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Aula 4 - Teoria da Cor

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Prévia do material em texto

Expressão Plástica
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. José Alfonso Ballestero Alvares
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Teoria da Cor
• Introdução;
• Grupos Cromáticos;
• Classificação das Cores;
• Círculo Cromático;
• Cultura e Psicologia da Cor.
 · Caracterizar e descrever o círculo cromático identificando as cores 
primárias e as secundárias;
 · Apresentar, caracterizar e descrever cor-luz e cor-pigmento;
 · Definir, apresentar, caracterizar e descrever a monocromia, a policro-
mia e o tom sobre tom;
 · Comentar a aplicação das cores na cultura e na psicologia e sua in-
fluência no comportamento humano.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Teoria da Cor
UNIDADE Teoria da Cor
Introdução
A palavra “cor” provém do latim “color”, em espanhol é “color” também, em 
francês “couleur” e em italiano “colore” (essas palavras são semelhantes porque 
todos esses idiomas possuem a mesma raiz – o latim). Essa palavra nada mais faz 
do que expressar a sensação visual que a natureza nos oferece através dos raios de 
luz irradiados. Você pode pensar que é muito fácil e simples falar a respeito da cor. 
Mas, se partir da premissa que a cor fisicamente não existe, que ela não é palpável, 
concreta e que ela nada mais é do que “uma sensação consciente de uma pessoa, 
cuja retina se acha estimulada por energia radiante” (FARINA, PERES, BASTOS, 
2006, p. 1), verá como as coisas podem se complicar. Em outras palavras e mais 
exatamente: “cor é a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão” 
(PEDROSA, 2014, p. 20).
Daí resulta que a cor é uma onda luminosa, um raio de luz que atravessa nossos 
olhos. Mas, é também uma produção de nosso cérebro, uma sensação visual, tudo 
como se estivéssemos frente a uma sequência constante de imagens, como em um 
filme sem interrupção.
Nessa sequência constante de imagens, nossos olhos fazem o trabalho de uma 
câmera fotográfica, com a objetiva e o obturador sempre abertos captando ima-
gens que ficam gravadas em nosso “filme” cerebral.
Isso nos indica que, para existir a sensação de cor, devem estar presentes dois 
elementos importantes: a luz (objeto físico, agindo como estímulo) e o olho (apare-
lho receptor, funcionando como decifrador do fluxo luminoso, decompondo-o ou 
alterando-o através da retina).
Se você girar seu olhar ao seu redor de forma proposital e consciente, percebe-
rá que você está rodeado e mergulhado em um mundo que é cromático, há uma 
miríade de tons, cores, luzes; não conseguimos nem podemos nos separar da cor; 
esse mundo colorido e intenso nos transmite calor, alegria, satisfação, amor e... 
também cansaço, tristeza, depressão, raiva. Tudo isso pode ser transmitido apenas 
com o uso da cor.
Isso quer dizer que, com o uso adequado da cor, influenciamos as pessoas tanto 
fisiológica quanto psicologicamente; podemos promover a sensação de alegria ou 
tristeza, excitação ou depressão, calor ou frio, ordem ou desordem... Isso porque 
as cores nos produzem sensações e reflexos sensoriais importantes, porque cada 
uma delas possui uma vibração específica em nossos sentidos, podendo atuar como 
estimulante ou perturbador na emoção, na consciência, nos impulsos, nos desejos.
Você nunca se perguntou por que a toalha de muitos restaurantes é vermelha? Ou por que 
a cor das paredes de um quarto de hospital é verde clara? Ou por que uma pessoa gorda 
vestida de preto parece menos gorda?
Ex
pl
or
8
9
As cores podem assumir, em determinados contextos, sensações positivas ou 
negativas; portanto, falar da cor é muito mais complexo do que poderia parecer 
num primeiro momento. De fato, a cor está profundamente relacionada com nos-
sos sentimentos (enfoque psicológico), mas, também, sofre influência da cultura 
(enfoque social), sem contar os aspectos fisiológicos.
