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Resumo - Princípios Biológicos da Cirurgia Periodontal

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Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
 
Objetivos 
• Criar acesso para raspagem, aplaina-
mento e polimento coronário e radicu-
lar (RAPCR); 
• Eliminação da inflamação; 
• Eliminação de nichos bacterianos, que 
favorecem a infecção; 
• Promover regeneração dos tecidos 
periodontais; 
• Obtenção de morfologia fisiológica do 
periodonto marginal; 
• Correção de defeitos mucogengivais. 
Indicações X seleção dos 
pacientes 
FATORES ASSOCIADOS AO PACIENTE 
• Estado de saúde geral; 
• Fatores de risco locais (como os Índices 
de Placa e Sangramento à Sondagem) e 
sistêmicos; 
• Hábitos (exemplo, tabagismo); 
• Consciência e colaboração do paciente. 
FATORES ASSOCIADOS AOS DEFEITOS 
• Defeitos infra-ósseos; 
• Lesões de furca; 
• Recessões gengivais. 
Contraindicações para as 
cirurgias 
• Cooperação do paciente: alto índice de 
biofilme; 
• Pacientes com doenças sistêmicas não-
controladas. 
Características 
• A manipulação do tecido deve ser 
precisa, cuidadosa e delicada; 
• Os instrumentos devem estar afiados; 
• Deve-se observar o paciente. 
 
 
 
 
Instrumentais cirúrgicos 
utilizados 
INSTRUMENTOS INCISIONAIS E 
EXCISIONAIS 
• Cabo de bisturi Bard-Parker 
• Lâminas descartáveis: nº 11, 12B, 15 e 
15C. 
Obs.: a lâmina nº 11 é a menos utilizada, e a 12B apresenta 
ambos os lados cortantes (deve-se tomar cuidado para não 
ferir o paciente). 
• Bisturi Kirkland 
 
• Bisturi Orban 
 
AFASTADORES, DESCOLADORES, 
ELEVADORES DE PERIÓSTEO 
• Cureta Molt 
 
• Cinzéis Fedi (nº 1 e 2) 
Nº 01 
Nº 02 
• Cinzel Ochsenbein nº 4 
 
• Lima Schluger 9/10 
 
• Tesoura cirúrgica Goldman-Fox 
 
Princípios Biológicos das 
cirurgias periodontais 
Periodontia 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
• Porta-agulha Castroviejo 
 
anestesia 
• Bloqueio regional; 
• Infiltrativa local; 
• Papila interdental. 
Incisão 
É o ato de realizar um corte ou ferida cirúrgica 
por meio de um bisturi, bisturi elétrico, laser ou 
instrumento similar. 
A localização das incisões é influenciada pelo tipo 
de defeito ósseo e pelo objetivo do procedimento. 
INCISÕES HORIZONTAIS 
• Intra-sulculares; 
• Paralelas à margem gengival, a diferen-
tes distâncias da margem gengival; 
• Deve-se preservar as papilas interdentais 
 
INCISÕES VERTICAIS OU RELAXANTES 
• Podem ser usadas em uma ou nas duas 
extremidades da incisão horizontal, 
dependendo do desenho e do objetivo 
do retalho. 
• As incisões verticais de ambos os lados 
são necessárias se o retalho for deslocado 
apicalmente. 
• Devem se estender além da linha muco-
gengival para permitir a liberação do re-
talho a ser deslocado. 
• Em geral, evita-se incisões verticais nas 
áreas lingual e palatina. 
• As incisões verticais vestibulares não 
devem ser realizadas no centro de uma 
papila interdental ou sobre a superfície 
radicular de um dente. 
• As incisões devem ser feitas nas linhas 
angulares de um dente para incluir a 
papila no retalho ou para evitá-la 
completamente. 
• A incisão vertical também deve ser 
projetada para evitar retalhos curtos 
(mesiodistais) com incisões longas, 
dirigidas apicalmente, porque isto 
poderia prejudicar o suprimento 
sanguíneo para o retalho. 
 
Retalho 
Porção de tecido solto, separado dos tecidos 
circunvizinhos, com exceção de sua base. 
 
Pode-se classificar os retalhos quanto: 
ESPESSURA 
Espessura total 
O retalho de espessura total também é chamado 
de retalho mucoperiosteal, onde a gengiva e 
possivelmente a mucosa alveolar são rebatidas das 
superfícies ósseas e radiculares. Indicada na 
necessidade de visualização e acesso ao tecido 
ósseo. 
 
Espessura parcial 
Também denominado de retalho mucogengival, o 
osso permanece recoberto pelo tecido conjuntivo 
e periósteo. O retalho é indicado para áreas com 
deiscências e fenestrações, para posicionamento 
do retalho com finalidade de aumentar a faixa de 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
gengiva inserida, além de cirurgias mucogengivais 
em geral. 
 
TECIDO ÓSSEO 
Com Osteotomia 
Ocorre remoção de tecido ósseo. Essa remoção 
de tecido pode em espessura (osteoplastia) ou 
em altura (osteotomia). 
 
