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PORTIFÓLIO - 1º SEMESTRE CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

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FACULDADE UNOPAR BETIM
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
HÉLIDA MARDEM DE BRITO LIMA VILELA
ISABELA ROSA VASCONCELOS
NATALIA CINTIA MOREIRA
SUELLEN GOMES SILVA
VANIA ELEN MENDES DE ALMEIDA
LAZER, APREENDIZAGEM, INCLUSÃO E ASSESIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA 
BETIM - MG
2020
HÉLIDA MARDEM DE BRITO LIMA VILELA
ISABELA ROSA VASCONCELOS
NATALIA CINTIA MOREIRA
SUELLEN GOMES SILVA
VANIA ELEN MENDES DE ALMEIDA
LAZER, APREENDIZAGEM, INCLUSÃO E ASSESIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
Portfolio Interdisciplinar em Grupo, apresentado à Faculdade Unopar de Betim, como requisito para a avaliação textual em grupo do curso de Licenciatura em Pedagogia.
Tutor(a) à Distância: Natalia Micheli Villa
BETIM – MG
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
HISTÓRIA DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA	4
LAZER	5
APRENDIZAGEM	6
INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA	6
CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS	11
INTRODUÇÃO
O trabalho desenvolvido tem como objetivo contribuir para uma discussão extremamente necessária e enriquecedora, a partir da história das pessoas com deficiência no Brasil e como Lazer, Aprendizagem, Inclusão e Acessibilidade são essenciais ao ser humano em especial para as crianças.
Trazendo pontuações que vão muito além do âmbito escolar. Cada texto e tópico contribuirá com famílias que apresentem especificidades especiais ou não, e a sociedade como um todo. 
Focando nos direitos fundamentais das crianças, seja o direito de brincar, o de aprender e de explorar o mundo. Fazendo com que sejamos capazes de pensar, agir e cobrar para juntos propiciar a melhor parceria.
HISTÓRIA DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA
A história das pessoas com deficiência no Brasil evoluiu no século XIX, com a educação especial de cegos e de surdos em internatos. Nessa época foi introduzido o sistema Braille de escrita para os cegos e, entre 1880 e 1960, os surdos foram proibidos de usar a língua de sinais para não comprometer o aprendizado compulsório da linguagem oral. No início do século XX formaram-se as escolas especiais para crianças com deficiência intelectual nas redes paralelas ao ensino público, devido à omissão do Estado.
A primeira lei federal sobre as pessoas com deficiência é a Lei 7.853/1989 regulamentada em 1999 por meio de decreto. A lei fala sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. 
A acessibilidade presente nas Leis 10.048 e 10.098/2000 e no Decreto 5296/2004, que regulamenta a prioridade de atendimento às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Essa legislação assegura a acessibilidade na comunicação e informação, na telefonia fixa e móvel, nas legendas, nas janelas com intérprete da Libras, e etc. A Lei 10.436/2002 oficializa a Língua Brasileira de Sinais – Libras, como primeira língua e o português escrito como segunda língua. O Decreto 5626/2005 define a educação bilíngue, a formação de tradutores e intérpretes de Libras, que tiveram a profissão regulamentada pela Lei 12.319/2010.
A educação especial está assegurada na Lei 9394/1996, nas bases da educação nacional, prevendo recursos pedagógicos específicos para cada aluno com deficiência. O MEC editou em 2007 uma Política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva de acordo com à Convenção da ONU, um sistema de ensino inclusivo, com aula na classe comum e atendimento especializado em turno oposto, garantindo a inclusão com qualidade. São necessárias salas de recursos, espaços acessíveis, capacitação de professores para o atendimento de alunos surdos na educação bilíngue e para o ensino do sistema Braille aos alunos cegos ou com baixa visão e material didático acessível. 
LAZER 
O lazer é algo essencial ao ser humano, principalmente para as crianças. Toda criança tem direito de brincar, aprender e explorar o mundo, pois elas nasceram para isso. Infelizmente quando se trata de uma criança com alguma deficiência, ainda é muito comum se deparar com escolas, brinquedos em praças e parques públicos, áreas recreativas de prédios, etc. que não contam com acessibilidade.
Notamos a preocupação em alguns casos em garantir esses direitos, mas quando pensamos em crianças com deficiência, pouco ou nada percebemos. Estes locais deveriam estar em conformidade para receber as crianças, independente das condições física, mental, intelectual ou sensorial de cada uma. 
Ainda assim existem alguns projetos e ongs que colaboram para uma mudança significativa acerca desta inacessibilidade. Temos como exemplo o Projeto LIA (Lazer, Inclusão e Acessibilidade) criado em 2013 em Curitiba/PR, como um movimento que ganhou abrangência nacional em pouco tempo, com o intuito de promover a acessibilidade no lazer para jovens e crianças com diversos tipos de deficiência. Cobrando das autoridades a implantação brinquedos adaptados em parquinhos públicos, reunindo famílias, amigos, profissionais na busca pelo Lazer, Inclusão e Acessibilidade, conscientizando a sociedade de que as pessoas com deficiência também têm assegurado este direito.
