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SINDROMES RESPIRATÓRIAS I

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SINDROMES RESPIRATÓRIAS i
PROF. ASTRIDE RODRIGUES LINHARES 
UNICERRADO - GO
SINDROMES 
RESPIRATÓRIAS
BRÔNQUICAS
PARENQUIMATOSAS
PLEURAIS
SÍNDROMES BRÔNQUICAS 
Decorrem de obstrução, infecção e/ou dilatação dos brônquios (bronquites e bronquiectasias).
Envolvimento da árvore traqueobrônquica, com sinais e sintomas relacionados ao comprometimento funcional e estrutural da mesma
SÍNDROMES BRÔNQUICAS 
 FISIOPATOLOGIA:
 - INFLAMAÇÃO: edema e hipersecreção
 - OBSTRUÇÃO: edema , hipersecreção, broncoespasmo, estreitamentos
 - COMPROMETIMENTO DIFUSO OU LOCALIZADO
SÍNDROMES BRÔNQUICAS 
ASMA BRÔNQUICA
BRONQUITE
BRONQUIECTASIA
OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA 
ASMA BRÔNQUICA
Principal representante da síndrome por obstrução. 
 Observa-se um estreitamento difuso dos condutos aéreos de pequeno calibre, em consequência de edema de mucosa, constrição da musculatura lisa e hipersecreção das células brônquicas. 
ASMA BRÔNQUICA
Cerca de 80% das pessoas com asma sofrem crises quando expostas a alguma substância transportada pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça de cigarro e partículas de insetos.
 Substâncias químicas como tinta, desinfetantes e produtos de limpeza também podem desencadear uma crise.
Infecções virais também podem desencadear crise de asma
ASMA BRÔNQUICA
Manifestações clínicas:
crises de dispneia, predominantemente expiratória
 sensação de aperto no tórax (constrição torácica)
dor torácica difusa
chieira
 tosse (inicialmente seca depois com o progredir da doença torna-se produtiva), quando produtiva torna-se uma expectoração mucóide, espessa e aderente, difícil de ser eliminada.
ASMA BRÔNQUICA
Edema de mucosa, hipertrofia do músculo liso e grande quantidade de secreção na luz brônquica.
ASMA BRÔNQUICA
ASMA BRÔNQUICA
Na asma a maioria das radiografias de tórax são normais. No entanto, nos casos mais graves e com exacerbações frequentes, podemos observar: atelectasias, espessamento de paredes brônquicas e sinais de hiperinsuflação pulmonar
Exame fisico 
Inspeção: Facies de sofrimento, dispnéia, tiragem, frequência e ritmo respiratório consideravelmente alterados (FR:diminuída), chieira que pode ser ouvida a distância. o paciente adota uma posição inclinada para frente com ombros e clavículas elevadas.
ASMA BRÔNQUICA
ASMA BRÔNQUICA
Palpação: Frêmito toracovocal (FT) normal ou diminuído (em função da hiperinsuflação pulmonar)
Percussão: Normal ou hipersonoridade
Ausculta: Diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada e sibilos expiratórios. 
ASMA BRÔNQUICA
Fora da crise os sinais desaparecem e o exame de tórax é normal
BRONQUITES
Bronquite aguda: causada por vírus que compromete as vias aéreas superiores com dor de garganta, rouquidão e coriza. Mais comum por rinovírus e vírus influenza. Também pode ter etiologia alérgica, bacteriana e tóxica.
BRONQUITES
Bronquite crônica: caracteriza-se pela excessiva secreção de muco na árvore brônquica. Recorrente durante pelo menos três meses por ano, por dois anos consecutivos. Entre os agentes bacterianos responsáveis por surtos de agudização da doença destaca-se o Streptococcus pneumoniae. 
Também pode ter origem decorrente de tabagismo, poluição ambiental, alérgica.
