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Modelo Petição Thiago AI

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MODELO DE PETIÇÃO PESSOAL APRESENTADA 
RAUEN, CORDEIRO & YOUSSEF ADVOGADOS ASSOCIADOS 
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1 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DA 2ª 
CÂMARA DE DIREITO COMERCIAL DO ESTADO DO PARANÁ 
 
 
 
 
 
Agravo de Instrumento nº 4031203-39.2018.8.24.0000 
 
 
 
 
 
 
 
MSV PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO DE 
BENS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 
10.949.241/0001-35, com sede na Rua Doutor Roberto Barrozo, nº 763, Bairro São 
Francisco, Curitiba – PR, CEP: 80.520-070, neste ato devidamente representado 
por HELDER EDUARDO VICENTINI, brasileiro, casado, advogado, inscrito no 
CPF sob o nº 831.175.989-87, residente e domiciliado na Rua Nunes Machado, 
422, Centro, Curitiba – PR, CEP: 80.610-300, e, ALZIRO DA MOTTA SANTOS 
FILHO, brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF sob o nº 859.365.539-49, 
residente e domiciliado na Rua Cel. Ottoni Maciel, 80, Vila Izabel, Curitiba – PR, 
CEP: 80320-000, vem, por seus advogados e procuradores infra-assinado (mandato 
em anexo) endereço eletrônico: intimacao@msv.adv.br, vem, respeitosamente 
perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1.019, inciso II, do Código de 
Processo Civil, apresentar as presentes CONTRARRAZÕES AO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO, o que faz pelos fundamentos de fato e de direito que se passa 
a aduzir. 
Requer-se, desde logo o seu integral acolhimento 
negando-se, por conseguinte, provimento ao presente agravo. 
 
MODELO DE PETIÇÃO PESSOAL APRESENTADA 
RAUEN, CORDEIRO & YOUSSEF ADVOGADOS ASSOCIADOS 
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2 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Curitiba, 11 de fevereiro de 2020. 
 
 
Thiago Henrique de Melo 
Advogado OAB/PR 69.107 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RAUEN, CORDEIRO & YOUSSEF ADVOGADOS ASSOCIADOS 
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3 
CONTRARRAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
 
 
AGRAVANTE: RIVIERA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS 
LTDA. 
AGRAVADO: MSV PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO DE BENS 
LTDA. 
 
Autos de Origem: 0311721-98.2018.8.24.0033 – 4ª Vara Cível da Comarca de 
Itajaí – Estado de Santa Catarina. 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
NOBRES JULGADORES 
 
Trata-se de Agravo de Instrumento objetivando a 
reforma da decisão agravada que, em sede de cognição sumária, deferiu 
acertadamente o pedido, em tutela antecipada, para que a Agravante pagasse 
mensalmente à Agravada o valor correspondente a 0,8% (zero vírgula oito por 
cento) do valor atualizado do imóvel, a título de alugueis. 
Em apertada síntese, a Agravante alega que a decisão 
supra, deve ser reformada, uma vez que o d. Magistrado deixou de analisar a 
especialidade do caso, pois, o imóvel em questão não se trata de bem residencial e 
sim de um condo-hotel, por isso não haveria que se falar em entrega de imóvel, e, 
ainda, que as obras de construção do referido bem já estariam concluídas. 
Pontua, também, suposta omissão pela Agravada, 
alegando que a mesma sabia desde sempre que jamais receberia a posse do bem 
objeto do pleito, e que, quanto à dilação do prazo de entrega, este teria ocorrido 
por deliberação realizada em Assembleia Geral, a qual, supostamente, a Agravada 
fora convidada para participar. 
Por fim, relata que seria indevido o pagamento de 
aluguéis dos valores correspondentes a 0,8% do bem, pois não há parâmetros 
mínimos para cálculos de qual seria a rentabilidade ante a exploração do imóvel, se 
tornando uma obrigação, supostamente, impossível, posto que os valores 
correspondem a percentagem de recebimento por um evento futuro e incerto. 
Data vênia, em que pese às razões de recurso 
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apresentadas, nenhuma reforma merece a decisão guerreada, pois se encontra 
perfeitamente posta à lide. Assim, consoante será detalhadamente demonstrado a 
seguir, não merece provimento o presente recurso, devendo ser mantida a decisão 
agravada. 
 
