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Trabalho MARSELLE doc-convertido (1)

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Aspectos Antropológicos E Sociológicos Da Educação 
 
 
 
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
 
MARSELLE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2020
 
UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
MARSELLE 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado como exigência da disciplina: Aspectos Antropológicos E Sociológicos Da Educação. 
Sob a orientação do Professor: xxxxxxxxxxxxx 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ
2020 
1 OBJETIVOS 
· Estabelecer a relação entre cultura e educação no Bairro Parque Aeroporto; 
· Demonstrar evidências se a cultura está associada à educação; 
· Observar se cultura e educação se influenciam mutuamente. 
 
2 INTRODUÇÃO TEÓRICA: 
 
2.1 As desigualdades socioeconômicas e diferenças sociais: cuidados conceituais 
 
Em relação às desigualdades sociais, Araújo (2014) analisa duas faces da modernidade: o triunfo obstinado pela igualdade, ao mesmo tempo em que, as desigualdades de classe são tidas como elemento fundamental, estrutural das sociedades capitalistas. Nessas relações de classes estariam muitas explicações dos habitus da vida política e cultural, coletiva e individual dessas sociedades. Nesse sentido, surgiria a formação do Estado providência e de um sistema de proteção e de direitos sociais, que, para ele, se formam enquanto um sistema de integração próprio da sociedade industrial.(ARAUJO, 2014) 
O Brasil é um país que apresenta em seu território grandes disparidades socioeconômicas. Algumas áreas são mais privilegiadas por aspectos naturais e por políticas de investimento em infraestrutura, fatos que promovem um processo industrial mais avançado em determinadas regiões. De acordo com Soares (2014, p. 32) 
 
A desigualdade social, chamada também de desigualdade econômica, é um problema social presente em todos os países do mundo. Ela decorre, principalmente, da má distribuição de renda e da falta de investimento na área social, como educação e saúde. Desta maneira, a maioria da população fica a mercê de uma minoria que detém os recursos, o que gera as desigualdades. (SOARES, 2014) 
 
O tema de desigualdades sociais, sobretudo os diferenciais de rendimentos, tem sido debatido intensamente nas duas últimas décadas, em especial, por economistas e formuladores de políticas públicas. Fora de dúvida, que o funcionamento da economia e o equilíbrio político dos Estados dependem da organização social e produtiva e incitam diversas abordagens para o tratamento da questão. 
No entanto, para a sociologia, as desigualdades possuem não simplesmente uma conotação de problema social, mas constitui-se em problema eminentemente analítico, uma vez que diz respeito a questões centrais da investigação sociológica, tais como: a estratificação social, os fundamentos da coesão social, a legitimação do status que e os processos de mudança e adaptação das organizações sociais. (MCLAREN, 2013) 
Debates em torno de uma compreensão multidimensional da desigualdade há tempos vêm chamando a atenção para o fato de que melhores condições de equidade dificilmente serão atingidas apenas pelo aumento ou pela melhoria da distribuição de renda. Uma pluralidade de formas de desigualdades (e não somente a econômica) impõe barreiras que dificultam a ascensão, o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida de segmentos socialmente vulneráveis ou tradicionalmente excluídos. (FAHEL, 2012) 
A pobreza, a desigualdade e a exclusão, ainda segundo Balieiro (2014), são produzidas e reproduzidas pelas relações de poder entre grupos sociais, mediadas pelo Estado e a implementação de políticas que permitam reduzi-las ou mesmo erradicá-las não serão realizadas, a menos que se compreenda que a igualdade só terá sentido se formulada no âmbito público. Por isso, a importância de dados com indicadores sociais confiáveis, pois “[...] não há como desconsiderar o fato de que a viabilidade e mesmo o sucesso de uma política pública está relacionada diretamente às informações sobre a realidade a transformar.” (BALIEIRO, 2014, p. 44). 
 
