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Tópicos de Design de Interiores Unidade III

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56
Unidade III
Unidade III
5 PROJEÇÃO ORTOGONAL
Para o estudante de Design que realizará projetos de ambientes, é muito importante que ele 
desenvolva a leitura, a interpretação e a habilidade de visualizar as formas, os espaços em três dimensões 
e expressar graficamente o desenho.
Inicialmente, o processo do desenho pode ser um croqui de forma tridimensional; se for bidimensional, 
serão desenhos de projeção. Para o aluno ter o domínio do desenho que representará a forma ou 
ambiente, é necessário o conhecimento de projeções, as quais permitem a compreensão dos elementos 
construídos ao seu redor. Necessita de treino para que entenda as relações de forma, proporção e escala 
do projeto. Desenvolver essa habilidade torna‑se importante ao olhar um objeto e associá‑lo com as 
vistas ortogonais e, ao mesmo tempo, ler um projeto com vista ortogonal e reconstruir mentalmente o 
objeto tridimensional.
O sistema de projeção ortogonal da geometria descritiva, base do desenho técnico, desenvolvido 
pelo matemático francês Gaspard Monge, utilizou‑se de dois planos perpendiculares, o horizontal 
(π‘) e o vertical (π‘‘). Sobrepondo as linhas vertical e horizontal, subdividiu o espaço em quatro partes 
denominadas diedros. Sempre que um objeto for colocado em qualquer diedro, será possível desenhar 
suas projeções na horizontal e na vertical, com o objetivo de visualizar o objeto num só plano (RIBEIRO; 
PERES; IZIDORO, 2011).
π"
π'LT
 
π"
π'LT
2º diedro 1º diedro
4º diedro3º diedro
Figura 57 – Projeção ortogonal e indicação de diedros
57
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
O desenho bidimensional ou planificado no diedro é denominado épura, que significa que o desenho 
no plano horizontal (π‘) coincide com a parte inferior de (π‘), mas o plano vertical do 1º e 3º diedro 
permanece igual.
 Lembrete
Os desenhos técnicos são todos bidimensionais ou planificado para 
melhor entendimento do projeto e das cotas.
π"
π'LT
1º diedro
3º diedro
Projeção no 1º diedro Projeção no 3º diedro
Figura 58 – Projeção ortogonal no 1º e 3º diedro
58
Unidade III
Para caracterizar um objeto na representação da geometria descritiva, duas projeções são o suficiente, 
mas, em desenho técnico, utilizam‑se no mínimo três projeções, e para não haver nenhuma dúvida no 
projeto, devem‑se desenhar as seis vistas ortogonais.
A NBR 10067: princípios gerais de representação em desenho técnico recomenda a representação 
por diedros à projeção ortogonal no 1º e 3º diedro. No 1º diedro, o objeto está entre o observador e 
o plano de projeção; no 3º diedro, o plano de projeção está entre o objeto e o observador. Também 
existe a NBR ISO 10209‑2, documentação técnica de produto – vocabulário. parte 2: termos relativos 
aos métodos de projeção, a qual estabelece que as vistas de um objeto estão sobre três planos, um 
horizontal, um vertical e de perfil, que definem um triedro – trirretângulo como sistema de referência, 
de modo que as posições das vistas do objeto sejam relacionadas entre si.
Na representação do 1° diedro utilizado no Brasil, observam‑se as três vistas ortográficas que estão 
dispostas de paralelismo de duas faces com os três planos do triedro. Para cada vista ortográfica, com o 
intuito de não haver erro da representação do objeto, são denominadas: VF – vista frontal, que é a vista 
principal do objeto e desenha‑se no plano vertical; VS – vista superior, a qual é desenhada no plano 
horizontal; e VLE – vista lateral esquerda, que é ilustrada no plano de perfil (figura a seguir).
Figura 59 – Projeção ortogonal no 1º diedro
59
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Para projeto ou objeto mais elaborado, recomenda‑se o uso de mais planos de projeção de referência 
(Triedro – trirretângulo), com as seguintes vistas: VP – vista posterior; VI – vista inferior; e VLD – vista 
lateral direita (figura na sequência).
Figura 60 – Projeção ortogonal no 1º diedro com as seis vistas ortogonais
O projeto realizado com as seis vistas ortogonais possibilita o entendimento de todas as partes que 
compõem o objeto, principalmente na projeção horizontal com vista superior e vista inferior, as quais 
fornecem as medidas de largura e profundidade. A projeção vertical da vista frontal e vista posterior, as 
medidas de largura e altura, a projeção de perfil com a vista lateral esquerda e vista lateral direita são as 
medidas de profundidade e altura.
A representação no 3° diedro, utilizado no Brasil e nos Estados Unidos, desenvolve o mesmo 
sistema de formação de vistas ortogonais, mas com sequência de desenho específico. A vista principal 
do objeto permanece a vista frontal (VF), desenhada no plano vertical; a vista superior (VS) é mostrada 
no plano horizontal acima; a vista inferior (VI) no plano abaixo; a vista lateral esquerda (VLE) no plano 
de perfil; e a vista posterior (VP) e a vista lateral direita (VLD) na mesma sequência do plano de perfil 
(figura a seguir).