Diferentes culturas atribuem às cores diferentes significados. Cada religião 
tem sua própria paleta, que, muitas vezes, se integra a expressões de fé e 
de adoração. (FRASER, BANKS, 2007, p. 14)
O que se acaba notando é que as cores, percebidas por nossos olhos e processa-
das por nosso cérebro e por suas terminações nervosas, “fazem penetrar no corpo 
físico uma variedade de ondas de diferentes potências que atuam sobre os cen-
tros nervosos e suas ramificações e que modificam, não somente o curso das fun-
ções orgânicas, mas, também, nossas atividades sensoriais, emocionais e afetivas”
(FARINA, PERES, BASTOS, 2006, p. 2).
Importante!
O estudo das cores é fundamental para a Comunicação, o Design, o Marketing, a Ar-
quitetura, a Plástica, a Arte e tantas outras áreas, pois permite conhecer seu poder 
psíquico e aplicá-lo como um poderoso fator de atração, sedução, convencimento, con-
quista, empatia.
Importante!
Quando a cor é usada em qualquer apresentação – um rótulo, um logotipo, 
uma embalagem, cartazes, anúncios etc. – é uma forma de atuar sobre o sub-
consciente das pessoas – dos consumidores – e possibilita compatibilizar a men-
sagem veiculada com os objetivos estratégicos dos produtos e das empresas.
Nós, os seres humanos, vivemos eternamente com as sensações oferecidas pelo 
ambiente que nos rodeia, por nós mesmos, por nossas obras, e pelas cores que as 
impregnam. O azul do céu, o verde da vegetação, o colorido deslumbrante das flo-
res, o colorido cambiante das águas do mar, dos rios, dos lagos... tudo nos remete 
a um mundo colorido e surpreendente de tonalidades e matizes.
Grupos Cromáticos
Essa sensação da cor, referida do parágrafo anterior, está associada à per-
cepção humana, mas é diferente dela. A sensação é provocada pelo estímulo 
da luz sobre a retina; esses estímulos, por sua vez, podem ser divididos em dois 
grandes grupos:
a) Cor-luz: é assim denominada “a radiação luminosa visível que tem 
como síntese aditiva a luz branca; sua melhor expressão é a luz solar, 
por reunir de forma equilibrada todos os matizes existentes na nature-
za” (PEDROSA, 2014, p. 17);
9
UNIDADE Teoria da Cor
b) Cor-pigmento: é assim denominada “a substância material que, confor-
me sua natureza, absorve, refrata e reflete os raios luminosos compo-
nentes da luz que se difunde sobre ela; é a qualidade da luz que determi-
na sua denominação” (PEDROSA, 2014, p. 17).
No entanto, quando falamos de percepção, podemos caracterizar três aspectos 
principais que correspondem aos parâmetros básicos da cor, são eles (PEDROSA, 
2014, p. 18):
a) Matiz: que indica o comprimento da onda;
b) Valor: que indica a luminosidade ou brilho; e
c) Croma: que indica a saturação ou pureza da cor.
Classificação das Cores
A cor pode apresentar uma infinidade de variedades, geradas a partir das carac-
terísticas dos estímulos, portanto dizem mais respeito à percepção do que à sensa-
ção. Com isso, os pesquisadores e estudiosos do tema usaram dados perceptivos 
para desenvolver o que denominamos “classificação e nomenclatura das cores” 
considerando suas características e formas de manifestação.
Todos nós já ouvimos falar de “cores primárias” e “cores secundárias”, não é?
Por que chamamos as cores de “primárias” e “secundárias”?
Ex
pl
or
O motivo é muito simples: Thomas Young (1773 – 1829) elaborou a teoria 
tricromática, afirmando que o olho humano possuía fotorreceptores especializa-
dos (denominados cones e bastonetes) sensíveis a apenas um número limitado 
de cores. Posteriormente, a teoria foi aprofundada por Hermann von Helmholtz 
(1821 – 1894), pioneiro na fisiologia sensorial. Na década de 1960, os cientistas 
confirmaram esses estudos determinando que esses receptores (os cones citados 
antes) são divididos em três tipos sensíveis a comprimentos de onda específicos que 
correspondem a: vermelho (570 nanômetros); verde (535 nm); e azul (425 nm) 
(FRASER, BANKS, 2007, p. 14). Eis aqui o motivo da nomenclatura! Portanto:
Importante!
Cores primárias: vermelho, verde, azul.
