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Victoria Chagas 1 OSTEOARTRITE OSTEOARTRITE/OSTEOARTROSE EPIDEMIO Doença reumatológica mais comum Mais prevalente em idosos Presente em qualquer articulação, mas principalmente nas de carga. Homens são mais afetados até os 45 anos; após essa idade, há grande prevalência nas mulheres. FISIOPATO Doença articular crônico- degenerativa que se evidencia pelo desgaste da cartilagem articular o PRIMÁRIA → idiopática o SECUNDÁRIA → pós traumática, resultantes de doenças congênitas, endocrinopatias → Em indivíduos mais jovens (5%) Na articulação temos proteoglicanos (absorve água) e fibras de colágenos (limita absorção de água), mantendo um equilíbrio para manter a articulação bem lubrificada → Por fatores multifatoriais, ocorre uma diminuição dos proteoglicanos (desequilíbrio) e consequentemente a diminuição do líquido, permitindo o atrito e a lesão da região → degradação da cartilagem A lesão também estimula os condrócitos a uma tentativa de reparação → os reforços para a reparação também estimulam a produção de enzimas que Victoria Chagas 2 FISIOPATO degradam os condrócitos, bem como as citocinas inflamatórias → Degradação da cartilagem A sinóvia se inflama (sinovite), torna-se espessada e produz líquido sinovial com menos viscosidade e maior volume As tentativas de reparação óssea produzem esclerose subcondral e osteófitos nas margens articulares→ Os osteófitos parecem se desenvolver na tentativa de estabilizar a articulação. Victoria Chagas 3 CLÍNICA O início da osteoartrose quase sempre é gradual. Dor é o sintoma mais precoce da osteoartrose A rigidez vem após se levantar e com inatividade, mas dura < 30 min À medida que a OA progride, a movimentação articular torna-se mais restrita; sensibilidade, crepitação ou sensação de atrito aparecem. Os nódulos de Heberden e de Bouchard são sinais que ocorrem nas mãos e consistem no aumento do osso recoberto de cartilagem que se tornam proeminentes, sendo o primeiro no dorso das articulações interfalangianas distais e o segundo nas articulações interfalangianas proximais DIAGNÓSTICO Através da história clínica + exame físico + exames complementares EXAME FÍSICO: - Observar dor a palpação, sinais inflamatórios e manifestações sistêmicas → aumento de volume, rubor, atrofia, desalinhamento articular, deformidades - Crepitação articular - Comparar articulações Victoria Chagas 4 DIAGNÓSTICO EXAMES DE IMAGEM: - RADIOGRAFIA (padrão ouro) → pode-se visualizar os osteófitos, esclerose óssea, cistos subcondrais e diminuição do espaço - TOMOGRAFIA → + no ombro - ANÁLISE DO LÍQUIDO SINOVIAL → diferenciar da artrite inflamatória TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO - Perda de peso - Exercício físico individualizado - Fisioterapia - Órteses (ex.: bengalas) - Reabilitação TERAPIA MEDICAMENTOSA - Analgésicos → Paracetamol e dipirona - Anti-inflamatórios → Nimesulida e Celecoxibe - Opioides → tramadol - Analgésico tópico → Capsaicina – 25 mg/g de 3-4x por dia - Glicosamina (estimula síntese de proteoglicanos e inibe deterioração) MEDIDAS INTERVENSIONISTAS - Lavagem articular → uso de soro fisiológico para remover os debris dentro da cápsula articular aliviando quadro clínico por meses. - Remoção de fragmentos por artroscopia - Artroplastia → substitui articulação por prótese em pacientes graves
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