I. DO MÉRITO E RAZÕES PARA MANUTENÇÃO DA DECISÃO – 
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA – AUSÊNCIA DE FORÇA 
LEGAL – PALIDEZ PROBATÓRIA: 
 
Como aventado ao introito destas contrarrazões, o 
Agravante se vê inconformado quanto à decisão do i. Juízo de piso que deferiu o 
pedido realizado em antecipação de tutela, acertadamente, diga-se de passagem, 
conforme se observa, in verbis: 
 
“Constata-se a presença da verossimilhança das 
alegações, tendo em vista que restou evidenciado o 
atraso na entrega da obra. Conforme a cláusula 8ª do 
contrato particular de promessa de compra e venda 
(fl. 32) “a data prevista para entrega do 
empreendimento [...], é aquela constante no item VI 
do quadro de resumo (fl. 42), qual seja, 30 (trinta) de 
setembro de 2016, com prorrogação de 180 (cento e 
oitenta) dias.” Assim, ainda que considerado o 
prazo de tolerância estipulado, não tendo sido o 
empreendimento entregue até a presente data, 
conjectura-se relevante atraso por parte da 
requerida. 
Ademais, segundo a Teoria do Risco do 
Empreendimento, imprevisibilidades inerentes à 
própria atividade empresarial, caracterizam fortuito 
interno, devendo a construtora ser responsabilizada. 
A Cláusula Nona do Instrumento Particular de 
Promessa de Compra e Venda, refere-se as previsões 
em caso de rescisão contratual, servindo como 
parâmetro do valor arbitrado a título de aluguel, 
porquanto estabelece penalidade por compensação 
(fl. 34). 
Isso porque deixou de entregar o imóvel adquirido 
pela parte autora no prazo previsto ou, sequer, 
dentro do limite de 180 (cento e oitenta) dias extras, 
sendo imprescindível adimplirem com valor 
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suficiente para que possam usufruir de suítes com 
Ante o exposto, com fundamento no art. 300 do 
Código de Processo Civil, DEFIRO o pedido de 
tutela antecipada para DETERMINAR que a ré 
pague, mensalmente, ao autor 0,8% do valor 
atualizado do imóvel, até a data da entrega das 
chaves, a título de alugueis.” 
(grifamos) 
 
