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O LÚDICO NO COTIDIANO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL_RAFAELLA

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O LÚDICO NO COTIDIANO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL
 MENDES, Rafaela de Souza Frajalo[footnoteRef:1] [1: Minicurrículos dos alunos autores e do professor/orientador: devem ser inseridos em nota de rodapé apenas da primeira página, seguindo as normas da ABNT (Fonte Arial, tamanho 10, espaçamento simples). Para inserir clique na aba do documento word referências, depois clique no ícone inserir nota de rodapé.] 
 SOBRENOME, Nome do orientador[footnoteRef:2] [2: (Fonte Arial 10, espaçamento simples).] 
Resumo
A proposta dessa monografia concentra-se no estudo da presença do lúdico no cotidiano escolar da educação infantil. O estudo de como jogos e brincadeiras se manifesta como uma estratégia presente nas ações educacionais das turmas de educação infantil. A brincadeira é uma ação intrínseca a vida infantil, por isso pode ser um instrumento eficiente para ser utilizado no processo educacional de criança.
Através de uma pesquisa alicerçada nos fundamentos de autores como Piaget, Vygotsky, Adriana Friedman e Kishimoto e seguindo a realidade escolar estudada busca-se identificar que a utilização do lúdico aliado a atividades pedagógicas pode transformar o aprender numa ação prazerosa que produz resultados positivos.
Palavras-chave: Educação infantil, Lúdico, Criança.
1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como temática a importância do ludicidade na Educação infantil. É possível dizer que o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula como técnicas lúdicas no processo de ensino e aprendizagem.
A escola é um espaço de contradições e diferença sé o espaço privilegiado de produção e socialização do saber e se encontra organizada por meio de ações educativas que visam a formação de sujeitos concretos: éticos, participativos, criativos e críticos.
A educação infantil foi considerada por muito tempo um tabu a ser trabalhado, sendo somente responsabilidade da família ou do grupo social em que vive. Mas ao passar dos anos a evolução da educação, o tema tem sido cada dia mais explorado; envolvendo ao ludicidade em torno do mundo da criança.
Posteriormente o lúdico foi trazido como um forte instrumento da educação. Frobel em sua proposta para a Educação infantil realizou estudos nos quais foi atribuída grande relevância ao brinquedo. Estudiosos como Vygotsky e Piaget fizeram análises de todo o processo do desenvolvimento infantil, mostrando a importância da presença do jogo na vida humana demonstrando que eles favorecem não apenas aprendizagem, mas também o desenvolvimento e a interação social do individuo.
A visão do lúdico como estratégia é capaz de colaborar no processo de ensino- aprendizagem da educação infantil tem sido muito discutida e trazida aos poucos para os ambientes escolares, por ser a brincadeira um dos universos das crianças.
O presente trabalho se constitui em um estudo sobre a presença do lúdico, no cotidiano escolar da educação infantil. Foram observados tanto os momentos de brincadeiras livrem como o momento de intervalo.
É possível dizer que o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula como técnicas metodológicas na aprendizagem, visto que através da ludicidade os alunos poderão aprender de forma mais prazerosa, concreta e, consequentemente, mais significativa, culminando em uma educação de qualidade. Entretanto, o problema que gerou esse estudo foi justamente a não utilização do lúdico na sala de aula, pela maioria dos professores, desenvolvendo situações e práticas pedagógicas tradicionais e sem dinamismo. Este trabalho tem como objetivo geral analisar o uso de técnicas lúdicas no processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil na prática pedagógica do professor. 
De forma mais específica espera-se verificar se os docentes utilizam técnicas lúdicas no decorrer de sua atuação; identificar as mesmas e descobrir a importância que os professores dão ao lúdico como uma ferramenta pedagógica. A escolha da temática se deu em virtude de uma experiência vivenciada no decorrer da realização do Estágio Supervisionado em Educação Infantil, onde pude constatar que o lúdico trabalhado através de jogos e brincadeiras era inserido no processo de aprendizagem de maneira insatisfatória. Por isso, estudar e investigar sobre este tema é importante para mostrar que o lúdico é um método que contribui para que a criança se desenvolva, pois, é através do brincar que a criança descobre, inventa, ensina regras, experimenta, relaxa e desenvolve habilidades. Com esta pesquisa iremos também reafirmar ao educador a respeito da importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que a criança aprende de modo mais prazeroso. 
