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GESTÃO DE ESPAÇOS NÃO FORMAIS Me. Denise Marques Alexandre GUIA DA DISCIPLINA 2020 1 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1. DESCOBRINDO A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL Objetivo Compreender e diferenciar os conceitos de educação formal, educação não formal e educação informal. Introdução As definições de educação, estudadas por diversos autores, embora pareçam diferentes, geralmente apresentam pontos muito semelhantes, pois caracterizam a educação como processo. Pensar no conceito de educação é, antes de tudo, pensar nos processos de ensinar e aprender, no sentido de instruir ou preparar uma pessoa para o mundo, para viver em sociedade. Paulo Freire (ano) entende a educação como uma idéia de reciprocidade, ganho mútuo, interação. Em sua concepção, o homem é um ser em construção, independente da sua condição ou posição. No caso do ensino em sala de aula, professor e alunos – segundo Freire – aprendem, interagem, crescem. Partindo do pressuposto, que toda a experiência que agregamos na vida se torna repertório para a construção do nosso aprendizado, se faz necessário vivenciar diferentes contextos de aprendizagem para ampliarmos nossas competências e habilidades. As diferentes formas de ensino são classificadas na literatura como: A educação formal pode ser caracterizada como aquela que está presente no ensino escolar institucionalizado, atrelado a uma obrigatoriedade, cronologicamente organizado e hierarquicamente estruturado. Para Cazelli e Coimbra (2013), é aquela promovida nas Educação Formal Educação Não-Formal Educação Informal Fonte: CAZELLI; COSTA; MAHOMED (2010). 2 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância escolas, que possui regras muito bem definidas e que determinam o conteúdo a ser aprendido nas grades curriculares. É uma modalidade de educação que segue programas curriculares que requerem aprovação e reconhecimento de órgãos competentes e está relacionado às Instituições Escolares da Educação Básica e do Ensino Superior, definidas na Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A educação não-formal, porém, define-se como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino. Para Maria da Glória Gohn a educação não formal é aquela “que se aprende ‘no mundo da vida’, via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas do cotidiano” (GOHN, 2011, p.113). Analisando desde os primórdios da humanidade, a educação não formal sempre existiu, e alguns referenciais (Thesaurus Brasileiro da Educação apud Hartmann, 2012) caracterizam esse tipo de educação como caminho de formação complementar à educação formal, pois suas ações facilitam os processos de aprendizagem. De acordo com Trilla (2008) a educação não formal engloba diversos setores: Fonte da imagem: https://deconceptos.com/wp-content/uploads/2012/12/concepto- de-educacion-formal-300x225.jpg EDUCAÇÃO FORMAL Processo estruturado Segue uma Legislação Conteúdo Sistematizado Regras Definidas 3 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Os espaços educativos na educação não formal localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos. A educação não formal capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo, no mundo. Como vimos anteriormente, o que ocorre nos ambientes da educação não formal é que embora eles estejam fora do ambiente escolar, suas ações tem uma intencionalidade. Além disso, se formos nos basear nos pressupostos dessa educação, nas suas práticas e legislação, iremos perceber que suas atividades sempre apresentam uma característica colaborativa e sua principal proposta é integrar o indivíduo ao mundo em que vive. A educação não formal por ter uma organização de práticas e saberes e apresentar processos interativos intencionais tem objetivos que direcionam a: TRABALHO (programas de reciclagem profissional, escolas- oficina, etc) LAZER e CULTURA (animação sociocultural, pedagogia do tempo livre, etc) EDUCAÇÃO SOCIAL ( educadores de rua, programa para penitenciários) NA ESCOLA (atividades extracurriculares, visitação a museus,instituições culturais, etc) Fonte: http://www.editorarealize.com.br/revistas/ceduce/trabalhos/TRABALHO_EV047_MD1_SA9_ID975_08062015231752.pdf Fonte: da imagem: http://www.escoteiros.org.br/noticia-detalhe/grupo-de- escoteiros-reune-mais-de-100-criancas-e-adolescentes-em-balneario- camboriu/ EDUCAÇÃO NÃO FORMAL Educação para Cidadania; Educação para justiça social; Educação para Liberdade; Educação para Igualdade; Educação para a democracia; Educação pelo exercício da cultura; Educação pelos direitos (humanos, sociais, políticos, culturais. Etc.) 4 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Já a educação informal, vem com a função de socializar os indivíduos, nesse processo a aquisição de conhecimento não é sistematizada e atua no campo das emoções, dos sentimentos, expressando os valores dos grupos que frequenta. Os espaços educativos dessa modalidade de educação são vinculados por referencias de nacionalidade, localidade, idade, gênero, família, crença religiosa e tudo que se vincula a vivência aprendida nesses espaços. Pudemos visualizar até aqui, algumas das principais características dessas três modalidades de educação, penso que vocês ainda tenham muitos questionamentos em relação aos processos e principalmente qual o papel do educador em cada campo. Iremos encontrar no decorrer da disciplina, conteúdos específicos que trarão respostas em relação aos objetivos, as ações e os papeis do educador nas construções do saber dessas modalidades. Buscando reforçar os conceitos e suas particularidades, observe a seguir na figura abaixo, algumas das diferenças dos processos: Observando a figura podemos visualizar que a educação formal, não formal e informal se complementam. Utilizando a escola como exemplo, é possível identificar os três processos, pois ao mesmo tempo em que o aluno recebe a educação formal sistematizada, existe a possibilidade de incluir atividades extracurriculares (educação não formal) e através das atividades, a interação entre os alunos irá caracterizar a educação informal. Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Esquema-de-modalidades-de-educacao-formal-nao- formal-e-informal_fig1_320319132 5 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Perpassando pelos conceitos de educação formal, não formal e informal, pudemos perceber que mesmo sendo complementares, suas particularidades demonstram objetivos distintos e muito importantes para o desenvolvimento humano. Pensar quais resultados esperados, em cada contexto, faz com que o educador tenha clareza que a educação formal e informal acontecem em espaço e tempo diferentes, mas semelhantes na intencionalidade das práticas. Vale destacar que qualquer que seja o caminho metodológico construído é superimportante o papel dos mediadores do processo, pois é sabido que eles são fundamentais no ato da aprendizagem, sejam eles educadores, monitores ou facilitadores, precisarão estar preparados para cada contexto e função. Ampliar e diversificar os processos de aprendizagem reforça as perspectivas que a educação tem o papel de promover mecanismos de interação e inclusão. Nas próximas unidades teremos a possibilidade de desvendar mais ações da educação não formal. 