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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE GOVERNADOR VALADARES - MG Arquitetura e Urbanismo Estruturas em Aço e Madeira 2 Normas técnicas NBR 8800:2008 - Projeto de Estrutura de Aço e Estrutura Mista de Aço e Concreto de Edifícios NBR 14432:2001 (emenda incorporada em 2004) - Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações - Procedimento NBR 14323:1999 - Dimensionamento de Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio - Procedimento NBR 6355:2012 - Perfis estruturais de aço formados a frio – Padronização NBR 14762/2010 - Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas por Perfis Formados a Frio - Procedimento 3 ABCEM - Associação Brasileira da Construção Metálica ( www.abcem.org.br) Associações e Institutos IBS - Instituto Brasileiro de Siderurgia (www.ibs.org.br) CBCA – Centro Brasileiro Construção Metálica (www.cbca-ibs.org.br) Arquitetura e Aço USIMINAS CST – ARCELOR BRASIL COSIPA GERDAU-AÇOMINAS CSN 4 Publicações Promoção do uso do aço na construção 5 Publicações Promoção do uso do aço na construção 6 Publicações Promoção do uso do aço na construção 7 Publicações Promoção do uso do aço na construção 8 Principais Tipos de esforços Tração Compressão Simples Flexão Flexo-compressão Flexo-compressão oblíqua PERFIL MAIS BARATO E ESBELTO. Sistema Estrutural é um conjunto de elementos estruturais conectados entre si e dispostos de forma a garantir estabilidade global à estrutura. O que diferencia um sistema estrutural de outro é a forma como a estabilidade global é garantida. Sistemas Básicos ou Subsistemas são subconjuntos estáveis do sistema estrutural formados por um ou mais elementos. Conceito de Sistema Estrutural ligações flexíveis (estrutura estável) Sistema Triangular associação de triângulos com ligações flexíveis (estrutura estável) Princípios da Estabilidade Global ligações rígidas (estrutura estável) ligações flexíveis (estrutura instável) ligações flexíveis (estrutura estável) contraventamento Sistema em Quadro Princípios da Estabilidade Global Tirantes Escoras elementos tracionados elementos comprimidos Vigas Simples elementos fletidos Sistemas Básicos Cabos Arcos elementos tracionados, sem rigidez à compressão elementos curvos flexo-comprimidos ou flexo-tracionados Sistemas Básicos Treliças Planas associação de triângulos dispostos em um plano, constituídos de barras tracionadas e comprimidas Sistemas Básicos Treliças Espaciais associação de triângulos dispostos no espaço, formando tetraedros, constituídos de barras tracionadas e comprimidas módulo básico (2 tetraedros) vistas frontal e lateral Sistemas Básicos Treliças Espaciais associação de triângulos dispostos no espaço, formando tetraedros, constituídos de barras tracionadas e comprimidas vista frontalvista lateral Sistemas Básicos Vigas Vierendeel Vigas Armadas associação entre si de barras tracionadas, comprimidas e fletidas, rigidamente conectadas associação de barra fletida com barras comprimidas (escoras verticais) e tracionadas (cabos) Sistemas Básicos Sistemas Básicos Pilares barra ou associação entre si de barras comprimidas ou flexo-comprimidas pilar simples pilar composto Quadros ou Pórticos Planos quadro rígido (ligações rígidas) associação de barras fletidas (vigas) com barras comprimidas ou flexo- comprimidas (pilares) e barras tracionadas (tirantes ou contraventamentos) Os contraventamentos são utilizados na medida em que as ligações flexíveis comprometem a estabilidade do quadro quadro contraventado (ligações flexíveis) Sistemas Básicos Grelhas associação de barras fletidas entre si, provocando flexo-torção (não recomendável nas estruturas de aço, a menos que as barras sejam constituídas de perfis fechados – os perfis abertos têm baixas resistência e rigidez à torção) Sistemas Básicos É um sistema estrutural que absorve apenas tração simples. Não tem rigidez a nenhum outro esforço que não seja tração simples. A cada aplicação de carga ele apresenta uma forma de