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RESUMO%20HEMATOLOGIA.

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BASES DIAGNÓSTICAS: HEMATOLOGIA
Luégida Mayara Silva e Silva
luegida_maiara@hotmail.com
Uniplan
Resumo: Este trabalho pretende abordar, resumidamente, algumas questões que fazem parte do universo da hematologia discutidos na aula 03 de Bases Diagnósticas. O sangue é o fluido que preenche os vasos sanguíneos e tem grande responsabilidade de transporte de substâncias para todo o corpo a partir do sistema circulatório ou cardiovascular. Ele é constituído por plasma e elementos figurados: Hemácias, plaquetas e leucócitos.
A hematologia laboratorial é o conjunto de rotinas analíticas voltadas à avaliação pormenorizada de todos os elementos do sangue. Como ocorre em outros exames e expedientes laboratoriais, a hematologia em questão segue uma rigorosa linha procedimental, composta por três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica.
 O hemograma completo é o exame base para uma série de diagnósticos de patologias que avalia as células sanguíneas de forma quantitativa e morfológica de um paciente dividido em eritrograma, leucograma e plaquetograma. A coleta do sangue tem como objetivos confirmar ou complementar o diagnóstico clínico, fornecer elementos para o prognóstico de algumas doenças e estabelecer critérios de normalidade. As células analisadas pelo hemograma são as três principais presentes no sangue, são elas: Hemácias: glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo organismo; Leucócitos: glóbulos brancos, responsáveis pelo sistema de defesa do organismo, auxiliam no combate a infecções; Plaquetas: fragmentos de células que são produzidos na medula óssea, responsáveis pela coagulação do sangue.
Coleta: com o paciente sentado, amarra-se um elástico (denominado garrote) em seu braço para interromper o fluxo sanguíneo. Assim, as veias ficam mais largas e aparentes. O profissional faz a assepsia (limpeza que elimina possíveis microrganismos) da área do braço a ser perfurada e insere a agulha na veia do paciente.O sangue é coletado na seringa e colocado em um tubo. Depois, o elástico é removido e uma gaze é pressionada para impedir o sangramento. Assim que a gaze for retirada, é colocado uma bandagem.
Resultado: para facilitar a compreensão do resultado do exame o laboratório sempre disponibiliza, no relatório, os valores considerados normais, para fins de comparação com o resultado do paciente. O exame é realizado em três etapas, chamadas eritrograma, leucograma e plaquetas. Tais etapas analisam as seguintes características: contagem de Leucócitos: neutrófilos, linfócitos, monócitos e basófilos; contagem de Hemácias; Hemoglobina; Hematócrito; VGM (Volume Corpuscular Médio); HGM (Hemoglobina Corpuscular Média); Concentração de CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média); RDW; Contagem de Plaquetas; MPV.
Eritograma: primeira etapa de análise do exame, nela são analisados os valores dos glóbulos vermelhos.
· Hemácias: os valores baixos dessa célula podem indicar casos de anemia normocítica, um tipo de anemia que apresenta hemácias de tamanho normal com pouca produção celular. Já valores altos são denominados eritrocitose e podem significar policitemia, o oposto da anemia. Nesse caso, a espessura do sangue pode aumentar, reduzindo a velocidade da circulação;
· Hemoglobina: é uma proteína presente nas hemácias, responsável por pigmentar o sangue e transportar o oxigênio pelo corpo. Quando seus valores estão baixos, pode causar descoloração do sangue, palidez e falta de oxigênio nos órgãos;
· Hematócrito: representa a porcentagem de sangue ocupada pelas hemácias, por exemplo, caso apareça como 40%, significa que 40% do sangue do paciente é composto de hemácias. Seus valores altos podem indicar policitemia, enquanto seus valores baixos podem indicar um caso de anemia;
· VCM: auxilia na análise do tamanho das hemácias e possibilita o diagnóstico de anemia. Caso apareçam nos resultados como microcíticas, indica hemácias muito pequenas, ou macrocíticas, indicando hemácias grandes, significa que algo está errado;
· HCM: representa o peso da hemoglobina dentro das hemácias e auxilia a diagnosticar diferentes casos de anemia;
· CHCM: representa o nível de concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. Nos resultados, pode aparecer como hipocrômica, indicando pouca hemoglobina nas hemácias, ou hipercrômica, indicando níveis de hemoglobina além do normal;
· RDW: é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando elevado pode significar problema na morfologia dessas células. Seu valor elevado pode aparecer, por exemplo, por carência de ferro, pois a falta desse elemento impede a formação da hemoglobina de forma normal, reduzindo o tamanho da hemácia.
Leucograma: A segunda etapa de análise do exame representam os valores de glóbulos brancos.
· Leucócitos: os valores altos dessa célula são denominados leucocitose e representam, geralmente, uma infecção. Níveis extremamente altos podem indicar uma leucemia e, nesses casos, os valores chegam a ultrapassar 50 mil cel/mm3. Já valores baixos, chamado de leucopenia, pode indicar depressão da medula óssea, causada por uma infecção viral ou reações tóxicas.
Divididos em cinco tipos no hemograma, os valores dos leucócitos auxiliam a compreender e diagnosticar doenças infecciosas e hematológicas. Seus tipos são:
· Basófilos: encontrado somente até 1% em pacientes considerados saudáveis, acima desse valor pode indicar processos alérgicos;
· Eosinófilos: quando seus valores estão elevados, indica casos de processos alérgicos ou parasitose;
· Neutrófilos: mais encontrada em adultos, seu valor alto pode indicar infecções bacterianas ou virais;
· Linfócitos: predominante em crianças, quando é presente, em alto nível, em adultos, pode indicar infecções virais ou, em casos mais raros, leucemia. Essa célula pode ser afetada pelo vírus HIV, por esse motivo a AIDS causa imunossupressão (enfraquecimento do sistema imunológico);
· Monócitos: seus valores altos indicam infecções virais, porém seu nível pode aumentar após quimioterapias.
Plaquetas: As plaquetas, como previamente explicado, são fragmentos de células responsáveis pela coagulação do sangue. Quando um tecido é lesado, as plaquetas são encaminhadas para o lugar da lesão, agrupando-se como uma forma de tampão, que permite que o ferimento estanque sem perder muito sangue.
Valores de plaqueta muito abaixo dos normais, denominado trombocitopenia, podem representar risco de morte, já que o paciente fica suscetível a sangramentos espontâneos. Seus valores altos são chamados de trombocitose.
Os valores considerados normais variam entre 150 a 450 mil por microlitro, porém com valores próximos a 50 mil, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
Por fim, é importante destacar que além da hematologia ser fundamental para o estudo do tecido vivo: sangue, é fundamental para combater as patologias e prevenir possíveis problemas futuro.

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