2.O LÚDICO NO DECORRER DA HISTÓRIA
A etimologia da palavra lúdica origina-se de “ludus” que tem como significado jogo. Desta forma se torna possível crer que existe uma referência apenas ao ato de jogar, ao divertimento como o caráter “não sério”, entretanto mediante aos estudos, o lúdico deixou de possuir apenas esta conotação de algo não construtivo e passou a ser reconhecido como traço essencial do comportamento humano que traz juntamente com o seu universo, além do seu divertimento a possibilidade de aprendizagem em diversos âmbitos. 
Diversas linhas de estudo, em psicologia com Piaget e Vygotsky, em filosofia com Froebel e Dewey, trouxeram essas vertentes do brincar como algo inerente a natureza humana que também colabora para o aprendizado, de modo que a definição deixou de ser simples sinônimo de jogo. Para os autores aqui citados, a brincadeira e as suas implicações ultrapassam o universo do brincar espontâneo, possuindo também interferências nos âmbitos pedagógicos e social, além da brincadeira como ato simples de lazer. 
O lúdico esteve presente em diversos períodos históricos, desde a Grécia clássica, Roma antiga, passando pela idade média e pelo renascimento, possuindo em cada período características e interpretações distintas sobre as suas funções. É importante citar a importância do lúdico nesses períodos, entretanto a pesquisa referida terá início a partir de um recorde histórico em que o lúdico se apresenta numa perspectiva educacional.
No início do séc. XIX com o fim da revolução Francesa e o surgimento de novos olhares pedagógicos, as escolas começam a trabalhar em seu dia a dia alguns princípios práticos de Froebel e Pestalozzi. 
Entretanto, é Froebel quem inicia os estudos para a evolução da criança através do lúdico. É com ele que o jogo-compreendido como ação de brincar passa a fazer parte da educação, infantil partindo do pressuposto de que acriança ao manipular materiais como bola, cubos, brincando de montar e desmontar aprenderia as noções matemáticas como, formas, tamanhos e encaixe. Sua proposta curricular para a educação infantil apresentava grandes relevâncias para o brinquedo e para o ato de brincar.
Froebel contribui para a importância das brincadeiras livres e trouxe o jogo como partes essencial do trabalho pedagógico Segundo Kishimoto (2001, p14) “Froebel concebeu o brincar como atividade livre e espontânea, da criança e ao mesmo tempo referendou a necessidade de supervisão do professor para os jogos dirigidos apontando sempre no contexto atual”. 
Para Piaget a criança participa ativamente do seu desenvolvimento. É depois do desenvolvimento que surge a aprendizagem. Inicialmente, se faz necessário que a criança amadureça para que, posteriormente, a aprendizagem venha acontecer. A maturação surge no indivíduo para que posteriormente ele possa aprender através contato com o meio social. Como toda aprendizagem inicia-se a partir do desenvolvimento mental, Piaget criou uma classificação de acordo com a evolução das estruturas mentais humanas e de como o lúdico se manifesta em cada estágio do desenvolvimento.
Os primeiros símbolos lúdicos surgem a partir do período sensório-motor (de 0 a 1 / 2 anos), e constituem jogos simples. A partir do desenvolvimento dos níveis do pensamento verbale intuitivo (dos 2 aos 6 / 7 anos), os jogos também vão adquirindo características mais complexas. De acordo com a evolução dos estágios do desenvolvimento, apresenta as características das estruturas dos jogos infantis classificando-os em jogos de exercício, simbólico e de regra.
No período em que a criança apresenta a idade entre 0 e 2 anos (período sensório-motor) faz parte de seu contexto lúdico os jogos de exercício, que são característicos da fase pré-verbal. Tais jogos têm como objetivo o divertimento, caracteriza-se pela reprodução de movimentos realizados com o próprio corpo, baseado na formação de ações espontâneas. Este tipo de jogo não possui relevância para a aprendizagem, pois a criança ainda encontra numa fase de preparação para a eclosão cognitiva.
Após o aparecimento da linguagem a criança inicia os jogos simbólicos entre os 2 aos 6/7 anos (pré-operatório). Nesse período a criança pode atuar com jogos de imitação ou até mesmo de ficção. A partir dessa brincadeira a criança se aproxima da sua realidade e acaba por assimilar situações nela presentes como afirma Friedman (1996, p.29): “(...) No jogo simbólico a criança se interessa pelas realidades simbolizadas, e o símbolo serve somente para evocá-las. ”
O jogo simbólico é a transformação de objetos em símbolos a partir da vontade da criança. Dentre as suas funções, as que se destacam são: a realização de desejos, liquidação de conflitos e a compensação. Este tipo de jogo é a principal característica do período pré-operatório. Nesse estágio a criança utiliza a representação de um objeto através de outro. Os conteúdos deste jogo são os objetos e as situações da vida da criança e são possíveis de serem pensados graças ao símbolo. De acordo com Friedman (1996) o símbolo pode ser considerado como a representação de um objeto ausente – uma comparação entre o objeto dado e um imaginado – é uma representação do imaginário que possui uma representação real.