equilíbrio. Para estabilizar o cabo é necessário tencioná-lo bastante. Há duas alternativas: pretensão ou através de um sobrecarregamento. São utilizados principalmente nas coberturas e possibilitam vencer maiores vãos. 21 Principais Sistemas Estruturais - Características • Cabos 22 Principais Sistemas Estruturais- Características • Arcos É um sistema estrutural que predomina a compressão simples. Os arcos podem ser executados em perfis de alma cheia (em forma de I), o que pode ser pesado e de difícil execução, o que não é muito usual. Os arcos mais comuns são os treliçados, mais leves e econômicos. São utilizados em sua maioria em coberturas, podendo ser utilizados em pontes, desde que o tabuleiro distribua através de pilares ou cabos, cargas coerentes com a forma e seção do arco. 23 Principais Sistemas Estruturais • Treliças As barras das treliças estão submetidas apenas a esforços de tração e compressão. Por trabalhar com os esforços de tração e compressão é sistema mais indicado para vencer grandes vãos. As cargas devem ser aplicadas nos nós. As treliças em arcos são econômicas para vãos acima de dez metros, quando o menor consumo de material passa a compensar o maior gasto com mão de obra com execução. São comuns o uso de cantoneiras duplas e perfil U para as barras das treliças. 24 Principais Sistemas Estruturais • Viga de alma cheia É um sistema estrutural que predomina o momento fletor. É a solução que mais consome material, e portanto menos econômica sob esse aspecto. Por outro lado é a solução que apresenta menores alturas estruturais, apresenta execução mais fácil que as demais soluções. Opta-se pelas vigas de alma cheia, ao invéz das treliçadas quando se deseja um menor pé-direito estrutural ou quando a maior quantidade de material gasto na sua confecção é compensada pelo menor custo de mão de obra. As vigas de alma cheia podem ser utilizadas para vão maiores, até 25 metros. Os perfis U (pequenos vãos e carregamentos) e I (grandes vãos e carregamentos). 25 Principais Sistemas Estruturais • Viga vierendeel É um sistema estrutural que contempla todos os esforços: compressão, tração e flexão. Utilização interessante para sistemas de passarelas, apoiando simultaneamente pisos e coberturas, permitindo uma maior ventilação. Os sistemas estruturais são formados, em geral, a partir da associação de sistemas básicos ou subsistemas. a) edifícios de andares múltiplos; b) residências unifamiliares e edifícios de pequeno porte; c) Galpões; d) coberturas de grandes vãos; e) pontes, viadutos e passarelas e f) torres. Do ponto de vista da tipologia das estruturas, as construções usuais com estrutura de aço podem se agrupar em: Formação de Sistemas Estruturais Em geral, são associações de quadros (vigas associadas a pilares) com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. A estabilidade vertical é garantida por quadros estáveis, por treliças ou por elementos rígidos de concreto armado. A estabilidade horizontal é garantida, em geral, pelas lajes de concreto armado ou protendido, que funcionam como diafragmas horizontais. Centro Cultural Itaú São Paulo - SP Sistemas estruturais de Edifícios de Andares Múltiplos Sistema de Quadros Rígidos: São quadros rígidos associados entre si ou com outros elementos. Os quadros rígidos garantem a estabilidade do conjunto. A solução, porém, não é, em geral, econômica; quanto maior o número de ligações rígidas, menos econômica é a obra. Sistemas Estruturais de Edifícios de Andares Múltiplos Tipos de Sistemas de Edifícios Em geral, são associações de quadros (vigas associadas a pilares) com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistema de Quadros Contraventados: São quadros contraventados associadoscom quadros rotulados ou com outros elementos Os contraventamentos garantem a estabilidade do conjunto. A solução é mais econômica que o sistema de quadros rígidos, pois todas as ligações são flexíveis, porém os contraventamentos podem se tornar elementos limitadores. Sistemas Estruturais de