Importante!
10
11
Se temos as cores primárias, é simples chegar à definição de cor “secundária”:
Importante!
Cor secundária: é a cor formada em equilíbrioóptico por duas cores primárias
(PEDROSA, 2014, p. 18).
Importante!
Então, qual seria a definição de cor “terciária”?
Importante!
Cor terciária: é a “intermediária entre uma cor secundária e qualquer das duas primárias 
que lhe dão origem” (PEDROSA, 2014, p. 18).
Importante!
Note que essa classificação oferecida até agora considera apenas o aspecto
físico do olho humano; mas podemos ter outra classificação se considerarmos a 
sensação que a cor pode transmitir quando para ela olhamos.
Com relação à sensação que a cor nos transmite, podemos classificá-las em:
a) Cores quentes: vermelho, amarelo e as demais cores em que eles pre-
dominem;
b) Cores frias: azul, verde e as demais cores em que eles predominem.
Algumas observações são necessárias para esclarecer essa classificação: o ver-
de, o violáceo, o carmim e uma infinidade de tons poderão classificar-se como 
frios ou quentes, dependendo do percentual usado de azul, vermelho e amarelo 
em sua composição; da mesma forma, uma cor tanto pode parecer fria como 
quente, dependendo de sua relação com as demais cores ao seu redor.
Muito bem! Agora já temos condições e informações suficientes para trabalhar 
todos esses conceitos juntos.
Círculo Cromático
Você já percebeu que a cor apresenta uma infinidade de variedades, Wilhelm 
Wundt (1832 – 1920), fisiologista e psicólogo, esquematizou as cores considerando 
os conceitos de primária e secundária, quente e fria; representou tudo isso em 
um círculo denominado “círculo de Wundt”; esse círculo foi ampliado para 
contemplar as cores do espectro solar obtendo-se um círculo cromático que se 
baseia na disposição ordenada de cores básicas e em seus compostos (FARINA, 
PERES, BASTOS, 2006, p. 68), veja:
11
UNIDADE Teoria da Cor
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Nesse mesmo círculo cromático podemos identificar as cores primárias: verme-
lho, verde, azul, também denominadas cor-luz.
Importante!
Cor primária é cada uma das três cores indecomponíveis que misturadas em proporções 
variáveis produzem todas as cores do espectro.
Importante!
Figura 2 – A mistura dessas três cores primárias – denominada síntese aditiva – resultará no branco
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Importante!
Síntese aditiva é a mistura das três cores primárias.
Importante!
Quando fazemos a combinação entre essas cores primárias, chegaremos às co-
res secundárias, que são: ciano, amarelo, magenta. Essas cores secundárias são 
denominadas cor-pigmento.
12
13
Importante!
Cor secundária é a formada por duas cores primárias.
Importante!
Observe novamente o círculo cromático:
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
Nele podemos observar as denominadas cores quentes: amarelo, laranja, ver-
melho (entre outras).
Figura 4
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
13
UNIDADE Teoria da Cor
E também as cores frias: verde, azul, violeta (entre outras).
Figura 5
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Naturalmente, essa característica – quente e frio – está relacionada com a natu-
reza de nossos sentidos (fogo – quente – vermelho, mar – frio – verde), conforme 
já comentamos em páginas anteriores.
Ainda, se misturarmos as cores-pigmento magenta, amarelo e ciano, produz 
o cinza-neutro por síntese subtrativa.
Figura 6
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Importante!
Quando nos referimos à síntese aditiva, falamos de cor-luz e quando nos referimos a 
síntese subtrativa, falamos de ausência de luz.
Importante!
14
15
Escalas Cromáticas
De acordo com Farina, Peres, Bastos (2006, p. 67), qualquer variação provo-
cada em uma cor, seja em seu tom, na saturação ou na luminosidade, produzirá 
uma modulação. “Se essa modulação se verifica a intervalos regulares e contínuos, 
dizemos que há uma escala”.
São denominadas de escalas cromáticas as que se referem às cores propriamente 
ditas. Assim, a escala pode ser monocroma (uma cor) ou policroma (diversas cores).
Aprender a trabalhar e a como realizar essas escalas é de suma importância para 
todos e qualquer profissional que trabalhe com a imagem (artistas, publicitários, 
arquitetos, design, para citar apenas alguns).
