13052019094254Aula 8 - Coleta e avaliação do semen

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13/05/2019
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Avaliação andrológica, 
coleta e avaliação do sêmen
Professora: Ana Luiza Cazaux
CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS
Medicina Veterinária
Foz do Iguaçú
2019
Exame Andrológico
 A) Identificação do animal: 
• Nome, registro, idade, raça 
 B) Identificação do proprietário: 
• Nome, endereço, telefone, nome da propriedade 
 C) Exame do animal: 
• Anamnese 
• Exame clínico geral
Exame Andrológico
 Exame clínico específico do aparelho reprodutivo (padrões normais) 
 Prepúcio – sem nenhuma alteração, edema, lesões etc. 
 Pênis – sem nenhuma alteração, escaras, edema, hematoma, forma. 
 Glândulas anexas – Palpação retal ????
 Testículos e Bolsa escrotal 
 Escroto - Feridas, bernes, edema, varicocele (dilatações vasculares), 
 Palpa-se os testículos – mobilidade dentro da bolsa, ausência de dor a palpação, simetria, 
consistência.
 Tamanho – paquímetro
 Epidídimos – palpação, sensibilidade, forma, tamanho e localização.
Métodos de coleta de sêmen
•Vagina artificial
•Eletroejaculação
•Excitação mecânica
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Vagina artificial
• Vantagens:
• Melhor técnica de colheita 
• Estimula a cópula natural.
• Obtenção de um sêmen de melhor qualidade 
• Menor risco de contaminação no ambiente. 
• Método utilizado para a maioria das espécies:
• Bovinos, equinos, caprinos, ovinos, canino
• Desvantagem:
• Necessidade de treino para os machos doadores
Vagina artificial
• A vagina artificial é composta
• Tubo rígido com válvula,
• Mucosa de borracha,
• Cone flexível e tubo de colheita,
• Recoberto por capa de térmica.
• Através da válvula do tubo coloca-se a água a temperatura
de 39-45°C e regula-se a pressão.
• A temperatura interna deve estar entre 39 e 42°C.
Vagina artificial
 Requisitos necessários antes de iniciar a coleta de sêmen:
 Treinar os machos a ejacularem em vagina artificial; 
 Realizar esse treinamento de preferência, no local onde serão feitas 
as futuras coletas e pela pessoa encarregada de efetuá-las.
 No momento da coleta 
 Ter uma fêmea da mesma espécie em cio para estimular o macho; 
 Pode-se utilizar uma fêmea em cio natural ou induzido hormonalmente
(fêmea estrogenada).
 Pode-se usar um manequim
Vagina artificial
Manequim
fêmea viva
Manequim 
inanimada 
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Vagina artificial - equino
Vagina artificial
Manequim
fêmea viva
Manequim
inanimada
Eletroejaculação
 Método consiste em induzir a passagem de uma corrente
alternada pela medula ao nível da 4ª. vértebra lombar,
este estímulo produz a ejaculação.
 O eletroejaculador é inserido no reto, com eletrodos em
forma de anéis ou longitudinais que irão promover a
estimulação elétrica.
 Vantagens:
 Indicada para colheita de machos de diferentes espécies nos quais a colheita por
vagina artificial não é possível
 Macho não precisa ser treinado para coleta
 Desvantagens:
 Estresse no animal
 Sêmen pode ser contaminado por urina.
 Maior diluição seminal quando comparado à colheita com vagina artificial
 ↑ a secreção das glândulas sexuais acessórias).
Eletroejaculação
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Eletroejaculação
a b
c
a) limpeza do reto, b) introdução do eletrodo, c) colheita do sêmen com funil acessório.
Excitação mecânica
 Método utilizado por L. Spalanzani (1780) para a obtenção de
sêmen de cão.
 A técnica consiste na excitação manual do corpo do pênis.
 Mais utilizado em caninos e suínos.
 Suínos→ Método da mão enluvada
 Desvantagens: método restrito a animais mansos e
treinados e oferece um risco potencial de contaminação do
sêmen por sujidades do ambiente.
