Buscar

Prática Interdisciplinar VI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9
PRATICAS INCLUSIVAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Thaís Aline Felippi¹
Francini Katyucia Espindula²
	
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo identificar as práticas inclusivas na educação especial, a inclusão social de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais, entender a função do pedagogo, em diferentes espaços da educação formal e não formal, e destacar os desafios e possibilidades que esse profissional de educação vem enfrentando ao longo desse tempo, enfatizando as possibilidades da atuação do pedagogo nesses espaços e os desafios encontrados no exercício dessa profissão em espaços distintos. Analisar a atuação do pedagogo em espaços não escolares torna-se pertinente à medida que novas perspectivas da prática pedagógica sejam significativas e os desafios sejam considerados para, então, serem transformados em possibilidades, sendo o objetivo maior a formação humana e não somente o ensino propriamente dito. 
Palavras-chave: Inclusão. Educação Especial. Pedagogo.
1. INTRODUÇÃO
A inclusão social tem se consagrado no mundo ocidental, especialmente a partir da década de 1980, como lema impulsionador de importantes movimentos sociais e ações políticas. Na Europa e nos Estados Unidos da América, já nos anos 1970, a inclusão social das pessoas com deficiência figurava entre os direitos sociais básicos expressos em importantes documentos legais e normativos. Gradativamente as sociedades democráticas vêm divulgando, discutindo e defendendo a inclusão como direito de todos em relação aos diversos espaços sociais (MAZZOTA; D’ANTINO, 2010).
Para Mazzota; D’Antino (2010) a inclusão social é entendida como a participação ativa nos vários grupos de convivência social, e a deficiência, como qualquer perda ou anormalidade de uma estrutura ou função corporal, incluindo a função psicológica. 
A inclusão segundo Mrech (2001) consiste em: atender aos estudantes com necessidades especiais na vizinhança da sua residência; propiciar a ampliação do acesso desses alunos às classes comuns; propiciar aos professores da classe comum um suporte técnico; perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos diferentes; levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as crianças com deficiência e propiciar um atendimento integrado do professor de classe comum.
 Quando pensamos em educação, imediatamente pensamos em uma escola com salas de aula, banheiros, quadra de esporte, cantina, pátio, biblioteca, laboratórios, dentre outros ambientes. Muitos esquecem que os alunos que integram esses espaços educacionais apresentam características diferenciadas tanto física quanto cognitiva, emocional, cultural, e que podem aprender em outras situações e espaços diversos, ou seja, lugares diferentes da escola representada acima (CARNEIRO, 2011). 
As transformações sociais, econômicas, políticas e culturais que vêm ocorrendo na sociedade contemporânea têm sido assinaladas por rápidas modificações que se refletem na área educacional. Para dar conta das demandas educacionais que surgem neste cenário de mudanças, diferentes segmentos da esfera pública e privada, composta por educadores e outros atores sociais têm se mobilizado para reconstrução da concepção de educação, sendo não somente aquela que se desenvolve na escola formal. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional abriu caminho institucional aos processos educativos que ocorrem em espaços não formais ao definir a educação como aquela que abrange “processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. (BRASIL, 2005) 
 Segundo Lyra (2001) através desse contorno contemporâneo dado à educação e às mudanças sociais que dele resultam, o espaço-tempo de ensino-aprendizagem deixa de ser considerado somente aquele vivenciado nos espaços escolares formais. O processo educativo e os conhecimentos necessários já não são mais monopólio da instituição escolar, nem da profissão docente. As aprendizagens significativas ocorrem em diferentes situações e espaços de convivência humana, onde informações e conhecimentos circulam em um processo dinâmico de desconstrução e construção de saberes que passam a ser fundamentais para o desenvolvimento humano e social. 
São experiências educativas que atravessam os muros da escola, para diferentes e diversos setores, tais como ONGs, movimentos sociais, comunidades, família, trabalho, igreja, sindicatos, clubes, entre outros. O pedagogo, no contexto atual, passa a atuar como educador social em projetos sociais, ONGs, empresas, hospitais, associações e, fundamentalmente, em diferentes políticas sociais como, por exemplo, na política de assistência social, na saúde e na habitação (LYRA, 2011).
