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VICTORIA CHAGAS 1 OSTEOARTROSE VICTORIA CHAGAS 2 OSTEOARTROSE (OSTEOARTRITE DEGENERATIVA) Doença articular crônico-degenerativa que se evidencia pelo desgaste da cartilagem articular → evolução lenta e sem comprometimento sistêmico É o tipo mais comum de artrite e representa cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia Presente em qualquer articulação, mas principalmente nas de carga → quadril, joelho, pé, tornozelo, mãos, ombros, cotovelos... Apresenta entre 44% e 70% dos indivíduos acima de 50 anos de idade Atinge 85% das pessoas na faixa etária dos 70 aos 79 anos Homens e mulheres são afetados na mesma proporção até os 45 anos; após essa idade, há grande prevalência no sexo feminino ❖ CLASSIFICAÇÃO o PRIMÁRIA → idiopática o SECUNDÁRIA → pós traumática, resultantes de doenças congênitas, endocrinopatias... - Em indivíduos mais jovens (5%) ❖ FATORES DE RISCO ❖ FISIOPATOLOGIA Na articulação temos proteoglicanos (absorve água) e fibras de colágenos (limita absorção de água), mantendo um equilíbrio para manter a articulação bem lubrificada. Por fatores multifatoriais, ocorre uma diminuição dos proteoglicanos (desequilíbrio) e consequentemente a diminuição do líquido, permitindo o atrito e a lesão da região. A lesão tecidual estimula os condrócitos a uma tentativa de reparação, o que aumenta a produção de proteoglicanos e colágeno. No entanto, os reforços para a reparação também estimulam a produção de enzimas que degradam a cartilagem, bem como as citocinas inflamatórias, que normalmente estão presentes em pequenas quantidades. Os mediadores inflamatórios desencadeiam um ciclo inflamatório que posteriormente estimula condrócitos e células da membrana sinovial a eventualmente “romperem” a cartilagem. Os condrócitos sofrem morte celular programada (apoptose). VICTORIA CHAGAS 3 As tentativas de reparação óssea produzem esclerose subcondral e osteófitos nas margens articulares. Os osteófitos parecem se desenvolver na tentativa de estabilizar a articulação. A sinóvia se inflama, torna-se espessada e produz líquido sinovial com menos viscosidade e maior volume. Tendões e ligamentos periarticulares se estressam, resultando em contraturas e tendinites. À medida que a articulação diminui mobilidade, os músculos circundantes ficam mais fracos e dão menos suporte. ❖ SINAIS CLÍNICOS O início da osteoartrose quase sempre é gradual, geralmente começando com uma ou poucas articulações. Dor é o sintoma mais precoce da osteoartrose, sendo algumas vezes descrita como dor profunda. A dor piora normalmente ao pegar peso e alivia com repouso, mas pode, eventualmente, tornar-se constante. A rigidez vem após se levantar e com inatividade, mas dura < 30 min À medida que a OA progride, a movimentação articular torna-se mais restrita; sensibilidade, crepitação ou sensação de atrito aparecem. Os nódulos de Heberden e de bouchard são sinais que consistem no aumento do osso recoberto de cartilagem que se tornam proeminentes, sendo o primeiro no dorso das articulações interfalangianas distais e o segundo nas articulações interfalangianas proximais VICTORIA CHAGAS 4 ❖ EXAMES DE IMAGEM o RADIOGRAFIA o TOMOGRAFIA → + no ombro o Análise do líquido sinovial → diferenciar da artrite inflamatória ❖ TRATAMENTO Terapia sem fármacos (p. ex., educação, reabilitação e medidas de suporte) Terapia medicamentosa (analgésicos, AINE, relaxantes musculares) Os objetivos do tratamento da OA são aliviar a dor, manter a flexibilidade articular e otimizar a função. O tratamento primário inclui fisioterapia, com programas de reabilitação, dispositivos de suporte, exercícios de fortalecimento, flexibilidade, resistência, educação do paciente e modificações nas atividades da vida diária. Terapias adjuvantes incluem tratamento medicamentoso e cirurgia. Figura 1 - achados no RX
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