 
2.2 As desigualdades educacionais do bairro Parque Aeroporto 
 
A escola do Bairro Aeroporto faz parte de uma grande diversidade que envolve diferentes realidades. Essa diversidade social é alvo de uma grande desigualdade social. A educação entende-se como um conjunto de processos que modificam a existência e o comportamento individual de cada pessoa considerado como único instrumento apropriado para a construção de uma sociedade justa. 
Não há dúvidas de que as desigualdades no desempenho escolar estão diretamente relacionadas às condições sociais e econômicas ou, em outros termos, às desigualdades sociais em que vivem os diferentes alunos. Além disso, é indispensável considerar outros fatores que influenciam o acesso à escola e a garantia de um ensino sólido, tais como: a localização das escolas; a precariedade dos equipamentos e instalações; o nível dos professores. Em linhas gerais, a estrutura pedagógica de muitas escolas cria sistemas de exclusão. (TOSCANO, 1986) 
Monteiro (1986, p. 84) diz que, 
 
É necessário questionarmos a atuação das escolas como “centros de assistência social”, em que a frequência está muitas vezes associada à possibilidade de os alunos se alimentarem (através da merenda) do que ao próprio aprendizado. A escola se torna, muitas vezes, um espaço voltado para o abrandamento das desigualdades socioeconômicas, aparando arestas que não condizem necessariamente com sua missão. (MONTEIRO, 1998) 
 
Contudo, embora tenham sua legitimidade e contribuições relevantes para o campo educacional, na maioria dos casos, justificam o fracasso escolar pela condição social e pelas relações familiares do aluno e dão pouca importância para outros processos de aprendizagem, restringindo o campo do saber à instituição escolar e desconsiderando, muitas vezes, a própria experiência de vida, entendida como produtora de conhecimento. (BALIEIRO, 2014) 
Esse é o ponto de partida, na medida em que estuda a escola pública na sociedade contemporânea, trazendo à tona múltiplos olhares sobre a educação e levando em conta, a experiência dos alunos, ex-alunos e dos professores. (RIBEIRO, 2010) 
Outra desigualdade a ser pontuada refere-se ao período em que as aulas são assistidas. O período noturno é mais deficiente que o diurno, principalmente porque ele se torna a única opção para os alunos que trabalham o dia todo. Outro exemplo importante de desigualdade, pensando especificamente no ensino básico, diz respeito ao contraponto entre as escolas nas zonas urbanas e rurais. (LARAIA, 2013) 
A discussão sobre os meios de reduzir a desigualdade educacional deve estar sempre presente. Se na dimensão do acesso ela é mais objetiva, via ampliação do sistema público escolar, no âmbito da desigualdade de conhecimento ela é mais complexa, pois passa pela definição de quais conhecimentos devem ser adquiridos por todos os alunos brasileiros. 
(BALIEIRO, 2014) 
Para enfrentar o desafio da equidade educativa, contemplando os conceitos de igualdade de oportunidades e justiça social, é preciso realizar políticas que não apenas “mascarem”, mas contribuam para a eliminação das características mais evidentes da desigualdade educacional de quem vive a realidade da excludência. (ARAUJO, 212) 
Enfrentar a realidade das desigualdades étnico raciais, regionais e socioeconômicas da educação pressupõe a realização de um esforço conjunto na realização de uma educação de qualidade que considere o desenvolvimento integral do aluno, a realização de articulações intersetoriais entre políticas públicas, a participação contínua e ativa da comunidade, além da contextualização e de uma atenção individualizada a este (UNICEF, 2009). 
 
