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PROCESSOS QUÍMICOS TÊXTEIS 
 
Tingimento Têxtil – Volume III 
 
 
 
Por 
 
Prof. Rasiah Ladchumananandasivam, B.Sc., M.Sc., PhD., AUMIST., 
CText FTI, FRSA., CCol FSDC., SENIOR MEMBER AATCC. 
 
Professor Associado II, Centro de Tecnologia, 
UFRN, Natal-RN, Brasil. 
 
 
NaO3S
NH2 OH
SO3Na
OMe
OMe
N=NN=N SO3Na
SO3Na
OH NH2
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E TÊXTIL 
CURSO DE ENGENHARIA TÊXTIL 
NATAL, RN - BRASIL. 
2008 (2a Edição – revisada) 
 
F = ds
dt
D dc
dx
= − 
ii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TINGIMENTO TÊXTIL 
iii 
ficha catalográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
O rápido desenvolvimento sem precedentes da indústria têxtil que se manifestou desde o início do século 
passado teve crescimento paralelo no tingimento e estamparia dos têxteis. No início o uso dos corantes 
era restrito aos corantes substantivos, ácidos, básicos e mordentes e corantes azoicos insolúveis 
derivados de β naftol. A descoberta das fibras manufaturadas (regeneradas e sintéticas), influenciou 
muito a manufatura dos corantes e as técnicas de aplicação. O progresso na manufatura dos corantes, 
produtos químicos industriais e têxteis, fibras e resinas foram gigantescas. Um profissional desta área, 
um químico têxtil / engenheiro têxtil, nas indústrias têxteis de tingimento e estamparia realiza as suas 
atividades pela organização dos trabalhos diários, fazendo o máximo possível para atender às 
necessidades dos clientes, de acordo com a capacidade de produção da fábrica. O objetivo essencial 
deste profissional permanece na procura energética e intensiva do progresso, tanto quanto o interesse da 
empresa na qual ele trabalha, para o desenvolvimento do seu conhecimento nesta arte especial. Embora 
este profissional seja imaginativo e inventivo, as suas idéias não podem ajudar se um equipamento 
simples de laboratório não estiver disponível. Deste modo, um dos pontos principais é a necessidade de 
um laboratório adequado com equipamentos modernos e os produtos químicos necessários. Este é o 
pré-requisito primário para investigação e produção de rotina, e estudos dos novos processos e 
invenções. 
 
O processo de tingimento dos materiais têxteis tornou-se exato e intrincado na indústria de multifibras de 
hoje. A presente apostila, principalmente para aqueles envolvidos no processamento de tingimento, 
apresenta uma grande proporção de detalhes e instruções de processamento. Todavia, devido à variação 
de substratos apresentados ao tingidor e também as diferenças das condições locais, modificações dos 
métodos específicos são necessárias, para se obter resultados ótimos. As instruções dos processos são 
então suplementadas pelas descrições das fibras, suas diferentes formas e as teorias envolvidas. 
 
 Ladchumananandasivam, Rasiah, 2008. 
 
 Processos Químicos Têxteis 
 
Volume III – Tingimento Têxtil (revisado 2ª Edição) 
 
iv 
 
Também a química envolvida e a preparação e aplicação dos deferentes tipos de corantes foram 
descritos. Do ponto de vista da concentração nos aspectos práticos, todavia, os assuntos teóricos teoria 
foram suprimidos devido a importância dos aspectos práticos. 
Este trabalho faz parte da série de apostilas preparadas pelo Professor Rasiah Ladchumananandasivam 
como apoio às aulas ministradas no Curso de Engenharia Têxtil da Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte. 
 
CONTEÚDO 
 
 Página 
1. 
TEORIA DO TINGIMENTO 
1.1 Introdução 
1.2  TEORIA DO TINGIMENTO 
1.3 Estrutura Química e Propriedades dos Corantes 
1.4. Influência da estrutura da fibra na absorção do corante. 
1.5. Seleção de Corantes e Processos de Tingimento 
1.6 Classificação dos Corantes. 
1.7. Efeito de Assistentes (Auxiliares), no Tingimento. 
1.8. Outros usos de corantes 
1.9. Nomes Comerciais 
1.10. 
Produtos Auxiliares ao Tingimento 
1.11. Auxiliares no Banho do Corante 
1.12. Termos Técnicos Usados em Tingimento 
1.13. Quantidade de Corantes e Auxiliares 
1.14. Cálculos de tingimento 
1.15. Diferentes classes dos corantes e suas propriedades e aplicação 
1.16 Corantes Diretos. 
1.17 Efeitos de Tratamentos de Acabamentos. 
1.18 Corantes para Fibras Celulósicas 
1.19 Falhas comuns 
1.20. Corantes À Tina 
1.21. Corantes reativos. 
1.22 Lavagem 
2. MAQUINARIA E PROCESSOS 
2.1 Métodos de aquecimento 
2.2 Máquinas de tingimento para tow, fibras curtas, top e fio. 
2.3. Bomba 
2.5. Aquecimento 
2.6. O fluxo do banho 
2.7. Relação do banho (R:B) 
2.8. Tipos de embalagens 
2.9. Máquinas para tingir mechas (tow e top – fibras soltas –rama ou plumas) 
2.10. Máquinas para tingir fio no rolo do urdume (urdume perfurado) 
2.11. Tingimento contínuo das fibras, fios, tow e top. 
v 
 
2.12. Máquinas de tingimento de fio em forma de meadas 
2.13. Máquinas circulares 
2.14. Máquinas para tingir fio em forma de tubete (cop) 
2.15. Secagem 
2.16 Máquinas de tingimento à jato 
2.17. Máquinas de tingimento a jato – “Softflow” compactos 
2.18. Máquinas de tingimento a jato: Jato de ar. 
2.19. Máquinas híbridas e máquinas especiais (novel) 
2.20 Bibliografia. 
2.21 Questões 
1 
 
 
1. TEORIA DO TINGIMENTO 
 
 1.1 Introdução 
O processo de tingimento sempre ocupou lugar único dentre os processos 
têxteis. A aplicação de corantes é considerada como uma arte. Por tingimento de 
material têxtil entendemos a coloração que lhe é dada e possui permanência 
relativa. Isto implica que a coloração não desbote facilmente durante as lavagens 
e exposição do material à luz. Acredita-se que a arte de tingimento começou a ser 
praticada no ano 3000 ac na china, índia e egito. Até a metade do século xviii 
todos os corantes eram obtidos de fontes naturais, usualmente plantas, embora 
alguns fossem produto animal ou mineral. Ex: índigo que é extraído da indigofera 
tinctória (i), e a alizarina obtido da raiz de garança (ii). 
 
 
 
(I) 
 
 
 
 
N
CH +O2+
N
HC
N
C
N
C
OH OH OH OH
+ 2H O
2
Indigotina
Indoxilo
 
 
 
(II) 
 
 
O
O
OH
OH
Alizarina 
 
 Usados na Índia desde tempos remotos, documentados na história, quase 
todos os corantes de origem natural não são capazes de produzir sozinhos, cores 
permanentes nos têxteis. Por isso, as fibras têm que ser preparadas pela 
impregnação com substâncias metálicas, tais como alumínio, ferro ou lata para 
que o corante possa fixar-se no material têxtil final. Essas substâncias são 
conhecidas como mordentes. 
2 
 
 
 Atualmente, quase todos os corantes são preparados sinteticamente, tendo 
como base o alcatrão. e sabemos que o primeiro corante sintético (MOUVINE) 
preparado comercialmente foi a Anilina, em 1856, por W. H. Perkin. Por causa do 
grande número de diferentes fibras e outros materiais que requerem tingimento, e 
a grande variação nos tipos de desgaste e rasgamento aos quais estão sujeitos os 
materiais têxteis, diferentes corantes são fabricados e o número está aumentando 
constantemente. 
 Há três formas nas quais os materiais têxteis podem ser tingidos: 
 1) Em forma de rama (fibra solta) antes da conversão em fios. 
 2) Em forma de fio. 
 3) Em forma de tecidos. 
 O tingimento pode ser definido como uma aplicação de cores para todo o 
corpo do material têxtil com algum grau de solidez: isso implica uma certa 
penetração dos corantes dentro das fibras individuais e um grau prático de 
durabilidade, sendo o mais importante a uniformidade de aplicação das cores. 
 
