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5 LARISSA NADYNE OLIVEIRA LAPA DOS SANTOS UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR PEDAGOGIA – LICENCIATURA - 3° SEMESTRE RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO : EDUCAÇÃO INFANTIL Itabuna - BA 2019 Larissa nadyne oliveira lapa dos santos DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR Trabalho de Licenciatura do curso de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Psicologia da Educação e da Aprendizagem, Ética Política e Cidadania, Políticas Públicas da Educação Básica, Metodologia Científica, Educação e Diversidade, Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem, Ed - interpretação de texto, Educação à Distância. Tutor à distância: Cinthia G. Maziero Itabuna - BA 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESENVOLVIMENTO 4 3 CONCLUSÃO 6 REFERÊNCIAS 7 INTRODUÇÃO Vive-se em uma sociedade na qual desigualdades de gênero continuam existindo tanto nos lares, no ambiente de trabalho, escolar e na sociedade brasileira como um todo, gerando consequências. Diversos estudos revelaram que as atitudes de pais nos lares e até no ambiente escolar podem afetar o desempenho educacional de meninos e meninas, influenciando nas escolhas, crenças sobre suas capacidades e expectativas sobre o futuro. O presente portfólio busca discutir a desigualdade de gênero no ambiente escolar, a partir das ideias construídas de gênero e relação, na qual apresenta inferioridade e diferença entre meninos e meninas no ambiente escolar, no que se refere as dificuldades enfrentadas pelas famílias, devido as desigualdades sociais, decorrentes do processo de construção da sociedade. Assim, o objetivo nesse portfólio é não só apresentar conhecimentos pertinentes a realidade vivenciada por muitas crianças e adolescentes, bem como relacionar essas dificuldades a imensa desigualdade presente no meio em que vivem. desenvolvimento Na sociedade meninas e meninos têm momentos de amadurecimento diferentes, necessidades e capacidades físicas distintas e requerem condições e atenção específicas. Contudo, o maior desafio quando se coloca em pé de igualdade os dois gêneros, independente de idade, é a construção história e a toda a bagagem social. Ainda que a passos lentos venham se quebrando algumas injustiças sociais contra as mulheres, percebemos uma sociedade muito machista, com diversos privilégios. Dessa forma, o reflexo da sociedade, enquanto quadro geral, é transplantado para as suas diversas áreas e situações cotidianas, como, por exemplo, as escolas e a tentativa de igualdade entre os gêneros. No Brasil, embora tenha sido alcançada a paridade de gênero nas matrículas em praticamente todas as etapas da Educação Básica e, no Ensino Superior, a relação das mulheres seja de 1.4 para cada homem, os desafios ainda são muitos. meninas’’ e ‘’de meninos’’. Neste sentido, percebe-se que desde muito cedo vivemos em uma sociedade escolar dividida entre o “ser mulher” e o “ser homem”, as meninas são vistas como frágeis e os meninos bagunceiros, sendo um fato encarado como natural, mas que na realidade reforça as questões de gênero, como nas filas, que as meninas ficam em um lado e os meninos do outro; e nas aulas de educação física, na qual muitas vezes apenas garotos podem participar de determinado tipo de esporte. No que diz respeito ao ensino-aprendizagem dos alunos, pesquisas apontaram que na questão do desempenho escolar até o ensino fundamental as meninas apresentam melhor desempenho, já que há maior índice de defasagem escolar entre os meninos (14,7%), enquanto entre as meninas observou-se 13%. Em relação a repetência, este perfil se mantém com maior destaque para os meninos entre todas as faixas etárias. Nas escolas, e nos estudos sobre educação, ainda é comum a utilização indistinta de termos aparentemente neutros, masculinos e femininos, sem nenhum critério definido. Algumas vezes, o estereótipo aparece como uma forma rígida, anônima, reproduz imagens e comportamentos e separa os indivíduos em categorias. A diferença entre homens e mulheres muitas vezes é hierarquizada, mantendo situações nas quais as mulheres tendem a ocupar um lugar inferior. Ou então, a diferença é utilizada como expressão de vitimização para favorecer interesses individuais. O problema do preconceito de gênero, que afeta meninos e meninas, homens e mulheres, nas salas de aula e nos espaços escolares, tem base em um sistema educacional que reproduz, em alguns momentos, as estruturas de poder, de privilégios de um sexo sobre o outro em nossa sociedade e aparecem até mesmo nos livros didáticos e nas relações escolares. O ambiente escolar pode reproduzir imagens negativas e preconceituosas, por exemplo, quando professores relacionam o rendimento de suas alunas ao esforço e ao bom comportamento, ou quando as tratam apenas como esforçadas e quase nunca como potencialmente brilhantes, capazes de ousadia e liderança. O mesmo pode ocorrer com os alunos quando estes não correspondem a um modelo masculino predeterminado. 3 CONCLUSÃO Foi possível notar que apesar da diferenciação nas definições dos tais conceitos, elas acabam se entrecruzando quando nos referimos a construção da identidade, desejos e autoconfiança. É necessário que os pedagogos e direção da escola reflita sobre de todos esses conceitos para impedir o preconceito e a estigmatização relativas às ideologias de gênero. Reforçamos a desigualdade a partir do momento em que ignoramos essas diferenças e atribuímos valores a elas, sem estarmos atentos para as possibilidade de reconstrução do que é socialmente masculino ou feminino. A paridade de gênero pode ser alcançada se as escolas também pode reproduzirem novos valores e atitudes, além de estereótipos e preconceitos. Com isso, a escola não só recria em seu interior preconceitos de gênero como também prepara garotas / mulheres para posições mais competitivas no mercado de trabalho, bem como estimula garotos / homens para assumir funções de provedores de cuidado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LINS, Beatriz Accioly; MACHADO, Bernando Fonseca; ESCOURA, Michele. Entre o azul e o cor-derosa: normas de gênero. In. ________ (Orgs.). Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo: Editora Reviravolta, 2016. SOUZA, Lúcia Aulete Búrigo; GRAUPE, Mareli Eliane. Gênero e Políticas Públicas na Educação. In. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, Universidade Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014.
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