2.3 O modo de vida das pessoas que moram no bairro: os modelos de referência que as pessoas têm no bairro… 
 
O bairro Parque Aeroporto, criado a partir da construção de mais de duas mil casas populares, quepermitiram a chegada de famílias que viviam em antigos distritos de Macaé, como Quissamã, Carapebus e Conceição de Macabu, ao longo dos anos o Parque Aeroporto foi o responsável por receber também novos macaenses que passaram a ocupar espaços de trabalho em setores inseridos na cadeia produtiva do petróleo, pessoas que firmaram raízes, constituíram famílias e hoje contribuem com o crescimento da Capital Nacional do Petróleo. (CADENA, 2012) 
A forte atração originada pelo mercado em plena efervescência marcou profundamente o processo de urbanização. O encerramento do ciclo da cana, uma atividade predominantemente rural e o surgimento do ciclo do petróleo, situado predominantemente no espaço urbano, provocaram mudanças profundas na cidade ao alterar o perfil das novas oportunidades de empregos. (CADENA, 2012) 
A vida nos bairros mais carentes implica freqüentar escolas de má qualidade, ficar mais longe das oportunidades de trabalho e mais perto dos focos de violência de nossas cidades. À medida em que a distribuição de renda fica mais desigual, ocorre o mesmo com a distribuição dos bairros. A concentração da riqueza e da pobreza aumentou. Os bairros pobres se tornaram mais pobres e ficou mais difícil escapar do status socioeconômico da pobreza. (SOARES, 2014) 
Percebe-se no bairro que seus moradores exercem suas atividades para sustento em empresas de serviços em outros bairros da cidade, o que caracteriza o bairro como eminentemente residencial, podendo ser, inclusive, considerado como bairro dormitório. 
Os bairros populares é também o lugar onde os dramas sociais se afloram, tomam corpo e evidencia os problemas enfrentados pelos seus residentes. Entretanto, esses problemas não se restringem apenas ao espaço da periferia; por ser um processo social também é um problema que afeta a cidade como um todo. (MCLAREN, 2013) 
O que, no senso comum, representa a periferia é a sua caracterização social, marcada pela presença de pessoas de baixa renda, os pobres, que não têm meios para aquisição de uma residência em um bairro de status. Mesmo que a escolha não seja um bairro elitizado, a população não encontra meios que a possibilite escolher em que bairro ou em que área morar e em que condições de moradia habitar. Por isso, a periferia é vista como uma apropriação desigual do espaço urbano.(GENTILI, 2013) 
Às questões acesso, sucesso permanência escolar e dos índices de desemprego na população na faixa etária de 15 a 24 anos, encaminham para a percepção de que independente da riqueza que nutre os cofres do poder público e que circula no município, a prevalência de interesses econômicos se sobrepõe, desconsidera os interesses sociais e locais, ocasionando, progressivamente, o inchaço populacional e a exclusão da juventude, grande parte desta alijada do processo de desenvolvimento devido à baixa escolarização. (ARAUJO, 2012) 
Esses fatores caracterizam não só os bairros populares, como também a vida neles; ela própria tem um cotidiano que se difere das demais áreas, seja pelas suas lutas e conflitos internos, seja na forma como festejam, celebram a vida, como se organizam, reivindicam por seus direitos. (LARAIA, 2013) 
Os bairros populares tem um pulsar diferente, muito sofrido, mas que nos leva a enxergar uma parcela da população que, apesar de humilde em suas posses, tem uma riqueza imensa traduzida na alegria, força e esperança de viver, e poder acreditar que a realidade de exploração fica para a cidade. (FAHEL, 2012) 
 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: 
 
Optou-se pela pesquisa qualitativa de campo para refletir sobre a relação entre cultura e educação na comunidade do bairro Parque Aeroporto de Macaé, Rio de Janeiro, visando conhecer que práticas culturais são aceitas e incorporadas pelo bairro. 
Este estudo trouxe em sua metodologia um estudo de caso com abordagem qualitativa. Além da pesquisa ser de caráter exploratório científico e bibliográfico onde a realização teve como objetivo principal, tornar mais comum a manifestação do tema investigado. Entende-se que uma vez o método escolhido para estudo, ele é considerado como o caminho para alcançar a meta esperada. (GIL, 2012) 
Do ponto de vista conceitual, o estudo de caso é uma investigação baseado na experiência, que investigação elementos relevantes e apropriados adquiridos por intermédio do conhecimento, da vivência. “Estratégia de pesquisa que consiste em um método abrangente (LAKATOS E MARCONI, 2012).Já a pesquisa exploratória se dá a partir de um levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas envolvidas no problema pesquisado e a análise de exemplos que levem a compreensão do problema, proporcionando assim, a visão geral de tal fato (GIL, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 RESULTADOS E CONCLUSÃO 
 
