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9
 (
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
)
 (
A IMPORTÂNCIA DA FISIOLOGIA ESPORTIVA PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
)
 (
DEYVISON JUNQUEIRA AYRES SILVA
)
 (
Itapetinga
-
BA
2
020
)
 (
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
)
 (
A IMPORTÂNCIA DA FISIOLOGIA ESPORTIVA PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
DEYVISON JUNQUEIRA AYRES SILVA
)	
 (
Artigo científico apresentado a FAVENI como
requisito parcial para obtenção do título de
Especialista em
 Fisiologia
 Esportiva.
)
Itapetinga-BA
2020
A IMPORTÂNCIA DA FISIOLOGIA ESPORTIVA PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Deyvison Junqueira Ayres Silva
RESUMO
Este trabalho se trata de uma pesquisa de cunho descritivo e de caráter bibliográfico que tem como objeto de pesquisa analisar as contribuições da fisiologia esportiva para a educação física escolar diante das complexidades da sociedade atual em contraste com o aprendizado para além do contexto educacional. Para tanto, foi feita uma revisão bibliográfica com o aporte teórico de importantes autores como Claudia Forjaz, Valmor Tricoli, Emilene da Silva, Leonardo Silveira, Jean-François Lyotard, dentre outros importantes autores de áreas associadas ao tema e/ou de áreas que possuem interdisciplinaridade. Desse modo, foi possível responder a problemática que indaga de que forma a fisiologia esportiva pode contribuir para a educação física escolar, de modo que seja possível preparar os alunos para uma vida saudável? Como o intuito de responder à questão central, algumas metas foram criadas de acordo com os seguintes objetivos específicos: compreender a importância da fisiologia geral para a atuação do professor de educação física; identificar métodos e sistemas de treinamentos de acordo com a fisiologia dos sistemas aplicada aos exercícios e; estabelecer a ligação entre a nutrição ligada ao exercício e a suplementação esportiva.
Palavras-chave: Fisiologia do Exercício; Obesidade; Pressão Arterial; Educação Física.
1. INTRODUÇÃO
Um dos primeiros espaços onde os sujeitos possuem contato com práticas esportivas de modo educativo é na escola. No entanto, é preciso que as pessoas levem esse aprendizado para a vida cotidiana, sobretudo para a vida adulta, isto é, quando não estarão mais na escola e muito provavelmente sem tempo para a prática de exercícios. Vale salientar que uma das principais recomendações médicas é a de pratica de exercícios regulares, ou seja, pelo menos três vezes na semana e, neste sentido, as práticas esportivas são fundamentais para que as pessoas não percam o foco.
O entendimento das funções do corpo humano é muito importante para o entendimento da necessidade de prática esportivas e/ou da prática de exercícios físicos. Por esse viés, a fisiologia tem muito a contribuir para o entendimento de tais questões, pois é possível, a partir desta, compreender funções mecânicas, bioquímicas e físicas. As funções vitais do organismo são explicadas através da fisiologia num diálogo com outras ciências. A prática de esportes/exercícios físicos, aliadas a uma alimentação saudável, garantem o bom funcionamento dos organismos.
Existem várias áreas que perpassam pelos estudos da fisiologia como, por exemplo, fisiologia animal, fisiologia humana, fisiologia geral, fisiologia renal, fisiologia do exercício, etc. Dentre todas essas categorias, a fisiologia do exercício se aproxima mais do foco de estudos da presente pesquisa, pois este artigo se trata da fisiologia do exercício consoante a prática do professor de educação física no âmbito escolar. Apesar de não se rum termo muito recorrente, a fisiologia esportiva já pode ser vista em algumas grades curriculares como disciplina ou até mesmo curso de especialização que busca o aperfeiçoamento profissional do estudante nessa área, possibilitando o conhecimento da fisiologia humana durante o exercício físico.