1.2  Teoria do Tingimento 
 O tingimento pode ser considerado sob dois aspectos: 
 i) O aspecto cinético - refere-se a importância da velocidade com que os 
corantes são absorvidos. 
ii) O aspecto termodinâmico - examina a distribuição do corante entre a 
fibra e o banho quando o equilíbrio está estabelecido. 
 
1.2.1 As forças de atração responsáveis pela absorção do 
corante são: 
 
 1) Ligação Iônica. 
 2) Pontes de Hidrogênio. 
 3) Ligação Covalente. 
4) Forças de Van der Walls. 
 
3 
 
 
 1.2.1.1 A ligaçãoiônica - resulta de uma atração entre 
duas cargas nos átomos, a positiva e a negativa, que resulta da transferência dos 
elétrons. 
Ex: No caso do NaCl: 
 
2 2 8 1 8
Na Na-⎯→⎯ + −e 
2 8 7 8 8
Cl Cl-+ ⎯→⎯−e
2
 
 ClNaClNa −+−+ ⋅⋅→⋅⋅+ 
 No caso do tingimento de fibras, os amino grupos de lã (Carga Positiva) 
atraem os ânions dos corantes ácidos. 
 
3 3 3 3
− + − +
+ − ⎯→⎯ −DSO H N lã DSO H N lã 
(D-CORANTE) (AMINO GRUPO - LÃ) ÂNION DO CORANTE ÁCIDO 
 
 No entanto, os grupos carboxílicos (carga negativa) da lã atraem os 
corantes básicos. 
 lãOCOHDNlãOCOHDN −⎯→⎯−
−+−+ + 22 
CÁTION DO 
CORANTE BÁSICO 
GRUPO CARBOXÍLICO
DA LÃ 
 
 A ligação iônica é facilmente quebrada e precisa ser suplementada por 
outras forças de atração entre a fibra e o corante, em particular a força de Van Der 
Wall. Estas forças atuam somente em pequena faixa, e são as forças iônicas de 
faixas relativamente longas que dão atração primária. 
 
 1.2.1.2. A ponte de hidrogênio - resulta da habilidade 
do hidrogênio em aceitar um segundo par de elétrons, em que, ele é 
compartilhado entre dois átomos de oxigênio e um átomo de nitrogênio. 
 O ----- H ----- O O ----- H ----- N 
 Aqui o átomo de hidrogênio serve como uma ponte entre dois átomos 
eletronegativos, ligando um por ligação covalente, e o outro por forças puramente 
4 
 
 
eletrostáticas. A ligação de hidrogênio é, geralmente, indicada em fórmulas por 
uma linha interrompida. 
 
 H H 
 | | 
 H ⎯ F ----- H ⎯ F H ⎯ N ----- H O 
 | 
 H 
 Assim os corantes que têm os grupos -OH, ou -NH2 podem formar ligações 
com fibras que têm o grupo /
\ CO. 
 
 /
\ C = 0 ----- H ⎯ N ⎯ D 
 ⏐ corante 
 H 
 
 1.2.1.3 Forças de Van der Wall. 
 Representam a atração entre as moléculas de compostos não polares. 
Quando as moléculas se aproximam suficientemente elas se atraem. A força de 
atração é proporcional à área de possível contato. Portanto, moléculas chatas e 
grandes tentam se segurar nas moléculas das fibras por causa da força de atração 
similar. A afinidade da maioria dos corantes é devido a essas forças de Van der 
Wall. 
 
1.2.1.4 Ligação covalente. 
 Resulta do compartilhamento de elétrons dos átomos, formando forte 
ligação permanente. 
×
××
××
××
××
×→×× Cl H + H. .Cl x 
H ⎯ Cl 
5 
 
 
Aqui na formação de uma molécula de ácido clorídrico o único elétron de 
hidrogênio é em compartilhamento com outro elétron do átomo de cloro, que 
resulta na formação de uma ligação covalente. 
 No tingimento, os corantes reativos são ligados à fibra por meio de uma 
ligação covalente, que é muito mais forte que qualquer outra ligação por exemplo, 
o corante reativo forma ligação covalente com os grupos hidróxilos de fibras 
celulósicas e com amino grupos da lã. 
 D ⎯ R ⎯ Cl + HO ⎯ celulose ⎯→⎯ D ⎯ R ⎯O⎯ celulose + HCl 
(corante reativo) (grupo hidroxila 
 da celulose) 
 
 D ⎯ R ⎯ Cl + H2N ⎯ Lã ⎯→⎯ D ⎯ R ⎯ HN ⎯ Lã + HCl 
(corante reativo) (amino grupo da lã)
 
1.2.2. Relação de tingimento. 
 
 Quando uma fibra é mergulhada no banho do corante, o processo de 
tingimento acontece em três estágios: 
 (i) Transferência do corante do banho, na direção da superfície da fibra. 
 (ii) Adsorção do corante pela superfície da fibra (fixação). 
 (iii) Difusão do corante da superfície para dentro da fibra. 
 Realmente, o primeiro estágio consiste de duas partes, desde que exista 
uma camada estática da solução do corante na vizinhança das fibras. A espessura 
desta camada de difusão varia inversamente de acordo com a velocidade do fluxo 
através das fibras. No fluxo, como no tingimento em escala industrial, a difusão 
através dessa camada é que determina a relação de tingimento. Nas condições de 
laboratório o índice do fluxo é ajustado para que o estágio (iii) venha a se tornar a 
relação determinante. O estágio (ii) é virtualmente instantâneo, a difusão do 
corante na fibra é governada pela lei de FICK. 
F = 
ds
dt
D dc
dx
= − (1) 
6 
 
 
Onde F = velocidade da transferência/área de secção transversal unitária. 
ds = Quantidade de corante que se difunde através da distância-padrão no 
intervalo de tempo (dt) muito pequeno. 
c = Concentração em um ponto; x, a distância difundida; e D (uma constante) 
é o coeficiente de difusão. 
 A lei de Fick é meramente uma afirmação de que a relação de difusão ds/dt 
é proporcional a concentração gradiente dc/dx. 
 No estado acima, a equação de Fick não está bem adaptada ao trabalho 
experimental, mas após manipulação apropriada, ela pode ser integrada para dar 
uma equação na forma de uma série infinita. A verdadeira equação é obtida 
dependendo da forma do substrato. As fibras de seção transversal, tais como lã, 
correspondem a cilindros de raios infinitamente longos, e neste caso a integração 
resulta na equação de HILL. 
c
c
Ae Cet By Ey
∞
− −= − −1
 (2) 
 Onde: y = Dt / r2 e A, B, C, E etc, são constantes dos valores 
conhecidos. 
 Esta equação é baseada em uso de um banho infinitivo. Isto é, uma alta 
relação de banho é usada, em que não há nenhuma mudança na concentração do 
banho durante o tingimento. Vários tingimentos, por exemplo, nos fios torcidos 
folgadamente, são executados numa temperatura fixa através de agitação. O 
corante na fibra é depois determinado pela extração e afirmação calorimétrica. Um 
tingimento por muitas horas dá a concentração-equilíbrio de um corante numa 
fibra (C∞), muitos tingimentos em tempos curtos dão valores de (ct). Tabelas e 
gráficos relacionados com Ct/C∞ à Dt/r2 podem ser encontrados. Assim, os 
cálculos são simples, uma vez que o raio da fibra é conhecido. O coeficiente de 
difusão "D" pode ser expresso em cm2/min ou cm2/seg. Diferentemente da 
relação de difusão, ele é independente da concentração gradiente ou quantidade 
de corante na fibra, uma vez que a lei de Fick é obedecida. 
7 
 
