Buscar

Engenharia de Controle e Automação

Prévia do material em texto

Engenharia de Controle e Automação – Turma Tutelada
FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO.
(APS – Atividades práticas supervisionadas)
Aluno: William– RA: 
São Jose dos Campos – SP
2020
ARTHUR SCHOPENHAUER
Biografia:
Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de Fevereiro 1788 - Frankfurt, 21 de
Setembro 1860) foi um filósofo alemão do século XIX. Sua obra principal é “O
mundo como vontade e representação” (1819), embora seu livro “Parerga und
paralipomena” (1851) seja o mais conhecido. Schopenhauer foi o filósofo que
introduziu o budismo e o pensamento indiano na metafísica alemã. Ficou
vulgarmente conhecido por seu pessimismo e entendia o budismo (e a essência da
mensagem cristã, bem como o essencial da maior parte das culturas religiosas de
todos os povos em todos os tempos) como uma confirmação dessa visão realistapessimista.
Schopenhauer também combateu fortemente a filosofia Hegeliana e
influenciou fortemente o pensamento de Eduard Von Hartmann e Friedrich
Nietzsche. Schopenhauer acreditava no amor como meta na vida, mas não
acreditava que ele tinha a ver com a felicidade.
Aos cinco anos, junto com sua família, mudou-se para Hamburgo. Lá, cresceu como um garoto sofisticado e pretensioso. Quando tinha dez anos foi estudar na França, e aos quinze passou dois anos viajando com os pais pela Europa. Em suas viagens pelo continente, que havia a pouco emergido das Guerras Napoleônicas, o jovem Schopenhauer mergulhava em depressões ao ver a miséria e a destruiçãohumana que os conflitos deixaram como herança. Obrigado pelo pai, teve que abandonar os estudos e se tornar um homem de negócios. Logo depois, seu pai sesuicidaria. Essa foi uma fase para Schopenhauer de profunda angustia pessoal.
Após o suicídio do pai, sua mãe e irmã foram para a refinada Weimar. Ele
permaneceu em Hamburgo trabalhando com o que não gostava, até reunir forças e ir estudar em Goethe, mas acabou expulso por escrever um poema sobre um
professor alcoolizado.
Antes de ir para a Universidade de Göttingen, Schopenhauer foi viver um
tempo com a mãe em Weimar. Ela, que era uma mulher exuberante, tinha se
tornado uma estrela dos salões literários locais ao escrever romances leves e se
tornar amiga de Goethe. Schopenhauer ficou chocado com a independência e o
comportamento da mãe e a relação entre os dois se tornou insustentável. Sua ida
para Göttingen para estudar medicina foi um alívio para todos. Na universidade, logo descobriu a filosofia, se interessando principalmente pelos pensamentos de Platão e Kant. Descobriu sua perspicácia filosófica, e em 1811 foi para Berlin onde
desenvolveu seu doutorado.
Quando voltou para Weimar, voltaram também os conflitos com a mãe. Mas, além das querelas domésticas, Schopenhauer teve a oportunidade de conhecer Goethe, com quem passou horas conversando. Outro fato importante foi ele ter descoberto a filosofia hindu que iria influenciar profundamente suas idéias. O clima doméstico, no entanto, era insuportável e em 1814 ele deixou definitivamente o lar materno, e foi morar em Dresden, onde escreveria sua obra-prima: “O mundo como vontade e representação”.
Schopenhauer afirmou que o mundo que vemos consiste em representação.
Isto é, o que percebemos são fenômenos e não a coisa em si, como Kant já tinha
definido. Mas, ao contrário do que imaginava Kant essa representação não se
apoiava na realidade final donúmeno, e sim na “vontade” universal. Para
Schopenhauer, essa vontade é cega, perpassa todas as coisas e é sempre
destituída de objetivo.
Como essa vontade está além do espaço e do tempo e não possui causa, ela provoca toda a miséria e o sofrimento do mundo. E isso só cessa com a morte. Para Schopenhauer, a única esperança é que o ser humano se liberte do poder dessa “vontade” e da carga de individualidade e egoísmo atada a ela. Para chegar a isso, o homem deve ter compaixão e uma abnegação tal como aquela praticada por santos e eremitas. Nesse caminho de renúncia, ele incluiu a apreciação estética das obras de arte, que é a contemplação sem vontade.
Schopenhauer desenvolveu essas idéias em “O mundo como vontade e
representação”, obra-prima de cerca de mil páginas que escreveu durante sua
estadia em Dresden. Apesar da crença do autor de que o livro seria no futuro “a
fonte e a motivação de uma centena de outros livros”, foram necessárias décadas
para que a força e importância dos pensamentos de Schopenhauer fossem
descobertos e reconhecidos.
Até obter finalmente esse merecido reconhecimento, o que só aconteceu
após o lançamento de seu livro “Parerga und paralipomena”, em 1851,
Schopenhauer levou uma vida excêntrica. Na Universidade de Berlim tentou
competir de forma mal-sucedida como professor com Hegel, a quem considerava um impostor. Envolveu-se com uma atriz de 19 anos com quem supostamente pode ter tido um filho – a incerteza deve-se ao fato dela ter, na época, vários amantes.
Agrediu fisicamente uma vizinha fofoqueira e foi condenado a indenizá-la pelo resto da vida. Quando uma epidemia de cólera chegou a Berlim – e acabaria causando a morte de Hegel – ele deixou a cidade e na seqüência foi morar em Frankfurt onde passou quase três décadas levando uma vida de solteiro de extrema regularidade.
Acordava tarde, lia durante três horas, almoçava no prestigioso Englischer Hof on Rossmarkt. À tarde se isolava nas salas de leitura do Cassino Society para ler o último exemplar do The Times que havia chegado de Londres e, após, saía para passear com seu poodle. Encerrava sua rotina com mais leituras noturnas.
O reconhecimento que Schopenhauer almejava desde que publicou “O
mundo como vontade e representação”, quando tinha 31 anos, só chegou aos 65.
Ele passou então seus sete últimos anos de vida aproveitando a fama que
tardiamente alcançou. Schopenhauer autor de alguns dos mais combativos e
pessimistas escritos da filosofia morreu em 21 de setembro de 1860, aos 72 anos de idade.
6
Principais pensamentos de Schopenhauer
Os Pensamentos de Arthur Schopenhauer consistem em uma coletânea de
pensamentos ditos pessimistas, que dizem a respeito da vida humana, sendo regida pela vontade, e sendo esta última uma espécie de Deus panteísta, que está
presente em todos os humanos, sem exceção de nenhum, e que necessita
sobreviver, se usando do desejo sexual para se reproduzir e multiplicar; e devido ao desejo de sempre querer mais, a vontade acaba levando ao sofrimento humano, pois o homem nunca será satisfeito com uma única coisa.