60
Unidade III
Plano de perfil Plan
o ve
rtic
al
Plan
o h
oriz
ont
al
VLE VF
VS
Figura 61 – Projeção ortogonal no 3º diedro
A projeção das seis vistas ortogonais no 3º diedro segue o mesmo sistema de ordem de desenho do 
1º, 2º e 4º diedro (figura na sequência).
Figura 62 – Projeção ortogonal no 3º diedro com as seis vistas ortogonais
61
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
O processo do desenho de vistas ortogonais é regido pela vista principal do objeto, vista frontal (VF), 
sendo muito importante a escolha da melhor posição do objeto que identifica a vista frontal, porque 
esta comanda a posição das demais. A vista frontal (VF) mostra as principais características do objeto, 
identifica a sua forma isoladamente ou em conjunto e possibilita identificar a maior dimensão e o 
menor número de linhas invisíveis nas outras vistas.
No desenho técnico, é importante identificar as dimensões de largura, altura e profundidade para 
a escolha do tamanho da folha e sua posição de paisagem ou retrato do papel. Na representação das 
vistas ortogonais, os contornos e arestas visíveis são desenhados com linhas contínuas, e as arestas e 
contornos que não podem ser vistos, ocultos para o observador, devem ser representados com linhas 
tracejadas. Exemplo de um objeto com cotagem no 1° diedro (figura a seguir).
 Lembrete
Em todo projeto de móvel ou objeto, sua representação segue conforme 
a norma da ABNT 10067, com em seis vistas ortogonais.
Figura 63 – Objeto no 1º diedro com cotas
A NBR 10067 indica a utilização do 1º diedro para objetos simples às vistas ortogonais, as quais são 
vista frontal (VF), vista superior (VS) e vista lateral esquerda (VLE), e para objetos complexos utiliza‑se o 
1º diedro com as seis vistas ortogonais, ou seja, vista frontal (VF), vista superior (VS), vista inferior (VI), 
vista lateral esquerda (VLE), vista lateral direita (VLD) e vista posterior (VP).
Outro ponto importante antes de iniciar‑se o desenho de vistas ortogonais é analisar o objeto e 
identificar se é uma forma geométrica sólida simples ou uma forma geométrica que possui elementos 
de adição (positivo) ou subtração (negativo) (figuras na sequência).
62
Unidade III
Figura 64 – Exemplo de forma geométrica com adição
Figura 65 – Exemplo de forma geométrica com subtração
Para a melhor compreensão de um desenho de vista ortogonal, é necessário utilizar linhas auxiliares 
que manterão o alinhamento das projeções em um conjunto de coordenadas (figura a seguir).
Figura 66 – Exemplo de linhas auxiliares para o desenho de vista ortogonal
 Observação
Para o bom desenvolvimento do desenho de vista ortogonal, deve‑se 
ter o entendimento do uso dos esquadros e do escalímetro.
O desenho de vista ortogonal é muito importante no design, principalmente na elaboração de um 
objeto. Para não ter dúvida dos elementos que compõem o objeto, a indicação é o uso das seis vistas 
ortogonais, que pode ser observada no exemplo a seguir.
63
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 67 – Projeção ortogonal no 3º diedro
 Saiba mais
Para se aprofundar no assunto, leia as seguintesbibliografias:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: princípios 
gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 10209‑2: 
documentação técnica de produto – vocabulário. Parte 2: termos relativos 
aos métodos de projeção. Rio de Janeiro, 2005.
 Observação
No Brasil, utiliza‑se do 3º diedro para desenhos ortogonais de móveis 
e objetos.
64
Unidade III
Exercícios
1) Identifique as projeções ortogonais com cada objeto em perspectiva correspondente correta.
Figura 68 
Figura 69 
2) Observe as formas desenhadas em perspectiva e identifique a vista frontal (VF), vista superior 
(VS), vista lateral esquerda (VLE) e vista lateral direta (VLD).
65
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 70 
Figura 71 
Figura 72 
Figura 73 
3) Observe a forma geométrica em perspectiva e assinale a vista frontal correta.
Figura 74 
66
Unidade III
Figura 75 
4) Desenhe as vistas ortogonais (VF, VS e VLE) no 1º diedro das formas geométricas em perspectiva 
a seguir, na escala 1:20, na proporção de um quadrado de 1,00 x 1,00 x 1,00.
Figura 76 Figura 77 
Figura 78 Figura 79 
67
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 80 Figura 81 
Figura 82 Figura 83 
Figura 84 Figura 85 
68
Unidade III
5) Desenhe as seis vistas ortogonais (VF, VS, VI, VLE, VLD e VP) no 1º diedro dos objetos na 
escala 1:20.
A)
Altura: 0,50 m
Largura: 0,60 m
Profundidade: 0,50 m
Espessura da chapa: 0,12 cm
Figura 86 
B)
Altura do assento: 0,45 m
Altura do apoio das costas: 0,40 m
Largura: 0,60 m
Profundidade: 0,50 m
Espessura da chapa: 1,2 cm ou 0,12 mm
Figura 87 
 Saiba mais
Para mais informações acerca do assunto, assista ao filme:
DONALD no país da matemágica. Dir. Hamilton Luske, 1959. 27 minutos.