De acordo com Libaneo (2006) a educação formal está baseada em um sistema de ensino, organizado, estruturado e sistemático com objetivos voltados para a aprendizagem e o conhecimento. Enquanto a educação não formal ressalta os processos educativos que tem uma intencionalidade na ação, pois prevê troca de conhecimentos, envolvendo um processo interativo de ensino e aprendizagem e corrobora com a construção de aprendizagens e saberes coletivos, que por sua vez, não tem formalidade do ensino regular, mas o Pedagogo pode e deve atuar como um agente 
educativo nos diferentes espaços como: Hospitais, Empresas e em Instituições Sociais.
 Segundo Carneiro (2011) podemos citar como exemplo os espaços não escolares: museus, centro de ciências, parques ecológicos, parques zoobotânicos, jardins botânicos, planetários, aquários, zoológicos, entre outros. Podemos incluir também, parques, praças, teatro e cinema. Entre os múltiplos desafios dos espaços não formais na atualidade, destaca-se o de garantir a todos os cidadãos o acesso aos bens culturais socializados nestes espaços.
De acordo com Ribeiro (2007) muitos museus brasileiros estão cumprindo tal missão produzindo conhecimento e comunicando em diferentes linguagens e meios de divulgação, explorando a ludicidade e interatividade tanto na expografia (canal de comunicação entre o acervo e o visitante) quanto no diálogo com o público e inovam cada vez mais na busca do acesso de todos os cidadãos às suas atividades, inclusive aqueles com necessidades especiais.
Com o exposto ate o momento percebe-se a importância da inclusão e da atuação do pedagogo na construção do conhecimento e da inclusão.
 A função do pedagogo ficou definida em sua história como um profissional da educação que desenvolvia seu trabalho apenas nas áreas escolares. (RIBEIRO, 2007).
Sendo assim o presente trabalho irá discutir sobre o papel do pedagogo além dos espaços formais e não formais na educação. Será abordada com base nestas reflexões introdutórias, a inclusão social mais ampla, propondo e analisando questões relativas às pessoas com deficiências, a educação inclusa e destacar a relevância da chamada educação não formal e educação formal.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
	A inclusão é um paradigma que se aplica aos mais variados espaços físicos e simbólicos. Os grupos de pessoas, nos contextos inclusivos, têm suas características idiossincráticas reconhecidas e valorizadas. Por isto, participam efetivamente. Segundo o referido paradigma, identidade, diferença e diversidade representam vantagens sociais que favorecem o surgimento e o estabelecimento de relações de solidariedade e de colaboração. Nos contextos sociais inclusivos, tais grupos não são passivos, respondendo à sua mudança e agindo sobre ela. Assim, em relação dialética com o objeto sócio-cultural, transformam-no e são transformados por ele (CAMARGO, 2017).										Bassalobre (2008) apresenta como objetivo da educação inclusiva reduzir o que impede que os sujeitos portadores de necessidades educacionais participem da sociedade, possibilitando o uso da cidadania. Para que isso ocorra, é de extrema importância que não só o professor, mas toda a equipe esteja empenhada acumprir este objetivo, dando significados a estes sujeitos com necessidades, oferecendo-lhes suporte e acessibilidade a todos. É então neste cenário que despertam as reflexões sobre a relação do pedagogo com a educação nos espaços não-escolares como as possíveis de serem vivenciadas neste centro de atendimento. 
	A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008).								Na sociedade atual a pedagogia tem buscado construir, uma ação educativa voltada para várias áreas do conhecimento, onde o Pedagogo possa está atuando e desenvolvendo trabalhos e projetos educativos. 
	 Ao longo dos anos, a sociedade tem que se apresentado com um modelo educacional que ultrapassam os limites da educação formal. Antes esse sistema educacional era visto pela sociedade dentro das escolas, e nos dias atuais essa realidade está sendo completamente mudado, como também o entendimento da sociedade, a respeito da função e da atuação do Pedagogo, que acontece em diferentes espaços, mais sempre direcionada para o ato de educar e de levar o conhecimento. Ao formar - se no Curso de Pedagogia, o Pedagogo não só estará apto a exercer sua função na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos. Ele poderá está assumindo a coordenação, fazendo planejamento, acompanhamento e avaliação das tarefas da própria escola. Ao está atuando nessas áreas citadas, o Pedagogo poderá está atuando em outras áreas que são as Empresas, Hospitais, Orfanatos e Organizações-não-Governamentais (ONGs), com o intuito de desenvolver trabalhos educativos (MATTOS, 2004). 