 
 Nos estágios primários de tingimento, com uma fibra de raio "r", cilíndrica e 
com tingimento ordinário numa temperatura fixa, o seguinte relacionamento 
simples é obedecido: 
4
2r
Dt t
C
C
⋅
∞
=
π (3) 
 Conseqüentemente, se Ct (ou porcentagem de exaustão) é traçada com a 
raiz quadrada de tempo, receberá uma linha reta. O coeficiente angular da reta é 
proporcional à raiz quadrada do coeficiente da difusão, como ilustrado abaixo, 
Figura 1.1. 
 
E 
X 
A 
U 
S 
T 
à 
O 
 
% 
t 
Figura 1.1 Relação entre a porcentagem de exaustão e t . 
 
 A parte inicial é uma curva e indica a saída da teoria e representa o 
crescimento das camadas de superfície do corante; no entanto, a parte final indica 
que a exaustão do banho já passou o ponto em que uma camada de superfície 
constante pode ser mantida, e a aproximação não vale mais. 
 Uma medida indireta de relação de difusão na fibra é dada pelo tempo, 
"tempo de meio tingimento". Se o tingimento é feito numa dada temperatura de 
tC 
8 
 
 
exaustão em tempos diferentes, e traçada com o tempo de tingimento, uma 
parábola do tipo ilustrado abaixo é obtida, Figura 1.2. 
 
↑ 
E 
80 
X 
A 
U 
S 
T 40 
à 
O 
 
(%) 
 1
2t tempo → 
Figura 1.2Relação entre a exaustão e o tempo. 
 Por causa da aproximação gradual para o equilíbrio final, o tempo de 
chegada ao equilíbrio não pode ser medido corretamente, mas o tempo de 
chegada à metade do equilíbrio final pode ser medido. 
 O tempo de meio tingimento ( 1
2t ) que já fora obtido é proporcionalmente 
inverso à relação de difusão na fibra, isto é, tempos curtos de meio tingimento 
indicam difusão rápida e conversa. Os valores de meio tingimento dependem 
muito das condições experimentais. Como exemplo tem-se a porcentagem de 
corante usado. Estes valores são úteis para comparar osmembros de uma série 
de corantes aplicados dentro de condições idênticas. 
 O efeito geral da temperatura no tingimento é ilustrado no gráfico seguinte. 
A elevação da temperatura aumenta a relação de tingimento, mas diminui o 
equilíbrio de exaustão. 
 
9 
 
 
↑ 40oC
E 60ºC
X 80oC
A 100ºC
U 
S 
T 
à 
O 
(%) 
 0 A TEMPO → B 
 Figura 1.3 Efeito geral da temperatura na exaustão do corante. 
 O efeito da temperatura na relação de difusão do corante numa fibra é dado 
pela energia de ativação da difusão. A difusão acontece de regiões de altas 
concentrações para regiões de menores concentrações. Mas nem todas as 
moléculas de corantes têm energia suficiente para superar o restritivo das 
moléculas na vizinhança. A medida que a temperatura é elevada, um maior 
número de moléculas adquire a quantidade mínima de energia necessária para 
que se libertem, como é ilustrado no gráfico (A), assim, a relação de difusão 
aumenta de acordo com a temperatura. O número de moléculas ativadas é 
proporcional a concentração total dos corantes e ao termo abaixo. 
(−E/RT) (4) 
 Onde R é a constante (1,99 cal/mol por grau), T é a temperatura absoluta e 
E é a quantidade pela qual a energia de uma molécula ativada supera a energia 
média das moléculas. 
 A lei de Fick é aplicada, somente, para as moléculas ativadas, onde a 
concentração é desconhecida. Contudo, o termo exponencial pode ser incluído no 
coeficiente de difusão, e pode ser descrito: 
 eDD RTEt /−⋅= φ (5) 
10 
 
 
 Onde Dt é o coeficiente da difusão observado na temperatura absoluta e Dφ 
é a constante. Considerando logaritmos naturais: 
 Ln D E RTt constante= − +/ (6) 
 Assim os logaritmos do coeficiente da difusão conservado é traçado contra 
recíprocas da temperatura absoluta correspondente. 
 
 
 
 
 
 Log Dt 
 
 
 
 
 
3,0 
 
 
2,0 
 
 
1,0 
 
 
0,0 
 
 0,0026 0,0028 0,0030 0,0032 0,0034 
1/T 
Figura 6.4 Efeito da temperatura na energia das moléculas de corantes 
(H. A. Turner). 
 Uma reta é obtida, e o coeficiente angular da reta é E/R, que ajuda a 
calcular a energia de difusão da ativação (E). 
 Na prática, logaritmos comuns são usados, isto é, log Dt é traçado contra 
1/T e o coeficiente angular da reta é multiplicado pelo fator 2,3. 
 Um tratamento similar pode ser ativado para as medidas de relação do 
tingimento. Ex: Pela fração de log 1
2t contra 1/T, para obter energia de ativação 
do tingimento correspondente. 
11 
 
 
 Vickerstaff mostrou que as energias de ativação de uma curta classe de 
corantes na fibra são muitas vezes semelhantes, para que um único valor possa 
descrever as propriedades de um grupo de corantes com relação a temperatura. 
 Alguns dos valores são descritos abaixo: 
 
Tabela 1.1 Energia de Ativação com Relação a Diferentes Sistemas de 
Tingimento: 
Tipo do Corante Fibra Energia de Ativação (E) 
 (kJ/mol) Kcal mol-1
Componentes uniões de azóicos Raion Viscose 42 10 
À tina Raion Viscose 52 12,5 
Direto Raion Viscose 59 14 
Corante ácido de igualização Lã 92 22 
Corante ácido ao pisão Lã 121 29 
Disperso Polipropileno 105 25 
Disperso Poliéster 167 40 
Corantes Básicos Acrílicos 251 60 
 A magnitude de energia de ativação indica qual é a temperatura de 
tingimento que vai ser requerida. Quando "E" representa 40 kJ/mol, o tingimento é 
feito na temperatura ambiente; 80 kJ/mol indica que a temperatura 60º - 80ºC 
praticável. Com "E" representado 130 kJ/mol, o tingimento tem que ser feito a 
temperatura perto de 100ºC, e quando "E" tem o valor de 140 kJ/mol, tem que ter 
equipamentos especiais para permitir o uso de temperatura de 120 - 140ºC. 
 
1.2.3 Linhas de Isotermos de Adsorção 
 
 Exceto quando ocorre uma combinação química real, no caso de corantes 
reativos, o tingimento consiste de divisão do corante entre a fibra e o banho. Se 
desejarmos um tingimento econômico, a divisão final no equilíbrio deve ser em 
direção à fibra, isto é, tem que ter uma boa exaustão de banho (esgotamento). 
12 
 
 
 O efeito da concentração do corante na divisão pode ser expresso 
graficamente depois de levar os tingimentos ao equilíbrio numa temperatura fixa 
com quantidade de corantes variáveis, e depois medindo a quantidade de corante 
na fibra (D)f e no banho residual (D)s são obtidos três tipos de linhas isotérmicas 
de adsorção. 
 