Sem Osteotomia 
Não ocorre remoção de tecido ósseo. 
Sutura 
CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS DE SUTURA 
a) Fios sintéticos ou naturais; 
b) Fios mono ou multifilamentares; 
c) Fios absorvíveis ou não. 
FIO DE SUTURA IDEAL 
• Resistente ao meio em que atua; 
• Resistente à tração e torção; 
• Calibre uniforme; 
• Baixo índice de fricção; 
• Não ser cortante; 
• Resistente à esterilização; 
• Boa segurança no nó; 
• Baixa reação tecidual; 
• Não possuir ação carcinogênica; 
• Não provocar ou manter infecção; 
• Manter as bordas de ferida aproximadas 
até a cicatrização da ferida; 
• Baixo custo; 
• Adequada resistência tênsil; 
• Fácil manuseio. 
SUTURAS MAIS COMUNS 
Ponto Simples 
 
Sutura Contínua 
 
Sutura de Colchoeiro Horizontal Externa 
 
Sutura de Colchoeiro Horizontal Interna 
 
Sutura de Colchoeiro Vertical Externa 
 
Sutura de Colchoeiro Vertical Interna 
 
CIMENTO CIRÚRGICO 
Os cimentos não apresentam capacidades curati-
vas, apenas auxiliando no processo pela proteção 
do tecido. São mantidos mecanicamente no tecido 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
pela penetração dos espaços interdentais e união 
dos espaços vestibular e lingual. 
Características desejáveis: 
• Ser macio, mas apresentar plasticidade e 
flexibilidade para facilitar a adaptação; 
• Toma presa em um tempo razoável; 
• Após tomar presa, deve apresentar rigi-
dez suficiente para evitar fratura e 
deslocamento; 
• Após tomar presa, deve apresentar su-
perfície lisa para evitar irritação às bo-
chechas e lábios; 
• Ter, preferencialmente, propriedades 
bactericidas para impedir formação ex-
cessiva de biofilme; 
• Não prejudicar a cicatrização. 
Atualmente é pouco utilizado, devido ao grande 
acúmulo de biofilme sob esse material, sendo 
mais utilizado apenas em áreas muito expostas. 
Instruções no pós-
operatório 
Devem ser apresentadas e lidas ao paciente antes 
que ele se levante da cadeira odontológica: 
• Alerta sobre o uso de ácido acetilsalicí-
lico (aspirina); 
• Alimentos frios e gelo no local; 
• Efeitos do tabagismo; 
• Escova e fio dental; 
• Controle da dor e infecção; 
• Prescrição de bochecho de digluconato 
de clorexidina 0,12% duas vezes ao dia; 
• Evitar esforços físicos. 
COMPLICAÇÕES 
A cirurgia periodontal não apresenta problemas 
sérios no pós-operatório. As complicações podem 
ocorrer, embora sejam a exceção e não a regra: 
• Sangramento persistente após a cirurgia; 
• Sensibilidade à percussão; 
• Edema; 
• Hipersensibilidade radicular (tratamen-
to com agentes dessensibilizantes). 
Reparação, Reparo e 
regeneração 
REPARAÇÃO 
Cicatrização por 1ª intenção 
Os bordos da ferida são aproximados por meio de 
sutura, estando bem vedados. 
Cicatrização por 2ª intenção 
Quando os bordos da ferida não são aproximados. 
REPARO 
Cicatrização da ferida por tecidos que não restau-
ram completamente a arquitetura ou função da 
parte perdida ou danificada. 
REGENERAÇÃO 
É a reprodução ou reconstituição de uma parte 
perdida ou deteriorada. 
A regeneração do periodonto é definida 
histologicamente como regeneração dos tecidos 
de suporte do dente, incluindo osso alveolar, 
ligamento periodontal e cemento sobre uma 
superfície radicular anteriormente com doença. 
NOVA INSERÇÃO 
É união de tecido conjuntivo ou epitélio com a 
superfície radicular desprovida de seu aparato 
original de inserção. Esta nova inserção pode ser 
por adesão epitelial e /ou por adaptação ou 
inserção de tecido conjuntivo e pode incluir novo 
cemento. 
REINSERÇÃO 
É a reuniãodos tecidos epitelial e conjuntivo com 
uma superfície radicular. 
TEORIA DE MELCHER (1976) 
As células que primeiro repovoarem a raiz 
determinarão a natureza da cicatrização, sendo 
que as células do ligamento periodontal são as 
células que possuem capacidade para neoforma-
ção do periodonto de sustentação. 
 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
O epitélio juncional longo ocorre quando a repa-
ração de tecido é formada apenas pelo tecido epi-
telial, sem reparação de outros tecidos. 
fontes e velocidade de 
reparação 
As células que repovoam a área de cicatrização 
podem ser de várias fontes: 
1. Epitélio 
2. Tecido conjuntivo gengival 
3. Osso 
4. Ligamento periodontal 
Referências 
Carranza: Periodontia Clínica, 11ª edição, Parte 
6, Seção IV, Capítulos 54, 56 e 57. 
Lindhe, J.: Tratado de Periodontia Clínica e 
Implantodontia Oral, 5ª edição, Parte 12, 
Capítulo 38.

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