Schopenhauer procura uma forma de libertação dessa vontade se baseando
em escritos budistas e na filosofia oriental, que diz que a única forma de se libertar
da vontade é a total renúncia, alcançada no Nirvana.
Um mundo cego e irracional
O ponto de partida do pensamento de Schopenhauer encontra-se na filosofia kantiana. Immanuel Kant (1724 – 1804) estabelecera distinção entre os fenômenos e a coisa-em-si (que chamounoumenon), isto é, entre o que nos aparece e o que existiria em si mesmo. A coisa-em-si (noumenon) não poderia segundo Kant, ser objeto de conhecimento científico, como até então pretendera a metafísica clássica.
A ciência restringir-se-ia, assim, ao mundo dos fenômenos, e seria constituída pelas formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias do entendimento. Dessas distinções, Schopenhauer concluiu que o mundo não seria mais do que representações, entendidas por ele, num primeiro momento, como síntese entre o subjetivo e o objetivo, entre a realidade exterior e
a consciência humana. Como afirma em O Mundo Como Vontade e
Representação, “por mais maciço e imenso que seja este mundo, sua existência
depende, em qualquer momento, apenas de um fio único e delgadíssimo: a
consciência em que aparece”. Em outra passagem de sua principal obra,
Schopenhauer deixa mais clara essa idéia: “O mundo como representação, isto é;
unicamente do ponto de vista de que o consideramos aqui, tem duas metades
essenciais, necessárias e inseparáveis. Uma é o objeto; suas formas são o espaço e o tempo, donde a pluralidade. A outra metade é o sujeito;não se encontra colocada no tempo e no espaço, porque existe inteira e indivisa em todo ser que percebe: daí resulta que um só desses seres junto ao objeto completa o mundo como representação, tão perfeitamente quanto todos os milhões de seres semelhantes que existem: mas, também, se esse ser desaparece, o mundo como representação não mais existe”.
Não se pode dizer que essas idéias expressem exatamente
o pensamento kantiano, mas, seja como for, Schopenhauer chegou a essas
conclusões, partindo do mestre que tanto admirava. Schopenhauer, contudo,
separa-se, explicitamente, de Kant em um ponto essencial e, a partir daí, constrói
uma filosofia original. Para Kant, a coisa-em-si é inacessível ao conhecimento
humano, pois se encontra além dos limites das estruturas do próprio ato cognitivo,
entendido como síntese dos dados da intuição sensível, síntese essa realizada pelas categorias a priori do entendimento. Schopenhauer, ao contrário, pretendeu abordar a própria coisa-em-si. Essa coisa-em-si, raiz metafísica de toda a realidade, seria a Vontade.
Segundo o autor de O Mundo como Vontade e Representação,
a experiência interna do indivíduo assegura-lhe mais do que o simples fato de ele
ser “um objeto entre outros”. A experiência interna também revela ao indivíduo que
ele é um ser que se move a si mesmo, um ser ativo cujo comportamento manifesto
expressa diretamente sua vontade. Essa consciência interior que cada um possui de si mesmo como vontade seria primitiva e irredutível: A vontade revelar-se-ia
imediatamente a todas as pessoas como o em-si e a percepção que as pessoas têm de si mesmas como vontades seria distinta da percepção que as mesmas têm como corpo. Mas isso não significa que Schopenhauer tinha esposado a tese de que as ações corporais e as ações da vontade constituem duas séries de fatos, entendidas as primeiras como causadoras das segundas. Para Schopenhauer,
o corpo humano é apenas objetivação da vontade, tal como aparece sob as
condições da percepção externa. Em outros termos, o que se quer e o que se faz
são uma e a mesma coisa, vistos, porém, de perspectivas diferentes.
Da mesma forma como nos homens, a vontade seria o princípio fundamental da natureza. Para Schopenhauer, na queda de uma pedra, no crescimento de uma planta ou no puro comportamento instintivo de um animal afirmam-se tendências, em cuja objetivação se constitui os corpos. Essas diversas tendências não passariam de disfarces sob os quais se oculta uma vontade única, superior, de caráter metafísico e presente igualmente na planta que nasce e cresce, e nas complexas ações humanas. Essa vontade, para Schopenhauer, é independente da representação e, portanto, não se submete às leis da razão. Ao contrário de Hegel, para quem o real é racional, a filosofia de Schopenhauer sustenta que o real é em si mesmo cego e irracional, enquanto vontade. As formas racionais da consciência não passariam de ilusórias aparências e a essência de todas as coisas seria alheia à razão: "A consciência é a mera superfície de nossa mente, da qual, como da terra, não conhecemos o interior, mas apenas a crosta". O inconsciente representa, assim, papel fundamental na filosofia de Schopenhauer. Sob esse aspecto, o autor de O Mundo como Vontade e Representação antecipou-se a alguns dos conceitos mais
importantes da psicanálise fundada por Sigmund Freud (1856-1939).
O próprio Freud reconheceu a importância das idéias de Schopenhauer; em
um de seus escritos afirma que certas considerações sobre a loucura, encontradas
no Mundo como Vontade e Representação, poderiam "rigorosamente, sobrepor-se à doutrina da repressão".
Viver é sofrer
No sistema de Schopenhauer, a vontade é a raiz metafísica do mundo e da
conduta humana; ao mesmo tempo, é a fonte de todos os sofrimentos. Sua filosofia é, assim, profundamente pessimista, pois a vontade é concebida em seu sistema como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente.
Sendo um mal inerente à existência do homem, ela gera a dor, necessária e
inevitavelmente, aquilo que se conhece como felicidade seria apenas a interrupção
temporária de um processo de infelicidade e somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a ilusão de um bem presente. Para Schopenhauer,
o prazer é momento fugaz de ausência de dor e não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações, sempre obstadas e sempre
em luta por sua realização: “Viver é sofrer”.
