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PROVA AA - TURMA 10º B - DIREITO PSICOLOGIA JURÍDICA / MEDICINA LEGAL - WAGNER FERREIRA DE GOES, RA 15150330 Tanatologia TANATOLOGIA: Estudo da Morte RESUMO Analisar o estudo da Tanatologia em geral, é como perceber que a morte e vista como um grande divisor de águas. Esta área abrange vários assuntos e estudos. Conhecer o estudo da Tanatologia requer um conhecimento a fundo da área do Psicólogo. O Psicólogo seja ele na área clínica, Institucional, ou mesmo dentro da Tanatologia, eles tem o objetivo de analisar a dificuldade do paciente e lhe passar o tratamento adequado, muitas vezes claro com técnicas diferentes, mas sempre com o propósito de dar a solução de melhora para o próximo. Diversos métodos e recursos não usados, na área do Estudo da Morte com um pouco mais de dificuldades, pois o assunto tratado é de tamanha delicadeza, morte de amigo, familiar, morte acidental, uma doença terminal, uma tragédia, todos esses aspectos são tratados dentro da Tanatologia. A Morte em questão tem que ser mais bem avaliada e estudada para passar pelo enfrentamento da mesma. 1 Introdução: Por que Morrer? A morte é inevitável, isso é algo concreto. Não sendo encarada da mesma forma por todos dependendo de algumas características pessoais do indivíduo, como: modo de vida, cultura, religião, etc. Compreender e aceitar a morte são tarefa que, infelizmente, poucos conseguem. Para isso, existe uma área preparada em realizar trabalhos específicos sobre morte, a Tanatologia. Assim como viver, morrer é um exercício diário. Na chama da vida esta a chama da morte. A escolha é só minha: Posso cultivar a dor de morrer a cada instante, ou o prazer de renascer no momento seguinte, a tristeza de sentir as coisas terminando ou a alegria de ver começar algo de novo. (CAIS, 2006) 1.1 Justificativa: O tema foi abordado mediante a maneira de como é difícil encarar, aceitar e compreender a morte, isso nos permite realizar estudos direcionados a este tema e refletir sobre a importância de se ter profissionais especializados em tratar de questões tão delicadas como saber lidar com pessoas que estão diante da morte. 1.2. Objetivos: 1.2.1 Objetivo Geral: Conhecer as diversas áreas de atuação da Psicologia, enfatizando a atuação do psicólogo diante da morte, a partir dos estudos da Tanatologia. 1.2.2 Objetivos Específicos: ·Compreender a atuação da Psicologia diante da morte; · Explicar os processos que envolvem a morte; · Distinguir as maneiras de como a morte é vista pelas pessoas de acordo com a sua visão de morte; · Compreender para o entendimento da morte; ·Conceituar Tanatologia; ·Identificar o papel do psicólogo diante dos processos ligados à morte; 2 Fundamentação Teórica A partir do momento em que se recebe a notícia da perda de um ente querido, as pessoas se deparam com uma difícil questão: como aceitar? Existem casos em que estamos “preparados” para a perda como, por exemplo, quando a pessoa esta em estado terminal ou vegetativo. É claro, aceitar não e fácil, mas, mesmo não querendo, de certa forma as pessoas acabam se conformando. Em outros casos, a dor da perda torna-se insustentável, pois ela nos e atribuída inesperadamente, complicando ainda mais a maneira de como vai superá-la como quando a causa da morte for um acidente, homicídio, etc. Há os casos em que a aceitação não é o principal problema, mas sim descobrir os motivos pelo qual a morte aconteceu como quando ocorre o suicídio. Entender e aceitar os motivos por uma pessoa querer terminar com a própria vida é uma tarefa difícil que poucos são capazes de conseguir. E há também um caso curioso onde se tem “escolha”, em que é possível decidir se a morte ocorrerá ou não, que seria a eutanásia, em que a pessoa só é mantida viva por aparelhos ou o aborto, quando alguém pode impedir que o feto, que já é um ser vivo, possa nascer. Independentemente de como a morte possa ser ela é inevitável, não existe uma pessoa que não irá conviver com ela, e como as pessoas estão acostumadas a ouvir: a morte é a única certeza que se tem na vida. O que resta a fazer é estudá-la, tentar compreendê-la e arranjar maneiras de diminuir os danos emocionais que ela causa. A pioneira nos estudos que envolvem a