 
 
 
[D]f 
 
 
 [D]s 
 Figura 1.5 Isotermo de Freundlich 
 A linha isotérmica de Freundlich (equilíbrio) é aplicada para a adsorção dos 
corantes diretos e à tina pelas fibras celulósicas. 
 ( ) ( )χsf DKD = (7) 
 Onde: K é uma constante e χ é o poder fracional na transformação dos 
logaritmos. 
 ( ) ( )sf DD log xK loglog += (8) 
 Assim, traçado um log (D)f contra log (D)s, uma linha reta é obtida. Se o 
poder fracional na equação 7 é unidade, então, 
 ( ) ( )χsDKD f = (9) 
recebido uma linha reta: 
13 
 
 
 
 
 
 
 fD][ 
 
 
 
 sD][ 
 Figura 1.6 Isotermo de Freundlich 
 A constante K agora é o coeficiente da divisão e a linha isotérmica no ponto 
em que a fibra e o banho estão saturados. 
 Este relacionamento é encontrado com corantes dispersos nas diferentes 
espécies de fibras. 
A Figura 1.7 ilustra o tipo de linha isotérmica de adsorção Langmuir. 
Diferente da linha isotérmica de Freundlich, onde os números dos lugares de 
reação são indefinidos, a linha isotérmica de Langmuir implica na presença de um 
número definitivo de lugares de reação onde a adsorção acontece. 
Conseqüentemente, [D]f chega ao máximo, como mostra a figura abaixo. 
 
 
 
fD][ 
 
 
 
 
 sD][ 
 Figura 1.7 Isotermo de Langmuir. 
 
 
14 
 
 
 A equação de Langmuir é: 
 ( )
s
sf
f DK
DCK
D
)(1
)()(
+
= (10) 
 Onde: K é uma constante e (C)f é a concentração de corante na fibra 
quando todos os lugares da reação estão ocupados. 
 Para estruturas de corante-fibra: 
 ( )ff
f
s DS
D
a
D
][][
][1][
−
⋅= (11) 
 e 
S
Sf
f Da
DSa
D
][1
][][
][
+
⋅⋅
= (12) 
[S]f representa a concentração dos pontos acessíveis numa fibra qualquer e então 
corresponde teoricamente adsorção monocamada do corante. 
 
fsff SDSaD ][
1
][][
1
][
1
+= (13) 
 ou ff
s
f DaSa
D
D
][][
][
][
−=
 (14) 
O procedimento mais comum é plotar 
fD][
1 contra 
sD][
1 . 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.8 (a) 
fD][
1 contra 
sD][
1 Figura 1.8 (b) 
s
f
D
D
][
][
 contra fD][ 
 
As diferentes formas de adsorção: 
 
 (a) 
 
 (b) 
 (c) 
 
 
 
fD][
1 
 
fS][
1 
 
sD][
1 
 
 
 
 
s
f
D
D
][
][
 
 
 fS][ 
 
 fD][ 
16 
 
 
 (d) 
 
 Molécula do corante 
 Forças intermoleculares 
 Superfície do substrato 
 
Figura 1.9. As diferentes formas de adsorção. 
 
1.3 Estrutura Química e Propriedades dos Corantes: 
 
 Estas são as quatro propriedades principais que os corantes devem 
possuir. 
 1. Cor intensa. 
2. Em quase todos os casos, solubilidade em solução aquosa 
(permanentemente, ou apenas durante a operação de tingimento). 
3. Capacidade de ser absorvido e retido pela fibra (substantividade) ou 
de ser combinado quimicamente com ela (reatividade). 
4. Solidez é a habilidade de suportar o tratamento que a fibra sofre nos 
processos de manufatura e no uso normal. 
 
 O engenheiro têxtil, de tingimento tem que combinar grupos apropriados 
numa molécula orgânica, para dar um produto que tenha a combinação mais 
satisfatória desta propriedade, visando qualquer uso desejado. 
 
 
17 
 
 
1.3.1 Cor intensa. 
 
 A luz é uma forma de energia e cada comprimento de onda do espectro 
visual tem um valor fixo de energia associada com ele. O fim do vermelho no 
espectro visual tem o valor mínimo, e o fim da violeta tem o valor máximo e as 
ondas ultravioletas que são ainda menores, tem a maior energia. Se, por exemplo,os elétrons na molécula de um corante precisam apenas da quantidade de energia 
associada à luz azul para fazê-los mudar para outra órbita, eles absorverão esta 
energia e assim, absorverão do mesmo modo a cor presente. 
 Todos os outros comprimentos de onda da luz que caem no corante, não 
terão a quantidade certa de energia associada a elas para causar a mudança dos 
elétrons e assim não serão transformados. E se o azul for removido do espectro, 
nós receberemos do restante uma sensação a que nós chamamos de amarelo. 
Então nós dizemos que não temos um corante amarelo. 
 Do mesmo modo, os elétrons de outros compostos coloridos necessitam 
absorver uma quantidade maior ou menor de energia para ajuda-los a se mudar 
para uma órbita maior; assim, a cor da luz que eles absorvem, e 
conseqüentemente a luz que eles transmitem variará, e isto conta para a 
existência das muitas cores que os objetos possuem. 
 No caso dos compostos orgânicos a quantidade de energia que os elétrons 
precisam absorver para alterar suas órbitas é associada com a relação da região 
ultravioleta, para que o comprimento de ondas visível não seja afetado e os 
compostos apareçam incolores. Mas os compostos orgânicos coloridos são 
peculiares uma vez que suas moléculas contêm um grupo de átomos chamadas 
Cromóforas e os elétrons neste grupo podem ser deslocados pela pequena 
quantidade de energia - aqueles que estão presentes no espectro visível. Por 
muitos anos os químicos têm estado pesquisando por novos grupos de 
cromóforos, mas até hoje existem somente cerca de 20 (vinte). Todavia, a cor de 
luz que eles absorvem pode ser modificada pela introdução de outros grupos 
químicos dentro da molécula que os contém e assim um número maior de 
diferentes cores pode ser produzido. 
18 
 
 
Tabela I.2 Comprimentos de onda da luz absorvida e cor visível. 
Comprimento de onda da luz 
absorvida 
Luz absorvida Cor visível 
SI (nm) A 
400 - 435 
435 - 480 
480 - 490 
490 - 500 
500 - 560 
560 - 580 
580 - 595 
595 - 605 
605 - 750 
4000 - 4350 
4350 - 4800 
4800 - 4900 
4900 - 5000 
5000 - 5600 
5600 - 5800 
5800 - 5950 
5950 - 6050 
6050 - 7500 
Violeta 
Azul 
Azul esverdeado 
Verde azulado 
Verde 
Verde amarelado 
Amarela 
Laranja 
Vermelha 
Verde amarelada 
Amarela 
Laranja 
Vermelha 
Púrpura 
Violeta 
Azul 
Azul esverdeado 
Verde azulado 
 
 A maioria dos corantes orgânicos é um composto complexo não saturado, 
tendo certos grupos substitutos. A parte não saturada da molécula é chamada de 
CROMÓFORO do corante e para ter cor intensa a molécula também requer a 
presença de grupo doador de elétron ou aceitador de elétron, ou átomos 
conhecidos como AUXOCROMOS. Nos corantes para produtos têxteis os 
cromóforos são, usualmente, cadeias aromáticas e grupos azóicos. (Como I e II 
respectivamente). 
 