Mas, apesar de todo seu profundo pessimismo, a filosofia de Schopenhauer
aponta algumas vias para a suspensão da dor. Num primeiro momento, o caminho
para a supressão da dor encontra-se na contemplação artística. A contemplação
desinteressada das idéias seria um ato de intuição artística e permitiria a
contemplação da vontade em si mesma, o que, por sua vez, conduziria ao domínio
da própria vontade. Na arte, a relação entre a vontade e a representação inverte-se, a inteligência passa a uma posição superior e assiste à história de sua própria
vontade; em outros termos, a inteligência deixa de ser atriz para ser espectadora. A atividade artística revelaria as idéias eternas através de diversos graus, passando sucessivamente pela arquitetura, escultura,pintura, poesia lírica, poesia trágica, e, finalmente, pela música. Em Schopenhauer, pela primeira vez na história da filosofia, a música ocupa o primeiro lugar entre todas as artes. Liberta de toda referência específica aos diversos objetos da vontade, a música poderia exprimir a Vontade em sua essência geral e indiferenciada, constituindo um meio capaz de propor a libertação do homem, em face dos diferentes aspectos assumidos pela Vontade.
No nada a salvação
A libertação proporcionada pela arte, segundo Schopenhauer, não é, contudo, total e completa. A arte significa apenas um distanciamento relativamente
passageiro e não a supressão da Vontade. Para que atinja a libertação, é necessário que o homem ascenda ao nível da conduta ética, a qual representa uma etapa superior no processo de superação das "dores do mundo". A ética de Schopenhauer não está, contudo, presa à noção de "dever"; Schopenhauer rejeita as formas imperativas de filosofia que são, para ele, formas de coerção.
Sua ética não se apóia em mandamentos, antes na noção de que
a contemplação da verdade é o caminho de acesso ao bem. Para Schopenhauer,
o egoísmo, que faz do homem o inimigo do homem, advém da ilusão de vontades
independentes que afirmam seus ímpetos individuais. A superação do egoísmo
somente seria possível mediante o conhecimento da natureza única universal da
Vontade. Como conseqüência moral do desaparecimento de sua individualidade, o
homem pode tornar-se bom; ao espírito de luta contra os semelhantes segue-se o
espírito de simpatia. Libertado, pela etapa ética, o homem atinge o princípio que é o fundamento de toda verdade moral: "Não prejudiques pessoa alguma, sê bom com todos".
Essa ética da piedade e da comiseração, segundo Schopenhauer, encontrou sua mais acabada expressão nos evangelhos, onde "ama a teu próximo como a ti mesmo" constitui o princípio fundamental da conduta. Mas nem mesmo a ética da piedade possibilitaria ao homem atingir a felicidade última. Para Schopenhauer, a mais completa forma de salvação para o homem somente pode ser encontrada na renúncia quietista ao mundo e a todas as suas solicitações, na mortificação dos instintos, na auto-anulação da vontade e na fuga para o Nada: “... desviemos um instante os olhos de nossa própria indigência e de nosso limitado horizonte; levemolo sobre esses homens que venceram o mundo nos quais a vontade, atingindo a perfeita consciência de si, se reconheceu em tudo que existe e livremente renunciou a si mesma...
Então, em vez desse tumulto de aspirações sem fim, em vez dessas
passagens constantes do desejo ao medo, da alegria ao sofrimento, em vez
dessas esperanças sempre inalcançadas e sempre renascentes, que fazem da vida humana, enquanto animada pela vontade, um sonho interrompido, não
perceberemos mais do que esta paz, mais preciosa que todos ostesouros da razão, a calma absoluta do espírito, esta serenidade imperturbável, tal
como Rafael e Corregio a pintaram nas figuras de seus santos e cujo brilho deve ser para nós a mais completa e verídica anunciação da boa nova: a vontade
desapareceu; subsiste apenas o conhecimento".
Principais Obras
Sobre a raiz quádrupla do principio da razão suficiente (1813)
O mundo como vontade e representação (1819)
Sobre a vontade da natureza (1836)
Os dois problemas fundamentais da ética (1841)
Parerga e paralipomena (1851)
11
JOHANN CARL FRIEDRICH GAUSS
Biografia
Johann Carl Friedrich Gauss (Braunschweig, 30 de Abril de 1777 – Göttingen, 23 de Fevereiro de 1855), foi um matemático, astrônomo e físico alemão que contribuiu muito em diversas áreas da ciência, dentre elas a teoria dos números, estatística, análise matemática, geometria diferencial, geodésia, geofísica, eletroestática, astronomia e óptica.
Alguns o referem como princeps mathematicorum (em latim, "o príncipe da
matemática" ou "o mais notável dos matemáticos") e um "grande matemático desde a antiguidade", Gauss tinha uma marca influente em muitas áreas da matemática e da ciência e é um dos mais influentes na história da matemática. Ele refere-se à matemática como "a rainha das ciências".
Johan Carl Friedrich Gauss era filho de camponeses pobres, mas encontrou
apoio de sua mãe e de seu tio para estudar, apesar das objeções paternas. É um
dos casos mais espantosos de precocidade registrados na história da matemática,
contando-se que já aos três anos de idade era capaz de efetuar algumas operações aritméticas.
Aos dez anos, Gauss iniciou seus estudos de aritmética, espantando ao seu
mestre, Buttner, pela facilidade com que completava complicadas operações.
Buttner tinha, nessa época, um jovem assistente, de 17 anos, Johann Martin Bartels, apaixonado pela matemática, a quem entregou a tarefa de ensinar ao precoce Gauss. Entre os dois moços firmou-se sólida amizade, que durou até a morte de Bartels.
Tendo amigos influentes, Bartels fez com que Gauss se tornasse conhecido
do duque de Braunschweig, Carl Wilhelm Ferdinand, que o protegeu até sua morte, garantindo recursos para que continuasse a estudar e tivesse meios de subsistência.
Em 1792, Gauss ingressou no Collegium Carolinum, onde permaneceu por
três anos, estudando as obras mais notáveis de Leonhard Euler, Joseph-Louis de
Lagrange e Isaac Newton. É nesse período que Gauss principia suas investigações sobre aritmética superior, que o tornariam imortal e lhe dariam o título de "príncipe da matemática".
Gauss deixou o Collegium Carolinum em outubro de 1795, para entrar na
Universidade de Göttingen. Em 1796 define suas preferências definitivamente,
decidindo dedicar-se à matemática. No dia 30 de março desse ano, Gauss começa a redigir um diário científico, anotando as suas descobertas. Esse diário só foi
divulgado 43 anos após a morte de Gauss, quando, para isso, a Sociedade Real de Göttingen obteve a permissão do neto de Gauss. O diário contém 146 anotações, breve exposições dos descobrimentos feitos pelo seu autor no período de 1796 a 1814.
Os três anos passados em Göttingen foram dos mais prolíficos de sua vida.
As idéias que vinha recolhendo desde os 17 anos foram, nessa época, ordenadas e esmiuçadas, resultando, em 1798, as Indagações Aritméticas, por muitos considerada a obra-prima de Gauss.