Tendo em vista o fato de que esta área se com o desenvolvimento de estratégias para atingir objetivos na área de saúde, qualidade de vida e desempenho esportivo, justifica-se a relevância da presente pesquisa com relação a práxis educativa. Diante disso, vale a ressalve ainda da atual “condição pós-moderna” explicada por Jean Lyotard (2002), que chama a atenção para o quanto os sujeitos tem sido influenciados por tendências tecnológicas que os mantem muito tempo parados em frente a notebooks e smartphones, por exemplo, seja por lazer ou por trabalho, deixando em segundo plano o bem-estar. A mesma condição pós-moderna, oferece ainda praticidade em outros sentidos, a exemplo da praticidade de aplicativos virtuais que possibilitam a compra de comidas anda saudáveis para degustar com séries em filmes no conforto de casa. Não obstante, a vida corrida do sujeito pós-moderno não o deixa com muito tempo para cuidar da saúde mantendo hábitos alimentares saudáveis e praticando esportes e/ou exercícios físicos. A educação física escolar, consoante a fisiologia esportiva, deve orientar os sujeitos para a importâncias de tais práticas saudáveis, pois as tendências contemporâneas tem feito o trabalho inverso.
De modo muito didático, os sujeitos podem ser educados desde cedo sobre as complexidades que envolvem a importância de práticas saudáveis em um mundo que tem caminhado em outra direção. A fisiologia geral deve ser compreendida desde cedo: sistema muscular, vascularização e inervação, sistema respiratório, sistema circulatório, sistema respiratório, sistema digestivo, sistema excretor, dentre outros. Todos esses conteúdos devem não ser simplesmente apresentados afim de exibir conceitos, mas devem ser levados para a vida real dos educandos, buscando associar as práticas saudáveis que envolvem exercícios e boa alimentação com o bom funcionamento de todos esses sistemas, uma vez que, as tendências contemporâneas são e podem se tornar inimigos ainda piores da saúde do sujeito pós-moderno.
Um aprofundamento na compreensão dos sistemas dos diversos sistemas, em especial o sistema energético que aliado a musculação pode trazer bons resultados para a saúde dos sujeitos, deve ser considerado através de métodos e sistemas de treinamentos. Sendo assim, é importante que o professor de educação física esteja sempre fazendo o link de tais competências com a nutrição aplicada ao exercício e a suplementação esportiva.
Diante de todos esses fatos, a presente problematizou-se de que forma a fisiologia esportiva pode contribuir para a educação física escolar, de modo que seja possível preparar os alunos para uma vida saudável? Desse modo, foi realizado um levantamento bibliográfico que contou com o aporte teórico de importantes autores como Claudia Forjaz, Valmor Tricoli, Emilene da Silva, Jean-François Lyotard, Leonardo Silveira, dentre outros importantes autores de áreas associadas ao tema e/ou de áreas que possuem interdisciplinaridade. Foi possível, desse modo, analisar as contribuições da fisiologia esportiva para a educação física escolar diante das complexidades da sociedade atual em contraste com o aprendizado para além do contexto educacional.
2. DESENVOLVIMENTO
Para que os objetivos da presente pesquisa fossem alcançados, foi realizado um levantamento teórico que dialogou com os mesmos, subdividindo o trabalho em três momentos. Incialmente, a primeira seção, que vem logo a seguir, contou com a contribuição teórica de importantes autores que tratam sobre a importância da fisiologia geral para a atuação do professor de educação física. Posteriormente, o foco foi direcionado para a identificação de métodos e de sistemas de treinamentos que possam ser úteis para os sujeitos em seu contato com os saberes da fisiologia esportiva e/ou fisiologia do exercício. Por fim, foi estabelecida uma relação entre a nutrição consoante aos exercícios com a suplementação esportiva.
2.1. Fisiologia geral
A fisiologia geral pode ser compreendida ou interpretada como ciência, área do conhecimento ou até mesmo disciplina que oriente didaticamente as competênciasnecessárias acerca de áreas relacionadas a fisiologia, como acontece no caso do curso de especialização em fisiologia do exercício, por exemplo. Silva et al. (2017) salienta que a fisiologia se trata de um ramo da biologia que estuda o funcionamento do corpo humano, considerando diversos fatores que influenciam tal funcionamento. Estes fatores podem ser compreendidos como processos químicos e físicos que são essenciais para a manutenção da vida humana.
De forma mais explícita, fisiologia pode ser conceituada da seguinte forma:
 O termo fisiologia vem do grego “physis” = natureza, função ou funcionamento e “logos” = palavra ou estudo. Assim, a Fisiologia caracteriza-se como o ramo da Biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres vivos. Ela se utiliza dos conceitos da física e da química para explicar como ocorrem as funções vitais dos diferentes organismos e suas adaptações frente aos estímulos do meio ambiente (FORJAZ e TRICOLI, 2011, p. 7).