H
 
 
 
N N
 
I - Trifenil metano II - Azobenzeno 
 
19 
 
 
 Auxocromos típicos são os grupos - CO (como em antraquinona III ou 
Índigo IV), NO2 (V) que são aceitadores de elétrons e os grupos acetoxila -
OCOCH3, Metoxila -OCH3, Amino -NH2 e Hidroxila - OH, que são doadores de 
elétrons, 
 
 
O
O 
C
N
C
O
H
C
N
C
O
H 
NO2
 
III - Antraquinona IV - Índigo V - Nitrobenzeno
 
Os cromóforos descritos acima absorvem a maior parte da energia no 
comprimento de ondas curtas na região do ultravioleta do espectro e aparecem 
descoloridos ou apenas como amarelo ou laranja fracos. Para convertê-los em 
corantes são necessários grupos auxocromos. 
 Por exemplo, antraquinona (III) é colorido, mas não é um corante, enquanto 
que alizarina (VI) é um corante. 
 
O
O
 O H 
O H 
 
VI - Alizarina (corante) 
 
20 
 
 
 Todos os grupos cromóforos têm sistemas conjugados de ligações duplas 
simples. Isto permite o movimento de um ou mais elétrons Π móveis através da 
molécula, e é possível descrever diferentes configurações eletrônicas da molécula, 
isto é, formas canônicas. Nenhuma dessas estruturas descreve a molécula como 
ela realmente existe, mas a molécula pode se representar como um híbrido a que 
estes estruturas imaginárias contribuem desta maneira, (I) - (V) representam 
algumas formas do híbrido de azobenzeno. 
 Nestes (III) é mais estável, porque não é necessário energia para separar 
as cargas e ambos os meios estão estabilizados pela ressonância aromática. A 
função do grupo auxocromo é aumentar a estabilidade das configurações 
alternativas, porque ele pode segurar a carga mais facilmente do que o átomo de 
carbono. 
 
N N+ - N N
+
-
N NN N-
+
N N- +
1 2
4 3
5
 
 
 Por exemplo, quando dois grupos auxocromos estão ligados numa 
molécula de benzeno. 
 
21 
 
 
OH
N
O
O
N N OH
N
O
O
N N
-
+
6
 
 Neste instante, a configuração eletrônica alternativa (6) é mais estável do 
que (1) (2) (4) ou (5), porque as cargas que agora estão no oxigênio ou nitrogênio 
podem guardar as cargas mais facilmente do que o carbono. O resultado é que o 
composto (6) tem a cor mais intensa do que o azobenzeno. 
 
1.3.2 Solubilidade. 
 
 O tingimento normal deve sempre acontecer pelas soluções aquosas, para 
que o corante possa conter grupos substitutos que concedam solubilidade na 
água. A solubilidade é essencial para ajudar o corante a penetrar nos micro-poros 
intermoleculares da fibra. Seria ideal que os corantes possuíssem moléculas 
pequenas e altamente solúveis na solução para assegurar a uniformidade na 
penetração dentro da fibra. 
 
 Tabela 6.3. Grupos de solubilidade usados nas moléculas dos corantes. 
 
Grupo Permanente Tipo do corante 
 
- SO3Na (ou -COONa) 
Corante direto, ácido mordente de cromo, reativo, 
complexo metálico 1:1. 
 
N+H2 HCl- ; -N+R3Cl- 
Corantes básicos para celulose, lã, seda, e 
Fibras acrílicas. 
22 
 
 
-OH
-NH2
-SO2NH2 
Corantes dispersos para acetato de celulose, 
náilon, poliéster, complexo metálico 1:2 para lã e 
náilon. 
Grupos temporários: 
-O-Na+ Corantes para celulose, isto é, Naftol para união 
azoica subseqüente na fibra, e corante à tina. 
Grupos de Ônio 
-CH2SC
NR2
NR2 
 
Corantes de ftalocianina para celulose. 
-OSO3Na + 
Corantes á tina solubilizados. 
 
1.3.3. Substantividade: 
 
 A presença de um ou mais grupos específicos numa molécula de corante 
determina sua substantividade com relação a qualquer tipo de fibra e seu método 
de aplicação. Estes grupos incluem os seguintes: 
a) Um grupo aniônico - Este confere solubilidade e substantividade as fibras 
de proteína e náilon (VII e VIII). 
NaO S
3
N N
OH
SO3Na
N N
OHOH
 
VII – CI Laranja Ácido 7 VIII - CI Violeta Mordente 5 
 
 Também é usado para solubilizar corantes diretos. 
23 
 
 
 
b) Um grupo catiônico: 
 Este confere solubilidade e substantividade às fibras de proteína, ao 
tingimento básico de náilon e às fibras de acrílico. O grupo pode ser mais ou 
menos uma parte integral de estrutura do corante, isto é, parte da cadeia 
conjugada da molécula (IX). 
 
H N2 C NH2
+
} Cl
-
CH3
NH2
 
IX – CI Violeta Básico 14 
 
Ou ele pode ser separado da estrutura molecular principal, por uma pequena 
cadeia de alquila, como em alguns dos corantes básicos mais novos, usado para 
fibras de acrílico (X). 
 
 
CH3
CH2CH2NMe3
O N N N2 N
Et
+ } X-
 
X – CI Vermelho Básico (Astrazon Vermelho GTL) para fibras acrílicas 
 
c) Um grupo polar: (Ex: -OH, -NH2, -NHMe etc.). 
 Este grupo aumenta a substantividade dos corantes (dispersos) não-
iônicos, usados para fibras sintéticas e também influencia consideravelmente na 
cor. 
24 
 
 
 
 
 
C2H4OH
O N N N2 N
Et
 
 
O
O
NHMe
NHMe 
XI – CI Vermelho Disperso I 
(Para acetato de celulose, etc.) 
XII – CI Azul Disperso 14
 
d) Uma série de grupos que conferem planar na molécula, como um todo. 
Nos corantes não-iônicos (dispersos) (XI e XII) esta característica aumenta a 
substantividade em relação ao acetato de celulose; e em corantes com grupos 
iônicos (introduzidopermanentemente ou temporariamente) aumenta a 
substantividade em relação às fibras de celulose (XIII). 
e) Uma cadeia prolongada de conjugação se a molécula do corante for 
nivelada e tiver grupos iônicos (permanentes ou temporários) sua 
substantividade em relação às fibras de celulose aumenta regularmente, com 
prolongamento da cadeia de conjugação, isto é, com o número das ligações 
duplas e simples alternadas no seu eixo mais longo. Para não ter qualquer 
substantividade útil, deve ter, pelo menos, oito ligações alternadas (XIV). 
 
NaO3S
NH2 OH
SO3Na
OMe
OMe
N=NN=N SO3Na
SO3Na
OH NH2
XIII - CI Azul Direto 1 
 
25 
 
 
 
O
O 
 
XIV – CI Laranja à Tina 9 
 
f) Um grupo fenólico: 
 Se tal grupo, no corante, for adjacente a outros certos grupos, ele confere 
ao corante a habilidade de se combinar com um metal mordentado. Assim, o 
grupo pode ser (i) a posição orto para o outro grupo fenólico (ii) adjacente a um 
grupo quinona. Ex: Na posição Alfa numa molécula de antraquinona ou (iii) na 
posição orto para um grupo azóico (VII, XV). 
 
 
O3S N=N
O O SO3Cr
OH2
 
Na
23
-
+-
-
 
XV - CI Azul Ácido 158. 
26 
 
 
 
g) Um grupo quinona - Na ausência de grupos iônicos permanentes este faz 
com que o corante possa ser usado para tingir fibras de celulose por 
solubilidade temporária (XIV). 
h) Um grupo amino primário - Este faz com que o corante (ou as bases 
usadas em corantes azóicos) possam ser diazotizados e acoplados com naftol 
(XV). 
 