6 Gestão de Espaços Não-FormaisUniversidade Santa Cecília - Educação a Distância 2. EDUCAÇÃO INTEGRAL: UM NOVO PARADIGMA Objetivo Compreender a concepção de Educação Integral destacando as concepções sócio histórica e contemporânea. Introdução Historicamente, a escola vive em constante transformação, os ideais e as práticas educacionais reformadoras, são frutos de políticas públicas elaboradas pelas esferas educativas e sociais. Investigando o termo Educação Integral, foi possível perceber que pode ser considerada uma concepção, ou um processo educativo. Levando em consideração que compreende que a educação, e deve garantir o desenvolvimento do indivíduo em todas as suas dimensões: intelectual, afetivo, físico, social e cultural. O conceito de Educação Integral surge em vários períodos da história da educação e da formação humana, e levaremos em consideração duas concepções: “a sócio- histórica, que está voltada para a formação do homem, e a contemporânea, em que o termo ganha outras dimensões significativas, como, por exemplo, a proteção social do sujeito” (PESTANA, 2014, p.25) Nessa perspectiva, a escola assume o papel de articuladora das diversas experiências educativas que os alunos podem viver dentro e fora dela, a partir de uma intencionalidade clara que favoreça as aprendizagens importantes para o seu desenvolvimento integral. Diante desse contexto, a proposta de educação integral deve ser assumida por todos os envolvidos no processo formativo, compartilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores e comunidades locais. Fonte da imagem: elaborado pela Autora (2018) 7 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Pensar uma educação que possibilite a formação integral do ser humano, em todos os seus aspectos, traz a idéia do homem como um ser multidimensional, no qual “a educação deve responder a uma multiplicidade de exigências do próprio indivíduo e do contexto em que vive” (GUARÁ, 2006, p.16) No intuito de ampliar as funções da escola, Teixeira (2007) impulsionou a educação integral, descrevendo os princípios de uma educação integral direcionada para a formação humana, que prima pelo desenvolvimento completo do educando e de suas potencialidades, por meio de um ensino gratuito, obrigatório e laico, ou seja, uma educação cívica, moral, intelectual e ativa. Retornando novamente para o campo educativo nacional, já no século XXI, algumas políticas públicas voltam ao cenário proporcionando aos alunos novas aprendizagens através da ampliação do tempo escolar. Veja o quadro: Ano Cidade Programa Proposta 2005 São Paulo São Paulo é uma Escola Formação integral de adultos Centros Educacionais Unificados (CEUs) Realização de atividade 2006 Belo Horizonte Escola Integrada (PEI) Ampliar saberes dos alunos 2007 Rio Grande do Sul Escola Molde CIEPs Desenvolver os alunos PROPOSTA CONTEMPORÂNEA AÇÃO INCLUSIVA PROMOVE EQUIDADE Fonte da imagem: http://aquarelafm.com.br/radio/wp- content/uploads/2013/08/Educa%C3%A7%C3%A3o-Integral.jpg Fonte: Adaptado (CAVALIERE, 2009; COELHO, 2009b) 8 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Ainda no ano 2007, o Ministério da Educação lança um projeto referência chamado Programa Mais Educação, que busca construção de parcerias intersetoriais e intergovernamentais, ampliar tempos e espaços de formação de crianças, adolescentes e jovens (BRASIL, 2007) LEIS IMPORTANTES Conclusão A Educação Integral nos convoca a uma série de reformulações estruturantes, afinal o papel da escola deve ser repensado como estação de conhecimento, pautada por habilitações que incluam conhecimentos subjetivo-interativos, cognitivos e éticos, educacionais e culturais. A sala de aula se torna um espaço para que os alunos possam compreender e expressar o mundo de maneira diferente, utilizando novas linguagens (artística, corporal, •“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (Redação da Emenda Constitucional nº 65, de 2010). •A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação foi aprovada em 1996 e, em sua composição, os artigos 34 e 87 dizem respeito à educação integral. O Artigo II da LDB afirma que a educação tem como finalidade o pleno desenvolvimento do educando e prepará-lo para exercitar sua cidadania, o que também prevê uma educação que dialogue com os diversos setores da sociedade. Já os artigos 34 e 86 trazem como agenda que o ensino fundamental seja oferecido em tempo integral de forma progressiva. ). 9 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância verbal, etc.), ampliando suas experiências de maneira multidimensional, englobando o cognitivo e o afetivo. Vimos que a Educação Integral requer uma pluralidade de situações e que necessariamente, todo espaço escolar deve ser pensado no dinamismo que é característico ao desenvolvimento do aluno. Tivemos a oportunidade de observar que tempos e espaços de aprendizagem foram ampliados através da educação integral propiciando aos alunos a aquisição de competências, conhecimentos e saberes, assim como a aquisição de uma visão social que o tornará consciente, à medida que se torne consciente do papel de sujeito que desempenhará no grupo. Finalizo essa unidade reforçando que o ato educativo é comum ao ser humano (FREIRE, 2000) e, por sê-lo, torna-se tão presente na vida de todos. 10 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3. PEDAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES Objetivo Compreender o desenvolvimento e a atuação do pedagogo em espaços educativos escolares e não escolares. Propor também reflexão sobre sua formação e especificidades do trabalho pedagógico nesses espaços. Introdução Para iniciar esta unidade iremos relembrar algumas ações que caracterizam a pedagogia, isso facilitará nossa compreensão em relação a sua prática em espaços escolares e não escolares. Como vimos anteriormente, a pedagogia é o campo do conhecimento que tem como ação estudar de forma sistemática a educação, seus processos e fatores. Tais meios de investigação auxiliam na construção do ser humano para sua vivência em sociedade, visando seu desenvolvimento pessoal, cognitivo e profissional. Saviani (2007, p. 100) revela que “a pedagogia foi se firmando como correlato da educação, entendida como o modo de apreender ou de instituir o processo educativo”. Quando falamos em pedagogia, estamos necessariamente falando de ato de ensinar, de transmitir conhecimento com o objetivo principal de