosseiro). 
3.6) ortoconglomerado. 
3.7) paraconglomerado. 
4. Tipos de estruturas sedimentares: 
4.1) camadas maci~as. 
4.2) estatificayoes: plano-paralela, "£laser", ond ulada ("wavy"), lenticular, 
cru13da, etc. 
4.3) bioturbayao. 
4.4) perturba~ao vegetal. 
4.5) restos vegetais indiferenciados. 
4.6) fraturas prcenchidas (pcr calcita, pirila ou Oxido de Fe). 
4.7) n6dulos e concreyOes. 
5. Ocorrencias e lipos de esporos e p61ens em cada unidade: 
5.1) relay:fo de freqiicncia entre monossacados/bissacados e esporos. 
Todos os furos foram estudados estat islicamente levando-se em conta 0 
numero de vezes que cada um dos criterios sedimentolOgicos ocorre nas diferentes 
unidades estratignll1cas, excetuando-se os esporos e p6lens, os quais n[o sofreram 
este IratamenlO. 
Os dados oblidos fcram transformados em percentuais e divididos em cinco 
classes de freqiiencia, segundo 0 esquema abaixo: 
a) cJasse 0 = fe i~1I"0 auscnte. 
b) cJasse A = ate 10% - raro. 
c) classe U = de IDa 45% - presente. 
d) classe C = em torno de 50% - freqiiente. 
e) classe 0 = mais de 50% - muito freqiiente . 
No fmal deste processo, obleve-se uma tabela com a classe de frcqUencia 
alribuCda a cada criterio nos respectivos furos. Oeste modo, conseguiu-se uma pri-
meira visualizay1l"0 da d istribui~ao dos diferentes criterios no Itarare e Rio Bonito. 
Afim de aperfei~oar e poder ex pressar esta observaylro, tanto numerica como gra-
ficamente, foi calculada uma media para cada furo, baseada nos valores anterior-
menle obtidos, resultando, deste modo, urn valor percentual medio para cada cd· 
hhio em cada uma das unidades. 
Finalmenle foi reaJizada a comparay;!o enue as duas unidades, utilizando·se as 
diferenyas relativas , segundo a formula: 
DO (C2 X 100 ) _ 
I - C, - dr 
2Tl Pesqui~. (1711985 
onde: 
C. = percentagem meJlor de determinado criterio Jla unidade. 
Cl = percentagem maior de deteminado criterio na unidade. 
dr = dife[en~a relativa. 
Tan io os valores absolutos de ocorrencia em cada unidade como tambem 
as diferen~as relativas, calculadas conforme indicado acima, estao relacionados em 
urn granco (Fig. 12) que traduz todos os resultados obtidos. 
Foram elaborados mapas de contomo estru tural do embasamento, isopaqui-
cos. litofaciol6gicos e de con tomo eslrulural das diferentes unidades, baseando·se 
em todos os dados disponfveis. Estes mapas serviram como subsidios a interpreta· 
~:ro da scdimento1ogia e da paleogeografia da area (Figs. 13 a 29). 
o estudo de ciclicidade das sequencias sediTnentares, segundo 0 metodo pro-
posto por SELLEY (1970), roi realizado em tres furos de sondagens: GB 07 RS, 
GB OS RS e S 34 (Figs. 3 as), e comparado com 0 traballio de PICCOLI & PAlM 
(1982) para a Jazida de Santa Rita (Figs. 6 a 9). Esta analise permitiu 0 recoJlheci· 
mento de ciclos e subciclos de sedimenta~ao em cada unidade, definidos eMrali-
graficamente que servi ram como auxflio a caracteriza~ao dos sistemas que atua· 
ram :l epoca de deposi~[o das rochas estudadas. 
A partir da analise, descri~fo e revisiio critica de todos as testemunhos de 
sondagens existenl~s , foram selcionados 14 furos para a composi~io da se~ao estra-
tigranca em perspectiva, representada na Fig. 30. 
o objetivo da elabora~fo desta se~ao compost a e de permitir Uffia visualiza~;!o 
global do comportamento das camadas de sedimentitos e de carvio da area. A se· 
~fo, em planta, possui a forma de um "V" fechado para nordeste. Ulilizou·se a 
penpectiva cavaleira a direila, com 450 de rot~[o para nordeste. As dislaJlcias 
horizontais roram reduzidas em 10%, para melhorar a perspectiva; a escala dos per· 
fis de sondagem foi escolhida de acordo com a necessidade lecnica do desenho, ja 
que era preciso representar 0 mAximo de de tal he na se~ao, compativel com a es· 
cala do mapa. Como datum utilizou·se 0 con tato entre 0 Grupo Itarare e a For-
marrlo Rio Bonito. 
A corre1a~lo das camadas carbonosas leve como base urn eSlUdo palinol6-
gico de detalhe (MARQUES-TOIGO et alii, 1982, 1983). 
Com 0 auxflio dos dados obtidos a partir da descrhrio dos furos de sondageJls, 
mapas, estudo de ciclicidade e se~Oes cstratigraficas de correla~;!o , roi realizada a 
amUise e interpreta~:ro da eSlratigrafia e da hist6ria geol6gica da area (Figs. 30, 31 e 
32). 
A visualiza~ao do comportamenlO dos sedimentitos na bacia tornou-se 
dificil devido a concentra~a-o de furos de sondagens nas areas onde explora-se car-
va-o atualmente. As sondagens analisadas nao abrangem com a mesma densida-
de toda a area da jazida, dificultando a interrela~ao dos dados. 
Como este trabalho visa a estudar ni!o s6 0 carvao, mas tambem as rochas 
sedimentares associadas e discorrer sobre a sua genese, a pequena quantidade de 
sondagens que atingem 0 embasamento limilou , em parle , a coleta de dados. 
PesqUiS81, 1171 '98& 273 
TRABAl HOS ANTERIORES 
BORTOLUZZI el alii (1982) apresentam a geologia e a estraligrafia da re· 
giao carbonifera de Santa Rita e efeluam a correla(,:ao dos conjuntos das camadas 
de carv<io desta bacia com os de Charqueadas. 0 conjunto superior da Jazida de 
Santa Rita (SR·I) corresponde as camadas MB e S8 da area de Charqueadas. 0 in. 
termediario (SR·2) a camada II Fe 0 inferior (SR·3) e correlalivo a I!B e 1)F. 
