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Aula 2 genética

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Aula 2: Replicação do DNA
Parte 1:
O DNA é uma grande molécula, podendo chegar de 1,5 a 2m de comprimento. Então como ele consegue caber em uma célula de poucos micrômetros? Ele precisar ser compacto! E essa compactação é mediada por algumas proteínas nucleases chamadas de proteínas histonicas. Essas proteínas histonicas são chamadas de octâmeros porque elas estão aos pares e geralmente são 8. Elas dão uma volta e meia no DNA formando uma estrutura semelhante a um colar de pérolas, distribuída por todo o genoma.
Esse DNA, quando compacto, origina os cromossomos (os cromossomos nada mais são do que proteínas e DNA). Quem realiza esse processo de compactação são enzimas chamadas metilases: elas vão reconhecer várias porções do DNA, vão adicionar radical metil e realizar esse processo de compactação. 
Aplicação: Algumas doenças genéticas estão relacionadas a uma metilação anormal do DNA, podendo gerar câncer ou prejudicar outros processos. 
Os cromossomos possuem tamanhos e formas diferentes. Eles são classificados quanto a disposição do centrômero, que é a região de constrição central responsável por dividir o cromossomos quase ao meio, dando origem a braços longos e braços curtos. Por esse motivo, eles têm nomes diferentes (acrocentro, metacentro, telocentro, etc...). Isso quer dizer que o cromossomo em si, além da constrição central, ele tem braços e uma região final chamada de região telomérica. Quem sintetiza essa região telomérica é uma enzima chamada DNA telomerase (ela faz uma espécie de DNA repetitivo, só pra proteger o finalzinho, porque a cada divisão celular os nossos telômeros vão encurtando, o que nos permite saber a idade da células pelo tamanho do telômero. Obs: células somáticas não tem DNA telomerase; células germinativas tem DNA telomerase.
 Hoje muito da biotecnologia e da engenharia genética tenta achar um meio de estimular telomerases em células somáticas para impedir o envelhecimento e morte celular. Por exemplo, células cancerígenas tem a telomerase atuante. Já as nossas não, por isso nossas células vão envelhecendo e entrando em apoptose.
 Para se organizar no modelo de cromossomos, nós temos aquele DNA dupla fita, em formato de hélice e que vai se ligar a proteínas histonicas. Essas histonas vão ser aproximadamente 2 grupos de proteínas, vão se ligar dando uma volta e meia nesse DNA e formar pequenos nucleossomos. Aí ele começar a se enovelar, esses vários nucleossomos vão dar origem as cromatinas, e a união de várias cromatinas vão dar origem ao cromossomo (que e divido em duas cromátides).
 Esses cromossomos tem sua condensação máxima durante a intérfase e entrando na prófase. Então ocorre essa condensação para a célula entrar em divisão celular. Essa condensação é importantíssima para que ocorra o pareamento, o crossing over, etc... na meiose. Mas naturalmente, para o metabolismo normal da células, ela precisa ter regiões condensadas e regiões descondensadas. É justamente nas regiões descondensadas que ocorre a transcrição e formação do RNA mensageiro.
 Em suma, o DNA se organiza em cromossomos mediante proteínas histonicas. E essas proteínas só se ligam a porções do DNA que se ligam ao metil. Quem faz essa metilação é a metil transferase. Essas proteínas conseguem se ligar ao DNA porque este tem carga negativa, por conta dos grupos fosfato. Nós temos várias subunidades das histonas (H1, H2A, H2B, H3, H4). Cada nucleossomo são 8 proteínas histonas, elas pegam uma região de aproximadamente 146 pares de bases (pares de nucleotídeos), correspondente a uma volta e meia ou duas voltas no DNA. E no DNA temos proteínas não histonicas que serão importantes nos processos de replicação e transcrição (proteínas regulatórias, polimerases...). 