Uma segunda fase da vida de Gauss tem início no primeiro dia do século 19. Giuseppe Piazzi, astrônomo italiano, descobriu um pequeno planeta, Ceres, o
primeiro de vários planetas menores hoje conhecidos. A observação do corpo
celeste era extremamente difícil, e calcular sua órbita, partindo dos poucos dados
obtidos, uma tarefa digna de um gênio. Gauss investigou a órbita, vendo todos os
seus cálculos confirmados.
	
Gauss casou-se, pela primeira vez, em 1805, quando seu protetor, o duque
de Braunschweig, aumentou sua pensão. Nesse mesmo ano, porém, o duque
faleceu e o matemático precisou encontrar um meio de manter a família. A sua fama já se espalhara pela Europa e Gauss recebeu convite para ocupar o posto que fora de Euler, em São Petersburgo, mas acabou aceitando a direção do Observatório de Göttingen.
Os anos de 1811 e 1812 foram os melhores de sua vida, desfrutando Gauss de certa tranqüilidade. Logo após seu segundo matrimônio, foi observado o cometa de 1811 e Gauss teve a satisfação de constatar que o astro seguia exatamente a trajetória por ele calculada.
No período de 1821 a 1848, Gauss foi conselheiro científico dos governos de Hannover e da Dinamarca, completando minuciosos estudos de geodésia, que o levaram a examinar, em toda a sua generalidade, problemas relativos às superfícies curvas e a questão da representação conforme.
Gauss faleceu lúcido e cônscio da importância de seus trabalhos, aos 78 anos de idade.
13
Principais obras matemáticas de Gauss
Aos doze anos Gauss já olhava com desconfiança para os fundamentos
da geometria euclidiana; aos dezesseis já tinha tido seu primeiro vislumbre de uma
geometria diferente da de Euclides. Um ano mais tarde, começou uma busca crítica das provas, na teoria dos números, que tinham sido aceitas por seus antecessores e tomou a decisão de preencher os vazios e completar o que tinha sido feito pela metade. Aritmética, o campo de seus primeiros triunfos tornou-se seu estudo favorito e o campo de sua obra prima. Para que a prova fosse absolutamente certa, Gauss acrescentou uma fecunda e engenhosa matemática que nunca foi superada. Bartels apresentou-o a alguns influentes homens em Brunswick que, impressionados, levaram-no para que Carl Wilhelm Ferdinand, Duque de Brunswick, o conhecesse. O Duque de Brunswick imediatamente assegurou que sua educação no Collegium Carolinum continuaria até ser completada. Nos três anos em que ali esteve dominou os mais importantes trabalhos de Leonhard Euler, Lagrange e, acima de tudo, o Princípia de Newton. Por seus estudos redescobriu, e foi o primeiro a provar, "a jóia da aritmética," o "theorema aureum" e "teorema de ouro", conhecido como a lei da reciprocidade quadrática, que Euler tinha induzido e Legendre tentara provar, sem qualquer resultado.
Com a idade de quinze anos fez um grande avanço em línguas clássicas
estudando sozinho e com a ajuda de amigos mais velhos. Teve a oposição de seu
pai, mas Dorothea Gauss venceu a resistência do marido e o Duque patrocinou dois anos de curso no Gymnasium. Ali ele assombrou a todos por sua maestria nos clássicos.
Tinha inventado (aos dezoito anos) o método dos mínimos quadrados, que
hoje é indispensável em pesquisas geodésicas, e em todos os trabalhos em que o
"mais provável" valor, de alguma coisa que é medida, é deduzido após um grande
número de medidas. Gauss dividiu o mérito com Legendre, que publicou o método
independentemente em 1806. Este trabalho foi o começo do interesse de Gauss na teoria dos erros de observação. A lei de Gauss da distribuição normal de erros e sua curva em formato de sino, que a acompanha, é hoje familiar para todos que
trabalham com estatística.
A decisão sobre o seu verdadeiro caminho, se o da filologia ou da
matemática, foi feita em 30 de Março de 1796, quando começou seu diário científico, que representa um dos mais preciosos documentos da história da matemática. O estudo de línguas passou a ser um passatempo para o resto de sua vida. O diário só foi conhecido pela ciência em 1898, quarenta e três anos depois de sua morte, quando a Sociedade Real de Göttingen o pediu emprestado a um neto de Gauss
para estudo crítico. Ali se encontram dezenove pequenas páginas e contém 146
extremamente resumidos registros de descobertas ou resultados de cálculos, o
último deles datado de 09 de Julho de 1814.
Nem todas as descobertas de Gauss no período prolífico de 1796 a 1814
foram anotadas, mas muitas das que ele rascunhou são suficientes para estabelecer a prioridade de Gauss em vários campos (funções elípticas, por exemplo) onde alguns de seus contemporâneos se recusaram a acreditar que ele os havia precedido.
Muito ficou encerrado por anos ou décadasneste diário. Gauss nunca
reivindicou a autoria de descobertas a que ele se antecipara (algumas se tornaram
importantes campos da matemática no século XIX). No diário, há anotações muito
pessoais, como por exemplo, no dia 10 de Julho de 1798 há o seguinte
registro: ΕΥΡΗΚΑ! NUM = v + v + v. Traduzindo-se: Eureka! Todo número positivo é a soma de três números triangulares.
Embora o sentido de alguns registros esteja perdido para sempre, a maior
parte é suficientemente clara. Alguns nunca foram publicados, segundo ele, por
considerar seus trabalhos científicos apenas como resultado da profunda compulsão de sua natureza. Publicá-los para o conhecimento de outros lhe era inteiramente indiferente. Disse também que um tal volume de novas idéias trovejaram em sua mente, antes de ter completado vinte anos que, dificilmente, poderia controlá-las, só havendo tempo de registrar uma pequena fração delas.
Gauss apresentava provas sintéticas e conclusões indestrutíveis de suas
descobertas às quais nada poderia ser acrescentado ou retirado. Uma catedral não é uma catedral - disse - até que o último andaime tenha sido retirado. Com este ideal diante de si, Gauss preferia polir sua obra muitas vezes, ao invés de publicar um grosseiro esboço. Seu princípio era: uma árvore com poucos frutos maduros (Pauca sed matura).
Os frutos deste esforço em busca da perfeição estavam, na verdade,
maduros, mas nem sempre facilmente digeríveis. Todos os passos pelos quais o gol tinha sido atingido tinham sido omitidos, não era fácil para seus seguidores
redescobrir a estrada pela qual ele tinha caminhado. Conseqüentemente, alguns de seus trabalhos tiveram que esperar por intérpretes altamente qualificados antes que o mundo da matemática pudesse entendê-los.