Edifícios de Andares Múltiplos Tipos de Sistemas de Edifícios Em geral, são associações de quadros (vigas associadas a pilares) com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistema de Quadros Contraventados: Tipos Usuais de Contraventamentos em X em V em V invertido em K Sistemas Estruturais de Edifícios de Andares Múltiplos Tipos de Sistemas de Edifícios Em geral, são associações de quadros (vigas associadas a pilares) com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistema de Quadros Contraventados: Tipos Usuais de Contraventamentos Contraventamento em X Contraventamento em V invertido Contraventamento em K Sistemas Estruturais de Edifícios de Andares Múltiplos Tipos de Sistemas de Edifícios Em geral, são associações de quadros (vigas associadas a pilares) com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistemas Alternativos (que dispensam ou reduzem os contraventamentos): Sistemas com Núcleo Rígido ou Núcleo de Cisalhamento: São quadros rotulados, engastados em um núcleo rígido, em geral, de concreto armado, que garante a estabilidade do conjunto. O volume de concreto é construído enquanto a estrutura de aço é fabricada. Tipos de Sistemas de Edifícios Em geral, são associações de quadros (vigas associadas a pilares) com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistemas Estruturais de Edifícios de Andares Múltiplos Sistemas Alternativos (que dispensam ou reduzem os contraventamentos): Sistemas com Núcleo Rígido ou Núcleo de Cisalhamento - Exemplos Sistemas Estruturais de Edifícios de Andares Múltiplos Tipos de Sistemas de Edifícios Em geral, são associações de quadros (vigas associadas a pilares) com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistemas Estruturais de Galpões Cada galpão é um conjunto de quadros estáveis (pórticos do galpão) dispostos ao longo do seu comprimento e interligados por outros subsistemas (em geral, vigas, treliças e tirantes); a largura do quadro é denominada vão do galpão. vão São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. A estabilidade vertical ao longo do vão é garantida pelos quadros estáveis e, ao longo do comprimento por contraventamentos (tirantes) ou conexões rígidas. A ‘estabilidade horizontal’ é garantida por contraventamentos (tirantes) nos planos da cobertura. Sistemas Estruturais de Galpões São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: terça contraventamento vertical pendural viga transversal viga longitudinal contraventamento da cobertura tesoura pilar Sistemas Estruturais de Galpões São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. viga de tapamento frontal vão comprimento pilar de tapamento lateral viga de tapamento lateral Quando o galpão possui tapamento lateral e/ou frontal com telhas, outros elementos são necessários: Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: Sistemas Estruturais de Galpões São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Em resumo, a estrutura de um galpão é composta por: Terças Pendurais Vigas de Tapamento Frontal Vigas de Tapamento Lateral Tesouras Pilares Pilares de Tapamento Lateral Vigas Transversais Vigas Longitudinais Contraventamentos Além desses elementos, usa-se, nos galpões, tirantes e escoras auxiliares, denominados “agulhas”, que servem para reduzir o comprimento de flambagem de terças e vigas de tapamento frontal e lateral. Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: Sistemas Estruturais de Galpões São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: Sistemas Estruturais de Galpões São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Tesoura terça viga longitudinal Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: Sistemas Estruturais de Galpões São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Tesoura em Arco tirante pilar Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Tapamento Frontal terça viga de tapamento frontal Sistemas Estruturais de Galpões Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Tapamento Lateral viga de