Buscar estratégias como tecnologia assistiva, que é um instrumento de mediação e uma excelente forma de adaptação, que proporciona maior autonomia. Utilizar recursos que ajudam as crianças a realizarem as mais diversas tarefas, como segurar o lápis, com a utilização de suportes, ler um livro ao aumentar as letras com a utilização de dispositivo eletrônico, alargar assentos de brinquedos, colocar almofadas fixas, inserir rampas de acesso, Braille, atividade sensorial, seriam algumas das diversas formas de fazer com que todas essas crianças tenham a oportunidade de participar da hora do lazer, assim, elas crescerão sabendo na prática que todos podemos conviver com respeito ao próximo, ao espaço de cada um e ao direito de ir e vir sem preconceito.
APRENDIZAGEM 
A Escola tem um papel fundamental para a aprendizagem de uma criança com deficiência, mas é importante que a escola se adeque as necessidades dos alunos para que possam aproveitar de todas as oportunidades pedagógicas. É preciso que os educadores estejam preparados para receber estas crianças, conheçam a diversidade e a complexidade dos diferentes tipos de deficiência, para definir estratégias de ensino que desenvolvam o potencial do aluno, tenha conhecimentos, habilidades e uma vasta gama de atividades pedagógicas. 
O desenvolvimento das crianças com deficiência não ocorre da mesma forma das crianças ditas normais, nem de outras crianças deficientes, pois cada uma delas possui características estruturais e genéticas diferentes. Vale lembrar que para um bom desenvolvimento de uma criança deficiente a família tem uma tarefa importante.
De acordo com cada limitação física apresentada pelas crianças com deficiência deve-se utilizar equipamentos especiais para a educação, recursos didáticos para ajudar no desenvolvimento e para todas elas possa descobrir e aprender todo o seu potencial. É muito importante que os professores criem um cronograma escolar incluindo os alunos deficientes para que não fiquem de fora de nenhuma atividade. 
Os diagnósticos ajudam a descobrir quais obstáculos o aluno enfrentará para aprender. Para o surdo, os primeiros passos são dados com libras. Os cegos tem o braile como ferramenta básica e para os estudantes com limitações físicas, adaptações no ambiente e nos materiais. Crianças com deficiência intelectual tem dificuldades de comunicação é importante a inclusão de músicas, brincadeiras orais, leituras com entonação apropriadas e poemas para facilitar o seu aprendizado. Apesar de avanços no país, a inclusão ainda gera dúvidas nos professores, por isso e de extrema importância a qualificação dos educadores, a busca de conhecimento, estudar, se preparar e ter muita dedicação para que estas crianças possam ter a educação que elas têm direito como todos.
INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
Na perspectiva da Inclusão
O princípio da inclusão parte do direitode todos à educação independente das diferenças individuais. Inspirada na Declaração de Salamanca (1994), presente no Plano Nacional de Educação Especial Na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI – 2018) e na obrigatoriedade estabelecida através do Plano Nacional de Educação (PNE) de forma que crianças com deficiência e com qualquer necessidade especial frequente escolas inclusivas. Considerando a Lei nº 7.853 aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, determina que todas as escolas tem o dever de aceitar a matrícula de alunos com deficiência e configura crime a recusa a esse direito. No brasil há 45.606.048, ou seja, 23,9% da população total com algum tipo de deficiência – visual, auditiva, motora ou intelectual (Censo Brasileiro, 2010), cuja distribuição de frequência está no gráfico abaixo:
A inclusão tem a função de diminuir ou eliminar barreiras que impeçam o pleno desenvolvimento da criança. Uma via de mão dupla: onde a sociedade precisa entender e perceber que as crianças com deficiência são parte de um todo a que pertencemos e que podemos aprender com elas , em contrapartida, essas crianças e seus pais também precisam movimentar-se para estar em sociedade, sem que fiquem paralisadas em suas dificuldades. 
A Educação Inclusiva está fundamentada em práticas escolares garantindo a qualidade de ensino a todos os alunos, independentemente de suas condições, visando o atendimento e necessidades de cada aluno, respeitando as diversidades e subjetividades. O Ensino deve ser significativo para cada aluno a fim de garantir o acesso dele ao conhecimento. Há uma distorção do conceito de inclusão, confundida muitas vezes com o vocábulo “integração”. Essa integração tem o sentido de inserir os alunos com deficiências nas escolas regulares, mas sem uma proposta pedagógica e estrutural diferenciada. A Integração e inclusão se diferenciam por expressar situações de inserção diferentes e se fundamentarem em posicionamentos teóricos-metodológicos divergentes. 
A real inclusão implica num esforço de reestruturação das condições atuais das escolas brasileiras. Para que as condições excludentes nas escolas sejam eliminadas, é preciso enfrentar muitos desafios. Gestores das redes estaduais e municipais devem se organizar e adaptar conteúdos que sejam voltados à diversidade, fixando e fiscalizando instituições especializadas parceiras e administrar os recursos que vêm do governo federal.