	Sendo que na maioria das vezes o Pedagogo, foi visto e reconhecido pela sociedade como um profissional que tem a função apenas para a docência. O Pedagogo é um profissional da educação que trabalha em vários setores educativos como o objetivo de formar sujeitos em instituições escolares e não escolares (LIBÂNEO, 2006).		
	 De acordo com Andrade (2016) o pedagogo, na sociedade atual passa atuar como educador social, trazendo um novo panorama de ação desse profissional, que continua passando por críticas na escola, invalida de preconceitos e idéias de que o pedagogo está pronto apenas para exercer funções no âmbito escolar. Nesse contexto metodológico esse profissional poderá desenvolver funções importantes que a ajudará a identificar as dificuldades que são surgidas em cada instituição ou em cada indivíduo. Como planejamento, métodos educacionais, acompanhado na qualidade do ensino e fazendo também a qualificação do ensino, orientando os alunos no processo de aprendizagem, realizando pesquisas educacionais e contribuindo em projetos para a alfabetização de Jovens e Adultos.	
	O Pedagogo tem uma importância fundamental no processo educativo, trata-se de um profissional capacitado e preparado para desenvolver trabalhos educativos dentro de instituições, e sejam com qualidade e competências a fim de alcançar os objetivos almejados. Sendo assim, conclui-se que o campo de atuação do Pedagogo é muito fértil, sua ampliação da possibilidade deste profissional ir além, onde haja relevância nos ambientes escolares e não escolares, como instrumento mobilizador de competência e habilidades na análise crítica das situações, aliando os princípios éticos, estéticos, políticos, moral e de construção de identidade individual (ANDRADE, 2016).										Gohn (2010) traz sobre os educadores o quanto é importante formar também profissionais que atuem em outros espaços, a fim de ampliar as possibilidades de atuação do pedagogo, além de auxiliar crianças e adolescentes no turno inverso da escola regular.
	As práticas que se desenvolvem usualmente extramuros escolares nas organizações sociais, movimentos, associações, programas de formação sobre direitos humanos, lutas contra desigualdade e exclusão são reconhecidas como educação não-formal (GOHN,2010). 
	Kurylak (2009) aponta que ao entrar em contato com a arte, o indivíduo tem a oportunidade de expressar toda sua a rejeição lacrada em sua mente, o que impossibilita, na maioria das vezes, que o mesmo atue de forma eficaz em sua rotina. É importante considerar ainda a constante busca da personalidade tão esquecida que, gradativamente, se traduz através da arte.
A personalidade é o nosso modo de agir e de estruturar nossas relações, nossa maneira de perceber e de reagir frente às situações. As perturbações de nossa personalidade são efeitos dessas relações, ou seja, a nossa personalidade se organiza e se modifica a partir das experiências e se estrutura a partir das experiências corporais e isso ocorre a partir do nascimento. (KURYLAK, 2009,p.39)
	Toda esta conquista de descoberta através do uso das artes visuais é “o simples exercício da atividade artística, ainda infelizmente considerada por muitos como inútil, faz repensar a lógica produtiva de nossa sociedade” ( Lyra ,2011). 
	De acordo com Brasil (2001) o trabalho didático-pedagógico em sala de aula, com o comum e o específico entre a diversidade que caracteriza o ser humano, constitui o objetivo da inclusão escolar que postula uma reestruturação do sistema educacional, ou seja, uma mudança estrutural no ensino regular, cujo objetivo é fazer com que a escola se torne inclusiva, um espaço democrático e competente para trabalhar com todos os educando, sem distinção de raça, classe, gênero ou características pessoais, baseando-se no princípio de que a diversidade deve não só ser aceita como desejada. 													Por outro lado,
“[...] a educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular (BRASIL, 2008, P.7)
	
	A educação formal é desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados. A educação informal é reconhecida como aquela na qual os sujeitos aprendem durante seu processo de relacionamento intra e extrafamiliares/valores e culturas próprias (GOHN,2010).