 A sequência do telômero humano. Geralmente o telômero humano termina em uma região de *pilimbulina, para fornecer estabilidade. Esse organizado em forma de cromossomo apresenta um bandeamento (são as regiões claras e escuras no genoma). As regiões escuras são locais onde ocorre intensa síntese de material genético (replicação ou transcrição). Há várias formas de fazer esse bandeamento. Por exemplo, cientistas pegam o sangue, linfócitos, colocam em cultura, deixam eles cresceram e quando chega um determinado momento em que eles estão entrando em divisão celular, eles colocam uma substância chamada pousticina. Essa substância para o ciclo da divisão celular, na prófase, onde a célula está começando a perder a carioteca. Tira-se um foto e um computador organiza. Esse processo de organização do cariótipo segue alguns critérios. O primeiros números são os cromossomos grandes, metacentricos e os últimos são cromossomos pequenos.
Obs: classificação dos cromossomos quanto à posição do ao centrômero 
Metacentrico: centrômero bem no meio do cromossomo.
Submetacentrico: centrômero esta tendenciado a um dos braços, formando um braço longo e outro curto.
Acrocentricos: possuem um braço bem grande e outro bem pequeno.
Telocentricos: centrômero na região telomérica; não existe na espécie humana. 
Parte 2:
Notem que esqueci de mencionar para vocês que o genoma humano é dividido em regiões codificantes e não codificantes. As codificantes que nós chamamos de exons, seriam os genes que vão dar origem a uma proteína especifica, a um trecho especifico e as regiões não codificantes que chamamos de introns, que por muitos anos foi chamado de forma errada de DNA lixo. Sabemos, hoje, que não é lixo, porque nessas regiões intronicas tem pequenas porções de regulação. Ai tu me perguntou, o escurinho e o clarinho, então o escurinho seriam regiões de exons e o clarinho seriam regiões intronicas. Mas então por que no genoma, por exemplo, de uma bactéria não tem intron e no humano tem? então por que a gente precisa desses introns na evolução? Por que a gente tem uma grande quantidade de introns em relação a exons no nosso genoma? Para evitar mutações, a chance de mutação em introns é um pouco maior, para evitar uma (hipotermia???????) de uma regulatórias???. Geralmente quando tem metilação num promotor o gene fica todo inativo que seria uma regiãozinha onde enzimas de regulação vão se ligar, a gente vai falar mais pra frente. 
“Pra que eu tenho que saber disso professora?” Se você estiver fazendo um aconselhamento genético com pessoas que possuem síndrome de down, você tem que ver o cariótipo dos pais e no cariótipo você tem que entender as noções de como ocorrem essa disposição dos cromossomos. 
De acordo com técnica de bandeamento de acordo com o tamanho dos cromossomos eles são classificados em grupos, do grupo A ao grupo G. Na nossa aula pratica de bandeamento eu mostro bem direitinha a vocês. 
Aqui está um vídeo mostrando os braços cromossômicos, a região centromerica e região telometrica. Lembrando que nós temos dois tipos de cromatina, nós temos uma eucromatina e uma heterocromatina. O que seria a eucromatina? porção dos cromossomos mais clara e permanece descondensada e geneticamente ativa, exceto durante a divisão celular. E a heterocromatina seria uma região mais escura, mais condensada. 
Essa heterocromatina é dividida em dois grupos. Nós temos a heterocromatina constitutiva e facultativa. Constitutiva quer dizer que está sempre condensada, por exemplo, o centrômero, o centrômero é uma heterocromatina constitutiva. 
Heterocromatina facultativa é o cromossomo X nas mulheres. No balanceamento genético da espécie humana, só temos 1 X que pode ser expresso: o homem tem um único X e Y portanto os dois expressos, já a mulher por ter 2 X, um terá que condensar e esse processo de condensação é normalmente mediante proteínas histonas e ocorre ao acaso. A gente não sabe se é o X da mãe ou o X do pai que vai condensar, durante o ciclo celular hora pode ser o X da mãe que condensa, hora pode ser o X do pai que condensa. Esse X que condensa se chama corpúsculo de barr.