formar integralmente o ser humano. Considerando os objetivos que se pretende atingir com a pedagogia, se faz necessário compreender quem é o profissional que assume a função de construir conhecimento e saberes para a formação desses indivíduos. E, neste sentido, estamos Turci (2012, p.12) diz que: “Pensa-se educação como um processo de construção que integra, simultaneamente, diversos conhecimentos e promove o desenvolvimento intelectual e moral do indivíduo”. Fonte da imagem: http://ensinoip.com.br/o-que-e-ser-pedagogo/ 11 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância falando do pedagogo, capaz de atuar em espaços escolares e não-escolares, responsável pelo processo educativo e pela mediação da aprendizagem nas diferentes fases do desenvolvimentohumano. Libâneo (2001, p.11) destaca que: O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica. Portanto, a formação dos pedagogos deve contemplar a preparação daqueles profissionais da área educacional demandados pela sociedade brasileira, em sua configuração atual, para atuarem na organização e na gestão de todos os segmentos do sistema nacional de ensino. Diante desse entendimento podemos citar três tipos de pedagogos: Como pudemos verificar a formação do pedagogo está diretamente relacionado com as transformações contemporâneas, enfocando o desenvolvimento humano, o pedagogos lato sensu •prática educativa em suas várias manifestações e modalidades •professores de todos os níveis e modalidades de ensino pedagogos stricto sensu •atividade profissional ao ensino •trabalham com atividades de pesquisa, formação profissional, educação especial, gestão de sistemas escolares e escolas, •coordenação pedagógica, animação sociocultural, formação continuada em empresas, escolas e outras instituições pedagogos ocasionais •em atividades conexas à assimilação •reconstrução de uma diversidade de saberes. Fonte: conteúdo adaptado http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n5/ARTIGO-ELIANE.pdf 12 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância aprofundamento teórico, estudando os processos de aprendizagem, as estratégias de ensino, dentre outros requisitos que conferem ao pedagogo sua especificidade. Entre as áreas em que o profissional de pedagogia pode trabalhar estão: Sabemos que a educação não se restringe ao espaço escolar, já que os processos educativos são intrínsecos ao ser humano e estão disponíveis em todas as situações onde existam atividades em conjunto. Deste modo, a pedagogia não escolar se faz presente na atuação do pedagogo e traz a possibilidade de ampliar suas práticas e ações. Com a mudança cultural, financeira, política, tecnológica que vem ocorrendo aceleradamente nos últimos anos, podemos perceber a interferência destas mudanças na área educacional e profissional de várias formações, inclusive a do pedagogo. Para conhecer o Pedagogo que atua em espaços não escolares, primeiramente precisaremos identificá-lo. Ultimamente, se evidencia a exigência de um novo perfil profissional, com um nível de capacitação cada vez maior que aliem os conceitos teóricos Ensino em escolas públicas e privadas (ministrar aulas da 1ª a 5ª série do Ensino Fundamental) Administração escolar (gerenciar materiais, financiamentos e recursos humanos) Educação Especial (atuação com crianças com deficiência) Orientação educacional (oferecer assistência aos estudantes) Pedagogia Empresarial (criar projetos educacionais, sociais e culturais para empresas) Fonte: conteúdo adaptado http://www.scielo.br/pdf/er/n17/n17a12.pdf. 13 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância com as práticas educativas, além de valorizar a capacidade de resolução de problemas, tomada de decisão e capacidade de aprender. Como atualmente vivemos numa sociedade que valoriza o conhecimento, o pedagogo conquistou uma grande variedade de atuações, veremos quais são elas: De acordo com cada contexto, o pedagogo irá desempenhar uma função especifica, podemos citar, por exemplo, no âmbito empresarial no qual ele terá que utilizar seu conhecimento pedagógico e seu relacionamento interpessoal para facilitar o processo de desenvolvimento de competências. As empresas costumam contratar esses profissionais para as áreas de Treinamento e desenvolvimento, educação corporativa e gestão de qualidade. Conforme Tardif (2003) afirma, o saber do pedagogo é um saber diversificado, pois sua prática implica vários saberes inter-relacionados, direta ou indiretamente. Vejamos, no contexto hospitalar, onde o profissional terá como compromisso o desenvolvimento de atividades lúdicas e recreativas, para que os pacientes possam construir um percurso cognitivo, com acolhimento emocional e social com o intuito de lidar com as questões de internação e fortalecer os vínculos familiares. Observando as áreas de atuação, podemos constatar que o processo de ensino-aprendizagem pode acontecer em diferentes espaços, pois a formação do pedagogo está diretamente relacionada com o desenvolvimento humano, e ainda conta com a sua habilidade de se comunicar, em conhecer estratégias para lidar com pessoas e na facilidade de lidar com grupos. Pedagogia nas Instituições Privada e Pública Pedagogia no Hospital Pedagogia nos Meios de Comunicação Pedagogia na Organização Não Governamental Pedagogia em Consultoria, Sindicatos, Turismo, Museus 14 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A pretensão desta leitura foi que você, educador, consiga ampliar seus conhecimentos em relação às possibilidades de atuação do pedagogo, mostrando a necessidade do trabalho pedagógico em qualquer espaço onde os principais objetivos sejam a formação humana. Sendo assim, ao encerrar esta unidade não significa que o tema tenha se esgotado, afinal o trabalho do pedagogo se torna cada vez mais complexo, exigindo referenciais que pautem suas práticas e garantam seu espaço de atuação. Vamos, então, continuar nossa caminhada, pois tivemos a oportunidade de constatar que os processos de ensino-aprendizagem não estão exclusivamente no contexto escolar, muito pelo contrário, estão em todo o lugar. Para dar fôlego, um pouquinho de poesia: 15 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 4. CIDADANIA E EDUCAÇÃO NÃO ESCOLAR Objetivo Compreender o papel de aprendizagem contínua da ENE e a importância das relações educativas, consideradas os pilares que sustentam a cidadania. Introdução A tarefa educativa na contemporaneidade nos traz inúmeros desafios que surgiram em um período de crises éticas, sociais e econômicas. Tais acontecimentos mobilizaram grandes debates a respeito da educação e da cidadania. Diante desses inúmeros acontecimentos podemos citar as lutas por uma sociedade menos desigual, por ampliação de vagas nas escolas, por melhorias e condições salariais e por diversas outras articulações que beneficiariam a população brasileira. Ao longo