Uma das competências importantes do estudo da fisiologia geral é o metabolismo, pois a partir deste é compreendido os processos químicos que acontecem no organismo. O entendimento das reações químicas é fundamental para o entendimento da liberação e armazenamento de energias no corpo. Desse modo, é possível, por exemplo compreender os valores nutricionais necessários para que tenhamos uma vida saudável. Glicídios, proteínas, lipídios e álcoois podem indicar valores nutricionais essenciais em medidas adequadas de quilocalorias.
Este tipo de informação deve ser encontrado desde o âmbito escolar e deve ser muito bem passada para os educandos para que os mesmos levem o aprendizado para a vida cotidiana atual e futura. Por esse viés, Silveira (et al., 2011) afirma que:
Os carboidratos constituem uma valiosa fonte de energia ao nosso organismo. Porém, a capacidade de estoque desse valioso substrato é limitada, fazendo-se necessária a busca por estratégias de economia e armazenamento de energia na forma de carboidrato. O requerimento diário de glicose por esses tecidos é da ordem de 300 g/dia, ao passo que a capacidade do fígado, principal reservatório de carboidratos, em armazenar glicogênio é de cerca de 100 g/dia em adulto (p. 303).
Essa “busca por estratégias de economia e armazenamento de energia na forma de carboidrato” deve ser bem acentuada através desta área específica – metabolismo – que pertence ao arsenal de conhecimento que integram a fisiologia geral. Considerando o fato de que informações como estas mencionadas por Silveira et al. (2011) são de extrema importância na vida prática, justifica-se assim a relevância da fisiologia geral para o processo de ensino-aprendizagem e para a práxis do professor de educação física que, neste sentido, educa para a vida.
A fisiologia geral pode ainda contribuir com o entendimento de diversos sistemas: sistema cardiovascular; sistema digestivo; sistema digestório; sistema respiratório; sistema grosso; sistema delgado; sistema reprodutor; sistema nervoso e; sistema muscular. Dentre todos estes, o sistema muscular tem maior importância para o contexto em que se insere a presente pesquisa, mas o sistema digestório também possui grande importância para que sejam compreendidos os processos digestivos que ajudam a potencializar os músculos dos praticantes de atividades físicas e esportivas. Vale a ressalva mais uma vez de que o professor deve dar muita ênfase a explicação desses processos para que os sujeitos tenham hábitos saudáveis tanto com relação a alimentação como com relação a prática de exercícios físicos, no mínimo regulares, pois:
Considerando-se que [...] efeitos sobre as diferentes funções orgânicas dependem das características do executante, as pesquisas na área da Fisiologia do Exercício têm sido desenvolvidas com diferentes populações: crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, indivíduos saudáveis, portadores de doenças, sujeitos sedentários, condicionados e atletas de diferentes níveis e modalidades esportivas ((FORJAZ e TRICOLI, 2011, p. 9).
Os estudos fisiológicos buscam estudar efeitos em dos exercícios físicos em sistemas orgânicos. Considerando os avanços tecnológicos que estão cada vez mais inovadores graças ao encurtamento do espaço-tempo oriundo da era técnica, que tende a evoluir cada vez mais de acordo com Bauman (2001) e a modernidade líquida, é possível pensar num educação física escolar que futuramente contará com diversos recursos tecnológicos e descobertas para facilitar os estudos relacionado as respostas do corpo humano aos exercícios físicos, em especial as práticas esportivas.
Enquanto ainda estamos atravessando esta era técnica que já possui diversos recursos nos smartphones, o professor já pode ir orientando os alunos a estarem por dentro das novidades em aplicativos que calculam o IMC estabelecendo metas diárias de exercícios e momentos para digerir água, por exemplo. Se um dos grandes desafios para o sujeito pós-moderno está em saber lidar com as tendências tecnológicas que os distanciam das práticas saudáveis, é válido que os sujeitos sejam preparados para usar tais tecnologias para obter informações e direcionamento para a realização de exercícios físicos e alimentação saudável.