Parte 3:
Resumindo o que ocorre no processo de condensação: temos o DNA, depois nucleossomos quando ligados a proteínas; o conjuntode nucleossomos vai dar origem a fita ou arcabouço; o conjunto delas dá origem as cromátides e o conjunto das cromátides vai dar origem ao cromossomo.
Microscopia ->(na figura do slide dá pra entender melhor essa parte)- o gancho vai prender/segurar o DNA. Porque isso acontece? A molécula do DNA possui carga negativa (por conta do grupo fosfato) e as proteínas possuem carga positiva. Já houve a divisão e vamos entrar na intérfase, processo em que há a necessidade de sintetizar RNA mensageiro. 
Como vamos soltar o DNA que tá “enroladinho”? 
- Existe uma enzima chamada acetiltransferase que vai transferir o grupo acetil, fazendo com que a garra/gancho solte e o DNA se dissocie, ou seja, fica descondensado. OBS: a metilação condensa o DNA e a acetilação descondensa.
Mostrando a microscopia eletrônica do nucleossomo... cada pontinho escuro mostrado na imagem é um núcleo de condensação ligado a uma proteína. A compactação do material genético pode chegar a níveis bem altos.
Nos procariontes, temos 2 tipos de DNA: cromossômico e extracromossômico (chamado de plasmidial); Porque as mitocôndrias eram consideradas bactérias? Motivos: possuem DNA próprio e circular, semelhante ao DNA bacteriano. Qual a função da mitocôndria pra célula? É basicamente uma usina metabólica (gera energia para o processo de respiração).
Existem vários tipos de doenças genéticas: cromossômica (é a nossa), mitocondrial e bacteriana. A bacteriana possui o DNA plasmidial, que possui uma enzima chamada de betalactamase , que é muito importante para fazer a membrana e as paredes bacterianas, além de destruir o anel betalactâmico dos antibióticos. Ex: a penicilina.
Temos bactérias na pele, chamadas de estafilococo aureus-> promovem a foliculite, que é uma infecção de um ou mais dos bulbos em que o cabelo cresce (folículos); furúnculo, tersol. Ela tem essa enzima betalactamase, ou seja, possui uma resistência natural, pois já nasce com esse gene.
Mesmo que o indivíduo não consuma muito antibiótico, ele pode ter contato com outra pessoa infectada, fazendo com que a bactéria adquira resistência no corpo do indivíduo.
O plasmidium consegue ser transportado de uma célula a outra por um processo de conjugação, por isso que o processo de troca de informações entre bactérias é muito rápido. Basta saber que o plasmidium pode ser passado facilmente.
Produção de medicamento a partir de DNA plasmidial: pegaram o DNA plasmidial da bactéria, colocaram o gene humano dentro por um processo de transformação bacteriana; depois colocaram novamente o plasmidium na célula bacteriana e ela foi crescendo normalmente, tendo várias proteínas, inclusive a insulina. No caso, a insulina é recombinante, pois recombinou o DNA humano com o DNA bacteriano.
Por isso, hoje em dia a insulina é extraída a partir de gordura. Pegamos a parte líquida, extraímos as impurezas das bactérias e fica só as proteínas.
Parte 4:
Plasmídeos não são provenientes somente de bactérias, esses também são encontrados em fungos como por exemplo na levedura Saccharomyces cerevisiae, porém como seus plasmídeos são maiores o DNA plasmidial é chamado de YAC. Essa levedura é utilizada, por exemplo para a produção de cervejas, alguns leites fermentados, vinhos, etc.
 Processos de reprodução bacteriana: 
· Assexuado Bipartição ou Cissiparidade (lembre-se que as bactérias não vão condensar seu material genético)
· Sexuado (maior variabilidade genética) Conjugação, Transformação e Transdução
1) Conjugação: O plasmídeo passa de uma célula para a outra. Pode conferir resistência.
2) Transformação: Uma célula bacteriana morre, se rompe (DNA no plasma) e mediante um poro bacteriano esse DNA pode ser incorporado por outra bactéria.