A princípio podem demarcar seus campos de desenvolvimento a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdo previamente demarcados, a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo de socialização na família, bairro, clube, amigos, entre outros, carregada de valores e culturas próprias de pertencimento e sentimentos herdados e a educação não formal é aquela que se aprende através do processo de compartilhamentos, de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas cotidianas (GOHN, 2005).
Por espaços não-formais, compreendem-se aqueles que acontecem fora das escolas, em locais informais; aqueles em que o aprendizado se realiza em instituições diferentes das escolas. A educação não-formal é aquela “que se aprende no mundo da vida, via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianos” (GOHN,2010).	
	Inicialmente cabe destacar que o aprendizado gerado e compartilhado em espaços não escolares “não é espontâneo, porque os processos que o produz têm intencionalidades e propostas”(GOHN, 2010,p.16).									A educação não-formal tem como uma de suas características proporcionar o aprendizado e a convivência com o outro e com a diversidade onde é possível socializar o respeito mútuo (GONH, 2010). 
Assim, observa-se um amplo campo de atuação profissional para o licenciado em pedagogia que excede significativamente o exercício da docência, em especial, quando se propõe a preparar esse professor para a área da gestão educacional e atuação em espaços não escolares (PIMENTA et al., 2014, p.18).
Segundo Mattos (2004) cabe ao educador refazer a educação todos os dias, reinventá-la, criar condições objetivaspara que possa construir uma educação democrática, para que seja possível criar uma alternativa pedagógica, comprometida com a valorização do indivíduo. Vale ressaltar que atualmente no Brasil, vislumbra-se uma ampliação de educação, seja visto a mesma não se restringindo apenas a ação de ensinar. 
De acordo com Camargo (2017) não faz sentido, por exemplo, estudantes com deficiências participarem efetivamente apenas da educação básica. Quando concluírem o ensino médio, encontrarão espaços sociais para além dos muros escolares, prontos para a exclusão. Inclusão, portanto, é uma prática social que se aplica no trabalho, na arquitetura, no lazer, na educação, na cultura, mas, principalmente, na atitude e no perceber das coisas, de si e do outrem.
 “há diferenças e há igualdades, e nem tudo deve ser igual nem tudo deve ser diferente, [...] é preciso que tenhamos o direito de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza.” (MANTOAN, 2004, p. 8)
Como afirma Mantoan (2004) há aqui outro ponto controverso, a diferença entre a educação inclusiva e a educação especial, quase sempre tomadas como sinônimas.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Primeiramente, realizou se um levantamento bibliográfico, utilizando como referência autores que contribuíram para essa metodologia de ensino.
Nesta pesquisa, foi utilizado método qualitativo, buscando em livros e periódicos assuntos que se referissem conteúdos teóricos e práticos relativos à inclusão social, à educação inclusiva e à atuação do pedagogo em espaços educativos formais e não formais. A pesquisa e a busca por materiais sobre o tema, foi realizada durante três meses, em livros físicos, em bibliotecas universitárias, periódicos e artigos científicos disponibilizados em plataformas digitais, como GOOGLE ACADÊMICO, e SCIELO. Para edição do material, foi utilizado a plataforma de software WORD-2010.
Visando alcançar os objetivos propostos, o paper é uma pesquisa bibliográfica e exploratória com a devida exposição de pensamento de vários autores sobre o tema escolhido.
O objetivo da pesquisa exploratória é buscar entender as razões e motivações subentendidas para determinadas atitudes e comportamentos das pessoas. Ela é freqüentemente utilizada na geração de hipóteses e na identificação de variáveis que devem ser incluídas na pesquisa. A pesquisa exploratória proporciona a formação de idéias para o entendimento do conjunto do problema, enquanto que a pesquisa descritiva procura quantificar os dados colhidos e analisá-los estatisticamente (MALHOTRA, 1993).
A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. (BOCCATO, 2006)
Outra característica é a pesquisa qualitativa baseada na captação de informações e na busca de identificação de fatores que contribuem na identificação do papel do professor na educação inclusiva e mostrar a importância de ensinar, desde criança, a respeitar as diferenças.