Na perspectiva da acessibilidade
A Constituição prevê a igualdade entre todos, assim sendo, é de responsabilidade do governo criar condições capazes de fazer com que as pessoas que enfrentam situações desiguais consigam atingir os mesmos objetivos. Para isso, o Estado se coloca como promotor dos direitos individuais e sociais, e faz isso por meio de políticas públicas de inclusão das minorias e dos mais vulneráveis, seja por questões financeiras, econômicas e sociais, ou, por limitações motoras ou emocionais.
Acessibilidade significa dar a essas crianças condições para alcançarem e utilizarem, com segurança e autonomia, os espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, as edificações, os transportes e os sistemas e meios de comunicação. Para isso a lei Nº 10.098/2000 prevê a eliminação de barreiras e obstáculos que limitem ou impeçam o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança dessas pessoas.
Com um passo de cada vez, a acessibilidade voltada para o audiovisual está sendo debatida e seus usuários estão cada vez mais ativos para reivindicar o acesso a esses materiais. Cartilhas de produção de recursos de acessibilidade estão sendo desenvolvidas e os avanços podem ser observados em publicações científicas, decretos, leis ou até mesmo nas grades horárias de conteúdo das emissoras que anunciam, discretamente, a disponibilidade desses recursos. São eles: Linguagem de Sinais (Libras), Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) e a Audiodescrição (AD).
Hoje em dia temos a tecnologia assistida que nada mais e que instrumentos para contribuir na vida daqueles que possui uma deficiência. Somente aquele que já viram uma criança dar gargalhadas a partir de um brinquedo simples que se torna magico no olhar daqueles que não poderiam balançar num balanço, andar num skate ou até mesmo entrar numa casinha de bonecas com sua cadeira. 
 Já foi comprovado por pesquisa que brincar faz com que a crianças cresça e se desenvolvam com mais saúde. Então podemos afirmar que criando mais tecnologias assistiva estaremos criando possibilidades dessas crianças desenvolverem seu potencial cada dia mais. Criar um parque acessível para muitos não é nada, mas para aquelas crianças que necessitam dessa interação social e dar oportunidade de viver cada dia mais com dignidade.
Acessibilidade no Brasil é mais do que um sonho, é uma necessidade enfrentada por pessoas com dificuldade visual e físico-motora. Cabe a todos, incentivar e promover ações diversas para flexibilizar a interação, bem como a manutenção da infraestrutura, principalmente do ambiente escolar, tão como em parques e demais espaços de acesso público, mobiliário, brinquedos, veículos e demais equipamentos de uso público comum. Além do desenvolvimento da cultura de acessibilidade no país, também será necessário desenvolver a conscientização do próprio governo e das autoridades para a devida fiscalização e cobrança.
CONCLUSÃO
Pela observação dos aspectos analisados, podemos concluir o quanto precisamos evoluir não somente nas políticas públicas, mas na forma prática de desenvolver acessibilidade e inclusão nas escolas e na sociedade.
Através de incentivos às ações públicas e da sociedade civil para propagar a importância da inclusão e promover ações e cobrar a implantação de brinquedos adaptados em espaços públicos, para que as crianças com deficiência possam entreter-se junto às demais crianças, afinal brincar é a atividade mais saudável que trabalha desde a saúde mental até seu bem estar físico e assim promove a inclusão social. Precisamos que a educação inclusiva aconteça integralmente e atenda a todos que precisam dela, seja nas escolas, praças, parques e outros locais públicos. Que todas as pessoas com necessidades especiais, principalmente as crianças, tenham seus direitos preservados no lazer, no brincar, na aprendizagem. Que cada criança seja respeitada pela independentemente de sua deficiência e limitação. 
Dando a todas a acessibilidade e incluí-las de verdade sem focar nas diferenças individuais; e que apesar dos inúmeros desafios sejam implantando a igualdade prevista pela constituição, cobrando do governo para o cumprimento das leis em defesa dos direitos ao lazer, a aprendizagem a inclusão e a acessibilidade de todas as crianças com deficiência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GALVAO FILHO, T. A. Tecnologia Assistiva: Favorecendo o Desenvolvimento e a Aprendizagem em Contextos Educacionais Inclusivos.
GOULART, Renata Ramos; CARVALHO LEITE, Dr. José Carlos. Deficientes: A Questão Social Quanto ao Lazer e ao Turismo.
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192
https://www.partes.com.br/2018/11/17/a-inclusao-na-perspectiva-educacional/
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/05/Atualizao-sobre-Incluso-de-Crianas-e-Adolescentes-com-Deficincia.pdf
https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/nosso-povo/19622-pessoas-com-deficiencia.html
https://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Lilian-Kuhn/noticia/2016/10/inclusao-de-criancas-com-deficiencia-no-brasil.html
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