3) Transdução: Ocorre a partir de algum vírus que infecta bactérias (bacteriófagos). Durante o curso natural da infeção o vírus tem dois ciclos (lítico e lisogênico). O DNA viral se incorpora ao DNA cromossômico, a bactéria cresce, duplica o material viral, há produção do capsídeo (cápsula proteica) e o encapsulamento do DNA viral e bacteriano (Por que?) Durante o ciclo lítico o vírus libera enzimas que clivam o DNA bacteriano e esse é encapsulado (essa encapsulação ocorre ao acaso) e pode ser pego parte do DNA viral e parte do DNA bacteriano. Vale ressaltar que vários vírus podem infectar uma única célula ao mesmo tempo. 
(E se nessa troca de material genético for adicionado um gene de resistência a algum antibiótico?)
 Existem várias formas de como uma bactéria pode adquirir resistência a um antibiótico: Ela pode produzir enzimas que inativam o antibiótico (betalactamases), podem fazer com que esse antibiótico se ligue a outras proteínas no interior bacteriano fazendo com que ele fique inerte, ou podem adquirir ainda bombas de efluxo: quando o antibiótico entra, a bactéria o expele. 
Parte 5:
Já falando sobre o uso indiscriminado de antibióticos, comumente o médico tem que passar antibiograma para os pacientes antes de fazer a intervenção medicamentosa, mas sabemos que na vida real as vezes isso não é possível. Hoje para fazer um antibiograma, não é rápido, as vezes pode demorar até 5 dias para saber o resultado, pois tem que fazer isolamento bacteriano, trocar uns 2 a 3 meios (só um meio demora em torno de 18 horas), um dia para ficar isolado, outro dia para fazer o antibiograma. No antibiograma é colocado antibióticos em concentrações conhecidas e isso determina se a bactéria tem resistência ou não ao antibiótico. O ideal é esperar o resultado do antibiograma, pq isso dará segurança ao profissional para ele passar a dose certa. Só que as vezes o paciente já chega grave ao hospital, as vezes esta com sepse e se este paciente não é tratado, ele morre. Então, o médico sabe que a garganta geralmente é afetada por bactérias gram positivas, então ele já dá um ATB específico para esse tipo de bactérias e como ele não sabe a dose, ele irá receitar a dose máxima. A grande dificuldade é que as vezes o paciente vai ao médico, toma o antibiótico certo, começa o tratamento só que abandona e isso causa resistência bacteriana, pois aquelas bactérias q não morreram nesses 3 dias passam a ter mecanismo de resistência, passam a proliferar e toda vez que entrar em contato com o mesmo ATB ele não terá mais efeito.
A diferença entre eucariontes e procariontes. Como exemplo de procariontes, usamos as bactérias e de eucariontes são células humanas. As bacterianas são bem menores em relação as células humanas, o metabolismo dos procariontes pode ser aeróbico ou anaeróbico e geralmente nos eucariontes é aeróbico (existem exceções). A questão das organelas nos procariontes é pouco organizada, já nos eucariontes ocorre a divisão do núcleo e do citoplasma. O DNA está presente nos dois tipos de célula. Lembrar que a membrana bacteriana é constituída por uma invaginação chamada de mesossomo e que os eucariontes possuem a divisão celular (interfase, prófase, metáfase, anáfase, telófase e citocinese). O processo de organização, geralmente, nos procariontes são unicelulares e nos eucariontes pluricelulares.
INFORMAÇÕES QUE DEVEMOS LEMBRAR!!
- DIFERENÇA DA EUCROMATINA E DA HETEROCROMATINA 
A heterocromatina é a região mais condensada da cromatina, seus genes estão inativos. Já a eucromatina é a região menos condensada, onde encontramos os genes são transcritos. Na microscopia, a heterocromatina fica mais corada q a eucromatina. 
- CLASSIFICAÇÃO DOS CROMOSSOMOS
Os cromossomos são classificados de acordo com a posição que o centrômero ocupa ao longo deles:
a) Metacêntricos: cromossomos cujo centrômero fica no meio, separando cada cromátide em dois braços de mesmo tamanho.