BRONQUITE:
SINTOMAS 
 AGUDA 
 tosse seca ou pouco produtiva
 expectoração hialina 
dispneia 
taquipneia 
esforço respiratório e dor retroesternal 
 CRÔNICA
 tosse produtiva
expectoração amarelada, esverdeada
dispnéia 
 taquipneia 
esforço respiratório 
SINAIS
 AGUDA
FACIES DE SOFRIMENTO
TAQUIPNEIA
ESFORÇO RESPIRATÓRIO (DISPNEIA E TIRAGEM)
FTV NORMAL, REDUZIDO OU AUMENTADO
HIPERSONORIDADE
MV DIMINUÍDO COM OU SEM ESTERTORES BRÔNQUICOS
RONCOS E SIBILOS
 CRÔNICA
PLETORA FACIAL (BLUE BLOATER)
TAQUIPNEIA
ESFORÇO RESPIRATÓRIO (DISPNEIA E TIRAGEM)
FTV NORMAL, REDUZIDO OU AUMENTADO
HIPERSONORIDADE
MV DIMINUÍDO COM ESTERTORES BRÔNQUICOS
RONCOS E SIBILOS
 Blue Bloater: 
"Inchados azuis“
 É o estereótipo do bronquítico grave
Paciente obeso e tem síndrome da apneia do sono
Há distúrbio grave de trocas gasosas, o que induz 
hipoxemia significativa, manifesta como cianose.
A radiografia de tórax de pacientes com bronquite obstrutiva crônica pode ser normal ou demonstrar acentuação da trama broncovascular em ambas as bases, decorrente do espessamento da parede brônquica. 
BRONQUIECTASIA
Consistem na dilatação dos brônquios (permanentes e irreversível) em consequência de destruição de componentes da parede destes ductos. 
 Comprometem segmentos ou até mesmo lobos pulmonares. 
 Resultam de um processo inflamatório que destrói as estruturas da parede brônquica. 
Pós infecção: Pneumonias
Pós obstrução (corpo estranho, rolhas de secreçõ), tumor, congênita, 
BRONQUIECTASIA
As bronquiectasias secas manifestam-se apenas por episódios de hemoptise. Na maioria dos casos estas bronquiectasias resultam de lesões brônquicas residuais conseqüentes à tuberculose. 
Sua localização mais comum é nos mesmos segmentos preferenciais da tuberculose. 
BRONQUIECTASIA
 SINTOMAS:
facies de doença crônica
tosse produtiva crônica, com expectoração mucopurulenta abundante, principalmente pela manhã.
febre ou febrícula sem causa aparente
suores noturnos
emagrecimento
astenia
hemoptises
vômica
BRONQUIECTASIA
 SINAIS:
estado geral normal ou emagrecido
hipocratismo digital e cianose
redução da expansibilidade
FTV normal, reduzido ou aumentado
submacicez nas bases
ausculta: MV reduzido, estertores grossos, apenas nas áreas correspondentes às bronquiectasias. Roncos e sibilos também podem estar presentes.
OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA
EXTRAMURAL: linfonodos, coleções, tumores, retrações fibróticas
PARIETAL: infecções, tumores, condromalácia, retrações fibróticas
LUMINAL: corpo estranho, rolhas de secreção, coágulos
SÍNDROMES PARENQUIMATOSAS
Sindrome de consolidação (condensação) 
Síndrome hiperaeração
Atelectasia
ATELECTASIA 
Obstrução brônquica completa
Tem como elemento principal o desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato. 
Causas comuns: neoplasias e a presença de corpos estranhos que ocluem a luz de brônquios. 
 Se a oclusão se encontrar em um brônquio principal, ocorre atelectasia do pulmão inteiro
ATELECTASIA
 Manifestações Clínicas: 
Variam de acordo com o tamanho da área comprometida. 
 Quanto mais for esta, mais intensas serão as manifestações representadas por:
 - dispnéia, 
 - sensação de desconforto
 - tosse seca
ATELECTASIA
Exame físico:
Inspeção: Retração do hemitórax e tiragem.
 Palpação: Expansibilidade diminuída e FT diminuído ou abolido. 