69
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
6 SISTEMAS DE PROJEÇÃO
Atualmente, o meio de comunicação de um projeto é tridimensional, uma representação volumétrica 
do que vemos ou imaginamos. Há vários sistemas de projeção ou técnica de representação com o 
objetivo de determinar o posicionamento de pontos, retas, direção e dimensionamento de um projeto. 
A perspectiva realizada como croqui ou rascunho é muito importante para o profissional, pois é a 
expressão genuína de uma ideia, do início da elaboração de um projeto. Ela também estará no final do 
projeto para demonstrar o resultado final para melhor compreensão do cliente. Por meio do método de 
representação perspectiva, o cliente experimenta com o processo da visualização as posições distintas 
de volume, distância, conjunto e proporção. Quando o aluno domina a técnica do desenho realizado à 
mão livre, fica muito fácil a construção do desenho em programas computacionais usados atualmente, 
uma vez que eles possibilitam a construção da perspectiva com exatidão da forma, dimensionamento e 
material de acabamento.
Os principais tipos de sistemas de projeção são a ortogonal, a oblíqua e a em perspectiva (figuras 
a seguir). A escolha do sistema de projeção dará para cada tipo de desenho uma relação de diferentes 
ângulos que incidem no plano do desenho, definindo uma linguagem que permite a sua leitura.
Figura 88 – Projeção ortogonal
Figura 89 – Projeção oblíqua
70
Unidade III
Figura 90 – Projeção em perspectiva
É importante entender e aprender os tipos de projeções para escolher de forma correta a sua 
utilização como representação gráfica. Cada sistema de desenho possui uma característica essencial 
para representar o objeto, que influenciará de forma única o observador. Todo método de projeção 
revela as exigências de comunicação que o projeto necessita mostrar.
O método de projeção ortogonal representa seu sistema em linhas paralelas umas às outras e 
perpendicular ao plano do desenho. Ele contempla as seis vistas ortogonais, as quais, relacionadas entre 
si, descrevem o objeto ou o projeto com clareza. A construção de todas as partes transfere a imagem 
tridimensional (figura a seguir).
cubo
Vista frontal Vista inferiorVista superior Vista lateral 
direita
Vista lateral 
esquerda
Vista posterior
Figura 91 – Projeção ortogonal
71
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
As perspectivas de linhas paralelas são projeções axonométricas. Esse método se apresenta com 
linhas paralelas entre si e linhas perpendiculares ao plano. Isso significa que as linhas na vertical, na 
projeção do plano e na projeção frontal não se convergem. Entende‑se que as projeções axonométricas 
estão subdivididas em três sistemas: o isométrico, o dimétrico e o trimétrico.
O sistema de projeção axonométrica – isométrica utiliza‑se de linhas paralelas com ângulos iguais 
ao plano do desenho. Esse sistema mostra todas as medidas reais nos eixos X, Y e Z, e a soma dos 
ângulos é de 120° entre si. Os eixos em Z utilizam‑se dos ângulos de 30° em relação a linha do horizonte. 
Com a perspectiva isométrica, o desenho não possibilita a visualização de todos os detalhes, mas é a 
perspectiva mais usada entre os profissionais por ser a mais fácil e simples de desenhar.
Figura 92 – Projeção axonométrica – isométrica
A projeção axonométrica – dimétrica possui dois eixos principais e ângulos diferentes em relação 
ao plano do desenho. A escolha do uso da perspectiva dimétrica possibilita uma maior visibilidade 
ao observador quando o projeto possui um dimensionamento em largura e altura de uma edificação. 
Por exemplo, numa construção com vários pavimentos, o desenho se mostra com mais detalhes porque 
proporcionar mais pontos. A perspectiva promove a visualização, mesmo com desenhos mais complexos, 
a flexibilidade da vista por cima ou por baixo, com uma qualidade espacial do projeto mais legível. 
No projeto de design de interiores, esse método é recomendado para a demonstração de todos os 
elementos existentes do ambiente, possibilita o desenho em planta baixa e a compreensão das relações 
entre os espaços na projeção axonométrica – dimétrica (figura a seguir).
Figura 93 – Projeção axonométrica – dimétrica
72
Unidade III
A projeção axonométrica – trimétrica faz ângulos diferentes ao plano do desenho com base nos 
três eixos principais do desenho. Com a projeção trimétrica, o observador entenderá que existem várias 
vistas por diferentes pontos com a mesma altura; por isso, é necessário ter atenção, devido à quantidade 
de detalhes no desenho (figura a seguir).
Figura 94 – Projeção axonométrica – trimétrica
Outro método de perspectiva que se utiliza de linhas paralelas é a projeção oblíqua, que permite 
o sistema de elevação oblíqua ou cavaleira e planta oblíqua. O desenho da elevação oblíqua inicia 
com a face vertical como base principal da sua projeção em relação ao plano do desenho e a 
planta oblíqua segue o mesmo processo de desenho, porém como base principal a face horizontal. 
O desenho da vista frontal apresenta‑se sempre de forma plana e as linhas laterais em paralelo 
nunca se convergem (figura a seguir).
Figura 95 – Projeção oblíqua – cavaleira
O desenho realizado com projeção oblíqua constitui‑se de forma mais fácil, devido à face principal do 
objeto estar paralela ao plano do desenho e manter as dimensões reais, principalmente para representar 
objetos curvilíneos, irregulares ou complexos (figura na sequência).