 
b) Submetacêntricos: possuem o centrômero afastado do meio e, em cada cromátide, os dois braços têm tamanhos um pouco diferentes.
 
c) Acrocêntricos: cromossomos cujos centrômeros localizam-se próximos a uma das extremidades, com um braço bem menor que outro.
 
d) Telocêntrico: o centrômero localiza-se em uma das extremidades do cromossomo.
 
Além do centrômero, alguns cromossomos têm outra região de estreitamento, aconstricção secundária. A porção separada do corpo do cromossomo é a zona sat ou satélite, relacionada com a formação dos nucléolos.
A observação dos cromossomos mostra que, em um núcleo, geralmente eles ocorrem aos pares, chamados cromossomos homólogos. São iguais quanto ao tamanho, a forma e a posição do centrômero.
O número de cromossomos varia de espécie para espécie, e a contagem é feita nas células do corpo, chamadas células somáticas, nas quais existem cromossomos aos pares. Os gametas, células reprodutivas que se fundem na formação de novos indivíduos, têm a metade da quantidade de cromossomos de uma célula somática.
Consideremos uma espécie em que uma célula muscular ou qualquer outra célula somática tenha 6 cromossomos. Nos gametas dessa espécie, há 3 cromossomos.
 
- SABER A ESTRUTURA DO DNA, COMO ELE É ORGANIZADO.
Praticamente todo o DNA dos organismos multicelulares se encontra no núcleo das células (haverá aqui uma exceção que abordaremos mais tarde). Aqui, as moléculas de DNA são extremamente longas, podendo atingir tamanhos na ordem das centenas de milhões de bases azotadas ligadas umas às outras. Todo este material genético cabe dentro do pequeno núcleo das células porque se encontra extremamente compactado e organizado em cromossomas.
Cada molécula de DNA não é uma cadeia simples, mas sim uma cadeia dupla que se dispõe em forma de hélice. A estrutura em dupla hélice do DNA foi inicialmente proposta por James Watson e Francis Crick em 1953, mantendo-se ainda hoje como uma das mais importantes descobertas científicas de sempre. Para além de permitir um elevado grau de compactação da molécula, esta estrutura é muito vantajosa na altura de duplicar as moléculas.
A dupla hélice contém então duas moléculas de DNA ligadas uma à outra por pontes de hidrogénio. Cada adenina (A) de uma molécula liga-se à timina (T) de outra, e cada citosina (C) liga-se a uma guanina (G), resultando assim duas cadeias em sentidos opostos: uma em sentido direto e outra em sentido reverso. A ordem das bases em uma ou outra cadeia constitui a informação codificada que pode resultar em produtos essenciais à célula e ao organismo.
REVISÃO
A molécula de DNA é formada por nucleotídeos que é sua unidade fundamental. Os nucleotídeos são formados por um açúcar que é a desoxirribose, uma base nitrogenada que pode ser púrica ou pirimídica e um grupo fosfato. Na mesma fita os nucleotídeos são ligados pela ligação fosfodiester (sentido 3’-5’) e em fitas paralelas por ponte de hidrogênio. A molécula de DNA tem algumas características, por exemplo, ela é em dupla hélice e ela vai ter um sulco maior e um sulco menor, e estas são regiões onde as proteínas regulatórias vão se ligar. Esse DNA precisa se ligar as proteínas histonas quando está do núcleo. Como as proteínas histonas sabem onde devem se ligar? Quem sinaliza? O local de ligação dessas proteínas histonas vai ser sinalizado pela DNA metil-transferase e esse processo é chamado de metilação (são regiões ricas em citosina e adenina). Para descondensar seria a acetilmetiltransferase (??).
Parte 6:
O DNA se liga às proteínas histonas para ir para dentro do núcleo. O metil sinaliza onde deve ter essas proteínas histonas. Há regiões de metilação que geralmente são regiões ricas em citosina e guanina.
