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Análise Funcional do Comportamento - AFC - MBTC

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERAPIA COGNITIVA BASEADA EM MINDFULNESS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERAPIA COGNITIVA BASEADA EM MINDFULNESS 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Análise Funcional do Comportamento 
do curso de Psicologia da Universidade 
Paulista – UNIP, campus Tatuapé. 
Orientação: Profª Mariana Silva 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................................4 
2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................5 
 2.1 O que é Mindfulness...........................................................................................5 
 2.2 MBCT e Mecanismos de Atuação ....................................................................5 
 2.3 Mindfulness na prevenção de recaída da depressão ...................................5 
 2.4 O programa MBCT..............................................................................................5 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................7 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 A Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT – Mindfulness Based 
Cognitive Therapy) é uma psicoterapia que segue o procedimento clínico baseado 
em evidências para ser trabalhado com pacientes com depressão maior, visando 
prevenir recaídas. Ela tem como base a inclusão progressiva das técnicas de 
mindfulness, que aplica a atenção plena. (Santos, Gouveia & Oliveira, 2015, p. 
127–128) 
 O presente trabalho tem o objetivo de apresentar a forma que a MBCT é 
aplicada, trazendo a premissa de concentrar-se no momento atual, ficando em 
contato com o presente, saindo do “piloto automático”, que não permite que as 
pessoas possam lidar de uma maneira flexível com as situações do agora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 O que é Mindfulness? 
 A palavra mindfulness é traduzida como “a qualidade ou o estado de estar 
atento a alguma coisa”, e trata-se de um termo que é originalmente utilizado na 
língua inglesa desde o século XIV, sem nenhuma conotação religiosa ou espiritual 
ligada ao budismo ocidental, como muitos acreditam, já que esse termo passou a 
ser utilizado nesta religião, indicando uma forma de meditação, no final do sécu lo 
XIX, segundo Santos, Gouveia & Oliveira (2015). 
 Uma famosa pesquisadora sobre mindfulness, Ellen Langer, promoveu, em 
2014, diversos estudos em cognição social, abordando como os estados de 
mindfulness (atenção plena) e de mindlessness (desatenção), influenciam nos 
processos de tomada de decisão, afetando os comportamentos e pensamentos 
de todo ser humano. 
 A mindlessness está presente nas atitudes automatizadas, na dificuldade 
de integrar novas informações, resultando em uma pobreza na tomada de 
decisões, pensamentos preconceituosos, injustiças e aplicação de estereótipos. 
Já a mindfulness é o mecanismo psicológico diretamente associado ao processo 
cognitivo e à adaptação do organismo em diversos contextos. (Santos, Gouveia & 
Oliveira, 2015, p. 62–64) 
Assim, mindfulness permitiria ao indivíduo avançar para além das 
limitações impostas pelo universo verbal e social que o cerca, auxil iando 
na criação de novos contextos capazes de facilitar a apreensão de 
comportamentos mais adaptativos. (Santos, Gouveia & Oliveira, 2015, p . 
64). 
 
 
A mindfulness, sendo uma condição psicológica flexível, pode ser treinada 
através de exercícios utilizados em diversas abordagens de terapia para que haja 
aumento em seus níveis. Veremos adiante como ocorrem esses mecanismos na 
Terapia Cognitiva baseada em Mindfulness. 
 
2.2 MBCT e mecanismos de atuação 
 
 
 
 
 
 A Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness tem como principal objetivo 
habilitar os pacientes para que se tornem mais conscientes dos seus padrões 
automáticos de pensamentos, sentimentos e sensações corporais, promovendo a 
aprendizagem de habilidades, baseadas no estado psicológico de mindfulness, 
possibilitando aos pacientes o reconhecimento e a autorregulação de padrões 
cognitivos e comportamentais disfuncionais, especialmente os pensamentos 
intrusivos. (Santos, Gouveia & Oliveira, 2015, p.128, 129) 
Utilizando as práticas de mindfulness, o programa MBCT baseia-se em 
alguns exercícios da terapia cognitiva, especialmente aqueles que fazem inter-
relação entre pensamentos, emoções e sensações corporais. No entanto os 
mecanismos relacionados às práticas de mindfulness, não tentam mudar ou 
reestruturar os pensamentos negativos. Ao contrário, encoraja-se o paciente a ter 
uma relação diferente com seus pensamentos, sentimentos e sensações 
corporais, levando-o a enxergá-los apenas como eventos mentais transitórios, 
fazendo com que ele possa escolher conscientemente como lidar com aqueles 
eventos mentais de maneira mais funcional, ao invés de reagir com padrões 
automáticos de resposta, geralmente disfuncionais. (Santos, Gouveia & Oliveira, 
2015, p.129) 
O “perceber”, o “observar com curiosidade” e a “autocompaixão” 
desenvolvidos pelas técnicas de mindfulness levam a uma mudança de 
perspectiva em relação aos eventos mentais, o que permite aos 
participantes do programa perceber o caráter transitório desses eventos, 
bem como as emoções e reações corporais provocadas, aprendendo a 
reconhecer de maneira mais ef icaz o funcionamento da mente e a notar 
quando o humor está se alterando de maneira disfuncional. (Santos, 
Gouveia & Oliveira, 2015, p.129) 
Dessa forma, aprende-se a permitir que emoções e pensamentos 
potencialmente depressivos do humor possam aparecer sem que haja a 
necessidade de “brigar” com eles, “suprimi-los” ou “fugir”, desenvolvendo a 
habilidade de estar no presente momento sem ser “capturado” por pensamentos 
negativos sobre passado ou futuro. (Santos, Gouveia & Oliveira, 2015, p.130) 
2.3 Mindfulness na prevenção de recaída da depressão 
O artigo escrito por Vandenbergue e Sousa (2006), afirma que Teasdale 
propõe um modelo de subsistemas cognitivos interativos para utilizar como base o 
 