morte e o morrer se chama Elisabeth Kübler- Ross, suíça, formada em medicina, especializou-se em psiquiatria. Kübler Ross realizou pesquisas com seus pacientes em fase terminal pôde verificar que eles sofriam diferentes reações desde o momento que recebiam a notícia de que iriam partir. Ela menciona cinco estágios: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão e aceitação. No decorrer desses estágios o paciente passa por diferentes situações, no começo não quer aceitar, isolar-se é difícil encarar o fato de que sua vida é finita, passado este momento começa a pensar nas coisas que deixou de fazer e acha que deveria ter feito, reflete sobre o que fez para os outros e sente raiva por estar passando por essa situação, depois começa a pensar nos erros que cometeu durante a vida tentando refugiar-se e buscar um apoio, uma esperança de reverter seu quadro e geralmente vai à busca de Deus, confiante de que se fazer o bem "Deus o dará mais uma chance". Posteriormente o paciente entrará em um estado de tristeza profunda, a depressão.Nesse momento a doença está mais presente e a morte está cada vez mais próxima, é o momento em que a pessoa sente mais dificuldade, pois é hora de "desapegar-se" de suas coisas e das pessoas que o cercam.Passado tudo isso, o que ocorre é que o paciente aceita que vai partir, nesse momento surge a necessidade de amparar erros com pessoas próximas, e de perdoar e ser perdoado.(BIFULCO, 2006) Depois de realizada essa pesquisa, verificou-se a importância que os estudos da morte têm para a sociedade, seja em pacientes em fase terminal, na morte súbita, na média, relacionada ao suicídio. De qualquer forma que seja a morte ela possui muita importância e interferem diretamente na vida de quem for conviver com ela, no caso, todos. 2.1 Morte e Morrer: O Luto: O luto, como se sabe, é o momento posterior à perda de um ente-querido. É o tempo em que a maioria das pessoas ficam mais resguardadas, priva-se de festas e alegria por respeito para com a pessoa falecida. Durante o tempo em que se está de luto, algumas das pessoas, param para analisar e repensar a sua forma de viver e até mesmo mudam alguns de seus hábitos. Para cada pessoa que convive com o luto, há uma reação diferente: há aqueles que não sofrem interferência com a morte de um familiar, por exemplo, por não ter muito contato com o mesmo.(BIFULCO, 2006) Há aquelas pessoas, geralmente as mais ligadas a pessoa falecida, como mãe, filho ou cônjuge, que apresentam uma facilidade maior em desencadear uma tristeza profunda. Esses podem passar por "estágios" de aceitação, sentem-se desolados, agem de forma negativa, sofrem anseio por reencontrar a pessoa morta e passam até mesmo por momentos de culpa, aonde relembram de situações em que estavam com o ente-querido e acreditavam que deveriam ter agido de forma diferente tendo uma ilusão de que com essas pequenas atitudes poderiam evitar a morte da pessoa. Alguns enlutados sentem raiva, volta-se contra Deus, médicos, familiares, afastam-se dos amigos e podem até, mesmo por sentir-se culpado, voltar-se contra o mundo externo e privar-se do convívio social. 2.2 Morte e o Morrer: Profissionais da Saúde Quando se estudam os processos que envolvem a morte, foca-se, geralmente, no indivíduo em processo de morte, quando se trata de um paciente em fase terminal e no indivíduo que está diante de uma perda, o enlutado. E deixa-se de pensar na questão dos profissionais da saúde. "A falta de preocupação sistemática com a saúde do cuidador profissional tem sido apontada na literatura como principal ator que leva o profissionalda saúde, principalmente a enfermeira, a desenvolver distúrbios psicoemocionais [...] (PEREIRA, 2002)". Por conviver dia a dia com diferentes visões de morte, o profissional da saúde pode deparar-se,em alguns momentos, com distúrbios psicoemocionais.Isso deve ser levado em consideração na atualidade pois,"O suicídio entre médicos é superior ao da população,o que pode ser verificado em todo o mundo(Meleiro;1998)". 