tapamento lateral Sistemas Estruturais de Galpões Elementos Básicos da Estrutura de um Galpão: São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Plano de Cobertura co n tr a ve n ta m en to a g u lh a s Sistemas Estruturais de Galpões Classificação quanto ao número de vãos: Pórtico Simples Pórtico Múltiplo Tipos de Galpão: São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistemas Estruturais de Galpões Duas Águas Galpões de Cobertura Plana Uma Água Tipos de Galpão: São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Classificação quanto à forma: Sistemas Estruturais de Galpões vão comprimento Galpões Tipo Shed (cobertura dentada) Tipos de Galpão: São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Classificação quanto à forma: Sistemas Estruturais de Galpões Galpões em Arco (cobertura curva) Tipos de Galpão: São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Classificação quanto à forma: Sistemas Estruturais de Galpões Exemplos São, como no caso dos edifícios de andares múltiplos, associações de quadros ou pórticos com treliças, vigas isoladas, tirantes, escoras, cabos e arcos. Sistemas Estruturais de Galpões 49 Maior resistência mecânica − Alívio das fundações − Maior espaço útil − Maiores vãos Construção industrializada − Redução do tempo de execução (prazo e investimento são importantes) − Canteiro de obras menor e mais organizado − Alinhamento perfeito (diminuição da espessura da argamassa na parede) − Perdas praticamente nulas Construção industrializada Facilidade de montagem e desmontagem Facilidade de reforço e ampliação Aproximação da teoria com a realidade Aspectos positivos 50 51 Maior custo da estrutura Proteção contra corrosão Proteção contra incêndios Falta de tradição em construções metálicas (falta de perfis metálicos) Transporte (perfis com comprimento padrão de 12 m) A falta de informaçãodos construtores sobre como construir em aço e quais as vantagens daí oriundas tem inibido a construção metálica no Brasil Limitações mesmo edifício Custo é maior do que a mesma estrutura em concreto , porém: − Espessura menor nas paredes; mais rápido, menor esforço na fundação, etc. 52 Quando construir em Aço Características x Sistema 1 – Fundações Estruturas de aço pesam de 6 a 10 vezes menos (1 estaca a menos por base) Analisar resistência do solo Custo das fundações 2 – Tempo de construção Quanto menos o tempo → melhor Redução de 40% do tempo de obra Antecipação → amortização do investimento 3 – Tipo de ocupação Conhecer a localização, arquitetura e utilização da estrutura. Facilidade de executar vãos maiores e ocupar menos espaço estrutural (universidades e prédios comerciais) 4 – Disponibilidade e custo de materiais Dificuldade de transporte Olhar disponibilidade 53 Quando construir em Aço Características x Sistema 5 – Recursos do construtor Equipamentos e outros recursos podem influenciar (como maquinário e equipamentos de montagem das estruturas) 6 – Local da obra e acessos Condições das estradas de acesso Distância a serem vencidas Condições topográficas Disponibilidade de energia 7 – Possibilidade de Adaptações de ampliações Edificações industriais Olhar se necessita de ampliações a curto ou médio prazo 8 – Compatibilidade com sistemas complementares Lajes pré-fabricadas Vedações internas e externas 54 Quando construir em Aço Características x Sistema 9 – Manutenção e reparos Fazer o monitoramento e a Manutenção preventiva e corretiva das estruturas 10 – Vãos livres e altura da edificação Se exige vãos livres e/ou grandes alturas Conduzir para sistema estrutural mais leve e resistente 11 – Proteção Se os tipos de patologias exigem altos custos de reparo 12 – Durabilidade Capacidade de manter ao longo do tempo um desempenho compatível com a utilização prevista 13 – Estética Modernidade 14 – Desperdício de materiais e mão de obra Racionalização da estrutura Emprego de materiais pré-fabricados Otimização do processo 55 Quando construir em Aço Características x Sistema 15 – Segurança do trabalhador 16 – Custos financeiros Ganhos previstos com a antecipação do cronograma de um edifício comercial Custos previstos com manutenção e reformas 17 – Adequação ambiental Baixo nível de desperdício Aço é material mais reciclado no mundo 18 – Qualidade 19 – Desempenho Aço = comportamento constante, material mais homogêneo. Possui maiores deformações e são sempre mais elásticos para responder à ações dinâmicas. Concreto = mudanças do comportamento ao longo do tempo. São mais rígidos, não respondem tão bem quando submetidos às ações dinâmicas. 