 
 
 
 
treino de mindfulness na prevenção de recaída da depressão em pessoas já 
tratadas anteriormente com a terapia cognitiva e que tiveram êxito. O objetivo do 
treino é que o individuo aprenda a identificar, reconhecer amigavelmente, e logo 
permitir que esses pensamentos ou sentimentos depressogênicos possam ir 
embora, a fim de evitar um retorno à depressão. O programa foi proposto por 
Segal, Williams e Teasdale (2002), onde o indivíduo participa de 8 sessões com 
intervalos semanais, sendo grupos com em média de 12 pessoas, sendo o foco 
no primeiro momento esclarecer sobre piloto automático, após treinar as 
habilidades de mindfulness e ensinar o individuo a lidar com pensamentos 
automáticos e como cortar no início aquele espiral depressivo. 
Segundo Vandenbergue e Sousa (2006), para Teasdale, Segal e Williaws 
(1995), os pensamentos disfuncionais não podem causar a recaída à depressão, 
mas a forma como a pessoa processa. 
Do mesmo modo podemos ver o trecho a seguir: 
Teasdale et al. (2000) e Ma e Teasdale (2002) mostraram que as 
pessoas que têm mais ganho com este treino de mindfulness são 
aquelas com episódios depressivos recorrentes. Isto pode ser 
compreendido, já que se ensina aos participantes que o círculo vicioso 
depressivo é iniciado não pelo sentimento ou pensamento negativo, mas 
pelas tentativas emocionais ou racionais de esquiva que levam a um 
aumento dos conteúdos que elestentam suprimir. (Vandenbergue & 
Sousa, 2006, p.4) 
 
 A terapia cognitiva baseada em mindfulness promove a recuperação de um 
maior leque de modos de reagir, como alternativa à ruminação depressiva. A 
aceitação de variações de humor e, especialmente, de sentimentos e sensações 
negativas, é fundamental neste processo. Com as técnicas de mindfulness, o 
cliente aprende a detectar o momento em que o humor está abaixando e a 
impedir a passagem que o piloto automático faz do humor negativo para o pensar 
negativo. Ele desenvolve a capacidade de aceitar o humor triste como parte do 
cenário e não como o aspecto central de sua existência. (Vandenbergue & Sousa, 
2006, p.4) 
Dessa forma, a pessoa aprende por meio dos exercícios de mindfulness a, 
de fato, estar no momento presente e não no pensamento do piloto automático, 
ou com ideias sobre situações ou sentimentos do passado ou do futuro, que se 
enquadrem em esquemas depressogênicos. 
 
 
 
 
 
2.4 O programa MBCT 
 Antes de iniciar o programa MBCT, cada cliente passa por uma triagem, 
em que será analisado seu caso e se a melhor indicação é, realmente, a 
mindfulness. Caso aprovado, ele inicia o programa, que é estruturado de forma a 
ensiná-lo a ser completamente autônomo no processo de autoconhecimento e 
autocontrole e assim, já tomar uma atitude ao perceber sua mudança de humor, 
antes que essa mudança tome proporções maiores do que ele possa suportar e 
que gere uma recaída. O programa é formado por 8 sessões com intervalos 
semanais, com duração de duas horas cada uma, em que será trabalhado um 
tema por vez e o paciente aprenderá as técnicas de mindfulness, tanto praticando 
na consulta, quanto levando exercícios, de aproximadamente 45 minutos, para a 
prática em casa, sendo devidamente registrados e trazidos na próxima sessão 
para discussão. 
 As sessões, geralmente, começam com a prática de uma técnica, seguida 
de uma conversa sobre as sensações que aquela técnica lhe trouxe e os 
ensinamentos sobre ela, em seguida faz-se com uma outra prática de 
mindfulness. Geralmente as primeiras quatro sessões são voltadas para a 
aprendizagem da atenção, em entender como a mente se distrai e buscar evitar 
que isso aconteça, as quatro últimas sessões focam no como controlar e 
manipular os pensamentos e emoções. 
O programa MBCT – 8 semanas: 
1ª semana – Piloto automático 
 Fazer com que o paciente consiga identificar o piloto automático e mostrar 
os benefícios do mindfulness; explicar todo o programa para que não haja dúvidas 
e nem gere expectativas frustradas; 
2ª semana – Lidando com barreiras 
 Primeiras experiências com meditação e perspectiva metacognitiva, ou 
seja, trabalhar a habilidade do paciente de controlar seus processos cogn itivos; 
3ª semana – Mindfulness da respiração e da movimentação do corpo 
 