A abordagem qualitativa nasceu das ciências naturais e do positivismo como premissa o conhecimento da natureza através do método cientifico, que era capaz de controlar e manipular as variáveis que interferiam no objeto de estudo. Dessa maneira o pesquisador era capaz de conhecer quando se afastava do objeto, tornando-se neutro e controlador e os dados colhidos eram analisados através de métodos e de formulas matemáticas. O conhecimento produzido poderia ser generalizado a todas as situações empíricas semelhantes. (SILVA, 2010).
A abordagem qualitativa nos leva a uma serie de leituras sobre o assunto da pesquisa, para efeito de apresentação de resenhas, ou seja, descrever por memorizada ou relatar minuciosamente o que os diferentes autores ou especialistas escrevem sobre o assunto e, a partir daí estabelecer um serie de correlação para, ao final, darmos nosso ponto de vista conclusivo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A discussão em torno da praticas inclusivas na educação especial foi o tema deste trabalho. Pretende-se demonstrar a inclusão de alunos com necessidades especiais esta condicionada a mudanças no conjunto da instancia que idealizam, planificam e executam as políticas curriculares, adotando-se o principio da diferenciação para atendimento as singularidades na apropriação do conhecimento desses alunos. Seja sob a perspectiva das adaptações / flexibilização curriculares propostas políticas inclusivas, nas ultimas décadas seja pelo viés do respeito a diferença de todos os alunos no contexto escolar, a essência é que os alunos apresentam ritmos e estilos próprios de aprendizagem, dependentes de inúmeros fatores, que devem ser valorizados, afastando-se a crença de que apenas os alunos com deficiência apresentam singularidade no processo educativo. Uma ampla parcela da população escolar manifesta problemas e dificuldades em seu processo de aprendizagem, em decorrência de vários fatores, quase sempre originador em condições sociecononicas e ou pedagógicas desfavoráveis. Apresentou-se sobre a inclusão social, a educação inclusivas, atuação do pedagogo e espaços de educação formais e não formais. Ao final, foi mostrado que acessibilidade é um caminho certo para que acontece a inclusão social e que é importante formar também profissionais que atuem em outros espaços, a fim de ampliar as possibilidades de atuação do pedagogo e que os procedimentos metodológicos e avaliativos diferenciados que se constituem em conhecimento especifico que devem ser diferenciais para a organização de projetos políticos-pedagogicos inclusivos.
4. CONCLUSÃO
Esse artigo objetivou abordar a importância dos espaços não formais de educação, especificando os diferentes locais onde a educação acontece, além da educação formal tais como: ONGs, Hospitais, Empresas, Circos, Museus, Editoras, Presídios e etc. Além de compreender esses espaços, onde acontece à educação, foi necessário esmiuçar o perfil do Pedagogo, que atua nesses espaços, pautada numa atuação diferenciada em vários setores da sociedade.
 O processo de ensino-aprendizagem é vivenciado não somente dentro da sala de aula, mas é uma ação que acontece em todo e qualquer setor da sociedade, que se caracteriza como a sociedade do conhecimento, porque as educações formais e não formais caminham paralelamente e tornam a educação como principal instrumento contra a desigualdade social.
A acessibilidade é um elemento essencial para a inclusão social, então não pode deixar de estar presente em todos os ambientes internos e externos, para que qualquer pessoa possa transitar inclusive, pessoas com algum tipo de deficiência. Promover acessibilidade é um gesto de cidadania, é proporcionar a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente a um maior número de pessoas com deficiência.
 Portanto, na sua trajetória educativa, o Pedagogo encontra muitos desafios no mercado de trabalho. Para tentar superar os desafios encontrados, esse profissional precisa buscar métodos de ensino, procurando inovar sua prática educativa seja em um espaço formal ou não formal de educação.
 Enquanto as possibilidades de atuação do Pedagogo estão relacionadas com as necessidades de cada ambiente de trabalho não formal, cabe a esse profissional da educação ter conhecimento do seu ambiente de trabalho e construa sua forma de trabalho, desde que seja para melhor favorecer a sociedade.
 Diante das inúmeras possibilidades de atuação desse profissional, é necessário que o Pedagogo invista em sua formação buscando novos métodos e estratégias de ensino. O Pedagogo em seu espaço tem possibilidades de criar, pensar e entender qual é o seu papel diante da sociedade, trazendo mudanças e possibilitando um ambiente mais humano com açõescompetentes e participativas.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Danilo. Políticas públicas: o que são e para que servem? Politize 2016. Disponível em: <https://www.politize.com.br/politicaspublicas/>. Acesso em: 30 agosto. 2019
BASSALOBRE, Janete Netto.Educ. rev. (47): 293-297, ND. 2008 Jun.