A seguir você encontra alguns exemplos de como trabalhar com as escalas cro-
máticas e como usá-los na prática para conseguir efeitos de comunicação, de dinâ-
mica, de calor, de frieza, de profundidade, de proximidade, de peso, de opressão e 
tantas outras sensações.
A força da cor é de uma sugestionabilidade incomparável e, portanto, um 
recurso de alto valor. (FARINA, PERES, BASTOS, 2006, p. 67)
Escalas Monocromáticas
Podemos conseguir uma escala monocromática de diversas formas. Podemos mo-
dular uma cor com a variação de luminosidade, da saturação ou do valor, Figura 7.
Uma escala monocromática pode ser conseguida, também, misturando um tom 
com outra cor.
Começando no “branco”, vamos lentamente acrescentando uma cor até chegar 
a uma determinada saturação.
Figura 7 – Escala cromática e grau de saturação
Fonte: Farina, Peres, Bastos, 2006
15
UNIDADE Teoria da Cor
Trata-se da escala de saturação ou escala do branco.
A escala de luminosidade é a que partindo de uma cor saturada vai-se acres-
centando aos poucos certa quantidade de “preto”.
Ainda, a escala que vai da cor branca à cor preta, em uma mistura crescente, é 
denominada escala de valor ou escala de cinza.
De qualquer forma, seja do mais claro até o mais escuro ou o inverso, podemos 
obter um efeito visual bastante agradável. Veja os exemplos:
Figura 8
Importante!
Monocromia é a harmonia obtida usando-se apenas uma cor variando sua saturação.
Importante!
Escalas Policromáticas
Como o próprio nome sugere, ao contrário das escalas monocromáticas, 
as escalas policromáticas são obtidas pela modulação de duas ou mais cores. 
Veja exemplo:
Figura 9
No entanto, e como não poderia deixar de ser, a natureza nos oferece o melhor 
exemplo de uma escala policromática perfeita! Onde? No espectro solar. Veja:
16
17
Figura 10
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Com essas informações já temos condições para ampliar o círculo cromático 
proposto por Wundt com as cores do espectro solar. Veja:
Figura 11
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
17
UNIDADE Teoria da Cor
Unimos os dois extremos do espectro e colocamos na intersecção o vermelho-
magenta (que é a mescla aditiva do azul-violeta e do vermelho-alaranjado), 
obtemos um círculo cromático que se baseia na disposição ordenada de cores 
básicas e seus compostos.
Revendo algumas informações antes de passarmos a outro tema: cores com-
plementares são as opostas no círculo cromático; cores análogas são as do mes-
mo grupo. Além dessas podemos ter: cores por triangulação, por retângulo, por 
quadrado e meio-complementares. Na figura ao lado você encontra os exemplos 
de todas essas combinações citadas.
Figura 12
Fonte: Wikimedia Commons
Tom Sobre Tom
O tom sobre tom também é um tipo de harmonia semelhante à monocromia, 
no entanto, no tom sobre tom usam-se diversas cores próximas, de um mesmo 
grupo, somente variando as tonalidades. Com este tipo de harmonia conferimos 
sobriedade e efeitos visuais bem agradáveis.
Figura 13
18
19
Importante!
Tom sobre tom é a harmonia obtida usando-se cores próximas variando apenas as tonalidades.
Importante!
Cultura e Psicologia da Cor
A cor é uma experiência sensorial à qual não podemos fugir. Vivemos em um 
mundo de cores, tons, nuances. Além de agir sobre nossa emotividade, as cores 
podem produzir sensação de movimento em uma dinâmica envolvente e compul-
siva. “Vemos o amarelo transbordar de seus limites espaciais com uma tal força 
expansiva que parece invadir os espaços circundantes; o vermelho embora agres-
sivo, equilibra-se sobre si mesmo; o azul cria a sensação de vazio, de distância 
de profundidade” (FARINA, PERES, BASTOS, 2006, p. 85). Só para citar um 
exemplo do que os autores nos dizem, observe como o espaço arquitetural pode 
ser modificado, tornando-se maior ou menor, mais alto ou mais baixo, mais amplo 
ou mais estreito apenas com o uso das cores.