Os autores sugerem que a bacia e do tipo limnico, tendo os carvOes se formado 
em condi~Oes aut6ctones e hipoaut6ctones. Neste crabalho, e feila uma revisao 
detalhada das principais pesquisas relacionadas fa area de Charqueadas·Santa Ri· 
ta, desde 1917 a 1978. 
Em 1981, PICCOLI & BORTOLUZZI aprescntam um estudo paleogeogra· 
fico das seqiiencias itarare e Rio Bonito na reghio de Santa Rita. Estudos de les· 
lemunhos de sondagens, confec(,:ao de mapas eSlrulurais, isopaquicos e litofaciol6-
gicos indicam que as rochas do Grupo Itarare sao resultado de um processo do ti· 
po remO(,:ao em massa de areas elevadas para urn ambienle lacuslre, enquanlO que 
a sedimentarrlfo da Formarrao Rio Bonito leve origem ern ambienle palustre de man· 
gues e pfintanos. Ficou evidenciada a presenrra de uma feirrao positiva do embasa· 
mento, de orientarrlIo nordeste, aliva e parcial men Ie exposta ao tempo Itarare e 
recoberla durante a sedimen tarrao da Formarrlfo Rio Bonit o. 
PICCO LI & PAlM (1982) eSludam a ciclicidade das rochas do Supersrupo 
Tubari!o nesta area. Os autores definem um cicio ideal para a deposirrao do Grupo 
Itarare, dividido em dois subciclos que evidenciam sedimentarrao em leques aluviais 
associados a dep6silos subaqu:ilicos e paiudiais. A Formarrao Rio Bonito compreen· 
de sediment itos originados em ambiente palustre gradando para !ransicional, defi· 
nido em urn ciclo com dois subciclos de posirrao estratigrafica definida. 
MARQUES·TOIGO et alii (1982) em estudo palinoi6gico das camadas de CiJr· 
~o da Jazida de Santa Rita, citam que 0 ambiente deposicional das camadas car· 
bonosas seria hidr6filo-higrofllo, variando para higr6filo·mesOfilo no topo da se· 
qilencia. £ sugerida para a Formarrll"O Rio Bonito uma idade correspondente ao 
Penniano Inferior, provavelmenle Arlinskiano-Kunguriano. 
CAZZU LO·KLEPZIG el alii (1982) reconhecem, elll quatro rures de son· 
dagem na Bacia de Sanla Rita, uma associarr50 esporopolinica apresentando varia· 
rrOes em sua constituirrao, atribuidas a mudanrras ambientais a epoca de deposi. 
rrlIo das unidades Itarare e Rio Bonito. Os dados obt idos perrnitem concluirque 
ocorrem modificarroes na composirrao da micronora quando se comparam siltitos 
e carvOes. Urn comportamento similar a eSle e observado em outras bacias carbo· 
nfferas do Rio Grande do Sui e Santa Catarina. 
GUERRA·SOMMER & RODRIG UES (1982) estudam e classificam as culi· 
culas dispersas nos carvoes e sedimentitos associados em amostras de dois furos de 
sOndagens da Jazida de Santa Rita. Os dados oblidos permilcm aqueles autores 
supor que a dcposirrao ocorreu em um ambienlc subaqu:itico de baixa energia. 
CORREA DA SILVA el alii (1982) utilizando a sondagem P4 da Regiifo de 
Santa Rita , apresentam a caracterizarrao petrogr·:ifica e palinol6gica das camadas 
carbonosas SR.1, SR·2 e SR·3, tecendo, inclusive, considerarroes sobre avariarrao 
de facies organicas e ambienles deposicionais. 
274 Pesqu isa, (17) 1985 
SILVA FILHO (1982) estuda aJguns elementos trayos (V, B, Ga, Cu, Co, Ni 
e Cr) em amostras_ de carvao e siltitos carbonosos da Jazida de Santa Rita. Os re-
sultados mostram uma afmidade do B, Ve Cr com a maleria organica, enquanlo 
que 0 Ga mostra uma associayao com a frayao inorganica das camadas. 0 aUlor 
chama atenylo para 0 fato de que a ulilizay30 de graficos V x B para inlerpre-
layOes paleoambientais nem sempre sao v;U.idos, podendo levar a resultados engano-
50S. ESle mesmo autor ja havia execulado 0 mesmo lipo de analise de elementos 
trayos na jazida de Morungava (1980), indicando que, associ ado fa frayao organi-
ca naquela jazida observavam-se 0 V, B, Co, Cu, e Zr, enquanto que 0 Ga e 0 Sf 
demonslravam uma afinidade maior com a frayao inorganica. 
Em 1983, MARQUES- TOIGO et alii esludam a sucessao de microflora nas 
camadas 11B, I, F e MB da bacia carbonifera de Charqueadas. A camada 11B e 
caracterizada pela significativa representatividade de formas Ineertoe Sel/is; na ca-
mada I, F, os generos Moculato!porites e Angui!fJorite! sa"o marcantes e, na cama-
da MB , predominam Cyclogroni!poriIC! e p61ens do grupo Saccites_ As autoras 
afirmam que as camadas sao JateraJmente correlaciomiveis em loda a eXlensao da 
area estudada e que 0 ambiente predominanle durante a deposiyao das camadas 
de carvlo apresentava caracteristicas higr6filas_ 
PICCOLI et aJii (1983), aprescntam urn estudo das facies sedimenta res e 
orgiinicas da bacia de Santa Rita. Os dados revelam uma variayao lateral de facies 
bern mareada, representando a evolu<;ao de urn ambiente subaquatico para urn am-
biente subaereo, eondieionado peJa varia<;fo do niveJ d'agua e pela topografia ir-
regular do embasamento. 0 carvao teria se originado em ambientes limno-telma-
ticos e, secundariamenle, em pantanos de florestas ("forest terrestrial moor"). 
PICCOLI et alii, tambem em 1983, apresentam urn estudo de correlayao 
entre as principais camadas carbonosas da citada bacia, ulilizando dados palino-
lOgicos e sedimentolOgicos_ As associa<;Oes esporopolinicas encontradas nas rachas 
do Grupo Itarare sao de maneira geral simitares aque!as encontradas em rochas da 
Formayfo Rio Bonilo, de modo que as auloras concJuem que entre as unidades 
citadas existe uma transiyao, evidenciada tamMm pelos dados sedimentolOgicos. 
