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Teorias da Personalidade - Jung - Teoria Analítica

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TEORIAS DA PERSONALIDADE
 A PERSONALIDADE SEGUNDO JUNG
 
 CARL GUSTAV JUNG
 Nasceu em 1875 na Suíça e faleceu em 1961
 Foi um dos mais queridos discípulos de Freud com o qual cortou relações em 1914 para desenvolver sua própria teoria: Psicologia Analítica
 
1. ESTRUTURA DA PERSONALIDADE PARA JUNG
 
 - EGO
 Centro da parte consciente da personalidade.
 A parte da psique preocupada em perceber, pensar, sentir e lembrar.
 A consciência que temos de nós mesmos.
 Responsável pelas nossas atividades diárias.
 Gerencia a parte consciente da personalidade.
 Pode atuar de forma a manter longe da consciência os conteúdos desagradáveis.
 No entanto, ego e consciência não são sinônimos. Ego seria uma força unificada da personalidade que se localiza no centro da consciência.
 Faz juz aos sentimentos de continuidade e identidade.
 No ego estão presentes todas nossas ações, pensamentos e sentimentos conscientes, além das lembranças conscientes das nossas experiências passadas.
 
- INCONSCIENTE PESSOAL
 Semelhante aos conceitos de pré-consciente e inconsciente de Freud,
 Reservatório do material que uma vez fora consciente, mas que foi esquecido ou suprimido por ser pouco relevante ou desagradável.
 Consiste de impressões sensoriais fracas para serem registradas.
 ex: barulho do tráfico na estrada enquanto estamos dirigindo
 Formado por nossas experiências pessoais, portanto, único em cada pessoa.
 Uma parte do material armazenado nessa região psíquica é fácil de ser acessada, outras são mais difíceis e outras estão muito abaixo da “linha” da consciência, exigindo muitas vez a colaboração de um terapeuta habilidoso para que possam ser acessadas.
 
 - COMPLEXOS DO INCONSCIENTE PESSOAL
 Na medida em que adicionamos experiências no i.p. começamos a agrupá-las no que Jung chamou de complexos.
 Os complexos são núcleos ou padrões de emoções, memórias, percepções e desejos organizados em torno de um mesmo tema.
 Esses complexos mostram a forma como o indivíduo percebe o mundo, orientando seu pensamento e comportamento para certas direções.
 ex: Uma pessoa que possui um complexo de poder e status, tendo comportamentos que reflitam essa preocupação. Como dirigir de forma exibicionista um carro caro.
 Podem ser conscientes e inconscientes, os que não estão sob controle da consciencia podem invadir e até interferir na consciência.
 Uma pessoa com um complexo inconsciente pode ter comportamentos não conscientes, mas que para os outros são claros e perceptíveis.
 Alguns podem ser danosos assim como úteis
 ex: Um exemplo de complexo útil poderia ser o complexo de conquista, com um indivíduo direcionando sua energia ao desenvolvimento de um talento.
 
 
 Para jung os complexos não se originam apenas de experiências na infância ou na vida adulta, como também de experiências dos nossos antepassados. Uma herança genética ajudando na constituição do inconsciente coletivo.
 
 - INCONSCIENTE COLETIVO
 O nível mais profundo e inacessível da mente.
 Aspecto mais incomum e controverso da teoria de Jung.
 Para ele, assim como acumulamos e organizamos nossas experiências pessoais no inconsciente pessoal, a humanidade como espécie também armazena as experiências dos humanos e pré-humanos no inconsciente coletivo.
 Uma herança que é passada para cada nova geração. 
 Para ele experiências universais, isto é, que se repetem geração a geração quase sem alterações, tornam-se parte da nossa personalidade.
 O nosso passado primitivo tornou-se base da psique humana, dirigindo e orientando nosso comportamento presente.
 Segundo Jung o inconsciente coletivo é um reservatório poderoso e controlador com experiências dos nossos ancestrais, se relacionando com a experiência do indivíduo com o passado (passado para além da infância, a origem da nossa própria espécie).
 Estamos predispostos a sentir e se comportar da mesma forma que nossos ancestrais, se irão ou não se concretizar dependerá das experiências que iremos encontrar ao decorrer da vida. 
 por exemplo: não herdamos o medo de cobra, mas o potencial para sentir o medo de cobra.
 
2. A DINÂMICA DA PERSONALIDADE
 
 Jung chamava a totalidade da personalidade de “psique”, sendo um espaço não-físico com realidade própria.
 Energias fluem continuamente em várias direções pela psique: do consciente para o inconsciente e vice-versa, da realidade interna para a externa e vice-versa.
 A energia psiquica é real e intercanbiável com a libído.
 Libído: tipo de energia sexual geral do processo vital.
 