da história, as crises surgem para reorganizar fatores que já não se ajustam a uma determinada realidade, na educação, por exemplo, trouxeram questionamentos no sentido de pensar e rediscutir criticamente, o lugar da educação na sociedade contemporânea. Nesse sentido, os questionamentos trouxeram possíveis respostas para que novas práticas educativas pudessem encarar esses desafios sociais, bem como, solucionar problemas referentes à formação humana, pois “na conjuntura atual, a tarefa, inerente à educação, de tornar o indivíduo humano contemporâneo a sua época implica não apenas ajustá-lo à sociedade vigente convertendo-o em um cidadão útil e membro subserviente da ordem capitalista”. (SAVIANI, 2013, p.87) Sabemos que é superficial pensar que todos os problemas da formação do ser humano, sejam essencialmente solucionados através da escola, pois seu caráter é específico e não contemplaria sua totalidade. Por isso a importância de novos arranjos que Fonte da imagem: https://direitosedeveresdocidadao.files.wordpress.com/2013/11/educac3a7c3a3o- c3a9-cidadania-logo.png 16 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância criem intersecções entre estruturas sociais que ampliemas possibilidades de aprendizagens. O campo educacional, na última década do século XX foi marcado pela aprovação da LDB/96 e também pela difusão dos Parâmetros Curriculares Nacionais (incluindo os temas transversais). Entretanto, os temas transversais fazem parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais e tinham a preocupação de propor “uma educação comprometida com a cidadania”, baseados em princípios que possam orientar a educação escolar, tais como: dignidade da pessoa humana, igualdade de direitos, participação e co-responsabilidade pela vida social. (BRASIL, 1998, p. 21) Segundo exposto no mesmo documento “a educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos, buscando um tratamento didático, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. Com isso, o currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e que novos temas possam ser incluídos” (p. 25). Como vimos, o campo educacional é assumido como um amplo espaço de situações e oportunidades educativas que irão possibilitar o desenvolvimento integral do homem nas dimensões social, psicológica e cultural, a promoção da cidadania, da inclusão social e o uso inteligente das ferramentas tecnológicas. Podemos considerar que, diz respeito a esforços institucionais e não institucionais que se conjecturam e constituem redes educativas que socializam saberes e práticas para promover conscientização do sujeito (FREIRE, 2006) Segundo Arroyo (1991) ao discutir educação e cidadania afirma que “é fundamental captar se a cidadania se constrói através de intervenções externas, de programas e agentes que outorgam e preparam para o exercício da cidadania, ou ao contrário, a cidadania se constrói como um processo que se dá no interior da prática social e política das classes”. Fonte da imagem: https://pesquisaescolar.site/wp- content/uploads/2017/07/img_596372d7b999a.png 17 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância No intuito de atender o objetivo de construir esse processo, as práticas de Educação Não Escolar (ENE) no Brasil, têm se configurado num campo plural de processos institucionais e não institucionais muitas vezes direcionados a públicos em diversas situações de vulnerabilidade social. Porém, vale ressaltar que os processos de ENE englobam também projetos de conscientização e emancipação social, ocupando espaços além da escola. COVRE (1991) aponta que “é preciso haver uma educação para a cidadania (...) é preciso criar espaços para reivindicar os direitos, mas é preciso também estender o conhecimento a todos, para que saibam da possibilidade de reivindicar” (p. 66). Ao longo dos anos 90 no Brasil, as práticas de ENE assumem um caráter um pouco mais institucionalizado com a expansão do terceiro setor, as Organizações Não- Governamentais assumem um papel, cuja finalidade era de interesses educativos associados ao desenvolvimento social, econômico e cultural de grupos em instituições e em espaços não institucionais. No campo da Pedagogia, inúmeras possibilidades são abertas neste início de século, dentre elas a atuação do profissional no campo empresarial, nos movimentos sociais, e nas Organizações Não-Governamentais, nas próximas unidades falaremos detalhadamente sobre esses tipos de atuação. A proposta dessa unidade é reforçar a importância das relações educativas, consideradas os pilares que sustentam a cidadania, haja vista, a necessidade de aprendizagem dos direitos, deveres, reflexão individual e coletiva sobre a condição de pertencimento social. Outro sentido mais amplo das ENE é a possibilidade das infinitas oportunidades de formação de relações humanas, mediadas ou não pelas instituições, podemos ser consideradas como dispositivos de socialização com internalização de saberes, valores e condutas. Ao analisar o contexto de Educação Não Escolar vimos que podem ser consideradas práticas formativas situadas fora da escola, mas que estabelece interface de colaboração e complementaridade, pois estendem os espaços de formação das pessoas e da comunidade. 18 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 5. EDUCAÇÃO E O TERCEIRO SETOR Objetivo Promover a discussão conceitual do termo terceiro setor, visualizando suas possibilidades e abrangência de atuação nas propostas de educação junto à sociedade civil. Introdução O fenômeno social do terceiro setor se tornou comum no Brasil a partir do final da década de 80 e do início da década de 90, e surgiu diante de uma carência do Estado em oferecer serviços de uso comum à sociedade como saúde, educação, cultura. Com a crise do Estado se fez necessário buscar alternativas na sociedade civil, para atender às demandas da população por bens e serviços cujo provimento era exclusivamente de dever estatal. Nessa unidade partiremos da reflexão sobre como propostas educacionais voltadas para a população em geral (crianças, jovens e idosos), fora do tempo e das características da educação escolar e não escolar, podem ser realizadas por parte de organizações não governamentais (ONGs). Diante disso, precisaremos compreender o conceito de “Terceiro Setor” que segundo Fernandes (1997, p. 27), é representado por organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela iniciativa e participação voluntária da sociedade civil, dando continuidade às práticas tradicionais da caridade, da filantropia e do mecenato. CURIOSIDADE As Santas Casas de Misericórdia são consideradas as instituições mais antigas do 3ª Setor. 