Só os matemáticos do século XIX conscientizaram quanto Gauss tinha
previsto antes de 1800. Caso ele tivesse divulgado o que sabia, é possível que a
matemática estivesse meio século mais adiantada do que se encontra. Niels Henrik Abel e Jacobi poderiam ter começado de onde Gauss terminou, ao invés de terem que redescobrir o que Gauss já sabia antes que eles tivessem nascido.
Os três anos (outubro de 1795 - setembro de 1798) na Universidade de
Göttingen foram os mais prolíficos da vida de Gauss. Graças à generosidade do
Duque Ferdinand, o jovem não teve que se preocupar com finanças.
Em setembro de 1798 foi para a Universidade de Helmstedt, tendo sido
precedido por sua fama, hospedou-se na casa do professor de matemática Johann
Friedrick Pfaff (1765-1825).
No outono europeu de 1798, aos 21 anos, finalizou a Disquisitiones. O livro só foi publicado em setembro de 1801. Em agradecimento por tudo que Ferdinand lhe havia feito, Gauss dedicou seu livro ao Duque - Sereníssimo Pricipi ac Domino
Carolo Guiliermo Ferdinando. Foi uma justa homenagem àquele que o salvara
tantas vezes (arranjando alunos, pagando pela impressão de sua tese de doutorado (Universidade de Helmstedt, 1799), assegurou uma modesta pensão que lhe permitiria continuar seu trabalho científico livre dos obstáculos da pobreza...). Gauss escreveu em sua dedicatória: "Sua bondade libertou-me de outras responsabilidades e permitiu que eu me dedicasse exclusivamente a este trabalho."
Disquisitiones representou seu adeus à matemática pura, como seu interesse exclusivo. O livro é de difícil leitura, até mesmo para especialistas, mas os tesouros que contém estão agora disponíveis graças ao trabalho do amigo e discípulo devGauss, Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1804-1859).
Expandiu sua atividade para incluir os aspectos matemáticos e práticos na
astronomia, geodésica e eletromagnetismo.
ALBERT EINSTEIN
Biografia
01 – Nascimento:
Württemberg, sul da Alemanha, 14 de março de 1879, nascia o dono de umadas mentes mais brilhantes de todos os tempos, Albert Einstein. Filho de Pauline Kouch e Hermann Einstein, durante sua infância, Einstein não passava de uma criança normal, brincava como qualquer criança na sua idade, mas isso não durou muito tempo, desde os quatro anos, quando ganhara uma bússola de seu pai e ficou maravilhado tentando entender como é que uma agulha pode se movimentar, flutuando no espaço, sem auxílio de nenhum mecanismo. A partir de então começou a se maravilhar pelas coisas da natureza, sem saber, tornava-se um físico.
02 – Escolaridade:
Seu pai, Hermann Einstein possuía uma oficina eletrotécnica e tinha grande
interesse por inventos envolvendo eletricidade, não satisfeito com os rendimentos de seu negócio em Württemberg, que era uma pequena cidade, decidiu tentar a sorte em uma cidade grande. Escolheu Munique capital da Bavária, e a partir de então começou uma parceria de negócio com seu irmão Jacob.
Foi em Munique que Einstein recebeu educação primária e secundária. Até
então não apresentava que se tratasse de gênio, mas somente de uma criança
desatenta e uma péssima influência para os demais colegas de turma. Por se tratar de um sistema educacional muito rígido, Einstein teve dificuldade de adaptar-se. Os professores eram muito autoritários e exigiam que os alunos decorassem todos os conteúdos.
Albert tinha problemas com matérias como geografia, história e outras
conhecidas como Humanas, para ele eram um suplício; preferia as matérias que
exigiam mais compreensão e raciocínio como a matemática e física. Em casa tinha
ajuda de seu tio Jacob que lhe ensinava os primeiros passos de álgebra e
geometria. Diferente das crianças de nosso tempo, Einstein aos doze anos já se
maravilhava com os assuntos que envolviam cálculos, foi nesta idade que ganhou
um livro de geometria elementar, a partir de então, seu fascínio pela matemática
ampliou muito mais.
Enquanto Albert se isolava em seu mundo particular de números e cálculos,
um de seus professores nervosos chegou a dizer que o brilhante Albert Einstein
nunca serviria para nada, e que sua presença em sala de aula era tida como
negativa, pois Einstein era um péssimo exemplo para seus colegas, isto o levou a
ser suspenso várias vezes.
Novamente os negócios de pai fracassam Hermann Einstein, desta vez,
decide emigrar para a Itália, escolhendo Milão para se estabelecer. Contudo Albert
permaneceu mais um ano em Munique, pois desejava concluir ali seus estudos
secundários. Porém no meio do ano, por problemas de saúde, foi passar uma
temporada em Milão com seus pais. Ainda em Milão Einstein retoma os estudos na
Escola Cantonal de Aarau, obtendo o diploma que lhe permitiu prestar exame para
admissão na Universidade.
Einstein cursou seu nível superior na Escola Politécnica de Zurique, e em
1900, com apenas 21 anos Já conquistava a graduação em Matemática e Física.
Porém, até então, não era considerado um excelente aluno como era de se esperar, o problema se dava porque Albert já estava completamente fascinado por algumas questões que tomava praticamente todo seu tempo. No entanto o curso exigia um estudo superficial devido ao grande número de matérias que eram ministradas.
O reconhecimento da capacidade intelectual de Albert Einstein. Hermann
Minkowski, um dos professores de matemática de Albert, que mais foi o primeiro a
interpretar geometricamente a Teoria da Relatividade Restrita, ficou surpreso ao ver o artigo de Einstein publicado na revista Annlen der Physik – “E quem era aquele meu aluno a alguns anos atrás¿ Naquela época ele parecia conhecer muito do que lhe era ensinado!”.
03 – Vida profissional:
As coisas não foram fáceis para uns dos mais fascinantes e importantes
físicos de todos os tempos. Mesmo graduado em Física e Matemática Einstein teve que procurar emprego por algum tempo.
O interessante é: Como que uma pessoa tão capacitada mentalmente podia
nos parecer tão humilde¿ Pois Albert nos mostra sua humildade, pois dedicava
horas do seu dia lecionando numa escola secundária, porém o emprego que
almejava, o de professor-assistente na Universidade que formara, havia malogrado.
