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Carla Bertelli – 4° Período – Revisar o processo de formação da urina – Compreender a fisiopatologia, etiologia, epidemiologia, fatores de risco, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento da nefrolitíase – Entender a classificação dos cálculos renais Dentro da cápsula renal, o sangue sofre uma forte pressão, que ocasiona a saída do chamado filtrado glomerular (ou urina inicial), líquido semelhante em composição ao plasma sanguíneo. Esse processo é denominado filtração. O filtrado é formado principalmente de água, ureia, glicose, sais e aminoácidos. É importante lembrar que as células sanguíneas e algumas proteínas maiores não passam para o interior da cápsula. Após sair da cápsula renal, o filtrado passa pela extensão do túbulo néfrico e a água e substâncias úteis são reabsorvidas para o organismo. Essas substâncias vão novamente para a corrente sanguínea. A maior parte da reabsorção ocorre na região dos túbulos proximais. A fase de reabsorção é muito importante no processo de formação da urina, uma vez que evita que substâncias como vitaminas e sais minerais sejam completamente eliminadas. Em pessoas com diabete, em virtude da grande quantidade de glicose disponível no sangue, elas acabam eliminando essa substância na urina. Isso se deve ao fato de que as substâncias em excesso não são reabsorvidas em sua totalidade, sendo parte eliminada. Sendo assim, concentrações de glicose em exames de urina podem indicar diabetes. Nos túbulos, ocorre também o processo de secreção, em que alguns metabólitos e medicamentos são levados dos vasos sanguíneos para o interior do tubo. Após passar por todo o túbulo néfrico, temos o filtrado transformado em urina. Esta é levada então ao ducto coletor, onde mais água é reabsorvida. Do ducto, a urina passa para a pelve renal. Daí ela segue para a bexiga urinária através dos ureteres, onde fica armazenada até ser eliminada para o meio externo. A eliminação é feita através de um canal denominado uretra. Embora possa haver muitas causas para o início e a propagação dos cálculos, o determinante mais importante é uma concentração urinária aumentada dos constituintes dos cálculos, de modo que exceda sua solubilidade (supersaturação). Um volume urinário baixo em alguns pacientes metabolicamente normais também pode favorecer a supersaturação Os cálculos podem ser classificados de acordo com a sua localização no sistema urinário e por sua composição. Os cálculos originam-se em todos os segmentos do trato urinário, principalmente na pelve renal, depois nos cálices e na bexiga. Algumas vezes, os cálculos são ramificados e adquirem a forma da pelve (cálculos coraliformes). Quanto à composição, há quatro tipos: (1) sais de cálcio; (2) fosfato de amônia e magnésio; (3) ácido úrico; (4) cistina. Em todos os cálculos, existe também matriz orgânica de mucoproteínas. Quanto a localização pode ser classificada em ciliciais, piélicos, coraliformes (parciais ou completos), ureterais (proximais, mediais ou distais), vesicais e uretrais. São os mais frequentes, são radiopacos e formados por oxalato, fosfato ou carbonato de cálcio. Em 10% dos casos, os cálculos de oxalato de cálcio se associam a hipercalcemia e hipercalciúria, que ocorrem na acidade tubular renal, hiperparatireoidismo, sarcoidose, osteopatia difusa, mieloma múltiplo, metástases osteolíticas e imobilização prolongada. Em 50% dos pacientes, há hipercalciúria sem hipercalcemia, por distúrbio tubular na reabsorção de cálcio. Em 20% dos casos, cristais de ácido úrico atuam na formação de cálculos de oxalato nos túbulos coletores; nesses pacientes, há hiperuricosúria, com ou sem hipercalciúria. Na hiperoxalúria hereditária ou adquirida (absorção intestinal aumentada em enteropatias Carla Bertelli – 4° Período ou por dieta rica em vegetais), também ocorre formação de cálculos. Os cálculos de fosfato de amônia e magnésio (15%) são múltiplos e, em geral, associam-se a infecções urinárias por bactérias que clivam a ureia em amônia; com isso, ocorre alcalinização da urina e precipitação de sais de fosfato de amônia e magnésio sobre núcleo de bactérias, células e muco. No início, esses cálculos são radiotransparentes, mas depois tornam-se radiopacos pela adição de fosfato de cálcio. Os cálculos de ácido úrico (5 a 8%) são mais comuns na gota e em condições em que há destruição celular (policitemia, leucemias