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DOCUMENTÁRIO SOBRE TRABALHO INFANTIL EM SANTA CATARINA

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NÃO É BRINQUEDO: DOCUMENTÁRIO SOBRE TRABALHO INFANTIL EM SANTA CATARINA
O documentário objeto do presente estudo foi feito pelo TRT e aborda o trabalho infantil, tanto para crianças, quanto para adolescentes. Inicialmente, é indispensável fazer uma breve crítica acerca do tema: em que pese o trabalho infantil sempre tenha acontecido, até os dias atuais ele é normalizado e pouco fiscalizado. 
O documentário foi feito pela assessoria de comunicação do TRT de Santa Catarina e estiveram presentes nele alguns Auditores-Fiscais do Trabalho. Foram entrevistados pais, autoridades e especialistas e foram acompanhadas as fiscalizações dos auditores fiscais. Em que pese seja um documentário um pouco antigo, visto que realizado em 2014, ele retrata a realidade dos dias atuais. 
A realidade do trabalho infantil é dura e chocante, mas não tem a devida importância e divulgação, se comprovando através deste próprio documentário, que abordou essa realidade tão de perto. Assim, vemos crianças e adolescentes trabalhando tanto de forma doméstica, quanto nas ruas e na área rural, muitas vezes em situações de perigo, arriscando a saúde, a segurança e o próprio desenvolvimento sem qualquer limite para tais situações. 
Cumpre ressaltar que, conforme demonstrado no vídeo, mesmo que seja em negócios familiares, principalmente no meio rural, a atuação da criança de forma análoga aos funcionários (que possuem ou não vínculo empregatício), constitui o trabalho infantil. Colocar uma criança nessas situações faz com que ela esteja abrindo mão da sua infância, mas além disso, que ela abra mão de direitos fundamentais que estão garantidos constitucionalmente. 
A UBERIZAÇÃO DO TRABALHO
A “uberização” pode ser considerada um termo para definir um novo modelo de trabalho, mais flexível, sem vínculo empregatício e em que o profissional presta serviço conforme da demanda. No contexto trabalhista pode ser a venda de um serviço para alguém ou para uma empresa de forma independente. É nítido que este modelo cresceu com a explosão da UBER no Brasil e se intensificou ainda mais com a pandemia do Covid-19. 
É certo que no início, esse novo modelo foi de suma importância para a economia e para os profissionais. No entanto, também deve ser analisado que esse serviço é precário, pois não dá nenhuma garantia ou direito aos prestadores, eles se encontram completamente desamparados pela legislação brasileira. Assim, essas duas vertentes são muito discutidas hoje em dia para abordar dos benefícios e malefícios deste novo modelo. 
Popularmente, é possível encontrar alguns aplicativos que participam dessa uberização, como a Uber, a 99Taxi, o Ifood, o Rappi, entre outros. Em todos eles, há o motorista que, de forma autônoma. Em todas elas, o indivíduo (motorista) aceita uma corrida para levar e buscar alguém ou algo de um lugar para entregar em outro. No entanto, muito se questiona a respeito da responsabilidade em eventual acidente de percurso e posteriores garantias e direitos inerentes ao trabalhador. 
Acerca da responsabilidade, já houve alguns julgados em que ficou comprovado vínculo de emprego, conforme será visto abaixo. Através dessa comprovação, os direitos e princípios do direito do trabalho acabam sendo respeitados. Vejamos os julgados: 
RELAÇÃO DE EMPREGO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS POR INTERMÉDIO DE PLATAFORMA DIGITAL RAPPI SEM RECONHECIMENTO DO VINCULO DE EMPREGO PELA TOMADORA DOS SERVIÇOS.
AUSÊNCIA DE PROVA DA AUTONOMIA DO TRABALHADOR E PRESENÇA DE FORTES EVIDENCIAS DO TRABALHO SUBORDINADO. SENTENÇA MANTIDA. Cabia à reclamada, ao admitir a prestação de serviços, comprovar a alegada autonomia do obreiro. Essa prova não só não foi feita, como se constatou pelas provas produzidas - - muitas delas apresentadas pela própria empresa demandada -- que a relação entre as partes se desenvolveu com todos os requisitos do artigo 30 da CLT. A subordinação, por sinal, restou fortemente caraterizada, com evidências de que a ré impunha a forma como o reclamante deveria trabalhar (chegando ao requinte de exigir que o demandante não usasse gírias no trato com os clientes da empresa), sob pena de sanções (poder disciplinar) em caso de desrespeito às diretrizes patronais. Sentença mantida
RECURSO ORDINÁRIO. MOTORISTA DE APLICATIVO. TRABALHO MEDIANTE PLATAFORMA DIGITAL. VÍNCULO DE EMPREGO. POSSIBILIDADE. PRIMAZIA DA REALIDADE SOBRE A FORMA. Se o serviço de transporte de passageiros por pessoa física exige cadastro intransferível na plataforma digital correspondente, é ele executado mediante pessoalidade. Se é a empresa de aplicativo digital que estabelece todos os parâmetros para a prestação do serviço, dirigindo integralmente o modo de operação, e definindo instrumentos (veículos) utilizados, rotas, e.
sobretudo, o próprio preço e pagamento do trabalhador motorista, além de regras fiscalizatórias e disciplinares, que podem chegar à sua desvinculação, é ele (o serviço) executado sob estrita dependência e subordinação e mediante onerosidade. Se assim o é. o serviço de transporte é prestado pela empresa diretamente ao consumidor final, cliente transportado, mediante a utilização da força de trabalho do motorista, consignando, dessa forma. objeto empresarial daquela (plataforma) e não deste (motorista), e, portanto, atividade não-eventual, apesar da definicão formal de seu objetivo social. Consoante princípio da primazia da realidade sobre a forma, e tendo em vista os elementos do caso concreto, trata-se de trabalho prestado para e não por empresa de aplicativo digital. Trata-se de serviço prestado pela empresa (plataforma digital) e não por motorista autônomo. Trata-se, por fim, de realidade que impõe o reconhecimento do vínculo de emprego. Recurso ordinário interposto pela reclamada Uber do Brasil Tecnologia Ltda parcialmente conhecido e não provido.

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