19 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Já Silva (2001), descreve a estrutura da sociedade civil e cita que para identificar a existência do terceiro setor, é necessário destacar as definições utilizadas por alguns autores dos setores existentes, isto é, Estado como primeiro, as empresas de iniciativa privada como o segundo e o terceiro setor como um sendo aquele que apresenta características que são comuns aos dois. Dessa forma, o terceiro setor seria a relação existente entre os dois primeiros setores, com o objetivo de proporcionar um benefício coletivo, visando melhoria das condições de vida de uma comunidade ou grupo social. Atuando assim, nas áreas onde o governo não consegue dar atendimento adequado, trabalhando questões ligadas às diversas áreas como saúde, educação, moradia, preservação do meio-ambiente e muitas outras. Para o Estado é interessante a existência desse tipo de organização (ONGs), pois além de não interferir diretamente em seu funcionamento, estimula novas criações através dos incentivos fiscais. Podem ser consideradas, organizações do terceiro setor organizações não governamentais (ONG’S), cooperativas, associações, fundações, institutos, instituições filantrópicas, entidades de assistência social, entre outras. Proposta em 1992, por Salamon & Anheier(apud LIMA, 2002 p.87-88) , o terceiro setor possui uma definição “estrutural/operacional”,composta por cinco atributos que as distinguem dos demais setores econômicos: I. Formalmente constituídas Alguma forma de institucionalização, legal ou não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo. II. Estrutura básica não governamental São privadas, ou seja, não são ligadas institucionalmente a governos. III. Gestão própria Realiza sua própria gestão, não sendo controladas externamente. 20 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância IV. Sem fins lucrativos A geração de lucros ou excedentes financeirosdeve ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes. V. Trabalho voluntário Possui algum grau de mão-de-obra voluntária, ou seja, não remunerada ou o uso voluntário de equipamentos, como a computação voluntária. Como vimos anteriormente, o terceiro setor surge com o intuito de suprir as carências que o Estado tinha em relação aos serviços a população, Drucker (1999) afirma que as instituições sem fins lucrativos existem por causa de sua missão. Elas existem para fazer a diferença na sociedade e na vida dos indivíduos. Nesse sentido, muitas ONGs atuam em áreas que desenvolvem ações no campo educativo, existem aquelas que se classificam como educação informal, que envolvem a recreação, o esporte ou o uso de meios eletrônicos de comunicação. Outras são de tipo não-formal e tendem a se assimilar a práticas escolares sem incluir o controle e a certificação do Estado. Há também as que são consideradas tipicamente formais, porque são escolas de educação básica, mantidas ou diretamente operadas por ONGs, ou porque são projetos cujas atividades se referem ao mundo escolar, em escolas particulares ou geridas pelo poder público. A atuação das ONGs em educação escolar se caracteriza a partir de quatro perspectivas: 21 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Verificamos ao longo dessa unidade que as ONGs são uma pequena parcela das organizações da sociedade civil, mas sua atuação confere importante participação na transformação da educação praticada no Brasil. Vimos que o Estado estabelece parcerias com a esfera privada para a manutenção dos direitos sociais, dentre eles a educação. A proposta era assegurar uma educação de qualidade, reduzindo ao estado, apenas o papel de fiscalizador das políticas. Com a redefinição do papel do Estado, a sociedade civil organizada vem desempenhando um papel relevante na educação brasileira à medida que desenvolve ações educativas formais e não-formais, além de influenciar políticas públicas voltadas para a educação. PALIATIVA - Remedeia provisoriamente lacunas do poder público. ( Projeto de Ed. Deficiência) INOVADORA- Questionam práticas ineficientes e elaboram alternativas inovadoras (ONG 4 Cantos do mundo - Ed.Ambiental) DE MUDANÇA- Convergir práticas para reforma educacional. (Fundação Itau Social) DE PRESSÃO POLÍTICA- Os recursos depende de prescrições legais e de seu cumprimento. (ONgs que atuam direto no sistema político) Conteúdo adaptado: Pro-Posições, Campinas, v. 23, n. 2 (68), p. 55-56, maio/ago. 2012 22 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 6. CAMINHOS DA EDUCAÇÃO: ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO Objetivo Demonstrar as diversas possibilidades de atuação do pedagogo em espaços não formais, pontuando práticas e estratégias de intervenção. Introdução Sabemos que muitos são os desafios enfrentados para a formação do profissional de pedagogia, principalmente por todas as mudanças direcionadas para o seu campo de atuação. Historicamente a formação do pedagogo no Brasil foi vinculada a preparação de profissionais para atuarem dentro da escola com o processo de ensino-aprendizagem e em sistemas de ensino com gestão, planejamento e coordenação pedagógica. Com a instituição da Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o contexto da atuação do Pedagogo amplia seu raio de atuação. Desde então, a prática educativa na formação do profissional da educação tem se tornado cada vez mais em um dos principais temas e desafios no debate contemporâneo sobre formação docente. Em 2005, as Diretrizes Curriculares para o Curso de Pedagogia (BRASIL, 2006), surgiu com o objetivo central de formar estes profissionais para: docência na Educação Fonte da imagem: http://1.bp.blogspot.com/- 0t1ZOADtgc0/Ubw50m_5drI/AAAAAAAAiBo/Crr0ocRm9K0c_transito.jpg 23 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas que formam professores; bem como, uma formação particular do planejamento, gestão e avaliação nas escolas; e, ainda planejar, executar, coordenar, acompanhar e avaliar projetos e experiências educativas não escolares. Assim sendo, o Pedagogo deve atuar no sentido de promover possibilidades de aprendizagem nas diversas fases do desenvolvimento humano e nos diversos níveis e modalidades. Sabemos que a Educação adquirida no decorrer de nossas vidas se faz presente em distintos níveis e formas. Alguns autores propõem a existência de diferentes modalidades de Educação em três perspectivas – Educação Formal, Não Formal e Informal (GOHN, 1999; 2006; VALENTE, 1995). Como vimos anteriormente, a Educação Formal acontece dentro da escola e necessita de um currículo estruturado cronológica e hierarquicamente para organizar os conteúdos. Já a Educação Não Formal dispensa essas características, mas possui o intuito de proporcionar a aprendizagem de certos conteúdos em espaços fora da escola. Partindo desse pressuposto, abordaremos algumas estratégias de intervenção dentro do contexto de educação não formal que irão demonstrar a diversidade de atuação do pedagogo. I. Educação para o Trânsito Algumas unidades do DETRAN disponibilizam por meio de livros, DVDs, CDs, brinquedos, materiais com