73
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 96 – Processo do desenho – projeção oblíqua
Os desenhos em perspectivas terão uma distorção do objeto real quando o observador estiver em 
uma posição com ângulos diferentes ao objeto. O desenho poderá retratar o objeto de forma frontal, 
74
Unidade III
inferior, superior e dos lados, todos em ângulos, porque a linha do nível dos olhos do observador está 
sempre perpendicular à linha de plano do objeto (figura a seguir).
Figura 97 – Processo do desenho – objeto em perspectiva
A projeção em perspectiva ou perspectiva cônica utiliza‑se de linhas convergentes a um ou mais 
pontos como referência que identifiquem o lugar ou os olhos do observador em relação ao plano do 
desenho ou linha do horizonte. Essemétodo configura, em perspectiva com um ponto de fuga, dois 
pontos de fuga e três pontos de fuga, apresentando projeções com vários ângulos em relação ao plano 
do desenho, e todas as linhas laterais se convergem para o ponto de fuga ou o ponto do observador.
A perspectiva com um ponto de fuga tem como característica as linhas paralelas na horizontal e 
vertical ao plano do desenho. A perspectiva com um ponto de fuga com vista aérea para ambientes 
internos é muito utilizada por designers de interiores para representar ambientes com dimensões 
pequenas e melhor compreensão da planta arquitetônica. As linhas de altura geralmente terminam onde 
foi realizado o corte, por exemplo, um projeto de banheiro, lavabo, dispensa ou depósito. O observador 
terá uma vista do ambiente com todos os detalhes de baixo para cima. Também é preciso ficar atento 
com o desenho de escada, do ponto em que se está olhando, isto é, declive ou aclive. As linhas na 
horizontal, onde o observador está de frente para a escada, desaparecem em um ponto sobre uma falsa 
linha horizontal. Isso significa que se o observador estiver na parte de cima da escada, irá contemplar 
apenas a parte superior do degrau (piso), e quando estiver na parte inferior da escada, verá a parte da 
altura do degrau (frontão ou espelho). O posicionamento do ponto de fuga é muito importante para 
determinar o que deve ser visto no projeto de interiores. É indicado que o ponto de fuga fique o mais 
próximo do centro, para que todas as partes e componentes possam ser contemplados. Caso a escolha 
75
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
seja em um ponto alto, não mostrará quase nada do teto e terá uma proporção maior do piso; caso seja 
o contrário, o ponto de fuga próximo ao piso mostrará mais o que está próximo do teto, e não do piso. 
Um método simples de perspectiva de um ponto é a utilização de grade ou de um quadro, em que as 
partes são subdivididas em partes iguais e as linhas se convergem ao ponto de fuga (figuras a seguir).
Figura 98 – Perspectiva com um ponto de fuga
Figura 99 – Perspectiva com um ponto de fuga – vista inferior
76
Unidade III
Figura 100 – Perspectiva com um ponto de fuga – vista superior
Na perspectiva com dois pontos de fuga, o eixo na vertical se mantém com linhas paralelas e o 
eixo horizontal é oblíquo ao plano do desenho. O processo de desenho com dois pontos de fuga é o 
mesmo do método de um ponto de fuga, porém terá o ponto de fuga da direita e um ponto de fuga na 
esquerda. É importante observar que as linhas paralelas da construção do desenho seguem a trajetória 
de convergência para os pontos de fuga. O efeito ótico das linhas paralelas que se convergem para o 
ponto de fuga irá desaparecendo (figuras a seguir).
Figura 101 – Perspectiva com dois pontos de fuga
77
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 102 – Perspectiva com dois pontos de fuga – vista inferior
Figura 103 – Perspectiva com dois pontos de fuga – vista superior
A perspectiva com três pontos de fuga tem como principal característica que todas as linhas sejam 
oblíquas em relação ao plano do desenho. A perspectiva de três pontos possui o ponto de fuga da direita, 
o ponto de fuga da esquerda e o ponto de fuga que pode ser acima ou abaixo da linha do horizonte. 
As linhas horizontais convergem para os pontos sobre a linha do horizonte e as linhas verticais para o 
terceiro ponto acima ou abaixo da linha do horizonte. Observe uma fotografia e verá os três pontos de 
fuga. O efeito de uma fotografia possui as mesmas características de uma perspectiva de três pontos 
(figuras na sequência).
78
Unidade III
Figura 104 – Perspectiva com três pontos de fuga
Figura 105 – Perspectiva com três pontos de fuga – vista inferior
79
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 106 – Perspectiva com três pontos de fuga – vista superior
A perspectiva explodida consiste em desenhar e mostrar todas as partes que compõem o objeto. 
Demonstra toda sequência de elementos que caracteriza o conjunto, a forma e o projeto (figura a seguir).
Figura 107 – Perspectiva explodida
80
Unidade III
A perspectiva é uma imagem construída com linhas horizontais, verticais e diagonais com um 
referencial, a linha do horizonte (LH), que define o ponto de vista do observador. Todos os planos 
consistem em linhas horizontais (X) que projetam pontos de fuga; os planos verticais são linhas 
perpendiculares (Y), que contribuem para a convergência da figura; e a linha diagonal (Z) a forma, 
o volume e a profundidade. A perspectiva realizada em um plano de grade demonstra uma direção e 
comprimento verdadeiro em uma escala do plano do desenho (figura a seguir).