2.3 Morte e o Morrer: O Desastre em Santa Maria Quando se perde uma pessoa querida já é difícil de recuperar-se, mas quando se depara com situações em que há morte de várias pessoas, geralmente praticando uma mesma ação, fica, inevitavelmente, mais difícil de encarar. Foi o que aconteceu com familiares das vítimas do desastre ocorrido em Santa Maria no dia 27 de janeiro, em que mais de 200 pessoas perderam a vida em um incêndio na Boate Kiss. Quando acontecem desastres de tamanha proporção, é possível perceber que o ser humano pode ser capaz de ter atitudes que o remetem ao período pré-histórico, onde o lema vivenciado por eles era "matar ou morrer”, pois,quando saíram os resultados das perícias realizadas, foi visto casos de pessoas que morreram pisoteadas, algo que se julga sem coragem para fazer em situações normais. Depois do desastre ocorrido, os abalos emocionais são grandes e o trabalho dos Psicólogos torna-se indispensável. Nesse momento a Psicologia serve para dar suporte às pessoas que tiveram relação com o desastre. Diferente do que se imagina, não são somente os familiares das vítimas fatais que precisam de apoio, mas, também sobreviventes, profissionais da saúde e resgate, que tiveram muita interação com as emoções que o desastre causou. Outro fato que vale ressaltar sobre esse desastre é que para os familiares tornou-se mais difícil a superação do episódio, devido a repercussão que o mesmo teve na mídia, tanto no Brasil, como no mundo, o desastre rendeu muitas discussões, e quanto mais fala-se da pessoa que partiu e da forma como partiu mais tarde a aceitação virá. 2.4 Morte e o Morrer: A Morte por “ Escolha” De acordo com Ferreira (1995), Eutanásia é a prática, sem amparo legal, pela qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um doente reconhecidamente incurável. No caso da Eutanásia, pode dizer-se que a morte é "facultativa", ou seja , o familiar pode escolher se deixa o ente-querido partir, aliviando o seu sofrimento ou se o deixa viver.Geralmente o indivíduo só esta vivo por estar ligado a aparelhos que o possibilitam sobreviver. Para alguns a Eutanásia é considerada um "suicídio assistido”. Quando o paciente opta por morrer é difícil para os familiares concordar com a idéia de o paciente sentir-se pronto para morrer. 3 MÉTODO: A pesquisa foi de ordem qualitativa, uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é extrair as informações capazes de responder ao problema de pesquisa, por meio de leituras e análise das informações de livros, revistas e artigos científicos de autores renomados na discussão do fenômeno estudado. 4 Conclusão: O Estudo da Morte, Tanatologia, é um assunto que possui muita importância, tanto para pacientes que estão próximos da morte, quanto para pessoas que perdem ente-querido. Como estudante de Psicologia foi possível adquirir um bom entendimento sobre os processos que envolvem a Morte: luto, pessoas doentes e que podem morrer, eutanásia, suicídio, sobreviventes em desastres, etc. É possível perceber que a morte é encarada de diferentes maneiras pelas pessoas, que cada perda para cada indivíduo é encarada de uma forma diferente dependendo de vários motivos: aproximação com a pessoa que morreu, causa da morte, idade do falecido, relação que o falecido tinha com as pessoas. Vimos que há diferença no modo de encarar a morte de acordo com a cultura e/ou religião de um determinado grupo que encara a perda. O trabalho foi importante para nós como futuros profissionais, pois, nos permitiu aprender como lidar com as pessoas diante da morte, descobrimos coisas novas, como, o suicídio com profissionais da saúde ser maior que do restante da população, e apagamos algumas idéias “erradas” que se tem sobre o tema. REFERÊNCIAS Kóvacs MJ. Profissionais de saúde diante da morte. In: Kóvacs MJ. Morte e Desenvolvimento Humano. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1992. p.235-5 Ariès P Sobre a história da morte no Ocidente. Teorema: Lisboa; 1989. Kovács MJ. Pacientes em estágio avançado da doença, a dor da perda e da morte. 2 ed. In:Carvalho MMJ, (Org.).Dor: um estudo multidisciplinar. São Paulo: Summus; 1999. Kóvacs MJ. Educação Para a Morte: Desafio na Formação de profissionais de Saúde e Educação. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2003p. 318-37 Bifulco VA. Princípios éticos e humanitários no cuidado de pacientes graves. Revista Meio de Cultura. 2004; 25:19-20
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