Buscar

Nefrolitíase: Causas, Sintomas e Tratamentos

Prévia do material em texto

NEFROLITÍASE 
EPIDEMIOLOGIA 
• Homens (3:1) 
• Caucasianos 
• 20-40 anos 
FISIOPATOLOGIA 
Depende do estado de saturação 
• Subsaturada: poucos cristais para bastante 
líquido, as moléculas não se agrupam. 
• Saturada ou supersaturada: formação de 
agrupamento de cristais → pequeno cálculo 
(núcleo) → uma vez formado, todos os cristais 
da urina começam a se agregar → crescimento 
Com o núcleo formado, não é possível inibir a formação 
do cálculo. A prevenção deve ser feita antes da 
existência do núcleo, com aumento da ingesta hídrica. 
CLASSIFICAÇÃO 
Os cálculos podem ser divididos quanto a presença de 
cálcio na composição: 
• Sem cálcio: hiperuricosúria, infecção, cistinúria, 
Indinavir (antirretroviral; não aparece na TC) 
• Com cálcio: 80-85%. Maioria composto de 
oxalato de cálcio. São divididos em 
o Sem hipercalciúria: eliminação 
excessiva de oxalato, ácido úrico ou 
diminuição do citrato 
o Com hipercalciúria: idiopática, 
absortiva intestinal, hiperpara-
tireoidismo, renal 
Estruvita: união de magnésio e fosfato que só ocorre na 
presença de amônia. São infecciosos por bactérias 
produtoras de uréase (Proteus sp., Klebisiella sp.). 
Normalmente é um cálculo volumoso que ocupa 
praticamente todo sistema coletor. As infecções são 
silenciosas, mas podem se manifestar com lombalgia 
pela dilatação do ureter. 
Quanto à radiopacidade 
Composição Radiopacidade 
Fosfato de cálcio Muito radiopaco 
Oxalato de cálcio Radiopaco 
Estruvita Moderadamente radiopaco 
Cistina Levemente radiopaco 
Ácido úrico Radiotransparente 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
Existem duas situações distintas: cólica renal e ausência 
de clínica com achado acidental no exame 
A cólica se dá pela obstrução da luz do ureter → 
aumento da pressão hidrostática → dilatação abrupta 
do sistema coletor → dilatação da cápsula renal → dor 
lombar com irradiação para flanco ou fossa ilíaca, sem 
fator de melhora (não melhora em posição antálgica, 
medicação VO etc.) 
Em mulheres irradia para grandes lábios e em homens 
para testículos. 
EXAME FÍSICO 
• Estado geral 
• FC, temperatura, PA 
• Exame dirigido do abdome 
• Giordano (punho-percussão lombar) 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Rx – muito ruim 
• USG – boa em pacientes não obesos, mas é 
operador-dependente 
• Urografia excretora 
• TC sem contraste 
 
TRATAMENTO 
Analgesia escalonada EV: AINEs+ Buscopan → tramadol 
ou morfina 
Hidratação somente se sinais de desidratação. NÃO 
fazer hidratação vigorosa para eliminação de cálculo, 
pois aumenta a dor. 
 Litotripsia extracorpórea (LECO): cálculos renais < 
2cm, ureterais < 1cm, principalmente em ureter 
proximal 
• Contraindicações: gestante, infecção, marca-
passo, coagulopatias, aneurisma de aorta 
Ureterolitotripsia endoscópica: cálculos ureterais > 
6mm, cálculos renais até 2cm (se insucesso ou 
contraindicação da LECO). 
 
Nefrolitotripsia percutânea: punção do rim com 
agulha, dilatação do trajeto e inserção do nefroscópio. 
Para cálculos renais > 2cm ou coraliformes 
 
Cirurgia laparoscópica ou aberta: cálculos muito 
grandes, não se faz. 
Após a cirurgia é necessário inserir o cateter duplo J 
para prevenir a estenose do ureter ou em nefrolitíase 
com pielonefrite associada. Nesse caso, é necessário 
desbloquear a passagem e associar antibioticoterapia 
EV e posteriormente tratar o cálculo. 
PREVENÇÃO 
• Ingesta de líquidos (débito urinário > 
2500ml/dia) 
• Redução da ingesta de sal 
• Ingesta de frutas cítricas 
• Ingesta regular de cálcio

Continue navegando