Ante a decisão interlocutória presente, a Agravante 
propôs Agravo de Instrumento sobre as teses aventadas alhures, as quais se passam 
a rechaçar ponto a ponto. 
Inicialmente, n. Julgadores, importante prendermos 
nossas atenções a um fato deverás importante para a presente celeuma, qual seja, as 
alegações da parte Impetrante no tocante a formação e realização da aludida 
Assembleia Geral Extraordinária, acostada às fls. 135 dos autos. 
A Agravante visando afastar o intento inicial, bem como 
a decisium prolatada à decisão interlocutória, ora em análise, argumenta que o prazo 
para a entrega do empreendimento teria sido prorrogado para data de 30/07/2017, 
tendo em vista as deliberações ocorridas nesta assembleia, e que todos os 
adquirentes teriam sidos convocados a participar. 
 Ab initio, diga-se, que este documento relativo à 
assembleia juntado as folhas 135, não carrega qualquer pujança a comprovar com o 
que pretende alegar, posto que o referido instrumento não carrega a lista de 
presença dos supostos participantes, razão pela qual fica impossível verificar a 
veracidade nele constada, no que se refere aos presentes daquele ato, e não bastasse 
essa nulidade, observa-se que embora tenha a Agravante dito que teria convocado 
todos os adquirentes do empreendimento, deixou de acostar os recebidos de 
convocação, se é que eles existem. 
Reforça-se o alegado à peça impugnatória, em nenhum 
momento a Agravada recebeu qualquer convite, ou convocação que fosse para 
participar da referida assembleia, fato este de fácil observação, tendo em vista estar 
ausente qualquer documento que reforce a tese da Agravante, pálida de qualquer 
elemento probatório. 
Vejam, Excelências, na suposta ata da assembleia, consta 
que deveria ter lista de presença anexa, entretanto, podemos concluir que esta lista 
jamais existiu, seja no mundo dos fatos ou ao processo. E, ainda que existisse 
estaria vazia de assinaturas. 
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Ou seja, se pretende a Interpelante demonstrar fato 
probatório com o referido documento juntando, diga-se que o intento restou 
natimorto ante as irregularidades presentes. 
Superado a inequívoca palidez do documento carreado 
pela Agravante, ad argumentandum, no que diz ao mérito do documento, 
propriamente dito, diga-se que tal evento, ainda que não fosse nulo, não é 
suficiente para isentar a obrigação inicialmente prevista, pois a discussão dos autos 
diz respeito ao descumprimento de uma obrigação contratual assumida pela Ré, 
formalizada através de instrumento particular de promessa de compra e venda de 
imóvel, no qual estabeleceu uma data inicial para entrega. 
O prazo inicial para entrega do imóvel foi 
contratualmente pactuado, ou seja, tratou-se de acordo bilateral e sinalagmático, de 
tal sorte que qualquer alteração em suas cláusulas dependeria de instrumento 
aditivo dotado de mesma formalidade. 
Evidente que mera assembleia geral extraordinária não 
implica no reconhecimento de que o Autor aceitou novo prazo para entrega, 
abrindo mão do direito de indenização pela mora do vendedor, até porque, 
conforme se detona do respectivo documento, o Autor sequer compareceu na 
ocasião e/ou anuiu com as condições ali estabelecidas. 
É inegável que o negócio jurídico entabulado entre as 
partes, e principalmente, incontroverso que os prazos para entrega da unidade não 
foram obedecidos, mesmo considerando o período de tolerância. 
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Ainda que fosse possível se alterar o referido contrato 
particular de compra e venda, fls. 28/44 dos autos, por medida de assembleia geral 
extraordinário, diga-se que o contrato em nenhum momento previu tal 
possibilidade, senão vejamos o que taxa a Cláusula Oitava deste instrumento: 
 
 
Nota-se que o rol de possibilidades de atraso para a 
entrega é totalmente taxativa. Sendo assim, quanto à estéril prova documental pela 
qual se debruçou, argumenta-se que o exposto é suficiente para rechaçar as razões 
recursais apresentadas, ante a fragilidade do instrumento assemblar apresentado. 
 
II. DAS CONTRADIÇÕES - ALEGAÇÃO QUANTO AO ATRASO – 
FATOS DISTINTOS DECIDIDO EM ASSEMBLEIA GERAL 
EXTRAORDINÁRIA - RESPONSABILIDADE DA AGRAVANTE: 
 
Quanto à justificativa pelo atraso da entrega do referido 
empreendimento, a Agravante primeiramente informou que em razão da 
‘‘magnitude’’ e complexidade do projeto, é comum que algumas intercorrências 
ocorrem em sua execução, sejam por fatores internos e externos, qualificando-os 
como imprevisíveis. Alega a ocorrência de atraso por culpa exclusiva de terceiros, 
crise financeira, assim como pela inadimplência de clientes. 
E assim, traz como justificativa que a obra não foi 
concluída na data consignada em decorrência da utilização de ‘‘uma inovadora e 
complexa pele de vidro’’ como revestimento externo, cujo material e mão se obra 
são altamente qualificados, e que demandou a contratação de duas empresas 
terceirizadas para consecução das obras de fechamento das fachadas. E que a 
cláusula oitava do contrato previa os atrasos. 
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Em que pese o respeito à Ré, importante mencionar de 
pronto, que a mesma ao trazer tais justificativas, por certo que põe em dúvida a 
inteligência do Judiciário. 
Primeiramente, como era de se esperar, a própria 
Agravante admite o atraso na entrega do imóvel vendido à Agravada, e pior, sequer 
sabia informar a data exata em que realmente se efetivaria a entrega definitiva. 
Assim, utilizando-se de recursos processuais, diga-se 
protelatórios e aventureiros, procura a Agravante justificar o atraso argumentando 
excludentes de responsabilidade, ao citar fatores supostamente de força maior, crise 
econômica, e culpa de terceiros, que atrasaram a conclusão da fachada do 
empreendimento nas datas previstas. 
Primeiramente, vejamos como o Superior Tribunal de 
Justiça vem debatendo o conceito de caso fortuito e força maior: 
 