CORREA DA SILVA et alii (1984) apresentam urn estudo global da geolo-
gia da bacia carbonifera de Santa Rita, com enfase fa caracterizayao das diversas 
camadas de carva"o e das rochas associadas quanto aos parametros f{sicos, quimi-
cos e paleobotanicos, efetuando lambem analises geoquimicas 'e uma integrayfo 
dos dive rsos dados com vistas a caracterizay:fo da evoJu<;ao da bacia de sedimenta-
<;10_ 
CORREA DA SILVA (1984) estabelece facies de carviio para as camadas 
SR-3, SR-2 e SR-I da Jazida de Santa Rita, com referencia ao ambiente de for-
ma<;ao das tu rfeiras, sua comunidade vegetal e a varia<;fo do nivel d'agua na turfei· 
ra. As caracteristicas das camadas s[o indicativas de uma origem predominante-
mente subaquosa para a camada SR-3. A camada SR·2 foi formada em urn ambien-
te pantanoso aberto, variando para condi<;:Oes limnotelmaticas_ A cafnada SR-l 
indica uma predominiincia do ambiente de pantanos limnotelmaticos, passando 
gradualmenle para condiyeies de pantano florestaao. 
'pesq"'i~. (17) 1985 275 
GEOLOGIA DE SUPERFICIE 
Anoram na regiao as rochas de Embas3mento Cristalino, pertencentes ao 
Crupo Camba! e os sedimentitos das forma"CScs Estrada Nova, Rosario do Sui, 
Botucatu e Serra Ceral. A sedimentaylfo recente esta representada principalmcnte 
pelos a1uvi~s dcpositados nas planicies de inunday30 dos rios Cai, Jacuf e Cuaiba, 
segundo CARRARO et alii, 1974 (Fig. 2). 
As rochas do embasamento situam-se ao sui da area, constituinda-se em 
migmatitos homogeneos e heterogeneos, ectinitos e granitos associados. 
A Forma~ao Estrada Nova ocupa uma estreita raixa com dire~iio aproxi-
madamente norte-sui, situada a nordeste. Esta constitu ida por siltitos atenosos 
e arenitos muito finos, rosados ou de cor avermelhada, com manchas csverdea-
das irregulares. Os estratos gcralmente sao laminados, em geral horizontalizados. 
Raramente ocorrem peJitos argilosos associados. As espessuras desta unidade na 
area oscilam entre 10 e 20 metros (COULON, 1974). 
A Formayao Rosario do Sui possui a maior exposiyao na area, situanda-se 
na porylro norte. Est;!; representada por arenitos vermelhos, muito finos, pobre e 
moderadamente classificados, apresentando estratilica"CSes cruzadas acanaladas. 
Ocorrem siltitos e arenitos vermelhos associados, exibindo estratifica,,(les plana-
paralelas. A espessura da unidade na regiao varia entre 10 e 30 metros (COULON, 
op. ciL). 
A Formayao Botucatu anora em uma "ilha" de rorma aproximadamente 
circular, situada a nordeste, pr6ximo a seu limite none. ~ constituida por areni· 
tos feldspaticos finos a mMios, com grlfos arredondados e subangularcs, exibin-
do estratificayoes cruzadas de grande porte e alto angulo. 
A Fonna"lfo Serra Geral apresenta-se em dois corpos extrusivos distintos 
de pequenas dimenSOes, situados na pO[ylfo central da area. Sao constituCdos por 
lavas basalticas toleiticas. 
Os sedimentos quaternarios ocorrem nas margens dos rios e sao represen-
taaos por areias finas a grossas, intercaladas com areias argilosas, argilas arena-
sas e argilas. As espcssuras variam de 5 a 15 metros (COULON, op. cit.). 
Estas Jitologias resultam em urn relevo rormado par colinas baixas (20 a 
50 metros) que atingem maior altitude (130 metros) ao norte da area, dominio 
da Formay;io Rosario do SuI. 
ANALISE ESTRATIGRAFICA 
A seqiiencia sedimentar cstudada corresponde, na sua pory!o inrerior, ao Gru-
po ltarar6 e, na superior, a Forma"a-o Rio Bonito do Crupo Cuata. Supergrupo Tu-
barro, segundo a coluna estratigrdfica proposta par SCHNEIDER et alii (1974) pa· 
rara a Bacia do Paran;!; como um todo. 
o Crupo Itarare t! tratado como indiviso, devido as litologias descritas na 
area de estudo nao sercm corrclacion:iveis a ncnhuma das Ires rormay(les propostas 
por SCHNEIDER et alii (op. cil.) para este grupo. As caracterislicas lilol6gicas nao 
permitem correlaylfo, embora cxista ceria semelhanya com a Forma"ao Rio do Sui, 
2,. Pesqui$ilI.I1711985 
ullid;Jde supell"'l do CIUl'O 1( ,11,11,' .• 1 ~~ ILlI COILlO ~"1II 1 'IS ,mll:IS l'IIII1:1,'OcS drsle 
grupo (Marra (' Campo \111 T~'lIellld Ak,t1I d:1 hlnlngla. CXISh!m prohlem;!s n:ll:lllll 
paracrao dos ambicllies deposll:lOnais e de ida des ucslas rochas; os M!UUIlCIIIOS du 
Grupo Itarare no cSlado sao mais ,I1111g0S do que as idades alnbuidas pOf SCHNEI · 
DER CI alii (op, cil.) quando propuscralll as forrnacrOcs do grupo. Segundo dados 
de paleobotanica (COR REA DA SILVA & ARRONDO, 1977) e palinologia 
(GUERRA·SOMMER el alii, 1979), a idade do Grupo Itarare no Rio Grande do 
Sui corresponde ao Permiano Inferior (Sakmariano·Arlinskiano). 
ESludos especificos, que visam ao estabeleeimento de uma coluna estrali· 
gr:ifica para as rochas do Haran! no Rio Grande do Sui, moslram a impossibili· 
dade de correlacionar esta unidade com a coluna geral existenle (SCHNEIDER 
et alii op. cit.). Destamaneira, prefere·se, por enquanto, trabalhar com 0 Grupo 
Itarare como indiviso. 
A Forma"a"o Rio Bonito , unidade basal do Grupo Guata, encontra·se so· 
breposta aos sedimentitos do Itarare atraves de contato concordante .. 
Pelas caracleristicas Jitol6gicas encontradas, n<1"o foram individualizados 
nenhum dos Ires membros propoSlos por SCHNEIDER et alii (01'. cil.) para eS!3 
fonna"a"o. 
Ocorre uma Iransi"a"o entre as rochas do Ilarare e as do Rio Bonito na area, 
o que muitas vezes dificulta a delimita~ao destas unidades, uma vez que, com exce· 
~o das camadas de carv<1"o, as litologias apresentam similaridades. 