Figura 108 – Plano com linhas L; H; X; Y e Z
O processo de desenho que utiliza como base a estrutura de grade é muito usado para estudos 
de desenvolvimento de ambientes de interiores. Esse método facilita a posição exata dos itens, como 
móveis, tapetes, quadros e elementos decorativos sobre um plano quadriculado. Também permite 
que o projetista inicie um projeto com perspectiva através das medidas reais do ambiente (largura, 
profundidade e altura).
O objetivo é dividir uma linha em partes iguais ou desiguais em perspectiva com base em um ponto 
(Ponto de Vista) na linha do horizonte. Observe que toda linha paralela que inicia no ponto sobre a linha 
do horizonte é traçada com dimensão, estabelecida nas linhas X (linha da terra) e Y (altura), as quais 
proporcionam medidas variáveis nas linhas verticais e horizontais, e na profundidade da perspectiva 
sobre o plano do desenho (figura a seguir).
81
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 109 – Plano com linhas X, Y, LH e dimensão na linha Z
Sempre na linha do horizonte será indicado o ponto de vista (PV). A medida de profundidade é 
apresentada baseando‑se na observação do objeto. Significa que, conforme a aproximação ou o 
distanciamento preestabelecido entre o observador e o objeto, o desenho pode apresentar pouco ou 
muito detalhe desse objeto. A utilização de escala se refere à grandeza do objeto principal em relação 
ao entorno. Estabelecer o tamanho ou a proporção do objeto em relação ao entorno pode enfatizar ou 
reduzir os limites do desenho.
Nos desenhos de observação com perspectiva, a escala humana pode indicar o dimensionamento 
de profundidade, como estar dentro ou fora de uma paisagem, lugares grandes ou pequenos, ou como 
referência para outras relações de dimensionamentos com mobiliário, objetos e figuras humanas. 
No desenho de uma perspectiva linear que utiliza a figura humana, a cabeça deve estar sempre na linha 
do horizonte, para estabelecer uma proporção de pequeno ou grande, longe ou perto em relação ao 
observador (figura a seguir).
LH
Figura 110 – Ponto de vista e profundidade
82
Unidade III
O sistema de projeção diagonal é o processo de subdivisão das formas do retângulo, triângulo e 
círculo em partes iguais por meio de um ponto de fuga. Inicia‑se com a linha do horizonte (LH), um 
ponto de fuga (PF), linha vertical para ponto de fuga (LVPF) e ponto de fuga diagonal (PFD). Com a 
interseção das linhas sobre o plano, é possível subdividir em partes iguais a forma original e manter a 
proporção em perspectiva (figuras na sequência).
Figura 111 – Projeção diagonal – divisão em eixo
Figura 112 – Projeção diagonal – subdivisão em eixo
Figura 113 – Projeção diagonal – perspectiva
83
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
6.1 Perspectiva de ambiente interno
Para representar um ambiente de interiores em perspectiva, é necessário utilizar dois pontos de 
fuga. As linhas traçadas na vertical e horizontal permanecem na construção do desenho de forma igual, 
mas as linhas que iniciam no ponto de fuga não serão paralelas ao plano do desenho. Para melhor 
entendimento, serão apresentados todos os passos do desenho.
Primeiro passo: desenhar a planta com layout na escala e com cotas. O objeto é uma mesa de apoio 
alta com as seguintes medidas: 0,60 (largura) x 0,45 (profundidade) x 0,75 (altura) (figura a seguir).
Figura 114 – Planta– escala 1:50
Segundo passo: posicionar a planta na parte superior da prancheta e fixar uma folha na parte 
inferior. Todo o desenho segue a escala da planta (1:50). O ponto de fuga horizontal (PFH) também é 
conhecido como ponto do observador. O desenhista pode estabelecer esse ponto em qualquer lugar 
do desenho para determinar qual é a visão desejada do ambiente (direita, esquerda ou central). Traçar 
uma linha vertical paralela ao desenho da planta e identificar a medida de X entre a linha externa da 
parede e a linha interna da parede do ambiente – ponto do quadrante (PQ) e a medida de 2/3X. Duas 
linhas tracejadas para delimitar a área interna do ambiente e uma linha tracejada na horizontal na 
medida de 2/3X. Para esse desenho de perspectiva, o ponto de fuga horizontal (PFH) será centralizado 
(figura a seguir).
84
Unidade III
Figura 115 – Proporção de medidas
Terceiro passo: identificar o ponto de fuga vertical (PFV) com a medida de 0,50 m do ponto de fuga 
horizontal no mesmo eixo. O ponto de fuga vertical estabelece a linha do horizonte (LH). A medida de 
1,70 m de altura com o ponto inicial da linha do horizonte para baixo indicará a linha de base (LB) do 
desenho (figura na sequência).
Figura 116 – Composição – linha do horizonte e linha de base
85
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Quarto passo: marcar com uma linha na horizontal acima da linha de base (LB), que corresponderá 
ao pé‑direito (medida em altura entre o piso e o teto da edificação). Para esse desenho, ficou definido 
que o pé‑direito possui a medida de 2,80 altura (figura na sequência).