Em 1902, um colega de faculdade, chamado Grosmann, consegue a Einstein um emprego como técnico especializado no Departamento Oficial de Registro de Patentes de Berna, localizada naSuíça, onde Einstein permaneceu até 1909. 
Foi neste ano que a Universidade de Zurique convida-o para o cargo de professor.
Em 1911, a Universidade de Praga convidou-o para a cátedra de Física
Teórica, na qualidade de professor-catedrático, porém esta oferta não o atraiu. Foi
quando a escola onde ele cursara seu curso superior o convida para o cargo de
professor catedrático. Deu início em 1912, porém não durou por muito tempo.
Em 1913, Max Planck e Walter Nernst convida Einstein para o cargo de
diretor de Física do Kaiser Wolhelm Institute, em Berlim, Albert assumiu o cargo em 1914. Nesse novo emprego, liberado do compromisso com as aulas, pôde
concentrar-se integralmente nas pesquisas científicas. Começa então uma nova fase de realizações na vida de Einstein.
Em 1921, Einstein recebeu o Prêmio Nobel.
Em 1933 o partido nazista assume o poder na Alemanha forçando Albert sair de seu país. Demitiu-se da Academia Prussiana de Ciências através de carta datada de 28 de março de 1933. Suas posses e sua cidadania alemã foram confiscadas, mas sua cidadania alemã ele já havia renunciado voluntariamente.
04 – Vida Matrimonial:
Em 1903 Einstein casou-se com Mileva Maric. Mileva nasceu em 19 de
dezembro de 1875 na cidade de Titel na atual Sérvia.
Deste casamento nasceram dois filhos: Hans Albert e Eduard. Porém, o
casamento não foi bem sucedido, resultando em divórcio em 1913.
Em 1919, Einstein casou-se com sua prima Elsa, adotando as duas filhas do primeiro casamento dela: Ilse e Margot.
05 – Final da vida Einstein:
Einstein sempre pareceu mais velho do que realmente era. A efervescência
intelectual esgotou prematuramente suas reservas físicas. Mais de uma vez em sua existência ficou gravemente enfermo, porém sempre com uma boa chance de
recuperação. Mas em 1954, o rápido declínio de suas forças físicas se manifestou
de forma alarmante. Quando, em abril de 1955, ele foi transferido para o hospital de Princeton, sentiu que o fim havia chegado. Na manhã de 18 de abril, sua vida se extinguiu.
Morreu com a mesma simplicidade e humildade com que sempre viveu: calma e imperturbavelmente, sem remorsos.
"A serenidade de sua morte ensina-nos como devemos viver" - foram as
palavras de sua filha adotiva Margot.
"O homem livre em nada pensa menos que na morte; e sua sabedoria não é
uma meditação da morte, mas da vida", disse o grande filósofo Baruch Spinoza, de
quem Einstein foi um grande admirador.
Einstein foi um homem livre.
20
Principais obras de Einstein
Movimento Browniano
O movimento browniano é o movimento aleatório de partículas macroscópicas num fluido como conseqüência dos choques das moléculas do fluido nas partículas.
Também pode ser observado quando luz é incidida em lugares muito secos, onde	macro partículas "flutuam" em movimentos aleatórios. (Vulgarmente confunde-se com poeira).
O primeiro a observar esse movimento, o biólogo Robert Brown, achou se
tratar de uma nova forma de vida, pois ainda não se tinha completa ciência da
existência de moléculas, e as partículas pareciam descrever movimentos por
vontade própria.
O cientista que explicou corretamente esse movimento, propondo que a
energia fosse constituída de partículas, foi Albert Einstein, em 1905.
Há um padrão escondido nesse movimento aleatório que o classifica como
um movimento fractal, pois descreve um padrão dinâmico bem definido. Quem
primeiro percebeu isso foi Benoît Mandelbrot, matemático polonês.
Esse movimento está diretamente ligado com muitas reações em nível
celular, como a difusão, a formação de proteínas, a síntese de ATP e o transporte
intracelular de moléculas.
Físicos atualmente estudam tal movimento em relação à Teoria do Caos.
Fotoelétrico
Einstein desenvolveu, em 1905, uma teoria muito simples e revolucionária
para explicar o efeito fotoelétrico. De acordo com sua teoria, um quantum de luz
transfere toda a sua energia a um único elétron, independentemente da existência
de outros quanta de luz. Tendo em conta que um elétron ejetado do interior do corpo perde energia até atingir a superfície, Einstein propôs a seguinte equação, que relaciona a energia do elétron ejetado (E) na superfície, à freqüência da luz incidente (n) e à função trabalho do metal (f), que é a energia necessária para escapar do material. Isto é, E = hn – f
Teoria da Relatividade
É a idéia mais brilhante de todos os tempos - e certamente também uma das menos compreendidas. Em 1905, o genial físico alemão Albert Einstein afirmou que tempo e espaço são relativos e estão profundamente entrelaçados. Parece complicado? Bem, a idéia é sofisticada, mas, ao contrário do que se pensa, a relatividade não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. A principal sacada é enxergar o tempo como uma espécie de lugar onde a gente caminha. Mesmo que agora você esteja parado lendo a Mundo Estranho, você está se movendo - pelo menos, na dimensão do tempo. Afinal, os segundos estão passando, e isso significa que você se desloca pelo tempo como se estivesse em um trem que corre para o futuro em um ritmo constante. Até aí, nenhuma novidade bombástica. Mas Einstein também descobriu algo surreal ao constatar que esse "trem do tempo" pode ser acelerado ou freado. Ou seja, o tempo pode passar mais rápido para uns e mais devagar para outros. Quando um corpo está em movimento, o tempo passa mais lentamente para ele.
Se você estiver andando, por exemplo, as horas vão ser mais vagarosas para
você do que para alguém que esteja parado. Mas, como as velocidades que
vivenciamos no dia-a-dia são muito pequenas, a diferença na passagem do tempo é ínfima. Entretanto, se fosse possível passar um ano dentro de uma espaçonave que se desloca a 1,07 bilhão de km/h e depois retornar para a Terra, as pessoas que ficaram por aqui estariam dez anos mais velhas! Como elas estavam praticamente paradas em relação ao movimento da nave, o tempo passou dez vezes mais rápido para elas - mas isso do seu ponto de vista. Para os outros terráqueos, foi você quem teve a experiência de sentir o tempo passar mais devagar. Dessa forma, o tempo deixa de ser um valor universal e passa a ser relativo ao ponto de vista de cada um - daí vem o nome "Relatividade". Ainda de acordo com os estudos de Einstein, o tempo vai passando cada vez mais devagar até que se atinja a velocidade da luz, de 1,08 bilhão de km/h, o valor máximo possível no Universo.