e linfomas). Tais cálculos podem formar-se também sem hiperuricemia ou hiperuriciúria, possivelmente pela precipitação de cristais de ácido úrico em urina com pH baixo (5,5), o que ocorre em pacientes com diarreia crônica ou após ileostomia permanente com perda de fluidos alcalinos. Ocorre em mulheres com infecção urinária. Nesse tipo de cálculo as pedras podem crescer muito e bloquear um dos rins, ureter ou bexiga. s cálculos de cistina (1 a 2%) associam-se a defeitos genéticos nos mecanismos tubulares de transporte de alguns aminoácidos (cistina, lisina, arginina e ornitina). Outros cálculos, ainda mais raros, resultam de distúrbios metabólicos congênitos (glicinúria, xantinúria). Cálculos urinários formam-se quando a urina se torna saturada de algum componente; quando isso acontece, formam-se cristais que originam o núcleo do cálculo. O crescimento sucessivo desse núcleo origina massas de tamanhos variados que obstruem diferentes partes do trato urinário. Cálculos muito pequenos caminham nas vias urinárias e são eliminados pela urina, sem causar sintomas. Cálculos maiores que 3 mm podem impactar- se nos cálices, pelve ou ureter e causar cólica renal (intensa dor no flanco), que é acompanhada de náuseas, vômitos e febre. – Quantidade excessiva de minerais que não conseguem se dissolver em uma solução estável (não ocorre cristalinização desse sal nem a formação de cálculo) – supersaturação da urina –Quando a urina se encontra supersaturada, os íons podem se unir de modo a formar a fase sólida mais estável – Segundo ponto em que a solução se torna instável e começa o processo. Esse ponto é chamado de produto de formação – Processo que ocorre a junção dos cristais, resultante das forças intermoleculares e que leva ao aparecimento de grandes partículas que podem ficar retidas no sistema coletor. – Se cristais que sofreram nucleação e agregação forem eliminados com o fluxo urinário, um cálculo clinicamente evidente não se formará. Inibidores da formação de cálculos de oxalato de cálcio e fosfato de cálcio – embora não sejam conhecidos inibidores específicos que afetem a cristalização do ácido úrico Citrato atua como um inibidor de cálculos de oxalato de cálcio e de fosfato de cálcio por meio da redução do cálcio iônico disponível, reduzindo sua precipitação, agregação e crescimento. Magnésio diminui a concentração de oxalato iônico e eleva o ponto de saturação do oxalato de cálcio. De forma semelhante, pirofosfato altera a saturação do fosfato de cálcio, diminuindo sua cristalização. Carla Bertelli – 4° Período Glicoproteínas também são descritas como inibidoras, em particular nefrocalcina e proteína de Tamm-Horsfall, sintetizadas nos túbulos renais e que diminuem a agregação de cristais de oxalato de cálcio monoidratado – É uma doença global, prevalência é cerca de 5-% menor em indivíduos negros em comparação com brancos. A incidência da nefrolitíase varia de acordo com a idade, sexo e raça. o Mais comum em homens – 2x maior do que em mulheres o Prevalência aumenta com a ocidentalização dos hábitos de vida o Prevalência no sexo masculino diminui com a idade Cálculos com menos de 5mm de diâmetro são capazes de serem eliminados espontaneamente - Ocorre principalmente por aumento da concentração dos constituintes dos cálculos, ultrapassando sua solubilidade na urina (supersaturação); diminuição da ingestão hídrica (a diminuiçãodo débito urinário, secundária a menor ingestão de líquidos, promove maior tempo de permanência das partículas de cristais no sistema urinário e não dilui adequadamente os componentes da urina); inibição da cristalização (existem substâncias capazes de inibir o processo de cristalinização, como o citrato de potássio). ê – A formação de cálculos consiste na supersaturação da urina relacionada com os componentes que formam o cálculo. Essa supersaturação significa que as concentrações dos materiais que formam o cálculo (como o oxalato de cálcio) ultrapassam a sua solubilidade, e são altas o suficiente para possibilitar a formação e crescimento de cristais. Níveis moderados de supersaturação podem ser tolerados devido a presença de substâncias que retardam a formação de cristais e seu crescimento, esses inibidores consistem em glicoproteínas, como por exemplo o inibidor de inter-alfa-tripsina e osteopontina, glicosaminoglicanos, além de moléculas pequenas como citrato. Os indivíduos formadores de cálculos podem carecer