A idade da Fonna'jtro Rio Bonito, alraves de dados de palinologia e paleobo· 
tanica, corresponde aos andares Arlinskiano·Kuguriano (Permiano Inferior - BOR· 
TOLUZZI el alii, 1980). 
Superionnenle a Forma~<1"o Rio Bonito, ocorre a unidade de topo do Gru-
po GuaU, a Forma~<1"o Palermo, pertencente ao Permiano Medio a Superior (DAE· 
MON & QUADROS, 1970). 
CONTATOS 
o Grupo Itarare assenta·se em discordiincia litol6gica sabre 0 Embasamcnto 
Cristalino. 
A passagem das rochas do Itarare para as da Fonnacrao Rio Bonilo, do Grupo 
Gual:!., e transicional e estabelecida atraves de limites arbitrarios. E marcada princi· 
palmente pelo desaparecimento das cores bordo e verde dos pelitos e pelo predo· 
mfnio, a partir de ent<1"o, das cores acinzellIadas, alem do decrescimo das rochas de 
granulomenia mais grosseira, j:!. que a Formacrfo Rio Bonito nesla area e essencial· 
mente pelllica. 
Os criterios de delimila"fo das unidades foram os sugeridos por BOSSI & 
PICCOLI (1979) para a Bacia de Gravatai·Morungava scndo realizado, neste tra· 
balho, urn eSludo especffico e detalhado daqueles cri terios para a analise das carac· 
leristicas dislintivas entre 0 Grupo Itarare e a Formaya-o Rio Bonilo (Fig. 12). 
Dentre os parametros utilizados, os mais relevanles para a separa~fo das uni· 
dades foram as cores dos pclilos ells texluras. De uma maneira geral, porem, to· 
dos as cinco crHerios slro distinlivos. 
PnqUisal,I17) 1985 277 
'1 alii II a.\ c;ml;u..!<iS Imas como as espessas ocorrem em percentuais semelhan-
ICS lias duas ullidadcs. As camadas muito finas ocorrem subordinadamente, sendo 
mais comuns na Formay;1"o Rio Bonito. 
A an;1lisc textural indica que as rochas peJitieas ocorrem em grande pereen-
fagem em ambas as unidades. No entanto, h:'\ urn amplo predom(nio de sedimentos 
grosseiros no Grupo Itarare em relayl'fo a Forma~lI"o Rio Bonito, fahando ou acor-
rendo muito raramente no primeiro as rochas organic as. 
As estruturas sedimentares, embora rna is diflceis de serem avaliadas percen· 
tualmente, revelaram uma prese~a distinta. As estratifieayDeS (ondulada, cruzada, 
etc.) sa""o mais comuns na Form<M;i'fo Rio Bonito, 0 mesmo ocorrendo com restos 
vegetais indifereneiados. Nas rochas do Grupo Itarare, por outro lado, sao mais 
freqOentes as perturba~oes vegetais e nodulos ferrificados. 
Quanto as cores- dos pelitos, verificou-se que as einzas sao mais comuns na 
Formarr30 Rio Bonito, mesmo sem considerar os pelitos carbonosos. J:i os tons bor· 
dO e prineipalmellte 0 verde, silo proprios dos sedimentitos do Grupo Itarare, 
ainda que ocorram tamb«!m na Formarr;lo Rio Bonito. A cor preta Ii igualmente 
distribuida. 
A an;il ise palinol6gica comparativa cntre as duas unidades, segundo PICCO· 
LI et alii (1983), revelou que as associarrOes presentes em rochas do Grupo itara· 
re earacterizam·$C por uma maior percentagem de polens monossacados , principal-
mente dos generos IJoloniesporilcs, Connonoropolli3, Plicatipol/cnites e Cohe· 
fl¥lsnccites. Em relarrll"O a Formar;:ro Rio Bonito, as assembleias palinologicas mos-
tram predominio de esporos tr iletes associados e bissacados, estriados ou nll"o, com 
menor freqUencia de monossacados. 
A passagem para a Formarrll"O Palermo «! gradacional e foi arbitrada no topo 
de uma camada de arenito fino e conglomeratico, quartzoso e calcifero. com piri-
ta disseminada, que e urn horizonte muito freqOente na area estudada. Acima des-
te, geralmente apare<:em os siltitos e arenitos finos com predominio de estrutu-
ras tipo "nasec" e "wavy" e abundantes bioturba~Oes, tipices da unidade. 
LITOLOGIAS 
CRUPO ITARARE 
o Grupo ltarar«! Ii eonsti tu ido por pelitos, arenitos e conglomerados, com 
predominio dos primeiros. Siltito e a rocha pelitiea mais abundante e, nas Iltolo· 
gias grosseiras, dominam os ortoconglomerados. Ni!o ocorre carvi!o nesta unidade 
(Figs. 30 e 31). 
Os estratos de ortoconglomerados silo maci~os , comumente com matriz 
siltico-arenosa. Possuem pouca espessura, em torno de 10 a 30cm, localmente 
podem chegar aos 10 metros. $3"0 do tipo petromitico, com seixos e granulos de 
feldspato, quartzo e fragmentos de rochas graniticas e gnassicas, por vezes atin-
gindo 0 tamanho de bloco. Nas camadas conglomeraticas ocorrem lentes de sil-
tito e arenito. As cores variam de cinza escuro a cinza esverdeado ate cinza aver-
melhado. Os contatos entre estratos 530 irregu lares. 
P.,.qUisal,I1711985 
Os paraconglomerados possuem matriz sillico-arenosa de cor cinza, com 
seixos e granulos de quartzo, feldSpalo e fragmenlos de rochas granil6ides e sedi-
mentares. 0 arcaboutyo perfaz 20 a 50% da rocha, sendo, em media, de 30%. As 
espessuras das camadas variam de lOem ate 6 melros, com niveis sllticos inter-
calados. Apresentam estruturas de deslizamento ("slickensides") frat uras preen-
chidas por 6xido de ferro e calcila, alem de c~mcrClfOes de pirila. Raramente ocor-
rem restos vegetais indiferenciados incluidos na malriz. Os contatos variam de 
pianos n(tidos a irregulares. 