A essa velocidade, ocorre o mais espantoso: o tempo simplesmente deixa de passar! É como se a velocidade do espaço (aquela do velocímetro da nave)
retirasse tudo o que fosse possível da velocidade do tempo. No outro extremo, para quem está parado, a velocidade está toda concentrada na dimensão do tempo.
"Einstein postulou isso baseado em experiências de outros físicos e trabalhou com
as maravilhosas conseqüências desse fato", diz o físico Brian Greene, da
Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, autor do livro O Universo Elegante, um Best Seller que explica em linguagem simples as idéias do físico alemão. Mas as descobertas da Relatividade não param por aí. Ainda em 1905, Einstein concluiu que matéria e energia estavam tão entrelaçadas quanto espaço e tempo. Daí surgiu à célebre equação E = mc2 (energia = massa x a velocidade da luz ao quadrado), que revela que uma migalha de matéria pode gerar uma quantidade absurda de energia.
Por fim, em 1916, Einstein examinou a influência do espaço e do tempo na
atração entre os corpos e redefiniu a gravidade - até então, a inquestionável física
clássica de Isaac Newton (1642-1727) considerava apenas a ação da massa dos
corpos. Sua Teoria da Relatividade, definida em uma frase dele mesmo, nos deixou mais próximos de "entender a mente de Deus".
23
Impactos produzidos pelas obras de Schopenhauer, Gauss e Einstein
Schopenhauer
Afirmando que o mundo é vontade e representação, Schopenhauer é um dos pioneiros em introduzir no pensamento ocidental a subjetividade, isto é, a idéia de que nossas percepções de mundo são condicionadas por nossos sentimentos e
paixões, e que o nosso olhar sobre o mundo, que antes era suposto como "certo e
objetivo", é totalmentetingido pelo nosso universo psicológico. Nesse sentido, a Arte ganha um status de conhecimento tão valioso quanto à história e as ciências. Para ele, uma verdadeira libertação e felicidade humana residiriam na renúncia dessa tal "vontade", que levaria inevitavelmente ao engano e ao sofrimento (tal como a ideia central do budismo). Mas Nietzsche veio depois e afirmou o contrário, dizendo que é justamente nessa "vontade" schopenhaueriana que reside à maior força do homem, ou seja, a "Vontade de Potência".
Schopenhauer constrói uma imagem de homem na qual a força motriz da
força de vontade tem papel principal, e a razão papel secundário. E esta escola
fundamental do pensamento nunca se tornou obsoleta. Não é tema para requisitos
específicos da atualidade que mudam de acordo com o período ou tendências.
Ainda temos uma tendência de superestimar a razão como à força que
controla a vida e a história, apesar do fato de os crimes do século XX, alguns dos
quais cometidos em nome da razão ou supostamente pelo bem da ciência, terem
esclarecido diversas coisas para nós que não surpreenderiam a Schopenhauer.
Ele cresceu numa época que eu descrevi como os “anos selvagens da
filosofia”: um inebriante caleidoscópio de filosofia envolvendo a descoberta do ego e de um Logos que penetra pela natureza. Schopenhauer vai contra esse idealismo ambicioso de Fichte, Hegel e os Românticos – nos lembrando até hoje que não devemos superestimar a razão. Para ele, a redenção só pode ser atingida
distanciando esteticamente uma pessoa do tumulto: um misticismo de negação que vem desde os ensinamentos budistas. Nesse sentido de infinidade, Schopenhauer ainda é atual.
Schopenhauer viria a influenciar Nietzsche, e os dois por sua vez Freud e toda a psicologia moderna.
Gauss realizou diversas descobertas na área da matemática, nas quais
grande parte delas ainda é utilizada nos dias atuais, algumas de suas descobertas
serão apresentadas por ordem cronologia, logo a seguir:
Na escola aos sete anos, um professor pediu aos alunos que calculassem a
soma dos inteiros de 1 a 100. Um problema até então de difícil solução, mas Gauss deu a resposta certa em poucos minutos. Ele notou que 1+100=101, 2+99=101 etc.
Isto é, bastava somar 50 números iguais a 101, portanto a soma é 50x101=5050. A fama de Gauss comeu ai.
Aos dezenove anos, acho um método para construir um heptadecágono. Esse era um problema que os geômetras tentavam resolver desde o tempo dos gregos.
Os trabalhos de Gauss cobriram praticamente toda a matemática da época.
Provou o chamado Teorema Fundamental de Álgebra, que diz que todo polinômiotem uma raiz da forma a+bi.
Em 1801, foi descoberto um asteróide que depois recebeu o nome de Ceres. Logo vários astrônomos se dedicaram a tentativa de calcular a órbita desse
asteróide. Infelizmente, pouco depois de sua descoberta, o asteróide escondeu-se
atrás do Sol, de modo que os dados obtidos de suas posições eram muito poucos.
Mesmo assim, muitos publicaram seus resultados, inclusive Gauss, só que as previsões do Alemão eram bem diferentes dos demais. Pois quando o asteróide
reapareceu, alguns meses depois, sua posição coincidia perfeitamente com a
previsão de Gauss. Hoje se sabe que Gauss usou o método que desenvolvera,
chamado de método dos mínimos quadrados, que se tornou desde então,
ferramenta importante no trabalho de ciências experimentais.
Gauss gostava muito de trabalhar com geometria diferencial, tendo inventado o importante conceito da curvatura dupla, hoje conhecida como curvatura de Gauss.
Em 1820 inventou o Heliótropo, instrumento que usa a luz da reflexão do Sol para medidas geodésicas. Pensou até em usa para se comunicar com hipotéticos habitantes da lua.
Em 1833 com a ajuda de Weber, construiu o primeiro telégrafo.
Gauss sabia muito sobre estatística. Mostrou que os erros nas medidas
experimentais costumam seguir uma distribuição em forma de sino, hoje chamada
de distribuição gaussiana.
Einstein
O trabalho de Einstein teve sua repercussão mais direta no plano das idéias, das teorias físicas de da filosofia. Mas a sua profundidade iria surpreendentemente revolucionar as nossas vidas no plano prático cotidiano. Não que ele tivesse sido um inventor de gênio (de fato registrou um par de patentes apenas), mas porque interpretou e criou os quadros teóricos que explicam e condizem à descoberta de novos fenômenos e a invenção de novos dispositivos técnicos.