de níveis adequados de inibidores, porém, a presença de níveis persistentemente altos de supersaturação pode ultrapassar esse fator de proteção. A supersaturação pode resultar da maior excreção de substâncias pouco solúveis, como cálcio, oxalato ou cistina e outros fatores, como por exemplo o baixo volume de urina que eleva as concentrações dessa substancia, ou em alguns casos, pH urinário persistentemente alto ou baixo, diminuindo a solubilidade do ácido úrico e fosfato de cálcio. O tipo de cálculo formado correlaciona-se com a supersaturação observada na urina. Em geral, a urina dos indivíduos formadores de cálculos renais é mais supersaturada com alguns minerais do que a urina dos não formadores de cálculos, e a prevenção visa diminuir a supersaturação dos componentes importantes dos cálculos. Fatores hereditários e ambientais desempenham um papel na formação dos cálculos. o Supersaturação o Estase Urinária o Inflamação e infecção das vias urinárias o Alterações no pH urinário o Volume baixo de urina – Pacientes submetidos a ressecções intestinais, portadores de gota, obesidade e parentes de primeiro grau de indivíduos formadores de cálculos de cálcio. Dietas ricas em proteína animal, sal, sacarose. Segundo o Livro Harrison, esses fatores podem ser classificados em dietéticos, não dietéticos e urinários. – Os fatores dietéticos que estão associados a um risco aumentado de nefrolitíase incluem ingesta excessiva de proteína animal, oxalato, sódio, sacarose e frutose. Os fatores dietéticos associados à redução do risco incluem cálcio, potássio e fitato. No passado, a ingestão exagerada de cálcio era considerada um fator de risco para a doença calculosa, porém, estudos comprovam que a redução do risco está associada a um maior aporte de cálcio, diminuindo a absorção intestinal de oxalato da dieta. Uma baixa ingesta de cálcio está contraindicada, visto que aumenta o risco Carla Bertelli – 4° Período de formação de cálculos e pode contribuir para uma menor densidade óssea nos indivíduos formadores de cálculos. O risco de formação de cálculos aumenta à medida que o volume de urina diminui. Quando o débito urinário é inferior a 1 L/dia, o risco de formação de cálculos aumenta em mais de duas vezes – Incidência da doença é maior em homens brancos de meia idade, maior prevalência no sudoeste dos EUA. Ganho de peso aumenta a prevalência. – Volume de urina (volume urinário menor resulta em maior concentração de fatores litogênicos), cálcio urinário (excreção maior de cálcio urinário aumenta a probabilidade de formação de cálculos de oxalato de cálcio e de fosfato de cálcio)., oxalato urinário (excreção urinária mais elevada de oxalato aumenta a probabilidade de formação de cálculos de oxalato de cálcio.), citrato urinário (citrato urinário é um inibidor natural dos cálculos que contêm cálcio; portanto, uma menor excreção de citrato urinário aumenta o risco de formação de cálculos.), ácido úrico urinário (são encontrados níveis urinários mais elevados de ácido úrico – um fator de risco para a formação de cálculos de ácido úrico), e pH urinário (influencia a solubilidade de alguns tipos de cristais), – O risco de nefrolitíase é mais de duas vezes maior em indivíduos com história familiar de doença calculosa. Essa associação deve-se, provavelmente, a uma combinação de predisposição genética e exposições ambientais semelhantes. Em geral, é necessário um período de várias semanas a meses (e, com frequência, muito mais tempo) para que um cálculo renal cresça e alcance um tamanho clinicamente detectável. Embora o trajeto ureteral de um cálculo seja um evento dramático, a formação e o crescimento de cálculos caracterizam-se por serem clinicamente silenciosos. Assim, um cálculo pode permanecer assintomático no rim durante anos ou até mesmo décadas antes do aparecimento de sinais (p. ex., hematúria) ou sintomas (p. ex., dor). çõ í – A dor causada pela eliminação do cálculo pode começar subitamente, não é aliviada e nem agravada pela postura ou movimento. A localização da dor no flanco não é muito valiosa, a localização inicial da dor no flanco, com migração anteroinferior subsequente é muito sugestiva de cálculo em deslocamento. Polaciúria persistente sem infecção evidente, cólica com aparecimento misterioso e súbito. Hematúria com dor sugestiva aumenta a probabilidade do diagnóstico • Cólica Renal • Hematúria • Sintomas urinários irritativos As