Alémdisso, as cores estão em nosso linguajar cotidiano para expressar sen-
timentos, sensações. Quem nunca disse estar verde de fome? Roxo de raiva? 
Mundo cor-de-rosa? Situação preta? Sorriso amarelo? Vermelho de vergonha? 
Aí está! As cores identificam nossos sentimentos.
Culturalmente ocorre a mesma coisa. Azul para o menino, rosa para a menina. 
Preto para o luto. Branco para as noivas (observe que estamos falando apenas da 
cultura ocidental). Os sinais nos semáforos: vermelho – pare, perigo; amarelo – 
atenção; verde – segurança, livre (e aqui é válido para o mundo inteiro).
Mais ainda, as cores são usadas em todas as indústrias e empresas (no mundo 
inteiro) no processo de prevenção de acidentes no trabalho. A Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (ABNT) emitiu norma a respeito do uso de cores na 
segurança do trabalho por meio da publicação da norma ABNT NBR 6493, em 
30 de outubro de 1994. Essa norma indica o seguinte uso das cores no ambiente 
de trabalho, veja:
Quadro 1
Sensação visual Aplicação
Azul Controles de equipamentos elétricos.
Laranja Partes móveis e mais perigosas de máquinas e equipamentos, faces externas de polias e engrenagens.
Vermelho Equipamento de proteção contra incêndio ou de combate a incêndios.
Verde Caixa de socorros de urgência, avisos, boletins etc.
Branco Faixas indicativas de sentido e circulação.
Preto Coletores de resíduos.
Essa norma não é exclusividade brasileira, ela é válida para qualquer empresa 
no mundo inteiro.
19
UNIDADE Teoria da Cor
Mais uma chamada de atenção: e o que você me diz da coleta seletiva de lixo? 
As cores são as mesmas no mundo inteiro (elas também foram padronizadas por 
uma norma emitida pela International Organization for Standardization (ISO)).1
Caso você não conheça as cores empregadas na coleta seletiva de lixo, aqui vão 
elas para sua informação. Veja:
AZUL:
papel/papelão
VERMELHO:
plástico, isopor
AMARELO:
metal
ROXO:
Radioativos
MARROM:
Orgânicos, como restos
de alimento
VERDE:
vidro
CINZA:
Resíduo geral não
reciclável ou misturado
LARANJA:
perigosos ou
contamiados
BRANCO:
Ambulatórios ou de
serviço de saúde
PRETO:
madeira
Figura 14
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Bem, no mínimo a partir de agora você saberá onde jogar cada coisa de forma 
correta e adequada.
Além de tudo isso já comentado até agora, não podemos fugir de reconhecer 
que somos afetados em nossas reações corporais pela cor, apesar de ainda não se-
rem bem definidas cientificamente essas reações, as cores têm sido frequentemente 
usadas em todos os âmbitos (saúde, educação, terapias, tratamentos etc.).
Muito se tem estudado a respeito do efeito das cores nos seres humanos. Um 
desses estudiosos é Max Lüscher (apud FARINA, PERES, BASTOS, 2006, p. 91). 
Ele detectou que pessoas obrigadas a olhar por um determinado tempo para o 
vermelho puro apresentavam estimulação no sistema nervoso: elevação da pres-
são arterial e alteração do ritmo cardíaco. Afirma Lüscher (apud FARINA, PERES, 
BASTOS, 2006, p. 91) “o vermelho puro atua diretamente sobre o ramo simpáti-
co do sistema neurovegetativo”.
1. A ISO é “uma organização internacional criada em 1947 com sede em Genebra (Suíça), tem como objetivo principal 
promover o desenvolvimento da normalização e atividades correlacionadas no mundo inteiro; a base de seu trabalho 
é facilitar o intercâmbio internacional de bens e/ou serviços e para desenvolver a cooperação nas esferas intelectual, 
científica, tecnológica e demais atividades econômicas afins” (BALLESTERO-ALVAREZ, María Esmeralda. Gestão 
de qualidade, produção e operações. 2. ed. São Paulo: Atlas, p. 172). Ela é constituída por comitês encarregados 
de traduzir, adaptar e divulgar as normas nos diversos países associados. Um desses comitês é a ABNT que faz esse 
trabalho para o Brasil, assim quando a norma está conforme à original ela é publicada sob a sigla ABNT NBR, ou 
seja, norma brasileira.