Os siJlitos e argilitos do Grupo Itarare posSllem cor cinza escuro, tenclendo 
localmcntc bordo: N(veis esverdeados podcm ocorrer. Os siltitos predominam 50-
bre OS argilitos, geralmente ocorrendo em camadas de ate 1.5 mouos. com la-
minas e lenles de argililo intercaladas. Frequentemente se observa inlerca1;wrll'o 
de bandas milim«!tricas de arenite fino. Os contalos entre as camaclas de pelitos e 
outras litologias finas dentro da sequencia sao sempre transicionais, marcados por 
uma zona de trans~ro de lOem. Quando ocorrem com camadas de conglome-
rados, os conlatos slfo irregulares e, muilas vezes. erosivos. 
Os eSlratos de pelitos sao geralmente maci~os , contudo, laminatyll'O ondul a-
da e estralifica~ro irregular ocorrem ocasiona lmente . Fei~Oes como "slickensides" 
e concre~Oes piritosas sao freqiienles . Foram cOTlsta ladas microfalhas em algulls 
testemunhos, com fraluras preenchidas pOT calcita. Restos vegetais indiferenciaclos 
Slo relativarnente abundantes em determinados niveis pelilicos da sequencia. Lo· 
calmenle se desenvolvern horizontes de pelftos carbonosos no 10pO. junlo ao con· 
tato cern a Formayro Rio Bonito. 
Os arenitos sao predominanternente m«!dios a grosseiros, embora ocorram 
niveis de arenitos finos intercalados. Aparecem horizontes de scixos e granulos in-
tercalados nos pacotes arenosos. contudo. sem constitu ir nlveis conglomer:ilicos. 
A cor varia entre cinza claro e cinza me!dio, evcntualmente tendendo para cinza 
avermelhado e cinza amarronado. Os pacotes arenosos possuem espessuras varia· 
veis, geralmente denlro do intcrvalo de 30 a 50cm. Os contatos entre os diversos 
estratos s:ro comum en le irregulares e continuos, ocorrendo, ocasionalmente, con-
tatos transicionais. As estruturas sedimenta res, exceto lamina~ao pl all o--paralela 
incipiente multo rara, 53'0 auscntes. 
GRUPO GUATA : FORMA<;A.O RIO BONITO 
A Form~lI'o Rio Bonito e caracterizacla por urn predomfnio amplo de silt i-
lOS e argilitos sobre as demais litologias. Arenitos medios a grosseiros e conglo-
merados 5[0 subordinados nesla unidade . 0 carvll'o e sua principal caracterist ica, 
totalizando ate! 15% das litologias do Rio Bonito (Figs. 30 e 31). 
Na unidade, predominam os paracongiomerados em rcla~lI'o aos ortocon-
giomcrados. 0 paraconglomerado , chamado de "pedra·areia", localip·se prefe-
rencialmente associado as camadas de carvll'o,com espessuras variaveis en lre IOcm 
ate 12 metros; por vezes. com n(veis sHlicos e carbonosos inlercalados. Concre-
~Oes de pirita Slo comuns. Os con ta tos sao nitidos com as camadas de carvll'o e 
transicionais ou irregulares com os pelitos. Sa'o registrados restos vegetais indife-
renciados disperses na matriz. As cores 53'0 cinzas. em tons variados. Os granulos 
Pesquisas, (17) 1985 279 
e seixos do arcahoUl;o dos conglomerados sao compostos de quartzo e feldspato 
e perfazem 20 a 30% da rocha total. A matra e slltico-arenosa, predominanle-
mente e siltico-argilosa, secundariamente_ Em sondagens onde nfo ocorre carva-o, 
exislem pacotes de 10 a 20cm, compostos de paraconglomerados, com ortocon-
glomerados associados e intercaJ~Oes sl1t icas de pequena espessura. Os ortocon· 
glomerados podem gradar para arenite grosseiro, medio e ate fino. 
Os pelitos $:10 de cor cinza claro a cima escuro, ocorrendo. raramente, tons 
esverdeados e avermelhados ou mesmo amarelados. Contudo, a cor cima unifor· 
me e dominanle_ Os siltitos, com laminas ou lentes de arenito fino ocasionalmen· 
te intercalados, Slfo mais ahundantes do que os argilitos. A espessura dos estratos 
pe](ticos e muito variavei, oscilando em urn amplo inlervalo de 20/3Ocm ate 5 me· 
tros. Os contatos entre os diferentes estratos na seqUencia sao sempre transicionais, 
com centimf!lricas zonas de transilrfo. As camadas sao maciyas. "Slickensides" 
do muito abundan tes, sendo observados em todos os eslratos_ Concrcyoes de 
pirita e rest os vegetais indifercnciados sa'o rela tivamente frequentes. 
Os pelitos carbonosos ocorrem em niveis centimetricos, comumente pr6-
ximos ou associados as camadas de carvtfo. Possuem nlveis milimetricos de Vilre-
nio. Em sondagens sem carva-o , os pel it os carbonosos podem atingir maiores es· 
pessuras (ate 80cm). 
Os arenitos $[0 finos a grosseiros, porem, os termos finos a medios 5[0 mais 
comuns. A cor e 0 cinza claro, por vezes cinza medio, variando local mente para tons 
avermelhados, amarronados ou esverdeados. A espcssura dos eSlratos vai desde pou-
cos centimetros ate camadas de 1 ~ metros. Os contatos com as demais litologias 
s:ro transiciona is na maioria dos casos. Camadas arenosas s:ro ra ras e freqiientemente 
os arenitos aparecem intercalados a siltitos, apresentando estratificayio lenticular, 
plano-paralela e ondulada (hwavy)"). Nos termos mais finos ocorrem raros restos 
vegel3is ino.liferenciados. 
o carvfo se apresenta em grande parte da :irea estudada com camadas mais 
ou menos cont inuas que variam em mimero e espessura, correspondendo aos con· 
juntos SR·I, SR-2 e SR-3 para -a Bacia de Santa Rita, correiacionaveis, respec-
tiv'amenle, as camadas MB + SB, I, F e I. B + 13F dOl Bacia de Charqueadas (BOR-
TOLUZZI et alii, 1982). Em algumas sondagens podem estar ausentes uma ou 
mais dessas camadas ou mesmo nl10 ocorrer carva-o. Existem leilos de carvtfo de 
pequena espessura e ocorrencia resIrita. E comum, no carva-o, a inlercaJ~ao de ni-
veis de pelitos e/ou pelitos carbonosos, de espessuras bastante variaveis. 
Medidas de renectancia indicam que, de acordo com a ciassificayfo dOl ASTM, 
o carvtfo na Jazida de Santa Rita pode ser considerado como sub.betuminoso B e 
A (CORREA DA SILVA et alii, 1984). 
