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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 1. FICHAMENTO DOS TEXTOS DITTRICH, A. O conceito de liberdade e suas implicações para a clínica. Em: BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: ARTMED, 2012, (p. 87 – 94), Capítulo 8. “A análise do comportamento é uma ciência que toma o comportamento como objeto de estudo.” (p.87) “(...) o comportamento é sempre invariavelmente um fenômeno relacional: comportar-se é interagir constantemente com um entorno que a análise do comportamento denomina genericamente como ‘ambiente’.” (p. 88) “Relações comportamentais são, na análise do comportamento, relações causais – isto é, relações nas quais buscamos identificar no ambiente de uma pessoa as causas para aquilo que ela faz.” (p. 88) “Decidir talvez seja aqui um verbo importante. Para a análise do comportamento, decidir é comportar-se: é fazer algo e, com isso, produzir certas consequências.” (p. 89) “Fazemos muitas coisas “sem pensar”, porque nossa experiencia em situações semelhantes nos dá alguma segurança de que os resultados do que faremos são previsíveis. Quando não o são, porém, podemos preliminarmente decidir.” (p. 89) “(...) o comportamento de decidir também deve ser aprendido, no sentido de ser selecionado por suas consequências.” (p. 89) “(...) se um comportamento é aprendido, ele pode ser ensinado.” (p. 89) “A hipótese de que o homem não é livre essencial ara a aplicação do método científico ao estudo do comportamento humano.” (p. 90, apud Skinner, 1953/1965, p.447) “A análise do comportamento tem entre seus objetivos prever e controlar o comportamento. É para isso, afinal, que ela busca investigar relações causais: para intervir sobre causas ambientais e produzir efeitos comportamentais.” (p.91) “Se o clínico pressupões que o comportamento de seu cliente, por mais complexo que seja, é determinado por suas relações com o ambiente, ele deve intervir sobre tais relações e verificar se isso surte o efeito esperado no repertório comportamental do cliente.” (p.91) “Quando nosso comportamento é positivamente reforçado, sentimos que fazemos o que queremos, gostamos ou escolhemos.” (p. 92) “(...) relações comportamentais coercivas podem gerar, além do relato de outros sentimentos (...) uma ‘luta pela liberdade’.” (p. 92) “O controle por reforçamento positivo, como qualquer tipo de controle, pode ser utilizado com objetivos espúrios, em benefício dos controladores, mas com graves prejuízos de longo prazo para os controlados.” (p. 93) “Ele (clínico analítico-comportamental) pode ensinar seus clientes a analisas seu próprio comportamento e as variáveis que o controlam. Ao fazer isso, ele está gerando em seus clientes o que Skinner (1953/1965, cp.15) chamou de autocontrole.” (p. 93) MILTENBERGER, R. G. Modificação do Comportamento: Teoria e Prática. São Paulo, SP: CENGAGE, 2018, Capítulo 13. “O princípio do condicionamento por fuga expressa que há certos estímulos cuja remoção, imediatamente após a ocorrência de uma resposta, aumentará a probabilidade de tal resposta.” (p. 192) “O condicionamento por fuga é semelhante à punição aversiva, uma vez que ambos envolvem o uso de um estímulo aversivo (ou evento punitivo). Embora o condicionamento por fuga e a punição sejam semelhantes por esse motivo, diferem quanto ao procedimento, tanto em relação aos antecedentes, quanto às consequências do comportamento.” (p. 192) “Outro nome para condicionamento por fuga é reforçamento negativo. O termo reforçamento indica que ele é análogo ao reforçamento positivo, um a vez que ambos fortalecem respostas.” (p. 192) “O condicionamento por fuga tem como desvantagem o fato de o estímulo aversivo ter que estar presente para que ocorra a resposta desejada.” (p. 193) “O princípio de condicionamento por esquiva afirma que um comportamento aumentará em frequência, caso evite a ocorrência de um estímulo aversivo.” (p. 194) “(...) no condicionamento por esquiva discriminada, é que a resposta de esquiva é fortalecida porque põe fim, imediatamente, ao estímulo de aviso.” (p. 196) “Há muitas maneiras de pessoas aplicarem condicionamento por fuga e esquiva, sem o saber e, como resultado disso, comportamentos indesejados são fortalecidos.” (p. 196) “Uma segunda cilada da fuga e da esquiva é o estabelecimento acidental de estímulos aversivos condicionados, diante dos quais o indivíduo passa a responder de forma a fugir ou esquivar-se dos mesmos.” (p. 197) 2. RESENHA DO CAPÍTULO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BOAS, D. L. O. V; BANACO, R. A; BORGES, N B.B; Discussões da Análise do Comportamento Acerca dos Transtornos Psiquiátricos. Em: BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: ARTMED, 2012 (p. 95 – 104), Capítulo 9. RESENHA Os diferentes comportamentos eu as pessoas adquirem e mantém são explicados pelo modelo seleção por consequência. Os problemas clínicos referem-se em estar com dificuldade em emitir respostas que diminuam estimulações aversivas ou que deem acesso a reforçadores. Portanto, quando uma pessoa busca a ajuda de um psicólogo clínico/analista, a pessoa busca se conhecer melhor e assim, compreender as contingências que controlam e afetam o que faz, sente e pensa, podendo lidar com esses eventos e podendo alterá-los. Qualquer comportamento, assim como os transtornos mentais sofrem influência de em três níveis: filogenético, ontogenético e cultural. Sendo assim, não existem diferenças entre transtornos psiquiátricos e outros problemas clínicos. O comportamento é algo natural e variável, passando por um processo de seleção pelos efeitos que produz no ambiente, o que chamamos de seleção por consequências, e o importante é não destacar um dos três níveis e sim analisar o entrelaçamento entre os três. Compreendendo os fenômenos será possível identificar as contingências que desenvolveram esse repertório e as que o mantém. Os padrões comportamentais que não atendem as expectativas determinadas pela sociedade são tratados como “anormais” ou “psicopatológicos”. Existem questões culturais que fazem essa classificação, como um dualismo na Idade Média que buscava atribuir às falhas mentais a origem desses comportamentos padrões ou então as estatísticas para definir quem é “mais normal”. A análise do comportamento acredita que os padrões vêm do entrelaçamento dos processos de seleção dos três níveis, então, nenhum comportamento é “psicopatológico” ou “anormal”. Como os comportamentos são selecionados por suas consequências, todo comportamento é normal, pois foi selecionado. A análise do comportamento dá ênfase à análise de contingências, entendendo que alguns comportamentos merecem mais atenção por violarem as expectativas sociais e não por serem “anormais”.
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