Percussão: Macicez ou submacicez 
Ausculta: MV ausente, e ressonância vocal diminuída
ATELECTASIA
atelectasia
Condensação pulmonar
Caracteriza-se pela ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato. Consolidação pulmonar é um sinal de doenças respiratórias caracterizada por substituição do ar alveolar por líquido prejudicial (como transudato, exsudato ou tecido conjuntivo), lesionando a área.
Condensação pulmonar
 Causas:
Pneumonia 
Infarto pulmonar
 Tuberculose 
 Embolia pulmonar 
Edema pulmonar
Condensação pulmonar
 Manifestações clínicas: 
dispneia 
tosse (seca ou produtiva) 
febre (dependendo da etiologia)
dor torácica
Quando há expectoração, é comum a presença de sangue misturado com muco ou pus. Na tuberculose as hemoptises são frequentes. Além da sensação de desconforto retroesternal, quando há comprometimento da pleura, surge dor localizada em um dos hemitórax com as características de dor pleurítica
Condensação pulmonar
 Exame físico:
Taquipneia
Esforço respiratório (tiragem)Inspeção: Expansibilidade diminuída. 
Palpação: Expansibilidade diminuída e FTV aumentado. 
Percussão: Macicez ou Submacicez. 
 Ausculta: Respiração brônquica substituindo o murmúrio vesicular, estertores finos.(creptantes) broncofonia ou egofonia, pectorilóquia afônica.
Condensação pulmonar
ENFISEMA PULMONAR
O enfisema pulmonar é uma doença obstrutiva crônica, resultante de importantes alterações de toda a estrutura distal do bronquíolo terminal, seja por dilatação dos espaços aéreos, seja por destruição da parede alveolar, ocasionando a perda da superfície respiratória, diminuição do recolhimento elástico e hiperinsuflação pulmonar. 
Causa: O tabagismo é a mais importante causa
ENFISEMA PULMONAR
Manifestações clínicas: 
tosse seca 
 dispneia que se agrava lentamente. No início a dispneia aparece devido aos grandes esforços, mas nas fases avançadas aparece até em repouso. 
 Na fase final surgem as manifestações de insuficiência respiratória. 
 *Diferenciar dispneia de origem cardíaca da dispneia causada pelo enfisema: A dispneia de origem cardíaca é quase sempre agravada pelo decúbito, enquanto o paciente com enfisema permanece deitado sem dificuldade respiratória.
ENFISEMA PULMONAR
 EXAME FÍSICO:
Emagrecimento 
“Pink Puffer”
Tórax em tonel, esforço respiratório, tiragem.
Palpação - diminuição da expansibilidade; FTV diminuído 
Percussão - hiperressonância, limite inferior de ambos pulmões rebaixados. 
Ausculta - MV diminuído, prolongamento da expiração, ocasionalmente roncos, sibilos e estertores.
ENFISEMA PULMONAR
ENFISEMA PULMONAR
 1. diafragma rebaixado ou retificado, abaixo do sexto espaço intercostal, anterior, na inspiração máxima;
 2. coração alongado e verticalizado, com o diâmetro transverso, na sua maior extensão, inferior a 11,5 cm, permanecendo afilado mesmo com aumento do ventrículo direito; 
 3. a presença de bolhas é inferida pela identificação de área de maior radiotransparência, avascular,
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
O enfisema compõe um grupo de afecções, genericamente denominada “doença pulmonar obstrutiva crônica” (DPOC), que inclui o enfisema propriamente dito, a bronquite crônica, e o complexo bronquite-enfisema. 
 Há presença de obstrução crônica e irreversível de fluxo aéreo.
Uma pessoa fumante, com tosse crônica produtiva, sem sinais clínicos ou espirométricos de obstrução crônica de fluxo aéreo, não tem DPOC. Neste caso, o diagnóstico é de bronquite crônica não obstrutiva. Trata-se portanto, da síndrome hipersecretora. Asma crônica , mesmo grave, não é DPOC. Portanto a DPOC é um grupo restrito que inclui bronquite crônica e enfisema pulmonar, causando obstrução crônica de fluxo aéreo.
EXAME FÍSICO:

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