BOCCATO, Vera Regina Casari. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo cientifico como forma de comunicação. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, 2006.
BRASIL. Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Institui o Programa Universidade para Todos - PROUNI, regula a atuação de entidades beneficentes de assistência social no ensino superior; altera a Lei no 10.891, de 9 de julho de 2004, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 jan. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11096.htm >. Acesso em 02 jun. 2017.
BRASIL. Ministério da Ação Social. Declaração de Salamanca e linhas de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF: CORDE, 2008. 
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 2,
de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica. Brasília, DF, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/
arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso em: mar. 2020.
CAMARGO, Eder Pires de. Inclusão social, educação inclusiva e educação especial: enlaces e desenlaces. Ciênc. educ. (Bauru),  Bauru ,  v. 23, n. 1, p. 1-6,  Mar.  2017 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132017000100001&lng=en&nrm=iso>. access on  26  May  2020.  https://doi.org/10.1590/1516-731320170010001.
CARNEIRO, Isabel Magda Said Pierre; MACIEL, Maria José Camelo. Pedagogia e Pedagogos em diferentes espaços: interdisciplinaridade pedagógica. 2011.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.14, n.50, p. 27-38, jan./mar. 2005. Disponível em: <http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8-biblioteca/pdf/30405.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2020.
GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e o educador social: atuação no
desenvolvimento de projetos sociais. Cortez. São Paulo, 2010.
KURYLAK, Edson Luís: A formação pessoal do educador pela via corporal : uma inovação pedagógica. Dissertação (mestrado em Educação) – Centro Universitário La Salle, Canoas,
2009
LIBANÊO, José Carlos. O campo do conhecimento pedagógico e a identidade profissional do Pedagogo. São Paulo: Cortez, 2006.
LYRA, M. Zaida. Interfaces lúdicas e inclusivas da arte no CEIA, Canoas, 2011
MALHOTRA, N. K. Marketing research: an applied orientation. New Jersey: Prentice-Hall, 1993
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.
MATTOS, Edna Antonia de et al. Educação Inclusiva: reflexões sobre inclusão e inclusão total. In: Revista Inclusão do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, n. 5, p. 49-61, 2004.
MAZZOTA, Marcos José de Silveira; D’ANTINO, Maria Eloisa Famá. Inclusão social de pessoas com deficiências e necessidades especiais: cultura, educação e lazer. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.2, p.377-389, 2011 3. Disponível em:< https://www.scielosp.org/pdf/sausoc/2011.v20n2/377-389/pt > Acesso em 26 mai. 2020.
MRECH, Leny Magalhães. O que é educação inclusiva? Trabalho apresentado no evento do Lide. Seminário Educação Inclusiva: Realidade ou Utopia?, em 5 de maio de 1999, no auditório da Faculdade de Educação da USP. Disponível em: <http://www.inclusao.com.br/index.htm>. Acesso em 3 mai. 2020.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1998
PIMENTA, Selma Garrido. A formação de professores para a Educação Infantil e para os anos iniciais do Ensino Fundamental: análise do currículo dos cursos de Pedagogia de instituições públicas e privadas do Estado de São Paulo. In: Encontro Nacional de Didática e Prática de 16 Ensino, XVII, 2014, Fortaleza. Disponível em: <http://www.uece.br/eventos/xviiendipe/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
RIBEIRO, M. Educação do campo: a emergência de contradições. In: GRACINDO, R.V. (Org.). Educação como exercício de diversidade: estudos em campos de desigualdades sócio-educacionais. Brasília, DF: Líber Livro, 2007. p. 153-170.
SILVA, Gisele Cristina Resende Fernandes da. O método cientifico na psicologia: abordagem qualitativa e quantitativa. Amazonas (UFMA) Brasil, 2010.
1 Thaís Aline Felippi
2 Francini Katyucia Espindula
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI– Educação Especial (FLX1243) – Prática Interdisciplinar VI - 01/06/20

Outros materiais