Excitação mecânica - canino
Colheita
contínua,
de sêmen no
c) desprezo
cão: a) início
da
da excitação, b) manipulação
primeira fração, d) colheita da fração
espermática
a b
c d
Excitação mecânica - suíno
 O sêmen suíno é composto de três frações distintas:
 Fração pré-espermática: translúcida,
 Fração rica em espermatozoides: esbranquiçada e opaca
 Fração pós-espermática: translúcida
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Outros métodos de colheita
 Colheita de sêmen em:
 Aves e peixes– massagem abdominal
Cor Volume Aspecto Motilidade
Vigor Concentração Morfologia 
Avaliação de sêmen
 Cor 
 Visualização no tubo graduado
 Coloração aparência opaca/cremosa indica alta e 
concentração espermática).
BRANCA
CREME CLARA ou PEROLADA
AMARELADA
AVERMELHADA, MARROM OU CINZA
Avaliação de sêmen
Avaliação de sêmen
 Volume
 Visualização no tubo graduado
 Volume médio ejaculado:
 Bovino: 5 – 8 mL
 Ovino: 0,8 – 1,2 mL
 Caprino: 0,8 – 1,2 mL
 Suíno: 150 – 200 mL
 Equino: 60 – 100 mL
 Galo: 0,2 – 0,5 mL
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Avaliação de sêmen
 Aspecto 
 Visualização no tubo graduado
Avaliação de sêmen
 Motilidade e Vigor:
 Estimativa subjetiva da viabilidade e qualidade espermática.
 Análise realizada em microscópio óptico.
 Avaliação pode ser dificultada em altas concentrações espermáticas;
 10 a 20µL de sêmen são colocados entre lâmina e lamínula.
Avaliação de sêmen
 Motilidade massal ou turbilhonamento
 Espermatozoides se deslocam com movimentos vigorosos formando ondas.
 Gota de sêmen puro sob lamina de vidro limpa e pré-aquecida a 37°C
 Olhar no microscópio aumento de 100x (objetiva de 10) - Avaliar a borda da gota
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Avaliação de sêmen
 Percentual de espermatozoides móveis
 Gota de sêmen diluído, colocada entre lâmina e lamínula (37°C)
 Olhar no microscópio aumento de 200x – 400x (objetiva de 20 e 40)
 Avaliar a porcentagem de espermatozoides móveis em vários campos da lâmina
 Motilidade média do ejaculado é 70 a 90%;
Vigor
Gota de sêmen diluído, colocada entre lâmina e lamínula (37°C)
Olhar no microscópio aumento de 200x – 400x (objetiva de 20 e 40)
Estimado entre 0 a 5.
Motilidade progressiva (trajetória pra frente) – desejável
Movimento circular ou retrógrado é indicativo de choque térmico, 
contaminação com água ou diluidor hipotônico 
Erro na preparação
Avaliação de sêmen
Vigor
Avaliação de sêmen Avaliação de sêmen
 Concentração Espermática:
 Pode ser determinada por hemocitômetro e espectrofotômetro.
 Sêmen deve ser diluído em formol salina ou água par a facilitar
a contagem (10X - 100X);
 0.01 ml de sêmen em 4mL de formol-salina em um tubo de vidro (diluição 1/400)
 Rotineiramente é utilizada Câmara de Neubauer para contagem
celular.
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Avaliação de sêmen
 Concentração Espermática:
 Câmara de Neubauer
 Realizar a leitura em microscópio – aumento de 400x
 Contar espermatozoides presentes em 5 quadrados maiores
 Concentração Espermática:
 Cálculo:
N° de espermatozoides contados x quantidade de 
quadrados contados 5/25 (5 quadrados contados dos 
25 totais) x fator de diluição utilizado (1/400) x área 
da câmara (valor fixo 1/10000)
Exemplo: contados 180 espermatozoides
180 x 5 x 400 x 10000 = 3,6 x 109 espermatozoides ml
Avaliação de sêmen
 Concentração média espermática milhões/mL :
 Bovino: 800 – 2000 x 106 sptz/mL
 Ovino: 2000 – 6000 x 106 sptz/mL
 Caprino: 2500 – 5000 x 106 sptz/mL
 Suíno: 200 – 300 x 106 sptz/mL
 Equino: 150 – 300 x 106 sptz/mL
 Galo: 3000 – 7000 x 106 sptz/mL
Avaliação de sêmen
 Morfologia:
 Estimativa do percentual de células normais e das patológicas.