Pé
‑d
ire
ito
Figura 117 – Composição – linha do horizonte do pé‑direito
Quinto passo: para definir a profundidade do ambiente e ter o parâmetro tridimensional do 
desenho, fazeruma linha tracejada do canto esquerdo para a parede e uma linha ao ponto de fuga 
horizontal. Demarcar a intersecção da reta com a linha do ponto do quadrante (PQ). Essa indicação será 
a representação do limite do desenho da parede do ambiente (figura a seguir).
86
Unidade III
Figura 118 – Composição – limite da parede do ambiente, lado esquerdo
Sexto passo: fazer o mesmo processo de linha tracejada do canto direito da parede interna do 
ambiente até o ponto de fuga horizontal (PFH). Não se esquecer de demarcar na linha do ponto do 
quadrante (PQ) a intersecção da reta, indicando o limite da parede do ambiente (figura na sequência).
Figura 119 – Composição – limite da parede do ambiente, lado direito
87
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Sétimo passo: na linha do ponto do quadrante (PQ), nas extremidades, identificar os limites da 
parede interna com P1 e P2 e os limites da parede oposta com P3 e P4. Traçar linhas nas verticais 
que identifiquem os limites das paredes internas do ambiente entre a linha de base (LB) e a linha do 
pé‑direito. Identificar no desenho os pontos de extremidades que definem o limite da perspectiva com 
A1, A2, A3 e A4 (figura a seguir).
Figura 120 – Composição – limite de parede interna
Oitavo passo: os pontos A1, A2, A3 e A4 estabelecem uma forma de retângulo que simboliza a 
largura e altura do ambiente. Para definir a profundidade do ambiente, traçar linhas retas que interligam 
os pontos A1, A2, A3 e A4 ao ponto de fuga vertical (PFV) (figura na sequência).
88
Unidade III
Figura 121 – composição – profundidade do ambiente
Nono passo: para entender a composição do desenho, traçar com linhas mais fortes para visualizar 
os limites horizontais do piso e teto; fazer linhas na vertical para representar as paredes. Apagar as linhas 
tracejadas que auxiliaram no desenho. Neste momento, também pode ser desenhada a espessura do piso, 
laje e parede. Identificar os pontos de limite da altura da parede com A1, A2, A3 e A4 (figura na sequência).
Figura 122 – Composição – profundidade do ambiente
89
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Décimo passo: iniciar o traçado do objeto (mesa) que se encontra dentro do ambiente, planta, para o 
desenho em perspectiva. O processo é o mesmo da composição das paredes. Interligar as extremidades 
do objeto M1, M2, M3 e M4 com linhas tracejadas até o ponto de fuga horizontal (PFH). Demarcar a 
linha tracejada com a intersecção com a linha do ponto do quadrante (PQ), o qual definirá as medidas 
do objeto e sua volumetria (figura seguinte).
Figura 123 – Composição – objeto
Décimo primeiro passo: com a demarcação dos pontos M1, M2, M3 e M4 na linha do ponto do 
quadrante (PQ), traçar linhas verticais até atingir o piso do desenho em perspectiva (figura a seguir).
90
Unidade III
Figura 124 – Composição – objeto na perspectiva
Décimo segundo passo: para encontrar a altura da mesa, é preciso demarcar a medida de 0,75 
m na escala 1:50, conforme o desenho de planta. O início da demarcação é na linha de base (LB), no 
ponto A2, seguir para cima, no sentido de A4, e marcar a medida de 0,75 m, altura da mesa (HM) 
(figura a seguir).
Figura 125 – composição – altura do objeto
91
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Décimo terceiro passo: definida a altura da mesa em 0,75 m, traçar uma linha do ponto (HM) até o 
ponto de fuga vertical (PFV). Marcar com um ponto a intersecção entre a linha reta da vertical (M3) e a 
linha diagonal. Esse ponto define a linha posterior do objeto (figura seguinte).
Figura 126 – Composição – limite do objeto
Décimo quarto passo: desenhar uma linha na horizontal que inicie no ponto M3 e que vai até M4. 
Essa linha define a largura da mesa no seu limite posterior ao objeto (figura a seguir).
Figura 127 – Composição – limite posterior do objeto
92
Unidade III
Décimo quinto passo: desenhar uma linha horizontal paralela aos pontos M3 e M4, mas agora nas linhas 
verticais M1 e M2. Essa linha definirá a largura da mesa no seu limite frontal do objeto (figura na sequência).
Figura 128 – Composição – Limite frontal do objeto
Décimo sexto passo: interligar os pontos M1 e M4, depois os pontos M2 e M3 e terá o fechamento 
entre todos os pontos, obtendo uma forma retangular, a superfície da mesa de apoio (figura a seguir).
Figura 129 – Composição – superfície da mesa de apoio
93
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Décimo sétimo passo: traçar linhas na vertical dos pontos M1, M2, M3 e M4, que serão a base das 
pernas da mesa. Utilizar a escala 1:50 e marcar a altura de 0,75 nos pontos M1, M2, M3 e M4 no sentido 
do piso (figura a seguir).
Figura 130 – Composição – altura da mesa de apoio
Décimo oitavo passo: com linhas paralelas na vertical, desenhar a espessura das pernas da mesa 
de apoio. Com linhas paralelas na horizontal, desenhar a espessura do tampo da mesa de apoio. 