2.2. Fisiologia esportiva
Em se tratando de fisiologia geral e de suas subáreas como, por exemplo a fisiologia do exercício e/ou a fisiologia esportiva que tem paralelo com a presente pesquisa, é possível que se adentre e, portanto, retorne a uma área já mencionada anteriormente: o sistema energético. Desse modo, introduz-se a fisiologia dos sistemas aplicados aos exercícios, que possuem sua base química pautada na ATP:
Figura 1 – ATP
Fonte: Slide Player [footnoteRef:1] [1: Disponível em: <slideplayer.com.br>. Acesso em: 29 abr. 2020.] 
Confirme imagem ilustrativa e considerações de Santos (2020), é possível refletir com relação a função da molécula de ATP para a célula:
A molécula de ATP é fundamental para a célula, pois fornece a energia livre de que essas células necessitam para realizar suas atividades. Sendo assim, essa molécula é responsável por garantir a manutenção da homeostase celular, permitindo a realização dos diversos processos fundamentais para o seu funcionamento. Vale salientar que o papel do ATP não é apenas funcionar como uma moeda de energia, pois também é capaz de doar um grupo fosfato para outras moléculas (fosforilar) (SANTOS, 2020).
Outros fatores são importantíssimos tanto para a saúde como para o desenvolvimento dos músculos. Alguns exemplos são o sistema aeróbico, o papel da proteína no metabolismo aeróbico, componentes do consumo de oxigênio, restauração das reservas de oxigênio, dentre outros fatores que possuem correlação entre sistemas e que pode ser compreendido através de estudos da fisiologia dos sistemas aplicadas aos exercícios.
Desse modo, as explicações fisiológicas podem contribuir muito para a saúde dos sujeitos praticantes de esportes. O professor de educação física deve estar sempre buscando integrar os jovens a este movimento de prática esportiva como forma de estar saudável. Alguns estudiosos afirmam que por falta de exercícios físicos idosos da atualidade enfrentam diversos problemas de saúde:
O sedentarismo tende a tornar os idosos mais vulneráveis a acidentes, pois com o passar dos anos pode provocar dificuldades motoras como déficits de equilíbrio, força e resistência, necessários para as atividades diárias como tomar banho ou caminhar em pisos irregulares 
A diminuição na prática de atividades e o isolamento, bem como o aparecimento de doenças crônicas e degenerativas levam a incapacidade funcional do idoso (SILVA et al., 2015, p. 7).
Os jovens, que futuramente envelhecerão até chegar a terceira idade pela ordem natural da vida, devem estar atentos as suas próprias necessidades de se fazer exercícios físicos e também para a necessidade de pessoas próximas. No caso dos mais velhos, que conforme Silva et al. (2015) enfrentam problemas pela falta de prática de exercícios, é oportuno que se faça um trabalho educativocom os alunos para que os próprios estejam orientando os idoso próximos a fazerem caminhadas e exercícios regulares de modo geral, pois isso diminuirá os riscos de agravamento de doenças para estes sujeitos.
Considerando o fato de que os jovens podem demostrar certo interesse por ter um corpo escultural, a musculação e o emagrecimento também podem ser explicados em termos fisiológicos, pois:
A busca pelo corpo perfeito está gerando excessos e preocupando profissionais da área de saúde e do desporto, mas por outro lado relatos vêm sendo apresentados em que profissionais de Educação Física não estão estabelecendo limites a seus alunos, nem mesmo distinguindo uma prática saudável de um exercício obsessivo (RUSSO, 2005 apud FARIA, 2011, p. 5).
Estas questões devem ser bem interpretadas pelos sujeitos e é exatamente sobre essas complexidades que os profissionais devem estar atentos. Sobre o emagrecimento, por exemplo, é preciso que seja sempre reafirmado que na atual sociedade, onde os sujeitos são condicionados a não terem uma vida saudável e por conseguinte podem ganhar peso,
O emagrecimento apesar de ser visto ainda como uma necessidade estética pela maioria das pessoas é algo muito mais preocupante nos tempos atuais. O ganho do peso está relacionado com o desenvolvimento de doenças, o que já é uma preocupação mundial nos anos que se seguem (FARIA, 2011, p. 5).