“STJ analisa caso a caso o que é fortuito ou força 
maior Qual é a ligação entre um buraco no meio da 
via pública, um assalto à mão armada dentro de um 
banco e um urubu sugado pela turbina do avião que 
atrasou o vôo de centenas de pessoas? Todas essas 
situações geraram pedidos de indenização e foram 
julgados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com 
base num tema muito comum no Direito: o caso 
fortuito ou de força maior. O Código Civil diz que o 
caso fortuito ou de força maior existe quando uma 
determinada ação gera consequências, efeitos 
imprevisíveis, impossíveis de evitar ou impedir: 
Caso fortuito + Força maior = Fato/Ocorrência 
imprevisível ou difícil de prever que gera um ou 
mais efeitos/consequências inevitáveis. Portanto 
pedidos de indenização devido a acidentes ou 
fatalidades causadas por fenômenos da natureza 
podem ser enquadrados na tese de caso fortuito ou 
de força maior. Exemplo: um motorista está 
dirigindo em condições normais de segurança. De 
repente, um raio atinge o automóvel no meio da 
rodovia e ele bate em outro carro. O raio é um fato 
natural. Se provar que a batida aconteceu devido ao 
raio, que é um acontecimento imprevisível e 
inevitável, o condutor não pode ser punido 
judicialmente, ou seja: não vai ser obrigado a pagar 
indenização ao outro envolvido no acidente. Ao 
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demonstrar que a causa da batida não está 
relacionada com o veículo, como problemas de 
manutenção, por exemplo, fica caracterizada a 
existência de caso fortuito ou força maior. Nem 
todas as ações julgadas no STJ são simples de 
analisar assim. Ao contrário, a maior parte das 
disputas judiciais sobre indenização envolve 
situações bem mais complicadas. Como o processo 
de uma menina do Rio de Janeiro. A garota se 
acidentou com um bambolê no pátio da escola e 
perdeu a visão do olho direito. A instituição de 
ensino deveria ser responsabilizada pelo acidente? 
Os pais da menina diziam que sim e exigiram 
indenização por danos morais e materiais. Por sua 
vez, o colégio afirmava que não podia ser 
responsabilizado porque tudo não passou de uma 
fatalidade. O fato de o bambolê se partir e atingir o 
olho da menina não podia ser previsto: a chamada 
tese do caso fortuito. Com essa alegação, a escola 
esperava ficar livre da obrigação de indenizar a 
aluna. Ao analisar o pedido, o STJ entendeu que a 
escola devia indenizar a família. Afinal, o acidente 
aconteceu por causa de uma falha na prestação dos 
serviços prestados pela própria Este documento é 
cópia do original, assinado digitalmente por 
Tribunal de Justica de Santa Catarina - 50105, 
protocolado em 07/12/2018 às 14:46 , sob o número 
WIJI18101366377 . Para conferir o original, acesse o 
site instituição de ensino. Assim como esse, outras 
centenas de processos envolvendo caso fortuito e 
indenizações chegam ao STJ todos os dias. Assalto à 
mão armada no interior de ônibus, trens, metrôs? 
Para o STJ é caso fortuito. A jurisprudência do 
Tribunal afirma que a empresa de transporte não 
deve ser punida por um fato inesperado e inevitável 
que não faz parte da atividade fim do serviço de 
condução de passageiros. Entretanto em situações 
de assalto à mão armada dentro de agências 
bancárias, o STJ entende que o banco deve ser 
responsabilizado, já que zelar pela segurança dos 
clientes é inerente à atividade fim de uma 
instituição financeira. E o buraco causado pela 
chuva numa via pública que acabou matando uma 
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criança? Caso fortuito? Não. O STJ decidiu que 
houve omissão do Poder Público, uma vez que o 
município não teria tomado as medidas de 
segurança necessárias para isolar a área afetada ou 
mesmo para consertar a erosãofluvial a tempo de 
evitar uma tragédia. E onde entra o urubu? Numa 
ação de indenização por atraso de vôo contra uma 
companhia aérea. A empresa alegou caso fortuito 
porque um urubu foi tragado pela turbina do avião 
durante o vôo. Mas o STJ considerou que acidentes 
entre aeronaves e urubus já se tornaram fatos 
corriqueiros no Brasil, derrubando a tese do fato 
imprevisível. Resultado: a companhia aérea foi 
obrigada a indenizar o passageiro. Moral da história: 
Imprevistos acontecem, mas saber se o caso fortuito 
ou de força maior está na raiz de um acidente é uma 
questão para ser analisada processo a processo, 
através das circunstâncias em que o incidente 
ocorreu.1” 
 