FACIOLOGIA 
GRUPQ ITARARE 
As espessuras maximas desla unidade, na area da bacia de Charqueadas/San-
la Rita, encontram-se principalmente na parte centro-sui (Jazida de Charqueadas) 
havendo, secundariamente , urn espessamento para noroeste e na por~a-o central 
P-.uitllS.1 17) 1985 
da Jazida de Santa Rita (Fig. 14). 
o mapa de isOpacas do Itarare mostn, na Jazida de Santa Rita (nordeste), 
uma espessura maxima por volta de 29 metros no furo N2 e 27 metros no Ml, 
que sc colocam em posiyao relativamente central. Para sudeste (fura PI) e noroes-
te (furo M3) desta jazida , ha urn aumento dos sedimentitos. Nota·sc urn decres· 
cimo para nordeste (furo P3). A noroeste da area de estudo. a espessura se man-
tern em tor no dos 25 a 28 metros. 
Em diret;:lo a Jazida de Charqueadas. ha urn acrescimo consideravel na espes-
sura do itarare, alcanyando no minimo 50 metros no furo GB OS, podendo ser 
maior , ja que a sondagem nao atinge 0 embasamcnto . Este ponto situa·se na parte 
centro-sul da area e, aparentemente , o.ltarare espessa-se nesta regillo, desapare-
cendo para os quadrantes sudeste e sudoeste . 
Os mapas litofaciologicos de dados abenos (conglomerados, arenitos e peli-
tos) most ram facies de conglomerados e arenitos (grosseiros. medios e finos) sc-
melhantes; ja os pelitos apresentam urn comportamento urn pouco diferenciado, 
por vezes exc1udente em relat;:ao aos conglomerados e arenitos. 
Os mapas isoliticos de conglomerados (Fig. 15) e arenitos (Fig_ 16) eviden-
ciam, na Jazida de Santa Rita, os valores minimos de espessura, chegando a desa-
parecer na dir~ro norte (os conglomerados) e nordeste (os arenitos). 0 mapa de 
pelitos aprescnta urn decrescimo na diret;:l'rO nordeste, embora n;!o tao acentua-
do, man tendo valores ao redor de 5 metros e urn acrescimo na diret;:lo norte, at in-
gindo ate 25 metros no fufO MI, mostrando aqui uma relayllo excludentes com 0 
conglomerado. A noroeste da jazida, ha urn espessamento dos arenitos. 
Para oeste da area total do projeto, os pelitos (Fig. 17) aumentam gadati-
vamente , atingindo 21 metros no ponto 5 CA 04 RS, no extremo oeste da area. 
Os conglomerados acompanharn esta gradat;:lo ate 0 furo 5 CA 03 RS, diminuin-
do para noroeste e aumentando para suI. Atingem no furo 5 CA 34 RS valores 
de 2,5 metros de espessura. Os arenitos, na dir~lo oeste, mantem valores cons-
tantes por volta de J melro , crescendo para noroeste e sui , da mesma forma que 
os conglomerados. 
No fure GB as, ao sui, as tres litofacies possuem as maiores ocorrencias 
na jazida: 18 metros de pelitos, 17 metros de conglomerados e 15 metros de are-
nitos. Estas do espessuras minimas, pois a sondagem nllo atinge 0 embasamento_ 
As litofacies vllO reduzindo-se ate desaparecerem para sui, sudeste e sudoeste. 
Em relat;:l'rO ao embasamento atuai (Fig. 13), que esta exposto a sudeste 
da area em estudo e aprofunda-se na direylo norte, as Iilofacies do Itarare apre-
scntam urn comportamento diferenciado. As espessuras de conglomerados, areni-
tos e pelitos decrescem na direya:o sudeste, concordantemente com a cota mais al-
ta do embasamento; porem , para 0 norte da <lrea, os arenitos e conglomerados 
apresentam uma tendencia decrescente, enquamo que a espessura dos pelitos au· 
menta gradativamente. 
o mapa do contorno estrutural do topo do Itarare (Fig. 18) acompanha a 
configuraylo do embasamento (Fig. 13). 
A faciologia do Grupo Itarare permite deduzir que as areas elevadas, servin-
do como dreas-fonte a bacia, sc situavam principaimenle a N-NW, 0 que e eviden-
dado pela espessura da unidade nesta direy:to e pela abundante ocorrencia de con-
glomerados. A nordeste, a depos~ao ocorreu em uma relativa profundidade e 
,., 
com contribu~:lo de uma area-fonte mais distante (abundantes pelitos). A regilro 
centro-sui e sui representava, na epoca, as partes mais profundas da bacia, com 
consideravel actimulo de sedimentos nestas lireas. Outros depocentros reduzidos 
aparecem na regilro central de Santa Rita e a oeste da area. 
GRU PO GUATA: FORMAyAO RIO BONITO 
A Forrna~50 Rio Bonito apresenta as maiores espessuras a oeste e a teste 
(50m), bern como na parte centro-sul da ;Irea (80m). As espessuras decrescem 
para os quadrantes sui e sudeste ate desaparecerem, conforme pOOe ser observado 
no mapa de is6pacas (Fig. 19). 
As distribuilrr,e~ dos orloconglomerados (Fig. 20) e paraconglomerados 
(Fig. 21) SIlo coincidentes entre si e, de maneira geral, com 0 mapa isopaquico da 
unidade. Observa-se uma varia~lrO a nordeste, na Jazida de Santa Rita , onde os 
conglomerados tendem a desaparecer. 
o mapa isoHtico de arenitos (Fig. 22) mostra as maiores espessuras na dire-
~tro oeste, assim como pequeno aumcnto na parte central da Jazida de Santa Rita,a nordeste da area. Nesta regia-o, se verifiea uma relayll"o excludente entre estas li-
tologias e os conglomerados. 
Os pel it os (Fig. 23) apresentam-se rna is espessos na parte cenlro-sul, atingin-
do 60 metros e diminuem para os quadrantes oeste, sudoeste e sudesle. 
Em dire~lI"O noroeste ha: um gradual aumento de pelitos (Fig. 23) ate 0 furo 
5 CA 03 RS e, a partir dai, um decrescimo , com proporcional acrescimo de con-
glomerados. Da mesma forma, na Jazida de Santa Rita ill nordeste , as facies de con-
glomerados e pelitos Siro mutuamente excludentes. Nesta area, a Format;:lI"o Rio 
Bonito e praticamente composta de pelitos (Figs. 19 e 23). 0 mesmo ocorre na 
por~a:o centro-suI onde e visualizado um micleo de grande concentr~tlo de pelitos 
que chegam a atingir 61m em rela~a:o a uma espessura total por volta de 70m com 
a facies de conglomerado praticamente ausente. 