Considerando todos os fatores mencionados até aqui, além da educação física escolar estar apta para preparar os sujeitos para uma vida saudável através do esporte, é importante que sejam pensadas as estratégias adequadas para cada sujeito, sendo possível estabelecer métodos e sistemas de treinamento de acordo com as necessidades e demandas de cada sujeito.
2.3. Suplementação esportiva
Algo indissociável da saúde de esportistas é a alimentação, pois um atleta bem nutrido possui excelentes resultados, seja na prática de algum esporte ou na melhoria da estrutura da musculatura e/ou saúde física. Vitaminas e minerais são exemplos importantíssimos de nutrientes indispensáveis para pessoas em geral e mais ainda importante para atletas, pois:
O consumo adequado de vitaminas e minerais é importante para a manutenção das diversas funções metabólicas do organismo. Assim, a ingestão inadequada desses micronutrientes pode potencialmente levar a estados de carência nutricional, sendo conhecidas diversas manifestações patológicas por ela produzidas (VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ et al., 1997, p.158).
Por esse viés, é possível que seja indicado para cada sujeito uma quantidade específica de vitaminas e minerais que irão auxiliá-los de acordo com suas necessidades físicas e/ou de saúde. É importante ressaltar sempre, enquanto professor de educação física que as necessidades nutricionais das pessoas devem ser consideradas a partir das necessidades que os deixem saudáveis. A estética deve vir em segundo plano, pois estar com um corpo belo não significa estar necessariamente com saúde.
Para os que necessitam, existem suplementos vitamínicos e minerais. Conforme especialistas:
IQA igual ou maior a 1,0 indica que a dieta satisfaz às recomendações nutricionais para o nutriente em questão, desde que as necessidades energéticas sejam atendidas. Inversamente, IQA menor que 1,0, indica inadequação do nutriente e possível necessidade de suplementação desse princípio nutritivo (VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ et al., 1997, p.159).
Sabendo que a fisiologia pode auxiliar a resolver eventuais equívocos que pode ser cometidos com relação a suplementação adequada para cada caso, é oportuno que o rumo da discussão seja direcionada para a adaptação dos exercícios em diferentes populações, visto que, não é somente a suplementação que irá definir como as pessoas devem usar em graus e/ou níveis. Os exercícios também devem ser medidos em intensidades diferentes a depender, por exemplo, dentre outros fatores do gênero.
A magnitude das respostas neuromusculares, metabólicas e morfológicas de homens e mulheres parece ser bastante diferenciada até mesmo quando esses sujeitos são submetidos a protocolos de exercícios com pesos semelhantes. Todavia, as diferenças no desempenho motor entre homens e mulheres têm sido relatadas predominantemente em protocolos baseados em contrações isométricas e isocinéticas (SALVADOR et al., 2005, p. 257).
A nutrição deve estar em contraste com as necessidades especificas de cada sujeito, assim como o treino adequado também deve ser baseado em condicionantes como o gênero, biotipo e peso. Desse modo, obesidade e peso abaixo da média podem ser combatidos através de práticas esportivas e/ou exercícios físicos aliados a uma alimentação balanceada. A terceira idade também chegará com muita saúde para praticantes de esportes que se alimentam de forma saudável.
Alguns alimentos podem ser considerados alimentos-chave para a dieta, pois se tratam de alimentos extremamente saudáveis. São alimentos que podem ser usados em qualquer tipo de dieta, sendo que a depender de cada caso são indicados em quantidades diferentes por profissionais que entendem sobre nutrição e suplementação. Esses alimentos essenciais para qualquer dieta são elementos que fornecem nutrientes como antioxidantes, fibras, gorduras boas, carboidratos de baixo índice glicêmico e proteínas de alta qualidade. Leite desnatado, banana, peixe, mel, e aveia são exemplos de alimentos essenciais para as dietas.
É sempre importante deixar claro para os alunos que tudo (dieta, esporte e exercícios) deve ser feito de acordo com orientação profissional, pois como afirma Moreira e Rodrigues (2014):
O ambiente das academias favorece a disseminação de padrões estéticos estereotipados, levando muitos frequentadores a desenvolver hábitos alimentares inadequados e, muitas vezes, recorrer à utilização de suplementos alimentares. Ainda existe muita falta de informação e orientação em relação à nutrição ideal, o que pode prejudicar o desempenho desportivo (p. 370).