 Amostra é diluída e conservada em formol salina.
 Avaliação através de esfregaço e coloração eosina-nigrosina
 Realizar esfregaço e avaliar no microscópio
Eosina é um corante que não atravessa a membrana de células vivas
 Células vivas– brancas
 Células mortas – rosadas
 Contar 200 células 
 100 a 200 sptz devem ser avaliados.
Avaliação de sêmen
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Espermatozoides morfologicamente normais:
Bovino: 65 – 95%
Ovino: 80 – 95%
Caprino: 80 – 95%
Suíno: 70 – 90%
 Equino: 60 – 90%
Galo: 85 – 90%
Avaliação de sêmen
 Morfologia
Anormalidades espermáticas:
Avaliação de sêmen
A)normal; b) acrossoma desprendido, c)inserção abaxial, d)gota 
citoplasmática, e)anomalías da peçaintermediária, g)anormalidades da cauda.
Avaliação de sêmen
 Morfologia
 Análise Computadorizada de Motilidade:
 Sistema de Análise Espermática Computadorizado – CASA
 Sistema automatizado (hardware e software) para visualizar e digitalizar
imagens sucessivas dos espermatozoides.
 Processa, analisa e fornece informações da cinética individual das
células e valores estatísticos
 Têm sido propostos e aplicados na tentativa de minimizar os efeitos da
avaliação subjetiva do sêmen.
Outros métodos de avaliação de sêmen
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 Parei aq
 Sondas fluorescentes
Outros métodos de avaliação de sêmen
Outros métodos de avaliação de sêmen
 Sondas fluorescentes
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Normospermia
 Animal tem todos os parâmetros do sêmen normais
Piospermia
 Presença de secreção purulenta no sêmen. 
 Modifica a coloração
 líquido turvo, tendendo ao amarelo, e pode haver, 
inclusive, certa opacificação.
 Causa - Inflamação ou infecção no SGM
Hemospermia
Presença de sangue
Causas
Inflamação ou infecção SGM
Animais mais velhos mais comum
Aspermia
 Ausência de ejaculação na presença de ereção completa
 Causas
 Pode ser relacionado com problema endócrino ou no testículo
 Má-formação do sistema genital masculino
 Ejaculação retrógrada 
 Alterações do controle neurológico da ejaculação. 
 Raro
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Oligozoospermia/Azoospermia
 Oligozoospermia
 Redução da concentração de sptz no ejaculado
 Azoospermia
 Ausência total de sptz no ejaculado
Oligozoospermia/Azoospermia
Causas
Pré-testiculares
Distúrbios endócrinos
 Ex: Falha no FSH ou testosterona – espermatogênese 
Testiculares
Relacionadas com patologias testiculares
 Criptorquidismo
 Degeneração testicular
Pós-testiculares
Patologia do epidimo → obstrução
Teratozoospermia
 Alterações na morfologia espermática
 Causas
 Genética ou ambiental
 Classificação
 Origem da patologia 
 Fertilidade
 Estrutura afetada
Teratozoospermia
 Classificação
 Origem da patologia 
 1ª - Defeito de produção espermática no testículo
 Máx. permitido – 5%
 2ª - problemas na maturação espermática no epidídimo
 3ª - erro na manipulação do sêmen
 Fertilidade
 Defeitos maiores – maior alteração da fertilidade
 Defeitos menores – não altera tanto a fertilidade
 Estrutura afetada
 Cabeça
 Peça intermediária
 Cauda
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Teratozoospermia Teratozoospermia
Astenozoospermia e Necrospermia
 Astenozoospermia
 Patologias relacionadas a motilidades espermática
 Diminuição da motilidade
 Geralmente relacionadas a teratozoospermia
 Necrospermia
 Presença de espermatozoides mortos no ejaculado