3.O LÚDICO E A EDUCAÇÃO INFANTIL
Pode-se afirmar que o lúdico é qualquer atividade que executamos e que pode dar prazer, que tenhamos espontaneidade em executá-la. Nesse sentido, na visão de Bertoldo (2011), quando fazemos porque queremos, pôr interesse pessoal. Isto se refere tanto à criança quanto para o adulto, é aí que começamos a perceber a possibilidade, a facilidade de se aprender, quando estamos brincando, pois na atividade lúdica, como na vida, há um grande número de fins definidos e parciais, que são importantes e sérios, porque consegui-los é necessária ao sucesso e, consequentemente, essencial à satisfação que o ser humano procura, a satisfação oculta, neste caso seria o de aprender. 
Nesse sentido, o lúdico vem ganhando atenção no meio acadêmico pela crescente quantidade de contribuições para a sua conceituação e reflexão, mas poucos têm constatado sua aplicação e sistematização enquanto ferramenta pedagógica, visto que, através das atividades lúdicas, as crianças adquirem marcos de referenciais significativos que lhes permitem conhecer a si mesmas, descobrir o mundo dos objetos e o mundo dos outros, experimentando também, situações de aventura, ação e exploração, como características impostergáveis da infância. Assim, Wayskop (1995) destaca que com o jogo, as crianças fixam convicções de justiça, solidariedade e liberdade. São resolvidas situações problemáticas, adaptando-se de forma ativa a sociedade em que vivem.
4.O LÚDICO E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
A Educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos que se dedicam à sua causa. Pensar em Educação é pensar no ser humano, em sua totalidade, em seu ambiente, nas suas preferências. A esse respeito, Friedmann (2003) expõe que no processo da Educação, o papel do educador é primordial, pois é ele quem cria espaços, oferece os materiais e participa das brincadeiras, ou seja, media a construção do conhecimento.
Desse modo, devem-se selecionar materiais adequados, o professor precisa estar atento à idade e as necessidades de seus alunos para selecionar e deixar a disposição materiais adequados. O material deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que despertam, pelo material de que são feitos. Outra função do professor é permitir a repetição de jogos. Assim, na visão de Moyles (2002) as crianças sentem grande prazer em repetir jogos que conhecem bem, sentem-se seguros quando percebem que contam cada vez mais habilidades em responder ou executar o que é esperado pelos outros. 
O educador é mediador r, possibilitando, assim, a aprendizagem de maneira criativa e social possível. Para que o ensino seja possível é necessário que o aluno e o educador estejam engajados, o educador deve ser o mediador/ facilitador do processo ensino-aprendizagem infantil. Com isso, Teixeira (1995) menciona que cabe ao educador oferecer inúmeras oportunidades para que se torne prazerosa a aprendizagem por meio dos jogos e brincadeiras. 
 4.1.APRENDER ATRAVES DO LÚDICO
Aprendizagem significativa é o processo que se da entre a composição antecipada de conteúdos estudada ou absorvida anteriormente e que influenciam na maneira de recebimento dos conteúdos novos estes, por sua vez, passam a influenciar as antigas informações, tornando a aprendizagem cognitiva, ou seja, a integração do conteúdo aprendido numa estrutura mental ordenada. Há, no processo, uma interação cujo resultado modifica tanto, como o conhecimento especifica já existente, relevante, na estrutura cognitiva di individuo sujeito da aprendizagem (Moreira, 2001)
O lúdico faz parte da atividade humana atual escolar; caracteriza-se por ser espontâneo ativo e satisfatório. O lúdico acontece a partir do brinquedo, brincadeiras e jogos, pois é o momento que a criança entra no seu mundo da imaginação brincando.
A palavra lúdica quer dizer jogo, e evoluir levando em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerado apenas o sentido de jogo. Na extensão lúdica, a aprendizagem dá-se através do exercício de jogos, brinquedo e brincadeiras tentando promover o desenvolvimento absoluto do estudante.