O detector fotoelétrico que ativa abertura de porta ou acender a luz, baseia-se no fenômeno fotoelétrico que Einstein corretamente interpretou. Esse efeito sob
múltiplas formas presente no mundo contemporâneo – desde grandes dispositivos
astronômicos até máquinas fotográficas e fotocopiadoras comuns.
OS lasers que gravam e lêem CD e DVD, é uma invenção baseada numa
descoberta teórica de Einstein, cuja utilidade passou muito tempo despercebida.
Hoje os lasers são instrumentos fundamentais tanto no registro e leitura de
informação como na sua transmissão, designadamente mediante a propagação via
cabo óptico; estão presentes nos gabinetes médicos e hospitais, em dispositivos de diagnósticos e de tratamento; nos giroscópios que apóiam a navegação de aviões (e condução de mísseis e bombas teleguiadas); etc.
O relógio atômico, realizado em meados da década de 1950 nos EUA, Grã-
Bretanha e União Soviética, depois internacionalmente adaptado como padrão do
tempo em 1967, utiliza um amplificador de micro-ondas maser, resultado indireto da descoberta da emissão estimulada (Einstein, 1917).
Essas grandes precisões podem parecer preciosismos gratuitos, mas não
são. Já estamos familiarizados com os GPS, dispositivos que permitem fazer a
localização exata de um local na Terra e, em conseqüência, estudar com rigor a sua forma e apoiar a navegação de quaisquer veículos; avião e navios utilizam-nos há muitos anos e os automóveis já começaram a ser equipados com eles também. O GPS (Global Positioning System), à semelhança do GLONASS soviético e o próximo GALILEU europeu, é um sistema de 24 satélites terrestres, seguindo trajetórias previsíveis e monitorizáveis. Um observador na Terra receberá os sinais emitidos pelos satélites acima do seu horizonte e, com o auxílio de um pequeno receptor GPS, por triangulação calcula a sua posição; instrumentos correntemente acessíveis conseguem uma precisão de alguns poucos metros. Mas para atingir esse grau de rigor, o sistema tem de incorporar duas “pequenas” correções relativas (isto é, fornecidas pela Teoria da Relatividade), uma devida à velocidade a que se deslocamos satélites e a outra devida à influência da gravidade terrestre sobre a velocidade de propagação dos sinais de rádio.
27
Dissertação
O presente texto tem por objetivo discutir o que este estudo nos proporcionou para um maior entendimento sobre a ciência e a filosofia, como surge, e as causas que levam ao desenvolvimento da ciência e da filosofia.
A ciência progride pela utilidade, a filosofia por meio do ócio. Este é o senso
comum que dirige a mentalidade dos gestores do conhecimento. Como os grandes
nomes da ciência mundial que tanto influenciam a educação e à ciência nos dias
atuais.
A chamada ciência aplicada é dirigida a propósitos determinados, não é um
empreendimento desprezível, mas não é propriamente ela a responsável pelos
melhores descobrimentos e invenções. Estatisticamente é possível ver que aquilo
que mais se vende em farmácias e drogarias, e que consideramos avanço em
nossas vidas, não veio senão como subproduto de determinadas pesquisas. Erro,
fuga de direção e, principalmente, lazer foram os elementos que determinaram
nosso avanço científico. É verdade para o mundo, é verdade para o Brasil. Cada vez mais os cientistas precisam ser colocados em laboratórios em que a direção das pesquisas permite o desvio de conduta, ou seja, o ócio e até mesmo a
“desobediência civil” laboratorial. Ninguém cria o que se propõe a criar – esta é a
história da ciência.
Ao contrário da ciência, a filosofia não gera absolutamente nada de
interessante ou belo ou agradável ou bom em regime de férias.Não é errado dizer
que a filosofia tem a ver, ainda, com a literatura. Mas a filosofia precisa de disciplina, pulso firme, determinação da vontade. E, mais que tudo isso, a filosofia é uma atividade que só chega a algum lugar se este lugar é determinado previamente. A história da filosofia mostra isso: as grandes obras filosóficas, que são o equivalente, neste campo, às grandes invenções científicas, não se fizeram por meio de alguém que se propôs a escrever algo que não sabia o que era. Nada disso. As grandes obras filosóficas foram produtos de pessoas que tinham planos, objetivos e direções bem estabelecidas. Nem mesmo os filósofos que jamais escreveram algo, e que advogaram a idéia da filosofia como o que se exerce no cotidiano, imaginaram em chegar a algum lugar no filosofar sem um plano detalhado.
A filosofia é filha da utilidade. A ciência tem como mãe a necessidade. O
cientista contemplativo precisa de laboratório. Mas não é nele que faz o que deve 
fazer. São nas horas de lazer que encontra suas melhores idéias e traça seus
modelos mais abrangentes. E não existe em filosofia o pensador solitário, que
descansa e, então, tem idéias. Nada disso. A filosofia acontece no diálogo, na
escrita, no debate; ou seja, ela faz o seu melhor no momento em que se faz. Não há idéias prévias em filosofia. Quando há a idéia, é a filosofia acontecendo.
Todos os grandes cientistas trabalharam em situações mais cômodas que os filósofos. Quando lhes tiraram tais situações, perderam a criatividade. Todos os
grandes filósofos só produziram sob pressão e sob problemas particulares e
políticos inauditos. Cientistas em prisões se desesperam e perdem a criatividade.
Filósofos em prisões nos deram maravilhas. A ciência precisa de calma de espírito e segurança, a filosofia precisa de agitação interior e pavor. Albert Einstein, se preso, seria medíocre. Jamais seria um Schopenhauer que, preso, nos deixou a maravilhosa Parerga e paralipomena. Os cientistas alemães, quando viram os exércitos inimigos se aproximarem, perderam as idéias e a concentração.
A subversão filosófica, que é a filosofia autêntica, se faz com projetos. A
continuidade da produção científica autêntica só se faz no jogo do azar e
sorte. Quando começarmos a entender isso, então estaremos, de fato, aptos para
dar os primeiros passos para uma política educacional efetiva no Brasil. E então
estaremos iniciando o engatinhar na política científica.
9
Bibliografia
http://www.biografia.inf.br/arthur-schopenhauer-filosofo-biografia.html
http://www.culturabrasil.pro.br/schopenhauer.htm
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1041.html
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/gauss/gauss.htm
http://educacao.uol.com.br/biografias/carl-friedrich-gauss.jhtm
http://www.e-escola.pt/personalidades.asp?nome=gauss-johann-carl-friedrich
http://resistir.info/rui/einstein.html
http://educacao.uol.com.br/biografias/albert-einstein.jhtm
http://www.brasilescola.com/biografia/albert-einstein.htm

Continue navegando