 - Energia Psíquica
 É uma abstração que representa algo real, mas que não pode ser sentida ou tocada, podendo ser percebida apenas pelos seus efeitos.
 Surge como resultado do conflito entre forças da personalidade, ou seja, sem conflito não haveria energia psíquica.
 Ela se manifesta em pensamentos, comportamentos, sentimentos.
 ex: Amor e ódio sentidos por uma mesma pessoa. Causaria conflitos gerando uma nova energia, que poderá ser expressa em seus comportamentos. 
 O número de conflitos potenciais que alguém pode sentir é praticamente ilimitado.
 
 - Personalidade Como Uma Entidade Geral
 Com a energia operando por meio de três princípios:
· Princípio dos Opostos
 Quando a energia é criada ela se movimenta em diversas direções. Pode ser dissipada a partir da manifestação de um comportamento ou pode continuar se movendo pela psique, em uma direção e depois em outra.
 Quando não dissipada, a energia psíquica pode se mover de forma desordenada, acessando o inconsciente, atrelar-se a outras formas de energia e assim podendo se manifestar de outras formas como: alucinações, delírios, etc.
 Uma parte da energia que circula pela psiquê opera de forma autônoma e por isso se torna imprevisível, gerando resultados diversos.
 
 - Princípio da Equivalência
 Quando há um aumento em certos aspectos da psiquê, isto é compensado pela redução de funcionamento de outros aspectos. Da mesma forma, uma redução de funcionamento de certos aspectos é compensado pelo aumento de outros
 ex: aumento de preocupação dos aspectos profissionais, pode gerar uma redução da preocupação das questões espirituais e vice-versa
 
· Princípio da Entropia
 Refere-se a um processo psíquico pelo qual elementos de força desigual buscam atingir um equilíbrio psicológico.
 ex: se há muita energia concentrada no ego, haverá tensão na psiquê para que parte dessa energia seja direcionado para o inconsciente para gerar equilíbrio
 Isso significa que qualquer personalidade que seja excessivamente centrada em apenas um aspecto como a agressividade ou a irresponsabilidade resultará em uma tensão psicológica, enquanto que uma personalidade mais bem desenvolvida em seus vários aspectos resultará em uma pessoa mais completamente madura.
 No entanto, o equilíbrio perfeito é um estado geral que jamais será atingido tendo em vista que a energia psíquica é resultado de conflitos psicológicos e a psique necessita de energia assim como qualquer outro mecanismo em um ponto de vista fisiológico.
 
 
3. O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
 
 - Estágios de Desenvolvimento
 Para Jung, a personalidade se desenvolve em diversos estágios que culminam na individualização e na autorrealização.
 Ao contrário de Freud que enfatizava a infância, Jung enfatizava a segunda metade da vida (começando entre os 35 aos 40 anos), em que o indivíduo tem a oportunidade de unificar diversos aspectos da personalidade e atingir a autorrealização.
 A saúde psicológica do adulto dependerá da sua habilidade em unificar os vários aspectos opostos da personalidade e essa habilidade é proporcional ao sucesso na travessia dos estágios anteriores da vida.
 
 
· Infância
 se dividindo em três sub-estágios:
 Anárquico - Caracterizada por uma consciência caótica ou esporádica, ou seja, curtos períodos de consciência podem existir, sem conexão entre os mesmos.
 Monárquico - Desenvolvimento do ego e o começo do pensamento lógico e verbal. Neste sub-estágio períodos de consciência são maiores com intervalosmenores, habitados por um ego primitivo que ainda não tem consciência de si.
 Dualístico - Ego já é observador de si mesmo, a criança já percebe a si mesma como um ser com existência própria e individual. Agora a consciência passa a ser um processo contínuo habitado por um ego complexo.
 
· Juventude (entre a puberdade e a meia-idade) 
 Nesta idade o jovem costuma ganhar independência psicológica e física em relação aos pais, ele deseja encontrar um relacionamento, constituir uma família, fomar um lugar no mundo.
 A maior dificuldade para o jovem é a tendência a apegar-se a mesma consciência estreita da sua infância que o faz fugir dos problemas inerentes da fase jovem da vida. Esse desejo de viver no passado é chamado de Princípio Conservador
 
· Meia-idade (começando por volta dos 35 aos 40 anos de idade)
 Apesar do declínio da vitalidade podendo gerar ansiedade, esse período é também de enorme potencial. Porém, se o adulto conservar os padrões sociais e morais da sua juventude, tentará de forma fanática a manter por exemplo, atratividade física, agilidade, o estilo de vida da fase anterior.
 De acordo com Jung, muitas pessoas não estão preparadas para dar o passo de entrada ao entardecer da vida.
 
· Velhice
 A medida que a vida vai chegando ao fim, as pessoas vivenciam uma diminuição na consciência ou perda de lucidez.
 Aqueles que temem a vida durante a juventude e a meia idade, certamente temerão a morte na velhice, um medo frequentemente tido como normal para o idosos. 
 Para Jung, no entanto, a morte é a finalidade da vida.

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