A atividade lúdica tem como objetivo de produzir prazer, diversão e ao mesmo tempo em que se pratica esta atividade percebe-se que ela vem acompanhada de inúmeras brincadeiras para enriquecer nossos conhecimentos de forma prazerosa na educação. Na educação infantil o lúdico propicia as crianças uma serie de desenvolvimentos favoráveis, que vai desencadeado seu aprendizado.
O lúdico colorido atrai a criança para o imaginário, no entanto cabe ao professor e aos pais proporcionar jogos e brincadeiras que despertem conhecimento. Desse modo podemos notar a importância do jogo na vida da criança, sendo o mesmo é uma atividade construída socialmente e culturalmente. É uma forma da acriança estar em contato com a cultura.
5.O LUDICO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Para que possamos entender a relação entre a infância, brincadeira é necessário resgatar o ato de brincar enquanto experiência lúdica. Como instrumento que podem ser utilizados no processo formativo de estudo, o lúdico busca o papel do brincar o acesso da cultura, a incorporação dos valores e apropriação de novos conhecimentos. No entanto compreendemos que a inserção das atividades lúdicas no desenvolvimento da criança é importante para que ela possa alcançar seus objetivos no contexto da educação infantil.
A escola e o educador juntos a fim de direcionar as atividades com as intenções de demonstrar a brincadeira de uma ideia livre e focar em um aspecto pedagógico de modo que incentive a inteiração social entre o educando e desenvolva habilidade de aspectos intelectual que respaldem o seu percurso escolar. PIAGET (1962 e 1966) ” diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais das crianças, sendo por isso, indispensável a prática educativa“. 
A traves do lúdico a criança encontra o equilíbrio entre o real imaginário. É na infância que a criança adquire o ato de brincar e buscar experiência com outras crianças. O brincar também envolve atividadesfísicas, mentais e sociais, comunicativas e emocionais para o desenvolvimento da criança. A brincadeira é um fenômeno da cultura que se configura em um conjunto de práticas.
É essencial que o jogo lúdico seja trabalhado de forma inteligente e útil, assim sendo planejadas e sistematizadas, para mediar avanços e contribuir condições para que a criança aprenda brincando tendo assim uma maior socialização.
Conhecendo e aprimorando suas diversas habilidades. Nesse sentido o educador desenvolve um papel de suma importância, o de mediador no processo de resgate, das cantigas, dos brinquedos cantados das brincadeiras e dos jogos infantis. Dessa maneira está contribuindo para uma ampliação deste universo lúdico, que integra a cultura e deve ser repassada de geração para geração. Sabemos que quando falamos de criança, o universo da fantasia não pode ser desconsiderado, mesmo e principalmente, quando a questão é conhecer e aprender.
No ato de brincar, os gestos, e objetivos valem e tem um sentido diferente daquele que demonstra ter. A brincadeira contribui com a criança para a melhoria de sua autonomia e criatividade, e favorece para a interiorização de determinados modelos de adultos presentes na sociedade.
O Professor é hoje, um desafio para os profissionais da infância, pois se sabe que o ato de educar apresenta algumas características que o define como um formador de opiniões e que acontece ao longo dos anos por meio das experiências pessoais. 
5.1.A IMPORTANCIA DO BRINCAR
Embora, atualmente a importância do brincar para o desenvolvimento infantil seja amplamente reconhecida, é comum observados, crianças por vezes muito pequenas, com uma rotina bastante atribulada, tomada por diversas atividades e compromisso. Muitas vezes fica difícil, encontrarmos alguma brecha na correria do dia a dia dessas crianças. Mas, afinal, por que o brincar é considerado algo tão importante para o desenvolvimento da criança?
Não há como negar contribuições das brincadeiras no processo de desenvolvimento da criança, sujeito inerentemente dinâmico, que necessita extravasar toda energia que Taz com sigo. Existem diversos motivos para brincar, desde o prazer que o lúdico propicia até mesmo a importância para o desenvolvimento cognitivo motor, afetivo, e social da criança. Onde a criança expressa as suas vontades e desejos.
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetivos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparenta ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhe deram origem, sabendo que estão brincando.
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que para eles são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos.
O papel que o brincar exerce na formação e no desenvolvimento das crianças é relevante, visto que grande parte das crianças, especialmente as que estão na pré-escola, vive no mundo do faz de conta, no qual a criatividade e a imaginação de situações características marcantes. A maneira com que cada criança brinca a leva a várias dimensões ao faz de conta que desperta a imaginação da criança para outros lugares, criam personagens e diálogos, imitações de acordo com as observações que elas mesmas faz no dia a dia, recriando assim o mundo a sua volta. De acordo com Froebel (1912), não existe qualquer atividade tão importante como o brinquedo e a brincadeira no desenvolvimento da criança.