Nesse desenho foi utilizado o dimensionamento de 0,05 m para a espessura do tampo de mesa, bem 
como as pernas da mesa (figura a seguir).
94
Unidade III
Figura 131 – Composição – volumetria da mesa de apoio
Décimo nono passo: outro elemento existente no ambiente é uma janela localizada na parede 
direita. O processo será o mesmo de toda a construção da perspectiva. Identificar os pontos no objeto 
J1 e J2 e traçar linhas tracejadas até o ponto de fuga horizontal (PFH). Demarcar a linha tracejada 
com a intersecção com a linha do ponto do quadrante (PQ), que definirá as medidas da janela. Para 
encontrar a altura da janela, é preciso demarcar a medida do peitoril (medida do chão até a base da 
janela) de 1,00 m na escala de 1:50 conforme o desenho de planta. O início da demarcação é na linha 
de base (LB), no ponto A2, seguir para cima, no sentido de A4, e marcar a medida de 1,00 m a altura 
da janela (HJ) (figura a seguir).
95
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Figura 132 – composição – janela
Vigésimo passo: com a demarcação dos pontos J1, J2, na linha do ponto do quadrante (PQ), traçar 
linhas verticais até atingir o piso do desenho em perspectiva. Para encontrar a altura final da janela, é 
preciso demarcar a altura final medida (do chão até a parte superior da janela) de 2,00 m na escala 1:50 
conforme o desenho de planta. O início da demarcação é na linha de base (LB)no ponto A2, seguir para 
cima, no sentido de A4, e marcar a medida de 2,00 m, altura da janela total (HJT). Definida a altura da 
janela do peitoril até a altura da janela total, trace linhas do ponto (HJ e HJT) até o ponto de fuga vertical 
(PFV). Marque com um ponto a intersecção entre a linha reta da vertical (J1 e J2) e a linha diagonal. 
Esse ponto define os limites de largura, altura e profundidade da janela (figura a seguir).
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Unidade III
Figura 133 – Composição – limites da janela
Vigésimo primeiro passo: traçar linhas paralelas na vertical, horizontal e diagonal, as quais 
completarão os limites da janela e sua volumetria no desenho de perspectiva (figura na sequência).
Figura 134 – Composição – limites da janela
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TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
Vigésimo segundo passo: apagar as linhas auxiliares e, assim, identificará no desenho de perspectiva 
os elementos que compõem a planta. Esse processo pode ser utilizado em desenho de ambientes internos 
de uma construção que possua um número maior de elementos com porta, tapete, sofá, lustre, entre 
outros (figura na sequência).
Figura 135 – Perspectiva de ambiente interno
Para o designer é muito importante o desenho realizado à mão livre, o croqui. Esse processo 
garante os primeiros registros de uma ideia para o desenvolvimento de um projeto. São os croquis 
que possibilitam a evolução, a avaliação e mesmo a reavaliação das próprias ideias. Adquirir o 
hábito de expressar suas ideias em desenho, croqui, irá formar uma base de informações para 
propor soluções em projeto. Com o processo do croqui, o profissional faz escolhas e alterações 
até chegar a um resultado ou objetivo. Exemplo de croquis para um projeto de interiores de uma 
edificação (figura na sequência).
98
Unidade III
Figura 136 – Croquis – ambiente interno
Exercícios
1) Desenhe um paralelepípedo com dimensões 2,0 x 5,0 x 10,0 na escala 1:50 com projeção ortogonal.
2) Desenhe um paralelepípedo com dimensões 2,0 x 5,0 x 10,0 na escala 1:50 com projeção oblíqua.
99
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
3) Desenhe um paralelepípedo com dimensões 2,0 x 5,0 x 10,0 na escala 1:50 com projeção 
perspectiva.
4) Desenhe um dado com dimensões de 5,0 x 5,0 x 5,0 na escala 1:50 com projeção 
axonométrica isométrica.
5) Desenhe um dado com dimensões de 5,0 x 5,0 x 5,0 na escala 1:50 com projeção 
axonométrica dimétrica.
6) Desenhe um dado com dimensões de 5,0 x 5,0 x 5,0 na escala 1:50 com projeção 
axonométrica trimétrica.
7) Desenhe um dado com dimensões de 5,0 x 5,0 x 5,0 na escala 1:50 com projeção 
axonométrica cavaleira.
8) Desenhe uma mesa com dimensões de 1,0 x 1,0 x 0,75 na escala 1:50 com perspectiva de um 
ponto de fuga.
9) Desenhe uma mesa com dimensões de 1,0 x 1,0 x 0,75 na escala 1:50 com perspectiva de dois 
pontos de fuga.
10) Desenhe uma mesa com dimensões de 1,0 x 1,0 x 0,75 na escala 1:50 com perspectiva de três 
pontos de fuga.
11) Desenhe uma mesa com dimensões de 1,0 x 1,0 x 0,75 na escala 1:50 com perspectiva explodida.
12) Desenhe uma planta com layout de um ambiente interno da sua residência, por exemplo, seu 
dormitório. Faça a perspectiva de um ambiente interno na escala 1:50 com base na planta.
 Saiba mais
SCHAARWÄCHTER, G. Perspectiva para arquitetos. 7 ed. Barcelona: 
GG, 1985.