consequências dependem em parte da forma, do volume e da localização do cálculo. Na pelve e nos cálices, cálculos volumosos podem permanecer assintomáticos, sendo diagnosticados quando associados a outras condições (infecção, hidronefrose). Na sua migração, cálculos pequenos impactam-se em algum ponto do trajeto e causam cólica, bem característica por sua irradiação. Os cálculos podem também alcançar a bexiga, onde favorecem infecções. Hematúria é achado comum em todas as localizações, por traumatismo e ulceração. Inflamação por irritação mecânica da mucosa em contato com o cálculo é a regra, em geral associada a infecção bacteriana; esta é favorecida ainda pela própria estase urinária. Além de infecção urinária, obstrução prolongada das vias urinárias causa hidronefrose. Nos locais de impactação do cálculo, podem ocorrer hipotrofia da mucosa, isquemia, necrose e úlceras de decúbito. São observadas duas apresentações comuns nos indivíduos com episódio agudo de cálculos: cólica renal e hematúria macroscópica indolor. O termo cólica renal é impróprio, visto que em geral a dor não desaparece por completo; na verdade, sua intensidade é variável. Quando um cálculo se desloca pelo ureter, o desconforto costuma começar com o aparecimento súbito de dor unilateral no flanco. A intensidade da dor pode aumentar rapidamente, e não existem fatores que produzam alívio. Essa dor, que muitas vezes é acompanhada de náusea e, em certas ocasiões, vômitos, pode irradiar-se, dependendo da localização do cálculo. Quando o cálculo se aloja na parte superior do ureter, a dor pode irradiar-se anteriormente; se o cálculo estiver na parte inferior do ureter, a dor pode irradiar-se para o testículo ipsilateral dos homens ou para o grande lábio ipsilateral nas mulheres. Às vezes, um paciente pode apresentar hematúria macroscópica sem dor. Quando o cálculo se aloja no ureter, na junção ureterovesical, o paciente pode apresentar urgência e frequência urinárias. Nas mulheres, esses últimos sintomas podem levar a um diagnóstico incorreto de cistite bacteriana Após a obstrução ureteral, ocorre ureterohidronefrose a montante com subsequente distensão da pelve e cápsula renal, as quais estimulam o sistema nervoso central através dos nervos esplâncnicos e do plexo celíaco, causando sintoma de dor. Carla Bertelli – 4° PeríodoOutras características da dor renal devido a obstrução ureteral são: • Dor em cólica • Início súbito • Localizada na região lombar do mesmo lado da obstrução • Irradiação para testículos, uretra ou lábios vaginais na mulher. • Forte intensidade • Sem posição que possa diminuir a dor • Necessidade de medicamento endovenosa para alívio da dor • Acompanhada de náuseas e vômitos • Acompanhada de sintomas urinários A hematúria está frequentemente associada ao cálculo urinário e pode ser macro ou microscópica. Porém, algumas vezes pode estar ausente, principalmente em obstruções completas, em que não há passagem de sangue ou coágulos. Sintomas urinários frequentes como disúria, polaciúria e urgência miccional podem estar associados à cólica renal. Geralmente esses sintomas estão presentes quando o cálculo estiver localizado no ureter distal devido a irritação vesical. ó í – Paciente geralmente se apresenta ansioso e inquieto devido a dor intensa; palidez cutânea; taquicardia; sinal de Giordano; durante a palpação abdominal pode apresentar irritação peritoneal e distensão abdominal. á – Dividido em 3 categorias: Diagnóstico no Pronto Socorro, Investigação de Cálculo Renal e Exames Completos (na dúvida de diagnóstico e tratamento). ó – História Clínica e Exame Físico. Em casos de dúvidas realizar exames de Urina tipo I e RX simples de abdome. • Urina I – Pesquisa principalmente de hematúria. Pesquisa de leucócitos que também podem estar associados a urolitíase e infecção. • RX Simples de Abdome – É um exame que pode ser útil para identificar calcificações no trajeto do ureter e intra-renal. çã á • USG de Abdome – Bom para avaliação intra-renal, vesical e ureter distal. • Urografia Excretora – Utiliza contraste. Bom para avaliação de todo trato urinário alto, inclusive avaliação indireta da função renal, através da excreção do contraste iodado. • TC – Excelente exame para avaliação de todo trato urinário. ú ó • Uretero-pielografia – Exame invasivo, pouco utilizado, com contraste injetado diretamente na via excretora (ureter, pelve e cálices renais). O contraste