Uma vez metilada (condensada) uma região, surgirá a cromatina que, por sua vez, dará origem ao cromossomo. 
Temos dois tipos de cromatinas: eucromatina e heterocromatina. 
a) Eucromatina: região mais descondensada. Região do nucléolo da célula onde tem intensa síntese proteica.
b) Heterocromatina: mais condensada. Há dois tipos: 
- constitutiva: a fibra inteira condensada. Exemplo: centrômeros;
- facultativa: ora condensa, ora descondensa. Exemplo: cromossomo X, que quando condensado é chamado de Corpúsculo de Barr – presente em mulheres, homem não deve ter, a não ser que tenha alguma síndrome como a Síndrome de Klinefelter.
- Qual é importância da região telomérica para um cromossomo? Manter a estabilidade, portanto, o telômero é uma região repetitiva. Não dá origem a nenhuma proteína, mas tem a função de proteger o cromossomo.
- O genoma é intercalado em regiões codificantes (éxons) e não codificantes (íntrons). Isso é muito importante para evitar mutações e também para manter a estabilidade do genoma. Obs: bactérias e vírus não possuem íntrons.
Replicação
Faz parte do dogma central da Biologia Molecular ou Celular, porque a célula tem que duplicar o seu material genético de forma fiel, essa duplicação é importante para dar origem a novas células que devem ter a capacidade de produzir RNA mensageiro e proteínas. Então o dogma central da Biologia Molecular seria: replicar, fazer transcrição (formar o RNA mensageiro) e o RNA mensageiro deve ser capaz de produzir uma proteína que tenha função. Durante todo esse processo existem essas etapas de regulação da expressão gênica que pode silenciar ou ativar genes (assunto que será visto mais adiante).
E o que é expressão gênica? É fazer com que um gene que estava no DNA no núcleo dê origem a uma proteína lá no citoplasma. Um gene expresso é um gene que deu origem a uma proteína. Do gene para uma proteína existem esses processos de replicar, produzir RNA mensageiro e finalmente ser produzida a proteína.
Replicar: é o processo de autoduplicação do material genético, mantendo assim o padrão de herança ao longo das gerações. Ele foi inicialmente estudado em bactérias (procariontes), porque são organismos simples que se dividem rapidamente, de um dia para a noite duplicam o número de células. 
Características geral da replicação: (obs: decorar todas as enzimas e a função de cada uma) ela requer várias enzimas, proteínas e sequências de DNA que funcionam para produzir essa nova molécula; a replicação é semiconservativa (ou seja, há uma fita mãe ou molde que vai servir para a síntese da fita filha); a replicação começa em sequências chamadas origem – que são ricas em adenina e timina, por possuir só duas pontes de hidrogênio é mais fácil para que seja aberta a molécula); a síntese de DNA é iniciada por pequenos fragmentos de RNA que são os primers. 
Lembrando que o DNA possui fita dupla, uma 5´- 3´e outra 3´- 5´, elas são complementares. A enzima DNA-polimerase só reconhece a fita 5´- 3´ e para que a fita de baixo seja reconhecida é necessário um pequeno iniciador e, por esse motivo, existirá uma fita contínua e outra descontínua (assunto será visto mais a frente).
Parte 7:
O alongamento dos filamentos de DNA é sempre feito no sentido 5’ 3’, porque a ligação fosfodiéster é de 3’ para 5’
Por muito tempo se pensava que tinham três linhas de divisão da dupla fita:
Modelo conservativo: Dupla fita molde que a partir dela seria dada uma dupla fita filha e que seriam separadas
Modelo dispersivo: Existem duas intercaladas na mesma fita divididas em parental e filha. Esse modelo é falho porque para que ele ocorresse deveria haver um processo de fragmentação muito robusto que poderiam haver perdas de sequências de DNA importantes
*Modelo semiconservativo: As duas fitas se desenrolam sem rupturas e cada uma delas é utilizada como molde para sua complementar.