20 – Incômodo para as áreas próximas Ruído, poeira, lixo, entulhos. 56 Por quê proteger o aço da ação do fogo? Para temperaturas superiores a 550 ºC o aço apresenta uma forte queda de suas propriedades mecânicas. Perde em torno de 50% da sua resistência t fogo = 1600 ºC Pressupõe-se para isso que o aço esteja imerso em um ambiente de temperatura homogênea e submetido às tensões máximas de projeto. Maior condutividade térmica e menor calor específico 57 58 Condições para desenvolvimento de um incêndio 59 Condições para desenvolvimento de um incêndio 60 Ação térmica 61 Ação térmica T em pe ra tu ra Tempo T em pe ra tu ra Tempo Ignição Crescimento Queima generalizada Decaimento/arrefecimento Flashover explosão do ambiente, no qual ele toma todo o mesmo. Desenvolvimento de incêndio em compartimento (Structural Design for Fire Safety – 2006) 62 Ação térmica FASES DO INCÊNDIO - IGNIÇÃO Produção de vapor d’água (H2O), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases. - CRESCIMENTO Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível do teto) normalmente pode exceder 700 ºC. - FLASHOVER As temperaturas em um compartimento podem chegar aos 1000ºC 63 Ação térmica QUEIMA GENERALIZADA A queima generalizada ocorre quando todo o material combustível no ambiente está envolvido no fogo. DECAIMENTO Quando o fogo consumir o combustível disponível dentro do ambiente em cerca de 70%, a temperatura dos gases decresce e então a taxa de calor gerada começará a decair (Pannoni, 2004). 64 Ação térmica 65 Ação térmica Curva de incêndio padrão • É costume, em códigos e normas internacionais, permitir-se o emprego de uma curva temperatura-tempo simplificada, denominada curva do INCÊNDIO PADRÃO. • Independe das características do compartimento, portanto não é propriamente uma curva de incêndio, mas uma simplificação. • A curva do incêndio padrão não passa por um máximo, portanto é necessário preestabelecer o valor de um tempo em que a curva de aquecimento pode ser interrompida. Esse tempo é denominado: TRRF = Tempo Requerido de Resistência ao Fogo 66 Segurança contra incêndio • Segurança absoluta impossível de ser alcançada. • Segurança Associada a um custo • Pesquisas europeias risco de morte em incêndio - 30 vezes menor do que o risco de morte no sistema de transporte, ocorrendo mortes por asfixia nos primeiros minutos do sinistro. • A máxima temperatura atuante nos elementos de aço, em incêndio, está associada ao máximo valor encontrado na curva natural do incêndio. Temperatura máxima do aço < Temperatura crítica • Proteção da vida humana: - medidas de prevenção e extinção do incêndio - prever a rápida evacuação das pessoas dos ambientes em chamas 67 Meios de combate e proteção contra incêndio • Prevenção - uso de materiais não inflamáveis - projeto adequado de instalações • Rápida extinção - rede de hidrantes - equipamentos de detecção e extinção do fogo - dispositivos de alerta e sinalização; - brigada particular contra incêndio. • Compartimentação - "barreiras" que evitem a propagação do fogo; - portas corta-fogo. • Rápida evacuação das pessoas - sistema de fácil exaustão de fumaça; - rotas de fuga; - escadas de segurança. 