Na parte leste do mapa (furo 544) hd um amplo predominio de pelitos 
(43m), coincidentemente com um acrescimo na espessura dos arenitos (4,6m) 
e pequena contribuilrll"o de paraconglomerados (I ,6m) que se associam as cama-
das de carvao. 
Os carvOes (Fig. 25) e os pelitos carbonosos (Fig. 24) apresentam, na area 
em eSlUdo, tres zonas de maior eoncentrayito: a nordeste (Santa Rita), ill sudoeste 
(Charqueadas) e centro-sul, com valores maximos em torno de 6 metros . Estas fa· 
cies SIlO coincidentes com a maior espessura de rochas peifticas e excludentes com 
os conglomerados. Ocorrem alguns niveis de paraconglomerados junto as cama-
das de carv3"o. 
o mapa de contorno estrutural da unidade (Fig. 29), slem de apresentar 
um n(tido basculamento em dir~;l"O norte, mostra areas em que podem ser inferi-
dos falhamentos posteriores oj deposi~:ro da seqUencia, principalmenle na regia"o 
de Santa Rita, onde se verificou uma grande concentra~tlo de inlrusOes de diaba-
sio. 
A configurat;:ro faciol6gica observada e indicativa de uma paleotopografia 
Pnquisas,I17) 1985 
similar a do tempo harare. As espessuras grandes ao sui mostram que a bacia era 
muito profunda nesta direyIo e depocentros secund~rios existiam tambem a no· 
roeste e nordeste, evidenciados pelo acumulo dos sedimentitos conglomeraticos 
a noroeste e peliticos a nordeste. A epoca da deposi~a:o, 0 limite sui lorna·se des-
conhecido porque os dados n(lo permitem uma avali~a:o da extensao da bacia 
nesta direylo. 
A noroeste e a leste da Jazida de Santa Rita, pelo desaparecimento do carviJo 
e aumento de Iitologias grosseiras , podem ser inferidos os limites da jazida carbo-
n(fera. 
CAMADAS DE CARVAO 
o conjunto mais inferior das camadas de carva-o (SR·3) na Jazida de Santa 
Rita e que corresponde as camadas 11 8 e I) F na de Charqueadas , tem uma ocorren-
cia restrita, principalmente nas areas nordest!: , sudoesle e centro-sui da bacia 
carbonifera (Fig. 26). 
A espessu ra maxima esta por volta de 2 metros, somando·se todos os est ra-
tos de carv(lo; desles, 0 11 B eo que esta presente na maior parte da bacia. 
A cam ada carbonos:! mais amplamente distribufda na area e a 11 F (SR-2), 
intermediaria, que corresponde a um nivel espesso de carvllo com pouco ou nenhum 
pelito carbonoso intercalado (Fig. 27). 
Da mesma fonna que 0 conjunlo inferior , as camadas superiores SB e MB 
(SR-I) s:fo resuitas a pequenas bacias isoladas a nordeste , sudoeSle e centro-suI. 
nlo ocorrendo na regilo central e a noroeste da area. e. a que apresenla menor dis-
tribU~<fO, tanto na Jazida de Santa Rita como na Charqueadas (Fig. 28). 
A seqliencia sedimentar que abrange os Ires conjuntos carbonosos apresenta , 
em media, 20 metros de espessura. sendo que a distancia entre os niveis de carvlo 
e de , aproximamente , 5 metros. Este intervalo e composto por petitos cinzas 
e estratos de paraconglomerado ("'pedra·areia"). De forma geral , estes conglo· 
merados se posicionam na base das camildas de carvlo. 
o levantamento das profundidades medias dos conjuntos de carYa"o SR·I, 
SR·2 e SR·3 revelou que esta sequencia posiciona·se em diferentes cotas na bacia. 
As camadas de camo apresentam rnergulhos de 10 a 20 com urn sentido geral nor-
te. Na regiao centro·sul, 0 carvfo encontra·se a profundidades ao redor de 50 me-
tros, enquanto que ao Ilorte as camadas atingem profundidades por volta de 450 
metros. Este posicionamento das camadas, mergulhando para norte, possibilitou 
que na regiao centro-sut, alguns niveis fossem erodidos e ou tros cobertos por 
sedimentos quaternarios. Na direy:ro oeste da bac ia , os furos 5 CA 03 RS e CA 
02 Rs possuem a sua sequencia carbonosa pr6ximo aos 300 metros de profundi-
dade. No extremo oeste, 0 carvIo desaparece. 
o mergulho das camadas carbonosas, caculado a partir de varias sondagens 
da Ja zida de Santa Rita e das regioes centro·sul e noroeste da bacia, 1ndicou urn 
sentido preferencial para norte·nordeste. Contudo, a an:ilise do mergulho revelou, 
localmente, mergulhos no sentido norte-noroeste, indicando basculamentos 10-
calizados, provave1mente devido a falhamentos ou a intruSOes de diabasio que 
ocorrem junto as camadas de carvllo. Estas intrusoes afetaram principalmente as 
Pesquisas, I17) 1985 
camadas carbonosas da Jazida de Santa Rita e Slo responsaveis por urn recozi-
mento local das camadas sedimentares e a destrui~!lo, por vezes, total das cama-
das de carv:fo_ 
A continuidade lateral dos estratos carbonosos e, em alguns casos, inter-
rompida por paleoaltos do embasamento que restringiram a extensfo das bacias 
deposicionais. A presen~a de falhamentos posteriores e prov3.veis reativaIYOes de 
falhas antigas tambem respondem por deseontinuidades obscrvadas nas cama-
das de carv:fo. 
COLUNA ESTRATIGRAFICA IDEAL 
o embasamento cristalino na regillo e constituido por rochas igneas e me-
tamorficas do Grupo Cambal. 
A sedimenta~!lo gonduiinica inicia com a deposir;:ro de conglomerados e pe-
litos do Grupo Itarare diretamente sobre 0 embasamento (Fig. 31). 
Estes conglomerados basais (ortoconglomerados e paraconglomerados asso-
dados) slo bastante freqtientes e predominam a nordeste e noroeste da area, 
apresentando. comumenle. lenles de arenitos e petitos intercalados. 5a"0 origi-
nados por urn sislema de leques a1uviais em que processos de alta e baixa viseosi· 
dade aluam associados. 