YEE, R. Desenho arquitetônico: um compêndio visual de tipos e métodos. 
3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
A projeção ortogonal na representação de desenho arquitetônico é o único método que gera plantas 
e elevações (múltiplas vistas), possibilitando representar todos os elementos construtivos.
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Unidade III
A perspectiva é uma representação gráfica tridimensional, e o observador possui o entendimento e 
a aceitação de um objeto ou projeto de forma imediata; por isso, o projetista deve ter a consciência de 
realizar um bom projeto antes da apresentação final em perspectiva.
 Resumo
O sistema ortogonal (ângulo reto) é um desenho bidimensional, que 
representa toda a ideia de um projetista para reproduzir um objeto ou um 
projeto. Para isso, o profissional deve conhecer as convenções usadas nas 
projeções ortográficas e os símbolos gráficos de projeto.
O plano horizontal com a interseção do plano vertical é denominado como 
linha da terra (NT) ou linha do horizonte (LH). O plano horizontal é sempre 
paralelo ao nível do solo e o plano vertical é sempre um ângulo reto (90°).
A vista ortogonal é uma transferência de uma imagem inclinada ou 
em ângulo em um plano de linhas paralelas entre si. Todo desenho técnico 
arquitetônico possui as seis vistas ortogonais, que são: vista frontal – 
fachada; vista superior – planta de cobertura; vista inferior – planta baixa; 
vista posterior – fachada posterior; vista lateral esquerda – fachada lateral 
esquerda; vista lateral direita – fachada lateral direita; e cortes na secção 
do objeto, isto é, longitudinal e transversal.
A perspectiva é um instrumento gráfico de representação tridimensional 
de tudo o que existe ou imaginamos. Para todos os lados, direita, esquerda, 
para cima e para baixo, há uma influência significativa dos elementos que 
compõem um objeto ou uma paisagem como referência e entendimento 
visual do meio em que se vive. O desenho em perspectiva é um mecanismo de 
normativa de linhas ordenadas que possibilita o arranjo da forma, da dimensão 
e da profundidade em um plano. É importante estabelecer a escolha do melhor 
método de perspectiva de acordo com as necessidades de cada projeto.
 Exercícios
Questão 1. (ENADE 2009) A combinação de duas das três cores básicas do sistema aditivo, também 
chamado de cor‑luz, resulta em:
A) amarelo.
B) cinza.
C) preto.
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TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
D) verde.
E) vermelho.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: O termo “cor” equivale sempre à expressão “cor‑luz”. A cor depende fisicamente de um 
determinado comprimento de onda, porque é essencialmente luz. O que os nossos olhos veem é a luz, 
a qual, dependendo do comprimento de onda da radiação emitida, sensibiliza os nossos olhos, gerando 
a percepção de uma determinada cor. O sistema aditivo (síntese aditiva) é baseado no funcionamento 
do nosso olho. Nele, a cor visível é gerada pela soma de radiações de comprimentos de onda diversos 
(cores vermelha, azul‑violeta e verde) e na sobreposição das três, na sua intensidade total, obtém‑se a 
cor branca. Nesse sistema temos:
• As cores simples ou primárias: vermelho, verde e azul‑violeta, as luzes primárias, que, juntas, 
recriam a luz branca.
• As cores compostas ou secundárias: amarelo, cyan e magenta, que derivam da síntese das cores 
primárias (a quadricromia utiliza essas cores).
1 2
4
5
6
7
3
1 – vermelho
2 – magenta
3 – azul‑violeta
4 – cyan
5 – verde
6 – amarelo
7 – branco
Disponível em: <http://umpoucosobrecor.files.wordpress.com/2007/08/aditiva.jpg?w=587&h=666>. 
Acesso em: 14 junho 2012.
Portanto, a justificativa para essa alternativa é que a combinação do vermelho com verde, no sistema 
aditivo, gera a cor amarela, porque quando se mistura 2 cores primárias, se obtém uma cor secundária. 
Nesse sistema os tons secundários são o magenta (vermelho + azul), ciano, ou cyan (verde + azul), e 
amarelo (verde + vermelho).
B) Alternativa incorreta.
102
Unidade III
Justificativa: o cinza não pode ser obtido através desse sistema porque ele só pode ser gerado por 
uma combinação acromática (preto + branco).
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o preto só pode ser obtido nesse sistema pela ausência de luz, portanto ele não aparece 
pela combinação de duas cores primárias.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o verde, na síntese aditiva, é uma cor primária, e não uma cor secundária.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o vermelho, na síntese aditiva, é uma cor primária, e não uma cor secundária.
Questão 2. Considerando a incidência da luz em um objeto, observe a imagem e analise as afirmações 
a seguir.
I) A trajetória da sombra de umobjeto pode ser alterada pela existência de outro objeto que se 
encontrar nessa trajetória.
II) O corpo iluminado projeta sombra apenas sobre a superfície onde está apoiado.
III) Quando iluminamos um objeto, produz‑se sombra no lado oposto ao que ele recebe a luz.
São corretas as afirmações
A) I, II e III.
B) I e II.
103
TÓPICOS DE DESIGN DE INTERIORES
C) II apenas.
D) II e III.
E) I e III.
Resolução desta questão na plataforma.

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