 
 
 
 
 Trabalhar a respiração e a volta/atenção ao momento presente, além de 
começar a aprender como colocar em prática as técnicas da mindfulness no dia a 
dia, se relacionando melhor com situações que geram algum desconforto/conflito 
interno; 
4ª semana – Ficando no presente 
 Aprender novas formas de lidar com as emoções intensas, sensações e 
pensamentos, procurando meios de sair do piloto automático e retornar para o 
presente, mesmo que essas sensações sejam difíceis para buscar a aceitação. 
5ª semana – Aceitar e deixar ir 
 Aprender que toda experiência é válida e deve ser aceita ao invés de evitar 
ou de tentar solucioná-las, aprender a aceitar as sensações desagradáveis; 
6ª semana – Pensamentos não são fatos 
 Aprender que os pensamentos são projeções mentais e não, 
necessariamente, a realidade. Saber lidar com os pensamentos ruins e sem se 
deixar levar por eles. O paciente começa a aprender a identificar sinais de recaída 
e a planejar ações que o impeçam de recair. 
7ª semana – Qual a melhor maneira de tomarmos conta de nós mesmos? 
 Entender o quão benéfico é o processo e o estado de estar em mindfulness 
no dia a dia, escolhendo técnicas que acreditam serem mais adequadas para si. 
Entender a ligação entre humor (emoção) e ação (comportamento), e desenvolver 
a capacidade de perceber previamente possíveis recaídas; 
8ª semana – Usando o que foi aprendido para lidar com os humores no futuro 
 Discutir sobre todo o programa e aprendizado e as diferentes formas de 
como manter este comportamento no dia a dia. Criar um plano de ação para que 
tudo o que foi aprendido seja praticado no cotidiano e nas diversas situações 
desconfortáveis pelas quais o paciente pode passar, mas também criar a 
consciência de que, mesmo que não consiga colocar em ação imediatamente, 
tudo pode ser resgatado e reaprendido. 
 
 
 
 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Na atualidade, a maioria das pessoas já passou por momentos em que o a 
relação com o ambiente gerou percepções internas que afetassem seu 
desempenho, sua cognição ou até mesmo o seu corpo, causando sintomas 
emocionais. Grande parte dessas reações são causadas por pensamentos 
ligados ao passado ou ao presente que podem causar depressão, ansiedade etc. 
A MBCT veio com a proposta de utilizar uma técnica de meditação para 
que ajudasse as pessoas a ficarem mais conscientes do momento atual e para 
isso se embasou em pesquisas científicas e trouxe métodos da terapia cognitiva. 
Ao direcionarmos a atenção àquilo que está acontecendo, ao que se está 
fazendo e ao espaço pelo qual estamos passando, trazemos como resultado 
maior foco e concentração, conseguindo afastar aqueles pensamentos 
disfuncionais, causadores do mal estar. 
Quanto à aceitação das sensações e dos pensamentos, não se trata de se 
resignar a estes, mas sim conseguir construir uma relação diferente com eles, 
ressignificando e tendo a escolha de como lidar com tudo aquilo da melhor forma. 
 Permanecer consciente no presente pode parecer algo trivial, mas não é 
tão simples assim, por isso a MBCT faz a proposta de exercícios semanais, para 
que possamos internalizar essa prática, conseguindo diminuir o estresse, 
potencializando a motivação e tendo uma melhor qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
SANTOS, L.P., GOUVEIA, J.P & OLIVEIRA, M.S. Terapias 
comportamentais de terceira geração: guia para profissionais. Novo 
Hamburgo: SINOPSYS, 2015 
 
VANDENBERGHE, L. SOUSA, A.C.A. Mindfulness nas terapias cognitivas e 
comportamentais. Rev. bras .ter. cogn., v.2, n.1, Rio de Janeiro, jun. 2006

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