Nesse sentido, ainda que a Agravante alegue força maior, 
decorrente de culpa de terceiros, tal argumento não é suficiente para eximi-la da 
responsabilidade, visto que, para configurar eventual exclusão de responsabilidade é 
necessário a impossibilidade total de execução do empreendimento, o que de fato 
não ocorreu. 
Ao contrário do que alega, as situações destacadas pela 
Agravante não se tratam de força maior, tampouco, culpa exclusiva de terceiros. 
São fatores inerentes a sua atividade e riscos de prévio conhecimento que não 
podem deflagrar no atraso de entrega do empreendimento, posto que previamente 
foram calculados por ela. 
É notório que a Agravante deve assumir os riscos de 
eventuais inconvenientes que possam surgir no decurso da obra, repita-se, 
previamente calculados. Alegar atraso por culpa de fornecedores não é um 
argumento plausível quando a matéria solicitada não é exclusiva. Ademais, ao 
elaborar um empreendimento de grande porte, como o RIVIERA CONCEPT, é 
necessário que seja feito um planejamento orçamentário e temporal para a 
completa execução da obra. 
Não bastasse, o contrato firmado com a empresa que iria 
colocar os vidros e esquadrias (fls. 125/134) fora firmado em 24 de Junho de 2016, 
 
1Disponível ao: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/580567/stj -manifesta-seu-entendimento-
sobre-caso-fortuito-eforca-maior - consulta em 05/12/2018. 
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cujo prazo para execução e conclusão/entrega está estabelecido na cláusula quarta, 
que assim estabeleceu: 
 
 
 
