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2 º CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Processo nº XXXXXXXX
A Empresa LANCHONETE DOIS IRMÃOS LTDA, (EPP- Empresa de Pequeno Porte), pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrito no CNPJ sob nº ..., com endereço na Avenida do Contorno nº1000, Bairro de Lourdes na Cidade de Belo Horizonte estado de Minas Gerais, vem respeitosamente por meio de seu advogado signatário que está o subscreve (procuração em anexo) com fulcro no artigo 840 da CLT, vem respeitosamente apresentar:
CONTESTAÇÃO
Com base nos artigos 847 da CLT c/cc o art. 300 do CPC, nos autos da Reclamação Trabalhista proposta por JORGE DOS ANJOS, brasileiro, casado, atendente. portador da carteira de identidade nº ..., inscrita no CPF sob nº ..., CTPS n.., série .../MG, residente e domiciliado na, à Rua Beco das Cores, nº 50, Bairro: Serra Cidade de Belo Horizonte no Estado de Minas Gerais, CEP xxxx, consubstanciado nos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
1. RESUMO DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA:
 O Reclamante alega que foi contratado no período de 04/12/2017 até 28/6/2019, seu último dia de cumprimento do aviso prévio trabalhado. O reclamante ajuizou reclamação trabalhista pleiteando gratuidade à justiça, horas extras trabalhadas, tempo à disposição, intervalo intrajornada, prêmio e honorários advocatícios.
1. DA IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
 Excelência, tendo em vista as novas disposições do NCPC, não mais se faz necessário interpor peça apartada quando da impugnação ao pedido de AJG do reclamante conforme Art.337, XIII, da Lei 13.105/2015, vejamos:
 ART.337.Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
[...] XIII- indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. [...]
 No âmbito do Processo do Trabalho, este benefício somente pode ser concedido quando presente e atendidos os requisitos exigidos pelo art. 14 da Lei 5.584/70, motivo pelo qual, não estando presentes esses requisitos, deve ser indeferida a concessão deste benefício à reclamante. Salienta-se ainda que o artigo 133 da CF de 1988 não revogou a referida Lei, tampouco, o ¨Jus postulandi¨, próprio do processo do trabalho, assegurado pelo artigo 791 da Consolidação das Leis do Trabalho.
 A simples declaração de pobreza não tem, no Processo do Trabalho, a mesma força que possui na Justiça Comum. Deve haver comprovação, mediante atestado da autoridade local do Ministério do Trabalho (art.14, parágrafo 2º, da Lei 5.584/70) da situação econômica peculiar.
Na espécie, a reclamante, contrariando dispositivo constitucional, não comprovou a condição alegada. Assim em sede preliminar, requer-se o indeferimento do pedido de AJG.
 
3)TRABALHO DE REGIME DE TEMPO PARCIAL – HORAS EXTRAS E INTERVALO INTRAJORNADAS:
 
O Reclamante alega que trabalhava 05 dias da semana, sendo 06:15hmin por dia, requerendo indenização de horas extras trabalhadas.
A Jornada de Trabalho pode ser até 44 horas semanais, mas o reclamante fazia um total de 30 h semanais, eis que gozava de seu horário de intervalo de 15 minutos para o lanche, como ser verificado no seu espelho de ponto.
 Assim, não são devidas horas extras para o reclamante, eis que a jornada de trabalho foi devidamente cumprida, conforme desprende-se dos documentos juntados a esta contestação, os controles de jornada (art.74, parágrafo 2º, da CLT), atendendo ao seu dever de documentar a relação de emprego, demonstrando que as alegações feitas pelo reclamante são inverídicas.
 Ainda os intervalos, foram devidamente gozados pelo reclamante, também conforme espelho do ponto juntado aos autos.
 Para o período relatado pelo reclamante, não há autos qualquer adminículo de prova pré-constituída que favoreça a Reclamação em suas pretensões referentes à jornada de trabalho. Tampouco há indicação de diferenças de horas extras e intervalo intrajornada a partir dos horários consignados nos controles de jornada, deste modo, nenhum valor é devido de horas extras. 
1. TEMPO À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA
 Todo o tempo que o reclamante usou antes ou depois do horário comum de trabalho foi exclusivamente de vontade dele, nada a dispor da empresa. Cada funcionário recebia 5 kit de Uniformes da empresa, podendo levar pra casa, lavar etc, e como também não era proibido usar o uniforme em via pública, e nunca foi cobrado pela empresa para nenhum funcionário chegar antes do horário para troca de uniforme.
 E como aduz o artigo 4º, § 2º, inciso VII, da Consolidação das Leis Trabalhistas: Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.§2] por não se considerar tempo à disposição do em pregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada.
1. PRÊMIO
 Com a atual redação do art. 457 da CLT foram abolidas as interpretações em sentido contrário, as quais entendiam ter o prêmios natureza salarial.
A alteração provocada pela reforma estabelece que os prêmios não integram a remuneração do empregado, não se incorporando ao contrato de trabalho e não constituindo base para a incidência nos encargos previdenciários e trabalhistas. Ou seja, o prêmio ou bônus pago pela empresa, ´por mera liberalidade, de forma espontânea e por mais que seja habitual, não integrará a remuneração do trabalhador.
1. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Tratando-se de litígio decorrente da relação de emprego, nos termos da Instrução Normativa nº 27/2005 do TST, nesta justiça especializada, os honorários advocatícios são disciplinados na Lei nº 5.584/70.
Não preenchidos os requisitos do art.14 da referida lei, uma vez que não consta dos autos credencial sindical, não faz jus o reclamante de honorários advocatícios. Aplicação ao caso do entendimento consubstanciado nas súmulas nº 219 e 329 do TST.
Requer a improcedência total dos pedidos da ação condenando o Reclamante ao pagamento das custas.
Alega provar os fatos por todos os meios admitidos no Direito.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local e Data
Advogado/OAB

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