foco na educação para o trânsito a oportunidade de aprender. Nesta perspectiva, com a orientação da pedagoga do espaço, os estudantes da educação básica (pedestres), usuários de transporte coletivo, e poderão ser os futuros condutores de veículos, vivenciam atividades interativas para construção de bons hábitos no transito. Metodologicamente, podem ser utilizadas diferentes ações para a concretização da atividade: roda de conversa, sessão de vídeos, apresentação de cartazes, construção coletiva de quebra cabeça e cartilhas, pintura, música, dramatização de 24 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância cenas do cotidiano no trânsito, recorte e colagem de imagens com cenas reais no trânsito e ao final das atividades, foram conduzidos a refletirem coletivamente sobre o trabalho apresentado, expressaram os seus conhecimentos sobre o trânsito. É a importante que educadores introduzam conteúdos concernentes ao trânsito no cotidiano do trabalho pedagógico nas escolas, acreditando que, com mudança de posturas/atitudes, vidas poderão ser salvas. II. Pedagogia Hospitalar A atuação do pedagogo no ambiente hospitalar, promove uma mudança paradigmática nas concepções de saúde e das instituições hospitalares, ressignificando esse ambiente e fortalecendo a política de humanização da assistência hospitalar. O trabalho pedagógico em hospitais apresenta diversas formas de execução e podem se materializar por meio de projetos educativos, lúdicos e pedagógicos, brinquedotecas e classes hospitalares (acompanhamento pedagógico dos pacientes). Fonte da imagem: http://1.bp.blogspot.com/- 0t1ZOADtgc0/Ubw50m_5drI/AAAAAAAAiBo/Crr0ocRm9K0c_transito.jpg Fonte da imagem: http://1.bp.blogspot.com/- 0t1ZOADtgc0/Ubw50m_5drI/AAAAAAAAiBo/Crr0ocRm9K0c_transito.jpg 25 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Pauta-se na compreensão de que mesmo doentes as pessoas continuam aprendendo e que o trabalho do pedagogo/educador no hospital é importante para possibilitar a inclusão educativa e social, além de favorecer o desenvolvimento integral do paciente/educando. (FONSECA, 2003; MATOS, 2007; AROSA e SHILKE, 2008; MATOS e MUGIATTI, 2009; COVIC e OLIVEIRA, 2011). Como vimos a Educação não formal busca capacitaro cidadão, promovendo projetos de desenvolvimento pessoal e social que podem acontecer em diversos espaços. Nessa unidade, tivemos a oportunidade de visualizar que a ação educativa não deve se restringir apenas aos espaços escolares, ela pode acontecer em diversos âmbitos e de vários modos. Pontuamos aqui duas possibilidades de atuação do pedagogo, uma no âmbito da educação para o transito e outra baseada no contexto hospitalar. Seguimos com algumas sugestões de intervenção, mostrando as inúmeras estratégias que poderão ser utilizadas em outros momentos. Vale ressaltar que ainda temos a possibilidade de desenvolver ações em outros espaços não formais como: as organizações não governamentais, os abrigos, as instituições de medidas sócio-educativas, em empresas, em projetos sociais e em outros espaços que possuam fins educativos. 26 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 7. EDUCAR ALÉM DA SALA DE AULA Objetivo Contextualizar as práticas de educação não formais que atuam fora do contexto escolar, no sentindo de ampliar a compreensão de sua importância para a formação dos indivíduos. Introdução Já tivemos a oportunidade de descobrir que a educação vai bem além das dependências escolares, se faz presente em diversos ambientes e acontece também com o incentivo de toda a sociedade civil. A formação e o desenvolvimento de um ser humano por toda a vida, só pode ser pautada através da educação, pois permite a autonomia do sujeito em seus diversos desafios. Com o objetivo de contribuir com a formação do indivíduo, a escola tradicionalmente vem sendo a instituição responsável pela educação formal. Todavia, a educação recebida fora da escola age de forma complementar, buscando ajudar na construção integral dos sujeitos, na formação de indivíduos críticos e conscientes do seu papel como agentes transformadores da sociedade. Sendo assim, o pedagogo necessita de uma formação que contemple diversas possibilidades, ampliando as formas de educação e possibilitando novas vivências. 27 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Segundo Libâneo e Pimenta (2002, p.29): Todo educador sabe, hoje, que as práticas educativas ocorrem em muitos lugares, em muitas instâncias formais, não-formais, informais. Elas acontecem nas famílias, nos locais de trabalho, na cidade e na rua, nos meios de comunicação e, também, nas escolas. Não é possível mais afirmar que o trabalho pedagógico se reduz ao trabalho docente nas escolas. [...] A Pedagogia é mais ampla que a docência, educação abrange outras instâncias além da sala de aula, profissional da educação é uma expressão mais ampla que profissional da docência, sem pretender com isso diminuir a importância da docência. Nesse sentido, a atuação do pedagogo estará presente em espaços não formais de educação, proporcionando oportunidade de aprender “no mundo da vida” (GOHN, 2006). A educação não formal tem uma característica importante, porque foge da formalidade do âmbito escolar e pode atingir muitas pessoas em um determinado espaço com métodos variados. As práticas podem ser através de palestras, mesas redondas, desenhos, vídeos, cartilhas e demais atividades que possibilitem uma realização em grupos. Lembrando que existem dois tipos de espaços não formais: ESPAÇOS INSTITUCIONALIZADOS (dispõe de estrutura e monitoresqualificados) - museus, zoológicos, jardins botânicos, aquários entre outros ESPAÇOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS (não dispõe de estrutura preparada) - praças públicas, áreas verdes nas proximidades da escola, lagos e igarapés, entre outros Fonte: Desenvolvido pela autora (2018) 28 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Sabemos que este tipo de educação tem relação com as políticas da Pedagogia Social que tem como modelo a educação popular com abordagem teórica desenvolvida por Paulo Freire para a educação de adultos na década de 60. A ideologia da educação não formal ligada à teoria Libertadora de Freire, onde a educação é caracterizada fora da sala de aula, de forma coletiva, pouco hierarquizada e capaz de atender interesses da comunidade. Para Klug, Ferreira e Gross (2010) a ideia principal dessa educação é formar sujeitos que possam compreender a sociedade na qual vivem, sentindo-se capazes de transformar a sua realidade. De acordo com Freire (1989) é necessário romper com a ideia de que somente na escola se aprende, o saber também é existente fora do espaço formal. Sendo necessário ressaltar, que a educação ocorre em diferentes espaços e o aprendizado não formal ocorre de forma livre nos mais diversos grupos e pode possibilitar mudanças na concepção