No contrato sub judice, constou que a obra seria 
entregue no dia 30/09/2016, estabelecendo-se tolerância de 180 (cento e oitenta), 
dias, vencido no dia 30 de março de 2017. 
Diante da análise do contrato firmado com terceiros, 
nota-se claramente que a Agravante tinha pleno conhecimento que a obra não seria 
entregue no prazo contratado. 
Até porque, diante da analise do contrato firmado com a 
empresa terceirizada, nota-se claramente a inveracidade/fragilidade das alegações 
da Agravante, ou seja, se a data para conclusão da obra ocorreria no dia 
30/09/2016, a Ré contratou o serviço de terceiros cuja conclusão ocorreria 
somente em dezembro/2017, evidenciando que busca se isentar por ato cometido 
voluntariamente, ciente que o prazo estabelecido prejudicaria a finalização da obra 
e consequentemente, não cumpriria com o prazo inicialmente estabelecido em 
contrato. 
Desta forma, litiga de má-fé a Ré quando acusa terceiro 
que não tem qualquer culpa, e ainda, resta provado que a mesma busca isentar 
responsabilidade a fato que ela mesma deu causa, pois, por opção, escolheu um 
projeto inovador que sabia da complexidade e que, por falta de previsibilidade e 
organização, não conseguiu concluir voluntariamente, de maneira que não 
configura caso fortuito ou força maior. 
Quanto à outra excludente alegada, crise financeira, 
também não merece guarida, sobretudo porque tais fatores, também devem ser 
considerados na estipulação para a entrega da obra, pois constitui risco inerente à 
própria atividade desenvolvida. Nessa esteira, colha-se o entendimento 
jurisprudencial: 
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“APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. 
CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E 
VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA 
DO IMÓVEL. ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA E 
CRISE FINANCEIRA. EXCLUDENTES. NÃO 
CARACTERIZAÇÃO. CULPA DA 
CONSTRUTORA. ADIMPLEMENTO 
SUBSTANCIAL. LUCROS CESSANTES.. ÔNUS 
DO FORNECEDOR. RESTITUIÇÃO DEVIDA. 
RECURSO DESPROVIDO. O adimplemento 
substancial por parte da promitente vendedora não a 
exime de arcar com o dever de indenizar pelos 
danos decorrentes do atraso na entrega do imóvel. A 
escassez de mão de obra e a existência de crise 
financeira não constituem caso fortuito ou força 
maior excludentes da reponsabilidade civil pelo 
atraso na entrega de imóvel em construção, mas 
risco da própria atividade desenvolvida pelas 
empresas do ramo da construção civil. Havendo 
culpa exclusiva da promitente vendedora pelo atraso 
na entrega do imóvel, é devido o pagamento de 
indenização pelos lucros cessantes, em valor 
equivalente ao aluguel mensal do referido bem, e 
que, em tese, obteria o consumidor caso estivesse 
alugado, a fim de compensar os prejuízos advindos 
do atraso. É indevida a cobrança de valores 
referentes à comissão de corretagem quando não 
previsto expressamente o pagamento de referido 
encargo pelo consumidor, tornando inequívoca a 
sua ciência, sobretudo quando não demonstrado nos 
autos a efetiva prestação dos serviços de corretagem, 
uma vez que os custos do negócio devem ser 
suportados pelo fornecedor, eis que inerentes à 
atividade empresarial. (TJ-DF - APC: 
20120111708060 DF 0046798- 30.2012.8.07.0001, 
Relator: ESDRAS NEVES, DJ: 04/03/2015, 6ª 
Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no 
DJE : 17/03/2015 . Pág.: 447)” 
 
Disso se denota que as justificativas trazidas em defesa, 
como serviço não executado por terceiro e crise econômica, não podem jamais se 
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enquadrar em caso fortuito ou força maior, ao contrário, demonstram somente a 
completa falta de organização da Agravante. Deste modo, não há o que se falar em 
excludentes de responsabilidade, mas sim, em falha na prestação de serviços. 
Observa-se, ainda que a Agravante se contradiz em suas 
próprias alegações, posto que em primeiro momento alega que o atraso se deu por 
ventura dos fatos supra, e no momento da suposta assembleia, bem como, ao bojo 
de Agravo posta que o atraso se deu em virtude da elaboração e realização tão 
somente das necessidades ante a “[...] troca da bandeira hoteleira, para a marca 
HILTON GARDENN INN”. Ou seja, não se isentou de qualquer 
responsabilidade ante aos fatos narrados, por isto resta evidente que a decisão do 
juiz a quo fora correta, também neste sentido. 
 
III. TUTELA ANTECIPADA DEVIDAMENTE DEFERIDA – 
ALUGUERES DEVIDOS – OBSERVÂNCIA DA CLÁUSULA 9ª, DO 
CONTATO DE COMPRA E VENDA – INEXISTÊNCIA DE 
CONVOCAÇÃO E TERMO DE INSPEÇÃO AO IMÓVEL: 
 