NH2
NO2
NaNO2 H Cl
NO2
N2 NaCl H 2O
OH CONH
NO2
N=N-
CONH-
+ + 2
+
} Cl
-
+ + 2
base
CI Diazo composto Azóico 6
Composto diazônio
+
C.I. Componente de acoplamento Azóico 2
 
XV – CI Laranja Azóico 
 
i) Uma cadeia de parafina - Este grupo é usado em pequenos números de 
várias classes de corantes: 
27 
 
 
 (i) - Ligado a uma molécula de corante ácido, uma cadeia de parafina de 
prolongamento moderado (4 - 12C), melhora a solidez à lavagem e outros 
tratamentos umedecedores (X). 
 (ii) - Inserido entre um grupo polar e o núcleo aromático de uma molécula 
de corante disperso, uma pequena cadeia (2 ou 3C) melhora a solidez à secagem 
e reduz a tendência à sublimação (XI). 
 (iii) - Inserido entre um grupo de amônio quaternário, e o núcleo aromático, 
parece melhorar a solidez à luz de um corante básico, usado em fibras de acrílico 
(XVI). 
O
O NHMe
NHCH2CH2CH2NME3 X
+ -
 
XVI – Azul Básico para fibras acrílicas, etc. 
 
1.3.4. Reatividade 
 Os corantes reativos introduzidos em 1956, pela ICI LTDA (Inglaterra) e 
agora produzidos por vários fabricantes, são retidos na fibra por um princípio 
diferente daquele que controla o tingimento da maior parte dos outros tipos de 
fibras; eles formam uma ligação química covalente com as moléculas da fibra. Isto 
acontece devido a reação entre um grupo substituto químico específico na 
molécula do corante, e parte da molécula da fibra. 
 
N
NN N N
Cl
CH2CH2-O-SO3 HCorante-X-
Corante
R1 CoranteR
B
R2
 
28 
 
 
Classe Triazina 
Corantes Procion M (ICI): 
R1, R2 = Cl 
Corantes Procion H (ICI) 
Corantes Cibacron (CIBA 
Geigy) 
R1 = Arilo; R2 = Cl 
Classe Polimidina 
Corantes Reactone (Geigy)
Corantes Drimaren 
(Sandoz) 
R = Cl; E = H ou Cl 
Classe derivado de vinilo 
Corantes Remazol 
(Hoechst): 
X = - SO3- 
Corantes Primazin 
(BASF): 
X = -NHCO- 
Corantes Levafix (Bayer): 
X = - SO2NH- 
 
Reação com celulose: 
Ex: DH + Fibra ⎯→ DH ⎯⎯ Fibra 
(corante direto) (fibra tingida) 
 DH + HO - Cell ⎯→ DH ⎯⎯ HO - Cell 
(corante 
não 
reativo) 
(fibra de 
celulose) 
(Celulose tingida)
 
No caso dos corantes reativos: 
C
NN
C C
N
Cl
Cl
O Celulose
OH
C
NN
C C
N O
Celulose
O Celulose
-
+ 2 Cl
 
DH + Cl - R - Cl ⎯⎯→ D - R - Cl + HCl 
(corante 
ordinário) 
(Substantividade 
reativa) 
(corante reativo)
 
 
29 
 
 
 D - R – Cl + HO ⎯⎯ Cell ⎯⎯→ D - R - O - Cell + HCl 
(corante reativo) (fibra de celulose) celulose tingido-formação 
de ligação covalente) 
Ácido 
clorídrico 
 
O
O
NH
SO2CH2CH2OSO3Na 
XVII – Azul Reativo 19 
 
DNH-SO2-CH=CH2 + Cel - O D-NH-SO2-CH2-CH2-O-Cel
H 2 O
H + 
 
1.3.5. Solidez: 
 
 Solidez significa a resistência da cor dos produtos têxteis com relação aos 
diferentes agentes aos quais são expostos durante a manufatura e o uso 
subseqüente. 
 A solidez da cor é avaliada separadamente com respeito à mudança da cor 
da amostra no teste e com relação a coloração dos materiais não tingidos. 
 Os graus de solidez são indicados por números. O número "1" representa o 
grau mais baixo e o "5" representa o grau mais alto. ("8" para solidez à luz). A 
graduação intermediária é mostrada como 1-2, 2-3 etc. Em muitos testes a 
graduação é decidida pela diferença na aparência da amostra, antes e depois do 
teste, e o grau de diferenças requerido é julgado pela referência a um conjunto 
das escalas do cinza. São quadrados cinzentos de contrastes e o número "5" não 
mostra nenhum contraste. 
 
30 
 
 
1.4. Influência da estrutura da fibra na absorção do corante. 
 
 É muitíssimo importante deter-se na uniformidade de cor no tingimento de 
fibras têxteis, fios e tecidos. Os tingimentos desnivelados devem ser evitados, 
particularmente no tingimento de fios, tecidos ou roupas desde que pequenas 
diferenças na tonalidade e luminosidade podem ser detectados a olho nu. 
Conseqüentemente qualquer processo químico ou mecânico, que modifica as 
propriedades de tingimento, isto é, capacidade de tingimento dos materiais têxteis, 
deve ser controlada para evitar irregularidade no tingimento subseqüente. A 
difusão do corante nas fibras individuais e o eventual grau de absorção do corante 
dependem altamente da física e química da estrutura da fibra e a habilidade para 
ser modificado antes ou durante o tingimento. Qualquer tentativa para 
correlacionar estruturada fibra com o comportamento de tingimento deve levar em 
conta as duas principais características das fibras que controlam sua reatividade 
ou a habilidade de se tingir, que são: 
(1) Permeabilidade, ou facilidade com a qual as moléculas de corante 
defundem-se dentro da fibra. 
 (2) A presença de grupos funcionais reativos nas cadeias moleculares 
da fibra. 
 Estas duas características são altamente determinadas durante a 
manufatura ou crescimento da fibra, mas de igual importância são os efeitos dos 
processos preparativos antes de tingimento e a natureza do corante. 
 Também qualquer correlação entre o corante e a fibra deve ser levada em 
conta, observando o seguinte. 
 1) Fração do volume, tamanho, forma e a configuração das regiões ou 
espaços acessíveis para o corante. 
 2) A fração do volume (ou grau de cristalinidade), tamanho, configuração e 
distribuição das regiões ordenadas ou unidades da fibra. 
 3) O tipo de concentração, distribuição e grau de ionização dos grupos 
ionizáveis da fibra e do corante. 
 4) A interação molecular entre todas as espécies moleculares presentes. 
31 
 
 
 Em adição, os parâmetros do processo real de tingimento, particularmente 
o "pH", a força iônica e a temperatura exercem um efeito determinado. Todavia, a 
maior importância é a condição da água em que a maioria dos processos de 
tingimento é executada. O grau de inchação apresentado pelas fibras têxteis 
mergulhadas em soluções aquosas é uma reflexão da composição química da 
fibra e uma característica significante no comportamento de tingimento. Sem 
dúvida, o grau de inchação na água e o "regain %" de uma fibra estão intimamente 
relacionados com a habilidade de tingimento. 
 Em todas as fibras existem graus diferentes em regiões de ordens 
moleculares e desordens moleculares, e estas são chamadas de regiões cristalina 
e amorfa (não cristalina) respectivamente. As regiões cristalinas fornecem força e 
rigidez e as regiões amorfas fornecem flexibilidade e reatividade. A razão entre a 
região cristalina e amorfo tem uma influência significativa naspropriedades de 
qualquer uma fibra, e pode ser usada para caracterizar a fibra. 
 Para fibras naturais, a razão é uma propriedade inerente, e para as fibras 
feitas pelo homem e pode ser controlada em grande parte pelas condições nas 
quais as fibras são produzidas, tais como relação de esfriamento, fadiga mecânica 
durante o resfriamento e grau de estiragem do produto final. A copolimerização 
oferece um meio muito eficiente e útil de influenciar a tendência cristalina de um 
polímero, alterando o equilíbrio cristalino - amorfo e como conseqüência afetando 
a permeabilidade da fibra com relação à penetração das moléculas difusas. 
 A figura abaixo ilustra, em forma diagramática, os três estágios através dos 
quais um polímero fibroso pode passar durante a produção. 
 