68 Segurança contra incêndio 69 Segurança contra incêndio 70 Valores usuais de TRRF 71 Valores usuais de TRRF 72 Valores usuais de TRRF 73 74 Meios de combate e proteção contra incêndio 75 Meios de combate e proteção contra incêndio Pilar totalmente envolvido por concreto. Pilar parcialmente envolvido por concreto. Estrutura mista – apartar resistência e proteção ao fogo Exposição do perfil de aço ao fogo > temperatura e queda da sua resistência 76 Materiais de proteção contra incêndio Argamassa Projetada São produtos com alto conteúdo de aglomerantes que, quando misturados com água, geram uma massa fluida que pode ser bombeada; São apresentados como produtos de baixa (obras internas), média (obras internas com certa resistência ao impacto e à umidade) ou alta densidade (obras externas onde o risco de impacto e a umidade são altos); Constituída basicamente de gesso (aproximadamente 80% do peso seco), cimento Portland (em materiais de média e alta densidade), resinas acrílicas e cargas inertes (poliestireno expandido, celulose). Não necessitam, para sua aplicação, da retirada da carepa de laminação e de alguma ferrugem formada. Antes da projeção, faz-se uma limpeza manual, retirando-se o material solto sobre a superfície. 77 Materiais de proteção contra incêndio Argamassa Projetada à Base de Vermiculita É produto de baixa densidade, composto basicamente de vermiculita expandida, cimento Portland e aglomerados minerais. Este material deve ser completamente isento de amianto, e, para melhorar sua aderência ao aço, costuma ser necessária a utilização de telas. 78 Materiais de proteção contra incêndio Argamassa Projetada MK6 79 Materiais de proteção contra incêndio Argamassa Projetada MK6 80 Materiais de proteção contra incêndio Argamassa Projetada São produtos com alto conteúdo de aglomerantes que, quando misturados com água, geram uma massa fluidaque pode ser bombeada; São apresentados como produtos de baixa (obras internas), média (obras internas com certa resistência ao impacto e à umidade) ou alta densidade (obras externas onde o risco de impacto e a umidade são altos); Constituída basicamente de gesso (aproximadamente 80% do peso seco), cimento Portland (em materiais de média e alta densidade), resinas acrílicas e cargas inertes (poliestireno expandido, celulose). Não necessitam, para sua aplicação, da retirada da carepa de laminação e de alguma ferrugem formada. Antes da projeção, faz-se uma limpeza manual, retirando-se o material solto sobre a superfície. 81 Materiais de proteção contra incêndio Fibra Projetada São produtos de baixa e média densidades, contendo basicamente fibras obtidas a partir de rocha basáltica (ou escória de alto-forno) como principal ingrediente. De baixa densidade (240 kg/m³) e indicadas para usos interiores e exteriores, podendo permanecer expostas ou não. Apresenta uma condutividade térmica de 0,061 W/mºC para 100ºC e calor específico de 2093 J/kgºC para 96 ºC. A proteção à base de fibras utiliza as propriedades isolantes da fibra para proteger o aço. 82 Materiais de proteção contra incêndio Argamassa Projetada Composta por fibras 83 Materiais de proteção contra incêndio Placas de Gesso Acartonado Placas de gesso contendo fibra de vidro, e, em alguns casos, vermiculita incorporada. Materiais Rígidos 84 Materiais de proteção contra incêndio Materiais Rígidos Mantas Cerâmicas Produtos formados a partir de fibras silico-aluminosas, presas à estrutura através da utilização de pinos de aço soldados na estrutura. 85 Materiais de proteção contra incêndio Materiais Rígidos Placas de Lã de Rocha São painéis de baixa densidade, rígidos ou flexíveis, feitos de materiais fibrosos, aglomerados pela adição de resinas termo-endurecíveis. 