Desse modo, é importante concluir que o uso de suplementação com o acompanhamento profissional (educador físico, nutricionista e especialista em fisiologia do exercício ou fisiologia esportiva, dentre outras áreas que dominem o uso de métodos suplementares para dietas ou práticas de atividades físicas) é essencial para obter melhor rendimento e potencializar a saúde.
3. CONCLUSÃO
A partir de todo levantamento teórico realizado na presente pesquisa, foi possível responder à questão central de pesquisa ao passo em que os objetivos traçados foram alcançados. Foi possível compreender a importância da fisiologia geral para a atuação do professor de educação física na práxis educativa. Uma vez que, o entendimento de questões eu envolvem o os estudos das múltiplas funções mecânicas, bioquímicas e físicas dos seres vivos são de fundamental importância para alicerçar a base do entendimento que os sujeitos alunos deverão levar para o resto da vida com para compreenderem questões mais complexas ligadas a saúde futuramente.
No tocante a fisiologia esportiva, a identificação de métodos e sistemas pode ser considerada uma segunda instância do saber fisiológico, pois após terem compreendido a base (fisiologia geral), os alunos já conseguem caminhar rumo ao entendimento da relação entre esportes/exercícios com a fisiologia. Foi possível concluir que métodos e sistemas de treinamentos devem ser estabelecidos de acordo com as necessidades e demandas de cada sujeito, para que os mesmos tenham uma vida saudável sem eventuais complicações.
Nesse sentido, uma terceira instância se forma conforme as conclusões da presente pesquisa. Se tratam dos conhecimentos relacionados a suplementação e nutrição esportiva. Tais saberes orientam os sujeitos com relação a alimentação e/ou suplementação adequada para auxiliar a prática esportiva. De todo modo, vale salientar que tanto com relação aos exercícios e esportes como com relação a suplementação e nutrição, os sujeitos devem buscar ajuda profissional, inclusive dispensando pesquisas em meios virtuais, pois somente com orientação profissional que prováveisequívocos podem ser totalmente descartados, e como dito anteriormente sobre a fisiologia esportiva, em especial, a saúde vem em primeiro lugar.
REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e ambivalência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
FARIA, Tatiana Carla Santos. Contribuição da musculação para o processo de emagrecimento em mulheres. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG: Belo Horizonte, 2011.
FORJAZ, C. L. M.; TRICOLI, V. A Fisiologia em Educação Física e Esporte. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, p.7-13, dez. 2011.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. São Paulo: José Olympio, 2002.
MOREIRA, F. P.; RODRIGUES, K. L. Conhecimento nutricional e suplementação alimentar por praticantes de exercícios físicos. Rev Bras Med Esporte. Vol. 20, No 5, Set-Out, 2014.
RUSSO, Renata. Imagem corporal: construção através da cultura do belo. Rev. Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, v. 5, n. 6, p. 83-84, Jan./Jun. 2005.
SALVADOR, Emanuel Péricles et al. Comparação entre o desempenho motor de homens e mulheres em séries múltiplas de exercícios com pesos. Rev Bras Med Esporte. Vol. 11, Nº 5, Set-Out, 2005.
SANTOS, Vanessa Sardinha. "O que é ATP?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-atp.htm. Acesso em 29 de abril de 2020.
SILVA, E.A., BETT, J., GARCIA, T., CASCAES, M., VILELA, T.C., O sistema digestório humano no ensino de ciências e biologia: uma alternativa de transposição didática. Revista Maiêutica, Indaial, v. 5, n. 01, p. 27-33, 2017.
SILVA, S. G.; SOUZA, G. R.; CREPALDI-ALVES, S. C. Benefícios do exercício físico sobre as alterações fisiológicas, aspectos sociais, cognitivos e emocionais no envelhecimento. Revista CPAQV: Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida. Vol. 7, nº. 3, 2015.
SILVEIRA, L. et al. Regulação do metabolismo de glicose e ácido graxo no músculo esquelético durante exercício físico. Arq Bras Endocrinol Metab. 2011.
VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, Gustavo et al. Consumo alimentar de vitaminas e minerais em adultos residentes em área metropolitana de São Paulo, Brasil. Rev. Saúde Pública, 31 (2): 157-62, 1997.

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