A brincadeira estimula aptidões das crianças, fazendo com que elas mesmas se descubram com as novidades do mundo que a cerca. Disponibilizando oportunidades em que elas tenham um objetivo para atingir suas necessidades, e com isso adquirir também um aprendizado diferenciado, porém sempre direcionado a metas. Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brincam. Por exemplo, para assumir um determinado papel em uma brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. Seus conhecimentos porem da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de senas assistidas na televisão, no cinema ou narrada em livros.
É necessário nos atentarmos que o brincar, seja através de brincadeiras, brinquedos ou jogos propicia a construção de novos conhecimentos e o aprimoramento do que já foi aprendido. As diversas maneiras de se aprender brincando se faz com que a criança desenvolva a capacidade de organização, análise reflexão e argumentação, uma serie de atitudes como aprender a ganhar e o lidar com o perder a trabalhar em grupo, regras entre outras.
A competição este presente no jogo na forma de desafio, levando a criança a tentar superar suas próprias dificuldades e servindo também como uma motivação para um bom aprendizado. A vitória é um dos objetivos, porém não é o único, sendo que as regras são construídas com as possibilidades de ser modificadas por aqueles participam do jogo, respeitá-las é necessário para que o jogo não perca o encanto, e o adversário é visto como um companheiro, pois sem ele não haveria o prazer de jogar, desafiar. O lúdico é uma estratégia criada para possibilitar esse sucesso, como afirma Kishimoto 2008.
Utilizar o jogo na educação infantil significa transportar para o campo de ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora (KISHIMOTO2008).
As atividades lúdicas devem estar presentes no cotidiano da educação infantil, quando esta é utilizada como uma estratégia para apresentar um novo mundo, as crianças, os jogos e as brincadeiras, os jogos e brincadeiras podem ser um auxílio de eficiência relevante para se alcançar resultados dentro das ações que foram traçadas pelo educador.
5.2.AS TÉCNICAS LÚDICAS UTILIZADAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Apesar do jogo ser uma atividade espontânea nas crianças, isso não significa que o professor não necessite ter uma atitude ativa sobre ela. Para isso, é preciso sintetizar algumas funções do educador frente ao lúdico. Providenciando um ambiente adequado para o jogo infantil, a criação de espaços e tempo para os jogos é uma das tarefas mais importantes para o professor. Cabe-lhe organizar espaços de modo a permitir as diferentes formas de jogo, por exemplo, as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aqueles que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos.
Nesse sentido, Santos (2008) destaca que enriquecer e valorizar os jogos realizados pelas crianças é outra função do educador, uma observação atenta pode indicar os professores que sua participação seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida introduzindo novos personagens ou novas situações que torne o jogo mais rico e interessante para as crianças, interessando-se por elas, animando-as pelo esforço. Nesse sentido, a Revista Nova Escola (2011) apresenta algumas brincadeiras que podem ser utilizadas em turmas de Educação Infantil, entre elas: a toca do coelho; de onde vêm o cheiro?; entro e fora; arremesso; Pneus, entre outras. Negrini, (1994), ao se referir a jogos, acrescenta: o jogo se apresenta para a criança como uma atividade dinâmica, no sentido de satisfazer uma necessidade. Assim, ao se observar o comportamento de uma criança jogando/brincando, pode-se perceber o quanto ela desenvolve sua capacidade de resolver os mais variados problemas, sem tirar o seu sentido lúdico. É importante mencionar também que o brinquedo, enquanto uma técnica lúdica a ser utilizada na prática pedagógica da Educação Infantil, supõe uma relação íntima com a criança e a indeterminação de regras para sua utilização. A esse respeito,Vygotski, (1998, p. 38) “o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade”.
Por meio dos brinquedos, as crianças vivenciam determinadas situações do cotidiano, construindo um conhecimento embasado em certas habilidades definidas pela estrutura preexistente no próprio objeto e suas regras. Alguns exemplos de brinquedos mais utilizados são: a boneca, monta-monta, quebra-cabeça, entre outros. Portanto, em geral, o elemento que separa um jogo pedagógico de um outro de caráter apenas lúdico é este: desenvolve-se o jogo pedagógico com a intenção de provocar aprendizagem significativa, estimular a construção de novo conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória. 