*Modelo demonstrado por Matthew Meselson e Franklin Stahl em 1958, quando eles fizeram experimentos com bactérias Escherichia coli. Nesse experimento foram cultivadas bactérias na presença dos isótopos do nitrogênio(15N) e (14N) isoladamente, para que em seguida o DNA fosse centrifugado e como resultado foi visto que as cadeias originadas tiveram respectivamente apenas 15N e 14N isoladamente. Em seguida as bactérias foram cultivadas em um meio de reprodução e como resultado houve uma dupla hélice de DNA com quantidades quase equilibradas de 15N e 14N, contemplando o modelo semiconservativo.
Parte 8:
 
· Nas bactérias somente origens metiladas iniciam o processo de replicação.
· Para replicação tem que de início encontrar a origem, quando se encontra a origem há a 
a necessidade de abrir a molécula de DNA e quem faz isso é a DNA helicase, essa enzima consegue romper as pontesde hidrogênio abrindo o DNA. Uma vez aberto é necessário uma enzima que estabilize a ligação, quem faz isso são as proteínas SSB. Caso isso não ocorrera a ligação fecha novamente. Ou seja, ela impede que o DNA se ligue novamente (reanelamento). Após isso entra em ação a DNA polimerase 2, nos livros ela tem o formato redondo, mas isso é incorreto, na verdade ela tem o formato de um oito. Ela tem, portanto, uma parte superior e inferior. Uma vai ligar na fita 5’3’ e a parte inferior na 3’5’, porém quando a parte inferior vai ligar ela não consegue encontrar, precisando da ação de uma outra enzima chamada de primase que vai sintetizar os iniciadores de RNA, quando isso acontece a DNA polimerase consegue achar a fita de baixo. A DNA polimerase tem duas funções. Ela insere nucleotídeos (função endonucleásica) e depois faz a checagem, caso houver algum nucleotídeo na posição errada ela retira o nucleotídeo errado e coloca o certo no lugar, portanto tem a capacidade de reparo. Essa retirada de nucleotídeos é chamada de função exonucleásica. Na frente da DNA polimerase fica as topoisomerases (DNA girases) que aliviam a torção da fita, pois se a tensão for muito forte o DNA pode fragmentar e essa forquilha ( separação das fitas permitindo a interação da DNA-pol com a fita simples de DNA) poderia parar. 
Parte 9:
· DNA Polimerase II não reconhece a fibra de baixo, então precisa ter mais uma, a RNA Primase. O processo de duplicação vai acontecendo, mas a DNA Girase precisa aliviar a torção da fita. 
· A fita descontínua não pode estar intercalada entre RNA e DNA. RNA tem que ser removido, pois ele é instável, fácil de degenerar, e não é interessante o DNA ser fragmentado. Os fragmentos de RNA são chamados de fragmentos de Okazaki.
· O primer vai ser removido pela enzima Polimerase I, que tem a mesma ação: exonucleásica, pois vai retirar o primer (RNA), e endonucleásica, porque vai inserir nucleotídeo.
· Vai ficar um buraco na fita, o GAP. Eles na molécula de DNA são estabelecidos ou contornados pela DNA Ligase, que vai fazer a ligação fosfodiéster.
· DNA Telomerase: dentro dela há um pequeno iniciador de RNA. Por esse motivo, ela é classificada como uma transcriptase reversa, pois a partir de um pequeno iniciador de RNA, ela vai inserir o DNA. Ela vai fazer um pequeno molde, que vai sinalizar pra DNA Polimerase I vir e terminar de preencher. Terminando de preencher, a fita vai ter com quem parear e nunca vai ser perdida. Além disso, há um excesso de região competitiva, que vai proteger o DNA de danos. 
· Helicase (desenrola o DNA), SSB (mantém a fita aberta), Polimerase II, RNA Primase (sintetiza o primer), DNA Girase, DNA Polimerase I (retira o fragmento de Okazaki), DNA Ligase (faz a ligação fosfodiéster) e DNA Telomerase. 
Vídeo explicativo: https://pt-br.facebook.com/APhysiio/videos/874643982662561/
Ou Código QR abaixo.

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