86 Materiais de proteção contra incêndio São tintas especiais que expandem a partir de 200ºC, formando uma espuma rígida que isolam eficientemente os gases quentes gerados no incêndio do aço. A superfície deverá ser preparada conforme recomendações do fabricante, e um primer compatível deverá ser aplicado. Como esta tinta não apresenta grande resistência química e física, ela deverá ser recoberta. Tintas Intumescentes Primer epoxídico, acrílico ou alquídico Tinta intumescente Tinta de acabamento acrílica ou poliuretânica 87 Materiais de proteção contra incêndio Película de tinta intumescente 88 Meios de combate e proteção contra incêndio O concreto estando junto com o aço nos elementos mistos proporciona melhor desempenho em incêndio REDUZINDO - A PASSAGEM DE CALOR PARA PARTES DOS PERFIS DE AÇO - O AQUECIMENTO DOS PERFIS DE AÇO PELO CONTATO DIRETO 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐻𝑝 𝐴 (𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜) (Á𝑟𝑒𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙) Produto Vantagens Desvantagens Argamassa Projetada • Aplicação rápida • Baixo custo • Aplicados diretamente sobre o aço • Cobertura de detalhes complexos • Permitem a aplicação externa • Aparência bruta (superfície rugosa) • Não permitem a aplicação off-site • 30 dias para secagem • Operação demorada, com muita sujeira e mão-de-obra onerosa Fibra Projetada • Menor custo • Resulta em superfície rugosa • Pouco estética Materiais Rígidos • Boa aparência e econômico para superfícies planas • Fixação a seco • Espessura garantida • Não necessita de preparo superficial • Custo pode ser elevado • Lento para fixação, espessura de 20 a 50 mm • Necessita de pinos na estrutura • Difícil fixação ao redor de detalhes complexos Mantas • Baixo custo quando comparado aos materiais rígidos • Fixação a seco • Aparência Intumescentes • Boa aparência • Cobertura de detalhes complexos • Não toma espaço ou adiciona peso • Aplicação rápida (Podem ser aplicadas off- site) • Custo pode ser elevado • Não competitiva para altos TRRF´s • Sensíveis às condições climáticas adversas89 Vantagens e desvantagens 90 Fator massividade Um mesmo perfil pode ter diferentes fatores de forma. 91 Fator massividade Um mesmo perfil pode ter diferentes fatores de forma. 92 Fator massividade Um mesmo perfil pode ter diferentes fatores de forma. 93 O fenômeno da corrosão Metais → Normalmente são encontrados em combinação com um ou mais elemento não- metálicos presentes no ambiente. Minérios → Formas oxidadas dos metais. Normalmente, quantidades significativas de energia devem ser fornecidas aos minérios para reduzi-los aos metais puros. A fundição e conformação posterior do metal envolvem processos onde mais energia é gasta. Sob o ponto de vista termodinâmico, a corrosão metálica é fruto de um decréscimo energético. 94 O fenômeno da corrosão Definições de corrosão - Tendência espontânea do metal produzido e conformado de reverter ao seu estado original, de mais baixa energia livre. - Processo expontâneo de deterioração de propriedades de um metal por reação com o ambiente. Implicações da corrosão A corrosão implica em diversos problemas para as estruturas metálica: - perda da seção transversal dos elementos estruturais; - deterioração do aspecto estético; - interrupção do funcionamento de equipamentos e da estrutura; - perda de eficiência; - etc. Corrosão → implica em aspectos econômicos → Deve ser evitada 95 O fenômeno da corrosão O mecanismo de corrosão Predominância → Corrosão em meios aquosos (90%) → Ocorre devido a um mecanismo eletroquímico. A corrosão em meios aquosos é a mais comum - a água é o principal solvente. Mecanismo de corrosão atmosférica A corrosão atmosférica é uma forma de corrosão generalizada de grande incidência, que ocorre por meio da condensação da umidade na superfície do metal. 4 Fe + 3O2 +2H2O → 2Fe2O3 . H2O = Aço + Oxigênio + Água = Ferrugem 96 Principais formas de corrosão 97 Aços patináveis De baixa liga e alta resistência mecânica resistem à corrosão atmosférica. Possuem certos elementos químicos na sua composição (ex. , o cobre). Pátina = película de óxidos aderentes e protetores, que limitam o suprimento de água, oxigênio, e estimuladores à corrosão à superfície metálica. Reduz drasticamente a velocidade com que o processo de corrosão ocorre. 