Assim, Nunes (2011) expõe que visa o desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões. Segundo Antunes (2005, p. 11) “A palavra jogo provém de jocu, substantivo masculino de origem latina que significa gracejo. Em seu sentido etimológico, portanto, expressa um divertimento, uma brincadeira, um passatempo, sujeito a regras que devem ser observadas quando se joga. Significa também balanço, oscilação, astúcia, ardil, manobra. Não parece ser difícil concluir que todo jogo verdadeiro é uma metáfora da vida“
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho, percebeu se que as brincadeiras são muito importantes para o desenvolvimento das crianças tanto na educação infantil quanto nas series iniciais. A criança que brinca é mais feliz e tem possibilidades de lidar cm seus medos, conflitos e angustias, e todo seu comportamento pessoal, adquirido assim conhecimentos sobre a realidade.
O trabalho com a educação infantil é um assunto delicado por se tratar do início da vida escolar e consequentemente o início da formação da criança, nesta etapa se busca muito, mas das apenas aplicações apenas do conteúdo, já que as crianças precisam se preocupar com inúmeras situações da vida e a escola é um dos ambientes que deve proporcionar a entrada destes pequenos seres na jornada da vida.
Embora seja recente a valorização dos jogos no contexto educacional, surgem diversas investigações quanto aos seus significados durante o transcorrer da infância. A brincadeira é uma aça natural da vida infantil, no momento em que brinca, a criança trabalha com diversos aspectos com físico, motor, educacional, social e cognitivo, se construindo um importante elemento no processo de desenvolvimento e aprendizagem.
Portanto podemos ressaltar que o lúdico como uma dimensão significativa a ser explorada pelos grandes profissionais que atuam na Educação Infantil. É importante destacar que a aprendizagem proporcionada pelo lúdico não acontece somente nos momentos em que este está aliado a atividades educacionais, no momento em que as crianças brincam de forma livre e natural, sem a influência ou direcionamento do profissional da educação ou de um adulto.
Em todos os contextos, o lúdico está presente o tempo todo. Seja para fazer a higiene da criança ou atividades de sala de aula e até mesmo no nosso espaço foi todo elaborado para promover desde a autonomia até a movimentação, o mexer, o tocar, fazendo com que a criança tenha acesso a diferentes objetos, mas com certo limite, pensando na segurança da criança em primeiro lugar.
O jogo é reconhecido como um meio de fornecer a criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades, determinadas aptidões estão muitas das vezes escondidas e devem ser aprimoradas.
O intuito deste trabalho e mostrar um universo onde o lúdico se faz presente nas ações dos educadores e educando. A intenção é apontar a ludicidade como uma alternativa par a metodologia utilizada na Educação Infantil, não como um recurso único, mas como uma estratégia que não possibilita utilização simultânea de outros recursos e estratégias metodológicas.
O lúdico não é a única alternativa para a melhoria no intercambio ensino aprendizagem, mas é uma ponte que auxilia na melhoria dos resultados por parte dos educadores interessados em promover mudanças. Sendo assim a escola principalmente a Educação Infantil deveria considerar o lúdico como parceiro e utiliza-lo amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças.
REFERÊNCIAS
ABRAMOWICZ, A.; WAJSKOP, G. Educação Infantil: creches: atividades para crianças de 0 a 6 anos. 2.ed. São Paulo: Moderna, 1999. 
ALMEIDA, A. Ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em: http://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso no dia 09 de setembro de 2011. 
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências: os jogos e os parâmetros curriculares nacionais. Campinas: Papirus, 2005. 
BERTOLDO, J. V.; RUSCHEL, M. A. de M. Jogo, brinquedo e brincadeira: uma Revisão Conceitual. Disponível em: <www.ufsm.br/gepeis/jogo.htm> Acesso no dia 21 de Setembro de 2011. 
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: 1997. 
_______. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996. 
CAMPOS, M. C. R. M. A importância do jogo no processo de aprendizagem. Disponível em: <http://www.psicopedagogia.com.br/entrevistas/entrevista.asp?entrID Acesso no dia 20 de Setembro de 2011. 
CHATEAU, J. O jogo e a criança. 2. ed. São Paulo: Summus, 1997. 
MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
CARNEIRO, M. A. B. Aprendendo através da brincadeira. Ande, Revista da Associação Nacional de Educação, ao 13, nº 21, Cortez Editores, 1995.

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