de ideias e atitudes, possibilitando mudanças socioeducacionais. Como vimos a Educação não formal busca capacitar o cidadão, promovendo projetos de desenvolvimento pessoal e social que podem acontecer em diversos espaços. O trabalho desenvolvido em ambientes não formais é voltado também para as questões sociais, portanto o pedagogo não deve ser apenas responsável pelas questões burocráticas das instituições. Dessa forma, torna-se cada vez mais necessário o educador se preocupar com o desenvolvimento social e intelectual do grupo ao qual está inserido. Vimos que a educação não formal se mostra abrangente e possível de ser utilizada como meio pedagógico nos mais diversos locais promovendo aprendizado para todos. DICA Assista “Além da sala de aula” e aprenda mais! 29 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 8. PAPEL DO PEDAGOGO COMO: GESTÃO ESCOLAR COMO PRÁTICA DE LIDERANÇA Objetivo Compreender os papéis do gestor pedagógico, incluindo suas atribuições, características, práticas e perfil de liderança. Introdução A reorganização do trabalho e do espaço escolar passou a exigir do gestor escolar uma atuação pautada na discussão, no debate, no envolvimento da comunidade, ensejando uma gestão mais participativa e representativa do consenso comunitário escolar. Em síntese, almejava-se uma política educacional cujos princípios e procedimentos assegurassem, acima de tudo, uma educação essencialmente democrática e emancipadora. Para compreender o termo gestão iniciaremos, desvendando seu conceito que proveniente do latim, tem o significado de: levar sobre si, carregar, chamar a si, executar, exercer, gerar. Apresenta também em sua raiz etimológica, ger que significa fazer brotar, germinar, fazer nascer. Para gerir uma escola é necessário organizar, mobilizar e articular todas as condições materiais e humanas imprescindíveis para garantir o avanço dos processos sócio-educacionais. Com base nesse entendimento, a direção põe em ação as decisões tomadas coletivamente e coordena o trabalho escolar, de modo que ele seja desenvolvido da melhor forma possível. Sobre as atribuições do gestor escolar, Libâneo (2004) descreve que ele deve: 1. Supervisionar e responder por todas as atividades administrativas e pedagógicas da escola bem como as atividades com os pais e a comunidade e com outras instâncias da sociedade civil. 2. Assegurar as condições e meios de manutenção de um ambiente de trabalho favorável e de condições materiais necessárias à consecução dos objetivos da escola, incluindo a responsabilidade pelo patrimônio e sua adequada utilização. 30 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3. Promover a integração e a articulação entre a escola e a comunidade próxima, com o apoio e iniciativa do Conselho de Escola, mediante atividades de cunho pedagógico, científico, social, esportivo, cultural. 4. Organizar e coordenar as atividades de planejamento e do projetopedagógico- curricular, juntamente com a coordenação pedagógica, bem como fazer o acompanhamento, avaliação e controle de sua execução. 5. Conhecer a legislação educacional e do ensino, as normas emitidas pelos órgãos competentes e o Regimento Escolar, assegurando o seu cumprimento. 6. Garantir a aplicação das diretrizes de funcionamento da instituição e das normas disciplinares, apurando ou fazendo apurar irregularidade de qualquer natureza, de forma transparente e explícita, mantendo a comunidade escolar sistematicamente informada das medidas. 7. Conferir e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou correspondências e expedientes da escola, de comum acordo com a secretaria escolar. 8. Supervisionar a avaliação da produtividade da escola em seu conjunto, incluindo a avaliação do projeto pedagógico, da organização escolar, do currículo e dos professores. 9. Buscar todos os meios e condições que favoreçam a atividade profissional dos pedagogos especialistas, dos professores, dos funcionários, visando à boa qualidade do ensino. 10. Supervisionar e responsabilizar-se pela organização financeira e controle das despesas da escola, em comum acordo com o Conselho de Escola, pedagogos especialistas e professores (LIBÂNEO, 2004, p. 217) No que diz respeito a essas atribuições, cabe destacar o papel significativo deste profissional no desempenho da gestão da organização, do trabalho e do espaço escolar buscando sempre melhoria da qualidade do ensino, não devendo ater-se apenas aos aspectos administrativos, financeiros, mas, sobretudo, pedagógicos. Segundo Lacerda (2011), ter foco no pedagógico, saber trabalhar em equipe, comunicar-se com eficiência, identificar a necessidade de transformações e estimular a promoção da aprendizagem dos profissionais que trabalham com ele são algumas das competências que um gestor deve ter. Esse perfil atual busca vincular sua atuação efetiva ao trabalho pedagógico, muito mais do que na função burocrática que o cargo exige. 31 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Outro papel importante do gestor é favorecer um ambiente em que o professor seja eficiente e, sobretudo, saiba ensinar e orientar seus estudantes, tendo ações permeadas de um profissionalismo interativo, com uma visão de formação contínua ao longo de sua carreira, elaborando “projetos de orientação e normas de trabalho que valorizem o trabalho em conjunto, o oferecimento de ajuda e a discussão de dificuldades” (FULLAN; HARGREAVES, 2000 p. 28). Cabe lembrar que com a democratização da gestão, a escola deixa de ser uma instituição burocrática para se tornar um instrumento de efetivação da intencionalidade política e pedagógica, norteada por princípios fundamentados em sua proposta pedagógica. Nesse contexto a escola passa a ser um espaço de formação da identidade profissional do professor em defesa dos interesses coletivos com vistas às melhores condições de aprendizagem dos alunos, dialogando entre o discurso e a prática. Portanto, como diz Silva (2009) o gestor educacional é o principal articulador na construção desse ambiente de diálogo e de participação favorável para o melhor desenvolvimento do trabalho dos profissionais e, consequentemente, para o sucesso do processo educativo-pedagógico. Diante de tantas mudanças, pudemos verificar que com as novas demandas, o gestor além de atuar como líder pedagógico, precisará apresentar características como: autoridade, responsabilidade e disciplina para desempenhar suas funções, promovendo um ambiente propício para a participação de toda a comunidade (acadêmica e externa) Vimos que será imprescindível para esse profissional, um perfil de liderança audacioso, com visão de conjunto, unindo e integrando setores, vislumbrando resultados, pautados por bom planejamento e principalmente alinhados a um propósito bem definido. 