deve ser injetado por via retrograda (ascendente), através de um cateter ureteral inserido no ureter de forma endoscópica • RM – Excelente para avaliação de todo trato urinário. Os achados da bioquímica do soro costumam ser normais, porém a contagem de leucócitos pode estar elevada. O exame do sedimento urinário, em geral, revela a presença de hemácias e leucócitos e, em certas ocasiões, cristais A ausência de hematúria não descarta a possibilidade de cálculo, sobretudo quando o fluxo urinário está totalmente obstruído por um cálculo. O diagnóstico costuma ser estabelecido com base na anamnese, no exame físico e no exame de urina. Logo, pode não ser necessário aguardar uma confirmação radiográfica para tratar os sintomas. O diagnóstico é confirmado por um exame de imagem apropriado – de preferência, tomografia computadorizada (TC) helicoidal, que é altamente sensível, possibilita a visualização de cálculos de ácido úrico (tradicionalmente considerados “radiotransparentes”) e dispensa o uso de radiocontraste. Carla Bertelli – 4° Período A ultrassonografia do abdome oferece a vantagem de evitar a radiação e fornece informações sobre a presença de hidronefrose, porém não é tão sensível quanto a TC e proporciona apenas uma imagem dos rins e, possivelmente, do segmento proximal do ureter; por conseguinte, a maioria dos cálculos ureterais não é detectada pela ultrassonografia. – No geral, o tratamento pode ser dividido em 3 etapas: tratamento da cólica renal, acompanhamento clínico ou extração do cálculo e prevenção da formação de novos. Tratamento da Cólica Renal no Pronto Socorro – Consiste na analgesia, com administração de: analgésicos (por via endovenosa), antiespasmódicos (endovenosa), AINEs e Opiáceos (morfina/meperidina) Internação, é indicada caso não ocorra melhora a partir do uso dos medicamentos citados, além da internação também possibilitar maior investigação através de exames mais detalhados. í çã á – Os tratamentos possíveis podem ser: • Clínico Expectante • Uso de Medicações (alfa bloqueadores, corticoides) • Litotripsia extrema por ondas de choque • Cirurgias endoscópicas (percutâneas) • Ureteroscopia • Cirurgias convencionais Devido ao fato de a grande maioria dos cálculos serem menores de 5mm e apresentar eliminação espontânea, o tratamento í é o mais indicado. Nesses casos, devemos orientar o paciente quanto ao uso de medicações em casa (analgésicos e antinflamatórios) e aumento da hidratação a fim de promover a diurese e diminuir o tempo de eliminação do cálculo. – É um método pouco invasivo e eficaz para cálculos >2cm. É realizado de forma ambulatorial com ou sem anestesia. Consiste no tratamento externo com ondas de choque de baixa frequência e alta energia. As ondas são direcionadas através de RX ou USG para o cálculo que será posteriormente fragmentado e eliminado de forma espontânea ó – Consiste nos métodos de nefrolitotripsia e ureterolitotripsia. o Nefrolitotripsia percutânea: método invasivo, necessita de anestesia. Realizada por via anterógrada na região lombar através de uma incisão. Consiste na fragmentação direta com litotridores: ultrassônico, laser, pneumático, eletro-hidráulico. o Ureterolitotripsia – Realizado por via retrógrada (intra- ureteral), via endoscópica uretral, sem incisões. – São procedimentos pouco realizados atualmente, pois são invasivos, grandes incisões e recuperação mais complicada. Consiste nos procedimentos de: Nefrolitomia (abertura do parênquima renal), Pielolitotomia (abertura da pelve renal), ureterolitotomia (abertura do ureter) e Cistolitotomia (abertura da bexiga) çã çã á – Aumentar ingestão hídrica, diminuir ingestão de carnes e sal, exercício físico e evitar obesidade. o Aumentar ou diminuir o pH urinário dependendo da etiologia do cálculo o Citrato de potássio na ocorrência de Hipocitratúria o Diuréticos tiazídicos quando a etiologia for Hupercalciúria Renal Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia . Disponível em: Minha Biblioteca, (10ª edição). Grupo GEN, 2021. Lerma, Edgar, V. et al. CURRENT: Nefrologia e Hipertensão. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2011. Quais são os tipos de cálculo renal? - CBU - Centro Brasileiro de Urologia. (n.d.). Retrieved September 19, 2022, from https://centrobrasileirodeurologia.com.br/litiase/quais-sao-os-tipos-de- calculo-renal/ Carla Bertelli – 4° Período
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