É notório que as desigualdades que permeiam o sistema educacional brasileiro atingem todos os sujeitos pobres e carentes de instrução, no entanto com maior intensidade os negros. Percebe-se que se garantiu o acesso, mas que a qualidade da educação oferecida pouco contribui para tirá-los do lugar subalternos a que foram condicionados, tampouco para a melhoria na sua qualidade de vida. A impressão que se fica é que, a cada dia que passa, a qualidade do ensino público brasileiro está cada vez mais precária, principalmente após o processo de democratização e universalização. E, como sempre, são as pessoas pobres, em sua maioria negra, as mais prejudicadas. (BALIEIRO, 2014) 
A Desigualdade social é o fenômeno em que ocorre a diferenciação entre pessoas no contexto de uma mesma sociedade, colocando alguns indivíduos em condições estruturalmente mais vantajosas do que outros. Ela manifesta-se em todos os aspectos: cultura, cotidiano, política, espaço geográfico e muitos outros, mas é no plano econômico a sua face mais conhecida, em que boa parte da população não dispõe de renda suficiente para gozar de mínimas condições de vida.(BENJAMIM, 1994) 
As desigualdades educacionais constituem grave problema na sociedade brasileira e estão relacionadas à estrutura socioeconômica do país, sendo a pobreza sua expressão mais explícita. 
Na educação temos a visão de um discurso de que no ambiente escolar existe uma igualdade de oportunidades, no qual todos os envolvidos com a educação defendem a idéia de que a escola, sendo uma instituição pública ou privada, é um ambiente no qual se reproduzirá a justiça entre todos os gêneros, raças e classes sociais visando à igualdade dos indivíduos. (MCLAREN, 2013) 
No entanto, é necessário verificar se realmente a prática da igualdade social entre os indivíduos está acontecendo, no sentido de que a escola contribui com o alivio, ou não, da desigualdade social. Cabe refletir sobre a desigualdade social e seus reflexos no ambiente escolar, analisando os discursos dominantes na atualidade e investigando a maneira que a escola vem enfrentando os problemas sociais.(MONTEIRO, 1998) 
Considerando a relação educação e pobreza, cabe destacar que a educação é apresentada, nos documentos analisados, como “política prioritária” em razão dos problemas educacionais enfrentados pelo país, bem como “política prioritária” por ser determinante no sentido de auxiliar no enfrentamento de outros “problemas sociais”, a exemplo da pobreza e das desigualdades sociais em geral. (TOSCANO, 1986) 
Mesmo diante de tantas desigualdades no campo educacional, ainda é consenso que a educação constitui caminhos para solucionar ou amenizar mazelas existentes na sociedade. É consenso também que o investimento em educação é a melhor solução para diminuir as desigualdades sociais nos países onde a distribuição de renda é extremante desigual (ARAÚJO, 2012). 
Cabe, portanto, saber se a escola, que se diz libertadora, irá de fato pôr em prática uma abordagem pedagógica que atenda às demandas, interesses e necessidades dos grupos menos favorecidos, uma vez que, como a escola é um aparelho ideológico do Estado a serviço de uma classe. Considera-se que nunca foi do interesse das elites que os grupos subalternizados tenham acesso ao conhecimento científico e aos saberes sistematizados.(BALIEIRO,2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ARAÚJO, J. A. Educação, desigualdade e diversidade: os grupos menos favorecidos frente ao sistema escolar brasileiro. Revista da ABPN, v. 4, n. 8, p. 114-125, jul./out. 2012. 
 
BALIEIRO, 	Fernando 	De 	Figueiredo. 	Aspectos 	Antropológicos 	E 
Sociológicos Da Educação. 1ª edição SESES Rio de Janeiro, 2014 
 
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, Arte e Política: ensaio sobre literatura história da cultura. 7.ed. Tradução Sérgio Paulo Rounet. S.P: Brasiliense, 1994. 253p. 
 
CADENA, Alberto; COSTA, Ricardo Cesar da Rocha. (2012) Macaé Capital Do Petróleo: Desenvolvimento Econômico, Desigualdades Sociais & Expansão Urbana. Macaé/RJ: Prefeitura Municipal de Macaé / Programa Macaé Cidadão. 
 
FAHEL, Murilo. Desigualdades Educacionais & Pobreza. Editora PUC Minas: Belo Horizonte, 2012. 
 
GENTILI, Pablo (2013) O direito à educação e as dinâmicas de exclusão na america latina. Educação & Sociedade, Campinas, vol.30, n.109, p.1059-1079, set/dez. 
 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 Ed. São Paulo: Atlas, 2012 
 
LARAIA, R. de B. (2013). Cultura um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar. 
 
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2012. 248 p 
 
MCLAREN, P. (2013). Multiculturalismo Revolucionário. Pedagogia do Dissenso para o Novo Milênio. Porto Alegre: Artes Médicas. 
 
MONTERO, Paula. O problema das diferenças em um mundo global. 
Petrópolis: Vozes, 1998 
 
RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz. Desigualdades Urbanas, desigualdades escolares. Rio de Janeiro, 2010. 
 
SOARES, José Francisco. Educação, desigualdade social e pobreza. São Paulo. Atlas, 2014 
 
TOSCANO, Moema. Cultura e educação. In: Introdução à sociologia da educação. Petrópolis: Vozes, 1986. 
 
UNICEF. (2009) Situação da Infância e da Adolescência Brasileira 2009 – O Direito de Aprender: Potencializar Avanços e reduzir desigualdades. Brasília, 
DF. Wisconsin Departamente Of Public Instrucion Universidades Lusíada, 2000

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