Sopesadas as teses supra, relata a Agravante que não é 
devido os alugueres deferidos em cognição sumária, pois a cláusula sétima do 
contrato de compra e venda, declararia que a posse do imóvel não seria transferida 
ao Agravado e que este se encontra na condição de sócio, correndo o risco da 
atividade empresarial, sendo estas as razões pela inviabilidade da concessão da 
tutela antecipada. 
Sem qualquer razão. 
Sobre o fato, reforçando o que se alegou em 
oportunidade passada, independente da condição da Agravada no referido negócio, 
trata-se de contrato de compromisso de compra e venda, não havendo dúvidas 
quanto ao evidente atraso da obra, bem como da privação do imóvel em 
decorrência da não entrega da unidade prometida ou pela fruição dos frutos deste, 
o que já enseja a indenização pecuniária a título de locação, sob pena de violação ao 
princípio da vedação ao enriquecimento sem causa. 
O prejuízo, na hipótese, é presumido, vez que o aludido 
atraso pelo vendedor necessariamente impede o compradorde exercer plenamente 
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seus direitos sobre, não necessariamente o uso, mas sim os frutos que dele 
certamente se resulta, nos termos dos artigos 1.228 e 1.196 do Código Civil, ou 
independente da finalidade à que a Agravada pretende ou até mesmo a sua 
condição de sócio em participação no empreendimento. 
O valor arbitrado a título de aluguéis mensais decorre de 
previsão contida na cláusula nona do contrato, senão vejamos: 
 
 
Diga-se, embora trate de previsões em caso de rescisão 
contratual, serve como parâmetro do valor a ser arbitrado a título de aluguel, vez 
que estabelece uma penalidade por compensação no patamar de 0,8% (zero vírgula 
oito por cento) ao mês, do preço reajustado monetariamente do imóvel, sendo 
exatamente o que sabiamente entendeu o juízo de piso. 
Embora na referida cláusula conste a previsão quanto à 
entrega da posse, certo é que essa já deveria ter ocorrido, como confessado pela 
Agravante, motivo pelo qual se entende perfeitamente aplicável a penalidade no 
presente caso. 
Ademais, o valor atribuído ao aluguel, decorre somente 
da mora da Agravante, que deu causa ao arbitramento desses, pois se tivesse 
cumprido com sua obrigação, não teria a Agravada ter que se socorrer ao judiciário 
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para ter seu direito protegido. Assim, não há que se falar em inexistência de 
obrigação em pagar aluguel já arbitrado judicialmente por constituir uma 
‘‘obrigação impossível’’, vez que fixados de acordo com a previsão estabelecida em 
contrato, pois caso fosse a Agravada inadimplente e estando hoje adimplente a 
Agravante, por certo que deveria àquele indenizar na mesma proporção por ela 
estabelecida, devendo-se manter incólume à decisão daquele respeitável Juízo. 
Corroborando com o elucidado, diga-se que até o 
presente momento, conforme acima mencionado, a Agravante não cumpriu com a 
cláusula oitava, parágrafo primeiro, pois até a atual data ainda não convocou a 
Agravada para a “inspeção e recebimento da unidade habitacional”, não lhe 
oportunizando verificar a integridade do imóvel e seu eventual estado, bem como 
para a assinatura de “inspeção e recebimento”, a qual lhe fora prometido e 
ratificado no momento da assinatura do contrato. 
Vejamos: 
 
 
Repita-se, em nenhum momento houve qualquer 
convocação ou informação a respeito do termino da obra, pelo que a Agravada só 
tomou conhecimento pelas menções atuais, por meio desta via judiciária. 
Hodiernamente a Agravada se encontra sem receber 
qualquer valor quanto aos frutos daquele empreendimento. Investiu-se dinheiro, 
suor, tempo, e principalmente saúde mental até atual situação e o retorno esperado 
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do valor empreendido esta sendo obstruído pela má-fé da Agravante. 
Diga-se que a demora frente à resolução desta celeuma 
tem apenas um prejudicado, no caso a Agravada, pelo que a Agravante se encontra 
hábil com a, suposta, realização do empreendimento, recebendo atuais proveitos 
econômicos ante a boa-fé da Agravada que tanto investiu na formação e na 
construção deste suado investimento. 
Tem-se tolhido seu direito de aquisição dos frutos 
daquele, ou dos direitos da sua cota parte. Seja para si, para venda, ou para aferir 
valores frente a negócios empresárias decorrente deste imóvel. E se não for 
mantida a decisão de piso, quanto ao pagamento dos valores a titulo de alugueres, 
tal dano e prejuízos continuarão existindo, se propagando ainda mais no tempo o 
presente absurdo. 
Resta inequívoco o ilícito perpetrado no caso dos autos, 
de tal forma que se reitera o petitório inicial, por estar evidente que a demora neste 
caso está prejudicando, em muito, a Agravada e privilegiando a Agravante. 
Assim, por tratar-se de situação em que o perigo na 
demora pode e esta ocasionando danos irreparáveis a Agravante, e ainda, 
demonstrada a robustez das provas aos autos, resta caracterizada a necessidade da 
manutenção da tutela de urgência satisfativa em caráter antecedente deferida, 
conforme previu o Código de Processo Civil em seu artigo 294. Observa-se, 
também, o correto deferimento da medida, inclusive, pelo que retrata o artigo 300 
do Código de Processo Civil: 
 