A B C 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1.10. Orientação das moléculas de um polímero 
 
A - As cadeias de moléculas estão completamente desorientadas ou numa 
condição amorfa, ambos nas direções axiais e laterais. 
B - Mostra as cadeias em ambas as configurações cristalina e amorfa. Todas as 
configurações, tendo algum grau de orientação axial e lateral. 
C - Ilustra a orientação das regiões cristalinas ao longo do eixo da fibra com 
orientação acompanhada das regiões amorfa em menor grau. 
 A facilidade com que os corantes penetram numa determinada estrutura de 
fibra também depende da integração da fibra com o ambiente do solvente, 
particularmente da água. As interações que ocorrem são aquelas que se espera a 
partir da natureza química da fibra. Assim, a capacidade de absorção da água, e 
conseqüentemente a capacidade de inchação é maior nas fibras que contêm 
átomos ou grupos de átomos capazes de formar interações ion-dipolo e dipolo-
dipolo, mas particularmente de formação de ligação de hidrogênio com moléculas 
da água do que em fibras que não tem grupos polares. Em geral, as fibras que 
incham apreciavelmente na água, e são assim de caráter hidrofílicos, são capazes 
de aceitar corantes iônicos solúveis na água. Por outro lado, as fibras que 
possuem caráter hidrofóbico e apresentam pouca inchação na água são 
permeáveis apenas com relação aos corantes não-iônicos de baixa solubilidade. 
33 
 
 
1.5. Seleção de Corantes e Processos de Tingimento 
 
1.5.1. Fatores pelo qual os corantes são selecionados: 
 
1) Aplicação de pigmentos. 
2) Propriedades de nivelamento (Depende da Máquina). 
3) Solidez (Depende do Uso). 
4) Compatibilidade de um com o outro e auxiliares. 
5) Reprodutibilidade. 
6) Estabilidade em temperatura. 
7) Estabilidade em pH. 
8) Custo/Valor de cor. 
9) Penetração. 
10) Mínimo de manchar outras fibras. 
11) Homogeneidade. 
12) Aumento do corante em cores escuras. 
13) Poeira. 
14) Saúde. (Antialérgico). 
15) Tamanho de partículas. 
16) Solubilidade. 
17) Forma física. 
18) Estabilidade de
dispersão 
 
Usado no caso de tingimento de fio em 
forma de embalagens. 
19) Disponibilidade e suprimento contínuo. 
20) Histórico do fornecedor - Faixa de qualidade. 
21) Embalagens. 
22) Armazenagem. 
23) Estabilidade Química/Física. 
34 
 
 
 
1.5.2 Para adquirir o tingimento dos têxteis. 
 
1) Pigmento em massa. 
2) Tingimento - Gel. 
3) Tow. 
4) Fibra em rama. 
5) Top. 
6) Fio. 
7) Tecido ou malha. 
8) Confecções. 
 Fibras Naturais: 4, 5, 6, 7, 8. 
 Fibras Sintéticas: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. 
 
1.5.3. Seleção dos processos pelo tipo de fibra. 
 P R O C E S S O S 
FIBRAS Pigmentos 
em 
massa 
Gel Rama Pavio Top Tow 
Algodão X 
Lã X X X 
Seda X 
Linho X 
Raion Viscose X X 
Acetato de Celulose X 
Poliamida X X X X 
Poliester X X X X X 
Acrílico X X X X X X 
Polipropileno X 
 
35 
 
 
1.5.4. Sistemas de tingimento. 
 
 Descontínuos, semicontínuos e contínuos. 
 
1.6 Classificação dos Corantes. 
 
 Os corantes são classificados de acordo com sua constituição química ou 
com base nas suas propriedades de tingimento. Tem pouca co-relação entre dois 
métodos. Ex: Que os membros do grupo classificado como corantes azóicos estão 
em outros grupos baseados em aplicação. O tingidor principalmente interessado 
em classificação de acordo com a aplicação. 
 
GRUPO UNIDADE ESTRUTURAL 
Nitroso R-NOH R NOH
O 
Nitro R . NO2 
Monoazo R . N = N . R' 
Disazo R . N = N . R' . N = N . R'' 
Trisazo R . N = N . R' . N = N . R'' . N = N . R''' 
Poliazo R . N = N . R' . N = N . R'' . N = N . R''' . N = N . R'''' 
 
1.6.1. Classificação de acordo com a aplicação. 
 
 1) Corantes básicos: Usualmente são hidroclorídricos ou sais de bases 
orgânicos. O cromóforo está no cátion e as vezes são chamados de corantes 
catiônicos. 
 2) Corantes azóicos: São sais de sódio, usualmente de ácidos sulfônicos, 
mas em alguns casos ácidos carboxílicos. A maioria não tem afinidade para 
algodão, mas tem algumas exceções, principalmente usadas para fibras protéicas 
e poliamidas. 
36 
 
 
 3) Corantes diretos: Tem semelhança com corantes ácidos porque são sais 
de sódio de ácidos sulfônicos e são compostos azóicos. Eles têm afinidade direta 
para as fibras celulósicas. Corantes diretos são as vezes também chamados de 
corantes substantivos. Apesar deles tingirem fibras protéicas não estão sendo 
usados para esta finalidade, com exceção de circunstâncias especiais. 
 4) Corantes mordentes: Este grupo inclui muitos corantes sintéticos e 
naturais. Eles não têm afinidade natural para têxtil, mas são aplicados para fibras 
celulósicas e protéicas que já foram aplicados com óxidos metálicos. 
 5) Corantes de enxofre: São compostos de complexos orgânicos que 
contém enxofre. Eles estão sendo usados para tingir matizes de baixo custo com 
alta solidez à umidade nas fibras celulósicas, porém as cores não têm brilho. 
 6) Corantes azóicos: São pigmentos insolúveis construídos dentro da fibra 
pela foulardagem com componentes de acoplamento solúvel e depois é tratado 
com uma base diazotizado. São usados para atingir várias cores nas fibras 
celulósicas com boa solidez à umidade com brilho. Ás vezes são usados para 
tingir fibras protéicas. 
 7) Corantes à Tina: São insolúveis na água, mas podem ser convertidos em 
forma solúvel (leuco) pela ação de hidróxido de sódio e um agente redutor como 
hidrosulfito de sódio. A celulose tem afinidade para estes compostos leuco, e 
quando é absorvido pela fibra, e subseqüentemente são oxidados para um 
pigmento insolúvel. Eles têm alta solidez, mas é muito caro. 
 8) Corantes dispersos: Fibras hidrofóbicas tais como acetato de celulose 
secundário ou terciário e as fibras sintéticas freqüentemente tingem melhor com 
corantes insolúveis do que com corantes solúveis na água. Os corantes dispersos 
são suspensões de compostos orgânicos bem divididos com muito pouca 
solubilidade. 
 9) Corantes reativos: Estes corantes podem formar combinações químicas 
com celulose e por essa razão tem excelente solidez. Em muitos casos eles estão 
sendo aplicados no frio e também eles se adaptam bem no processo contínuo. 
 