32 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 9. NOVOS CAMPOS DE ATUAÇÃO Objetivo Descobrir a pedagogia como um campo de conhecimento que estuda a sistemática da teoria e das práticas educativas e analisar a relevância do trabalho do pedagogo e suas atribuições nos contextos não-escolares Introdução A última década do século XXI trouxe ao pedagogo novos desafios relacionados às suas práticas, anteriormente sua atuação se restringia as funções de magistério. Hoje, conforme se constata nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia (2006), o pedagogo terá uma formação que proporcionará ao mesmo o exercício profissional em diferentes áreas que exijam conhecimentos pedagógicos. Nesse sentido, Libâneo (2002, p.58) assinala que a dimensão do campo de atuação do pedagogo na atualidade é bastante ampla e vai muito além das ações escolares, podendo ser definido por dois segmentos: “escolar e extra-escolar”. Diante dessas novas necessidades impostas pela sociedade atual, a pedagogia, ao adaptar-se a esse cenário repleto de transformações advindas da estrutura capitalista e caracterizada pelas rápidas mudanças. Possibilitou aos estudiosos a ampliação da visão sobre o campo de atuação do pedagogo além dos espaços escolares. Para ingressar nesses novos espaços de atuação, o pedagogo precisará de um amplo conhecimento do mundo, bem como, uma constante atualização para desenvolver suas competências. ESCOLAR - trabalho docente desenvolvido em sala de aula, na gestão escolar, supervisão e coordenação EXTRA-ESCOLAR - todo trabalho desenvolvido fora do ambiente escolar (comunicadores sociais, trabalho pedagógico nos hospitais e empresas) 33 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância De acordo com Fireman (2000 p. 61-62): O pedagogo, para trabalhar no âmbito não-formal, deve ainda ser capaz de articular com valores humanos, com os sistemas de comunicação, com as relações interpessoais, com currículos, práticas pedagógicas, avaliação e planejamento em contextos diversos. Deverá estar capacitado para trabalhar com as mudanças tecnológicas e de mercado econômico, bem como com a gestão do conhecimento. Essa é uma nova realidade que desponta no campo profissional da educação, oferecendo novas oportunidades de atuação para o pedagogo, em espaços educacionais não formais. Dentre os novos espaços de atuação do pedagogo, abordaremos nessa unidade sobre características do pedagogo empresarial, o qual teve seu surgimento vinculado à ideia da necessidade de formação e/ou preparação dos Recursos Humanos nas empresas. O termo Pedagogia Empresarial foi utilizado pela professora Maria Luiza Marins Holtz, na década de 80, para designar todas as atividades de estímulo ao desenvolvimento profissional e pessoal realizada dentro das empresas. Tais práticas envolviam cursos, projetos e programas de treinamento e desenvolvimento. Nas empresas, em especial, o pedagogo surge com o intuito de implantar e coordenar projetos no campo de desenvolvimento de recursos humanos, particularmente Fonte da imagem: http://faestec.com.br/faestec/wp- content/uploads/2016/12/pedagogia-empresarial-570x300.jpg 34 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância em trabalhos de formação de pessoal, sendo inclusive responsável pela qualificação dos serviços oferecidos nesse espaço. De acordo com Ferreira (1985), um dos principais propósitos da Pedagogia na Empresa é a de qualificar todo o pessoal da organização nas áreas administrativas, operacional, gerencial, elevando a qualidade e produtividade organizacionais. No momento atual Trevisan (2003) afirma que, um dos grandes desafios apresentados às empresas é o trabalho em equipe. Por isso o pedagogo passa a desempenhar funçãoespecial na motivação, articulação e mediação do sistema educacional, com o intuito de atender as demandas de mercado além de promover o crescimento pessoal e profissional dos funcionários. Atualmente, vivemos na Era do Conhecimento, em que as empresas passam a dar mais importância para o que há de mais valioso dentro de seu espaço organizacional – o capital intelectual de seus profissionais. Ao investir no capital intelectual de seus funcionários, a empresa estará assegurando a manutenção e a retenção de seus talentos, contribuindo para a obtenção de elevados padrões de qualidade de vida, no trabalho e na excelência do desempenho empresarial. Tanto na escola quanto na empresa, a pedagogia, age em direção a realização de ideias e propósitos predeterminados com o intuito de promover mudanças nos comportamentos das pessoas. “A esse processo de mudança provocada no comportamento das pessoas em direção a um objetivo chamamos de aprendizagem e aprendizagem é a especialidade da Pedagogia” (Holtz, 1999, p.06). Com base em todas essas reflexões, vimos que com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais trouxeram ao pedagogo maiores possibilidades de atuação e desenvolvimento de suas práticas. Ao percorrer nosso guia da disciplina, pudemos perceber que a sociedade vem-se tornando cada vez mais pedagógica, requerendo, desse modo, profissionais qualificados. Nesse contexto, exige-se que o pedagogo assuma seu papel com responsabilidade para suprir as demandas socioeducativas que vem sendo Fonte da imagem: https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTXcIZ59w1k aMsymw4jH7OHv9ThsGU4tdpOUyryP6qMNHALccU 35 Gestão de Espaços Não-Formais Universidade Santa Cecília - Educação a Distância requeridas na atualidade. Sem dúvida, pedagogos e professores são agentes imprescindíveis para o desenvolvimento humano e social das comunidades, de norte a sul em nosso país. Espero que vocês tenham aproveitado a disciplina de Gestão de Espaços Não- Formais, ao longo das unidades tivemos a oportunidade de percorrer diversas formas de conhecimento, ampliando nossas práticas e atitudes frente a nossa profissionalização. Desejo que vocês permaneçam sempre buscando novos conhecimentos, como vimos ao longo da disciplina, o mercado se torna cada vez mais exigente, cabe a nós profissionais nos mantermos atualizados frente as nossas práticas e ações. AQUINO, S. L.; SARAIVA, A. C. L. C. O pedagogo e seus espaços de atuação nas Representações Sociais de egressos do Curso de Pedagogia. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 2, n. 2, p. 246-268, jul./dez. 2011. BARBOSA. R. P. et al. Reflexões acerca da identidade do pedagogo: universo repleto de encanto e angústias. Anais Educere..., PUC, PR, 2008. Acesso em: <http/www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/208_579.pdf > BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. 1988. _________. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura. Conselho Nacional de Educação. Ministério da Educação. Brasília, 2006. CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil: Leitura Crítico-compreensiva artigo a artigo. 17 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. 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