20
21
Lüscher desenvolveu o teste dos cartões coloridos2 para identificar padrões 
comportamentais e de tendências. As cores e seus significados (tanto negativos 
quanto positivos, em sua classificação – lembre-se que as cores possuem essa 
propriedade) são:
Quadro 2
Sensação visual Signifi cados
Azul
Positivo: inteligência, comunicação, confiança, eficiência, serenidade, dever, lógica, frescor, 
reflexão, calma.
Negativo: frieza, altivez, falta de emoção, antipatia.
Verde
Positivo: harmonia, equilíbrio, frescor, amor universal, repouso, restauração, reconforto, 
consciência ambiental, equilíbrio, paz.
Negativo: tédio, estagnação, desinteresse, abatimento.
Vermelho Positivo: coragem física, força, calor, energia, sobrevivência básica, “lute ou fuja”, estimulação.Negativo: desafio, agressão, impacto visual, tensão.
Amarelo Positivo: otimismo, confiança, autoestima, extroversão, força emocional, simpatia, criatividade.Negativo: irracionalidade, medo, fragilidade emocional, depressão, ansiedade, suicídio.
Violeta Positivo: consciência espiritual, refreamento, visão, luxo, autenticidade, verdade, qualidade.Negativo: introversão, decadência, supressão, inferioridade.
Marrom Positivo: seriedade, calor, natureza, naturalidade, confiabilidade, apoio.Negativo: falta de humor, angústia, falta de sofisticação.
Cinza Positivo: neutralidade psicológica.Negativo: falta de confiança, desânimo, depressão, hibernação, falta de energia.
Preto Positivo: sofisticação, glamour, segurança, segurança emocional, eficiência, substância.Negativo: opressão, frieza, ameaça, angústia.
Fonte: FRASER, BANKS, 2007
Aqui você tem a paleta de cores proposta por Max Lüscher:
AZUL
PRETO
VERDE VERMELHO AMARELO
MARROMVIOLETA CINZA
Figura 15
Para encerrar nossa conversa a respeito de cores, todas as experiências científicas 
parecem demonstrar que as cores correspondentes a um comprimento de onda 
maior (vermelho, por exemplo) produzem reação expansiva nas pessoas. Por outro 
lado, o verde e o azul (por exemplo) que possuem comprimentos de onda mais 
curtos, tendem a produzir reações de contração.
2. O teste oficial de Lüscher está descrito e você o encontrará em: https://goo.gl/ogswDY.
21
UNIDADE Teoria da Cor
Esses achados são importantes e interessantes, pois podemos inferir que, pela 
escolha da cor, a pessoa pode estar demonstrando estar mais voltada para o mundo 
exterior ou dele se afastando, centrando sobre si mesmo todos os interesses.
Wassily Kandinsky (1866 – 1944) afirmava que “um círculo amarelo ostenta um 
movimento de expansão que o aproxima do espectador, da mesma forma que um 
círculo azul desenvolve um movimento concêntrico que o afasta do observador” 
(apud FARINA, PERES, BASTOS, 2006, p. 92).
Isso nos indica que o artista às vezes chega, pela sensibilidade, às mes-
mas conclusões que o cientista pelas experiências. (FARINA, PERES, 
BASTOS, 2006, p. 92).
22
23
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Teoria das Cores
Significado da Teoria das Cores
https://goo.gl/cLqrTu
Teoria das Cores
https://goo.gl/7HqVou
Teoria das Cores
Ensinar EVT – A Teoria da Cor
https://goo.gl/4hdBg9
 Leitura
Cores
https://goo.gl/fPnBSY
Teoria das Cores
https://goo.gl/jtNHzC
23
UNIDADE Teoria da Cor
Referências
PEDROSA, Israel. Da Cor à cor inexistente. 12.ed. Rio de Janeiro: Senac Na-
cional, 2014.
FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. Psicodinâmica das co-
res em comunicação. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
FRASER, Tom; BANKS, Adam. O Guia completo da cor. São Paulo: Senac, 2007.
24

Outros materiais