“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se 
em urgência ou evidência. 
 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida 
quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o 
risco ao resultado útil do processo.” 
 
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Quanto aos requisitos referentes a esta sabia concessão 
de tutela já deferida pelo juiz singular, nota-se que estão todos preenchidos. 
Para que não haja qualquer duvida a respeito, reforça-se 
que no caso em exame, resta claramente demonstrado que a Agravante encontra-se 
inadimplente, pois deixou de cumprir as obrigações do contrato, que era a entrega 
do bem em 30/09/2016, bem como deixou de convoca-lo para assinar termo de 
entrega, conforme exposto ao contrato em sua cláusula oitava, paragrafo primeiro, 
fato este que perdura até o presente momento. 
A verossimilhança das alegações da Agravada, se traduz 
na prova farta da contratação das partes e do inadimplemento da Agravante 
(ausência da entrega do bem), não havendo dúvidas quanto ao cumprimento da 
obrigação pela Agravada que adimpliu o valor do contrato em sua integralidade, 
conforme se verifica pelo comprovante de pagamento carreado aos autos, fato 
incontroverso inclusive. 
O perigo de dano também se faz presente, posto que, 
com a demora do procedimento, aguardando-se toda a instrução processual, bem 
como, a interposição de eventuais recursos protelatórios, a Agravada restará 
prejudicada aumentando ainda mais o lapso temporal em que ficará privado de 
usufruir dos frutos daquele empreendimento. 
A cessão da tutela deferida, também possui a finalidade 
específica de inibir a continuação do ato ilícito praticado pela Agravante, 
consistente na procrastinação da entrega do bem, no qual está regulamentado 
inclusive, no artigo 497 do Código de Processo Civil, no qual dispõe: 
 
“Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação 
de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o 
pedido, concederá a tutela específica ou determinará 
providências que assegurem a obtenção de tutela 
pelo resultado prático equivalente. 
Parágrafo único. Para a concessão da tutela 
específica destinada a inibir a prática, a reiteração 
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ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é 
irrelevante a demonstração da ocorrência de dano 
ou da existência de culpa ou dolo.” 
 
Contudo, se perfaz nítido concluir que a Agravante falta 
com a verdade dos fatos e tenta induzir esta corte em erro. As razões recursais 
esboçadas são desprovidas de qualquer fundamento e facilmente refutadas a partir 
do cotejo das provas trazidas nos autos. 
Por tal razão, por ser a mais lidima decisão ante a 
presente celeuma, pugna-se aos d. Desembargadores pela MANUTENÇÃO da 
tutela de urgência deferida pelo de juízo de piso, como expresso no referido 
instrumento contratual estudado aos autos, no montante de 0,8 % (zero vírgula oito 
por cento) ao mês do valor atualizado do contrato, a fim de cessar, e se não 
diminuir, os danos ocasionados pela Agravante em desfavor da Agravada, que até o 
presente momento esta arcando com todos os prejuízos e mazelas ocasionadas 
ilicitamente pela Algoz. 
 
 
II. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Posto isto, pugna à Vossas Excelências sejam recebidas 
as presentes contrarrazões apresentadas, dando-lhes, porconseguinte, integral 
acolhimento para o fim de negar provimento ao recurso da Agravante, mantendo-
se in totum a decisão combatida , revogando-se, por conseguinte, o efeito suspensivo 
concedido no presente recurso. 
 
 Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Curitiba, 11 de fevereiro de 2020. 
 
 
Thiago Henrique de Melo 
Advogado OAB/PR 69.107

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