Em alguns pontos da bacia, como na parte central cia Bacia de Santa Rita 
e no centro-sui da area, oc:orrem pelitos depositados sobre 0 embasamenlO, scm 
o conglomerado basal (Figs. 30 e 31). Estes pelitos provem de uma area·fonte 
mais distante, sendo depositados por suspensao em urn grande corpo d'agua de 
origem continental. As facies mais distais dos leques aluviais tambtlm contribui· 
ram para originar as camadas peliticas. 
Os pacotes conglomeniticos variam regionalmente em espessura, mas Slo 
sempre seguidos por uma sequen~ia pelitica geralmente maci~a, de color~lIO es· 
verdeada, bordo e cinza do Grupo Itarare. A colorarrlIo bordo pode ser interpre-
tada como sendo originaria de eventuais acreseimos na oxigena~lo da agua pela 
movimenta~l'o causada com a entrada dos leques aluviais em urn ambiente pre· 
dominantemente redutor. 
Estes pelitos se tornam mais cinzentos em dir~a:o ao 10pO, caracterizando 
o inicio da sedimentarrllo da Formarrlo Rio BonilO na area (Fig. 31), em contato 
transicional com 0 Grupo Itarare. 
A sequencia da Formarr!lo Rio Bonito c esscncialmente pelLlica. Ocorrem 
raros n(veis de arenitos, paraconglomerados e Ires conjuntos de camadas de carv:fo, 
com folhelhos carbonosos associados. Os pelitos, pelitos carbonosos e carvOes 
represenlam a evo!ur;lo de um sistema lacuslre redutor e palustre, com desenvol-
vimento de vegetar;fo superior. Os niveis de paraconglomerados e arenitos que 
se associam Ii sequencia pelitica tem sua origem prindpalmente em esponidicos 
Jeques aluviais de alta viseosidade. 
Os carvOes ao sui estlo local men Ie erodidos e cobertos par depositos qua· 
ternarios e, em outros pontos mais a nordeste. (oram destruidos par intruSOes de 
diab:isio. A noroeste ocorrem espessos n(veis de paraconglomeradose arenitos 
associados, desaparecendo as eamadas de carwo em conseqtiencia do condicio-
204 Pesquis.s, 1171 1985 
namento paleotopogntflco que proporcionou a atuilYl'o dos leques aIuviais du-
rante a deposi~lo de toda a sequEncia (Figs. 30 e 3 1). 
No topo <fa FormaltJo Rio Bonito ocorrem dominantemente pel it os cin-
zas de origem lacustre com arenitos finos e medios intercalados. Uma camada 
de arenite fino a m~dio ou de arenito conglomeralico , com razoavel espessura 
e boa continuidade lateral , marca 0 limite superior da Forma~:ro Rio Bonito e 
o inicio da transgress:ro Palenno. 
Scguindo a esta camada arenosa, aparecem siltitos, arenitos e argilitos cin-
zentos, bioturbados e com estruturas naser. lenticular e ondulada, pertencentes 
a Fonn~a-o Palenno, unidade de topo do Grupo Guata, originados em um sis· 
tema transicional marinho e em ambiente de planicie de mare. 
EVOLU<:AO DA BACIA 
A partir dos dados lilofaciol6gicos c estraligniflCos foi possive! a recons· 
titu~a-o da evolu~10 geol6gica da bacia carbonifera dOle Charqueadas-Santa Rita 
(Fig. 32). 
A epoca de deposi~ro da seqilenc ia Itarare, a regi:to centro-suI da area era 
provavelmente a parter mais subsidente; a noroeste e nordeste hRviam areas depo. 
sicionais relativamente profundas. A N·NW encontravam-se altos topograficos que 
serviam de area-fonte a sedimenla~:to e 010 suI 0 limite da bacia nl0 esta bem evi· 
denciado. Na regilo nordeste os sedimentos devem let se originado de uma area· 
fonte mais distante. 
A seqUencia sedimentar teve sua origem vinculada a urn sistema de leques 
aluviais de alta e baixa viscosidade que se desenvolviam junto as bordas de urn gran-
de corpo d'agua lacustre (Figs. 3 1 e 32). 
o assoreamento gradativo do lago veio ocasionar, durante a deposi~IO da 
unidade Rio Bonito, a forma~a-o de turfeiras que eventual mente eram afogadas 
devido a oscilap'es do nivel d'agua. 
A cada per(odo de acrescimo do nivel d'agua, voltava a dominar 0 ambien-
te lacustre , com esporadicas ocorrencias de leques aluviais de alia viscosidade. 
A area da jazida carbon ife ra, no tempo em que se depositou a Forma~a-o 
Rio Bonilo, apresentava uma configurayllo semelhante a epoca itarare, com pa· 
leoaltos a N-NW e 0 maior centro deposicional ao sui; a nordeste, a bacia esten-
dia-se com uma profundidade relativa. A parte este de Santa Rita pode ser defi-
nida como 0 limite da jazida de carv<fo (Figs. 31 e 32). 
A turfeira , que durante a formayfo das camadas inferiores (hB e I)F) e 
superiores (5B e MB) era resteita a areas isoladas, a epoca em que se originou a 
camada intennediaria (I, F), estendia·se por toda a bacia de deposiylO. 
o estabelecimento do ambiente lacuslre superposto a turfeira que originou 
a ultima camada de carvlo, foi encerrado pela transgreSS3'o Palermo (Fig. 31). 
A origem dos esporadicos leques aluviais e a ocorrencia de variayOes no ni-
ve! d':igua foram, provavelmente, vinculados a movimentos oscilat6rios epirogene-
ticos que ocorreram na bacia durante a deposiyilo de toda a sequencia sedimen-
tar. 
Em uma fase posterior, atuou urn sistema de falhamentos , com illtrusOes de 
pesquila$,I 17J11J85 '85 
diabasio assaciadas, possivelmente relacionados a separaylio do continente de 
Gondwana, ocasionando a descontinuidade das camadas e 0 basculamento para nOf-
Ie que se verifica na bacia alualmente (Figs. 13 , 18 e 29). As bordas que a bacia 
carbon .fera maslra hoje sao, portanto , erosivas. 
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FIG 23· MAPA IsodTICO OE PHITOS DII. FORMAIO.io RIO BONITO 
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INTERVALO OE CONTOFtNO 
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FIG. 24 _ MAPA ISOLiTICO OE PHITO CARiIONOSO (loll. FOI'IMAIOAo RIO iIONITO 
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FIG 21 _ IU~ DE rs6N.cAS till e,uoAOI. DE CAlIw.o \' F 
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