98 Corrosão Galvânica Corrosão galvânica → pode ocorrer quando dois metais diferentes, em contato elétrico (ou conectados por um condutor elétrico) são expostos a uma solução condutora de eletricidade. Ataque em meio aquoso. Formação de uma pilha, promovendo um ataque localizado a um dos componentes do par. 99 Corrosão Galvânica Grau A-36 → Aço estrutural ao carbono; Grau A-572 → Aços de baixa liga e alta resistência inicial. Aço estrutural ao Nióbio, de alta resistência mecânica (40% maior que o A-36); Grau A-588, A-242 → Aço patinável. Pouco superior ao A-572 grau 50, Possui elevada resistência à corrosão atmosférica; Parafusos de aço carbono galvanizados; (ASTM A325 Tipo 3 Grau A) → Parafusos de aço patinável. Feito em aço carbono manganês micro ligado, alta resistência e resistente a corrosão; ASTM A325 Tipo 1 → Parafusos de aço liga de médio carbono; 10 0 Corrosão por frestas Regiões confinadas de pequeno volume e onde o meio apresenta estagnação, tais como os interstícios existentes entre duas chapas rebitadas ou parafusadas, regiões de juntas. 10 1 Prevenção contra corrosão • Proteção Esta proteção é feita normalmente com um tratamento superficial como a pintura ou a galvanização. A proteção usualmente utilizada nas estruturas metálicas é a pintura, devido à facilidade de aplicação e a possibilidade de manutenção. • Aços de alta resistência à corrosão Aços de baixa liga e alta resistência mecânica resistentes à corrosão atmosférica, chamados "patináveis", dispensam o tratamento superficial em atmosferas normais ou pouco poluídas. São aços que possuem certos elementos químicos em sua composição (p.ex.,o cobre), que propiciam a formação de uma película de óxidos aderentes e protetores chamados de pátina. Os aços patináveis possuem um resitência à corrosão cerca de 3 a 4 vezes a dos aços estruturais de baixo carbono. 10 2 Prevenção contra corrosão • Ensaio de risco Mede-se a perda da espessura ou massa. ASTM A 36 e um ASTM A 242 expostos por 48 meses em atmosfera industrial de Cubatão – SP. 10 3 Prevenção contra corrosão 10 4 Prevenção contra à corrosão Outras estratégias de prevenção • Detalhamento de projeto executivo; • Simplificação das formas; • Evitar a umidade superficial. 10 5 Prevenção contra à corrosão 10 6 Prevenção contra à corrosão 10 7 Prevenção contra à corrosão 10 8 Preparação de superfícies e pintura Preparação da superfície e graus de limpeza superficial: • Limpeza superficial • Ancoragem mecânica (aumentar rugosidade) Padrões de grau de corrosão A superfície com carepa de laminação ainda intacta B superfície com carepa de laminação se destacando e com presença de ferrugem C superfície com corrosão generalizada e sem carepa D superfície com corrosão generalizada e com pontos profundos de corrosão (pites) 10 9 Preparação de superfícies e pintura Padrões de graus de limpeza St 2: Limpeza manual, executada com ferramentas manuais como escovas, raspadores, lixas e palhas de aço. St 3: Limpeza mecânica executada com ferramentas mecanizadas como escovas rotativas, pneumáticas ou elétricas. Sa 1: É o jato ligeiro (brush off). A superfície resultante deverá encontrar-se inteiramente livre de óleos, graxas e materiais como carepa, tinta e ferrugem soltas. A carepa e a ferrugem remanescentes poderão permanecer, desde que firmemente aderidas. Sa 2: Chamado de jato comercial. A superfície resultante do jateamento poderá apresentar manchas e pequenos resíduos devidos à ferrugem, carepa e tinta. Pelo menos 2/3 da área deverá estar isenta de resíduos visíveis, enquanto o restante será limitado pelas manchas e resíduos. Sa 2 ½: Chamado de jato ao metal quase branco. É definida como superfície livre de óleo, graxa, carepa, ferrugem, tinta e outros materiais, podendo apresentar pequenas manchas claras devidas a resíduos de ferrugem, carepa e tinta. Pelo menos 95% da área deverá estar isenta de resíduos visíveis, sendo o restante referente aos materiais acima mencionados. Sa 3: Conhecido como jato ao metal branco. Após a limpeza, o aço deverá exibir cor metálica uniforme, branco-acinzentada, sendo removidos 100% de carepas e ferrugens. A superfície resultante estará livre de óleos, graxas, carepa, tinta, ferrugem e de qualquer outro depósito.
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