 
37 
 
 
1.6.2. Classificação da solidez: 
 
a) Alteração da mudança durante um teste: 
 N.º 
 5 - Nenhuma alteração. 
 4 - Muito pouca perda em profundidade de matiz. 
 3 - Perda apreciável. 
 2 - Perda distinta. 
 1 - Perda grande ou muito alterado. 
b) Mancha de matizes vizinhas: 
 N.º 
 5 - Não tem mancha do branco (matiz vizinha). 
 4 - Muito pouca mancha. 
 3 - Mancha apreciável. 
 2 - Mancha profunda. 
 1 - Tingiu fortemente o branco (matiz vizinha). 
c) Solidez à luz: 
 N. º. 
 8 - Máximo. 
 7 - Excelente. 
 6 - Muito bom. 
 5 - Bom. 
 4 - Regular. 
 3 - Moderado. 
 2 - Ligeiro. 
 1 - Pouco. 
 
1.6.2.1. Teste de solidez. 
 
 A necessidade varia de acordo com o uso, mas os testes normais são: 
 a) Luz. 
38 
 
 
 b) Lavagem. 
 c) Perspiração 
 d) Lavagem a seco. 
 e) Fricção - Úmido e seco. 
 f) Água. 
 g) Gases. 
 h) Sublimação. 
I) Água clorada. 
 
1.7. Efeitode Assistentes (Auxiliares), no Tingimento. 
 
 a) Ácidos - Usados no tingimento em fibras protéicas e náilon com corantes 
ácidos. Reduz a carga negativa ou aumenta a carga positiva da fibra. (H2SO4, 
HCl). 
 b) Álcalis - Usado no tingimento de fibras celulósicas com corantes azóicos 
à tina, ou corantes de enxofre ou reativos. (NaOH, Na2CO3). 
 c) Sais - Usados no tingimento dos corantes ácidos e todos os tipos de 
tingimento de celulose (Na2SO4). 
 d) Agentes de nivelamento de agentes tenso ativo - Usados com corantes à 
tina, corantes dispersos, e alguns corantes ácidos. 
 e) Carrier - Usados no tingimento das fibras sintéticas - Poliéster, 2 hidroxi 
difenil. 
 f) Solventes orgânicos - As vezes usados no tingimento de lã e algumas 
fibras sintéticas. Metais complexos. 
 g) Agentes redutores - Tingimento com corantes à tina, enxofre etc... 
 
1.7.1. Agentes de Branqueamento Ótico ou Agentes de azuragem ótica 
[(Fluorescent Brightening Agents (FBA)] 
 
 
39 
 
 
(Optical brighteners, optical brightening agents (OBAs), fluorescent 
brightening agents (FBAs) or fluorescent whitening agents (FWAs) são 
corantes que absorvem luz na ultravioleta e na região ultravioleta (normalmente 
340-370nm) do espectro eletromagnético e re-emite a luz na região azul 
(tipicamnete 420-470nm). 
Tipos de Classes básicos dos agentes de branqueamento ótico incluem: 
1. triazine-stilbenes (di-, tetra- or hexa-sulfonado) 
2. coumarinas 
3. imidazolinas 
4. diazoles 
5. triazoles 
6. benzoxazolines 
7. biphenyl-stilbenes 
 
 Alguns destes corantes podem causar reações alérgicas quando tem 
contato com apele. 
 
 
 
100 
80 
 
 
 
0 
 
 
 a 
 b 
 
 c 
 
 
 
a - FBA 
b – Tecido alvejado 
c - Algodão cru 
 400 λ(nm) 700 
 Figura 1.11. Efeito do agente de branqueamento ótico. 
 
1.8. Outros usos de corantes: 
 
 Estamparia, emulsões fotográficas, tingimento de papéis, plásticos, tintas 
para impressão, fotografia em cor, alimentos, tintas para arte, cosméticos, 
tingimento de cabelo etc... 
40 
 
 
 
1.9. Nomes Comerciais: 
 
i) Nome ou marca que indica classe do corante também, indica o 
fabricante. 
 Ex.: Cibalan. 
ii) Um ou mais sufixos (geralmente de origem alemã) e figuras. Eles 
podem indicar: 
 a) Tonalidade de nuança, referente às cores secundárias, então B, G, R 
(isto é, Blue - Azul, Green - Verde, Red - Vermelho), são usados para representar 
as três cores secundárias (estritamente, ciano, magenta e amarelo), um azul, pode 
ser descrito como R (Avermelhado) ou 2R (mais avermelhado) etc... 
 b) Algumas qualidades especiais: Ex.: FF para muito brilho (isto é 
"superfine", F-fine); LL para solidez da luz. 
 c) Concentração (strength). Ex: 250% a 150%, isso pode significar que uma 
marca com aumento de concentração, isto é, tem menos sal em outro diluente, na 
proporção dada. O normal seria 100% concentração (ICI denota a marca normal 
com o sufixo "s" no final). 
OBS.: Quase todos os corantes são vendidos na forma de misturas com diluentes 
sem cor, freqüentemente com NaCl, que funciona como um meio de controlar a 
concentração na manufatura. 
 
1.10. Produtos Auxiliares no Tingimento: 
 
 Desde 1930, os fabricantes têm produzido centenas de produtos auxiliares 
usados na industria têxtil para aumentar a eficiência dos processos e dar novos 
tipos de acabamento. 
 A maioria destes produtos, realmente melhora os processos nos quais são 
empregados, e em alguns casos e circunstâncias o uso deles é indispensável. 
 Para se decidir em cada caso é essencial saber se o melhoramento é 
suficiente para justificar o custo adicional. 
41 
 
 
 Outros pontos a considerar são os efeitos colaterais. Ex: Redução da 
solidez à luz ou perda de propriedades antiestáticas. 
 A maioria dos produtos auxiliares pode ser classificado em um dos três 
tipos: 
 (1) Aniônico. 
 (2) Catiônico. 
 (3) Não iônico. 
 A divisão implica que a molécula tem (1) uma carga negativa ou (2) uma 
carga negativa ou (3) nenhuma carga. 
 (1) Os corantes ácidos e sabões são compostos aniônicos, e são 
geralmente sais sódicos. 
 Um exemplo é o detergente sulfato de sódio Oléico. 
 
17 33 3C H OSO Na− + 
 Eles ajudam a molhagem rápida das fibras, pela redução da tensão 
interfacial. 
 (2) Os corantes básicos são tipos catiônicos e também os produtos 
auxiliares tais como brometo de cetiltrimetilamonio. 
 
H3C
H3C
H3C
H33C16
N Br+
 
 Este é um composto quaternário e é altamente básico. 
 (3) Corantes não iônicos, isto é, corantes dispersos, dependem da presença 
de grupos hidróxilos e grupos aminos (ou aminos substituídos) para sua baixa 
solubilidade aquosa. 
 Os produtos do tipo não iônicos são diferentes porque eles têm uma cadeia 
longa de óxido de etileno. 
 R - O CH2. CH2. O. CH2. CH2. O. ⎯⎯ CH2. CH2. OH. 
 Onde R é uma cadeia longa de alquilo ou um composto fenol alquilo. Eles 
têm melhor solubilidade pela presença de átomos de éter e oxigênio que tem o 
42 
 
 
caráter hidrofílico. No aquecimento, a solução aquosa torna-se escura pela divisão 
das ligações O ⎯ OH com água, mas a solução torna-se clara de novo pelo 
resfriamento. 
 Na solução os produtos auxiliares não iônicos formam grandes agregados 
ou miscelas, como os compostos aniônicos e catiônicos. 
 As miscelas não iônicas atuam como uma segunda fase na qual a maioria 
dos corantes de lã são solúveis. O composto não iônico compete com a fibra para 
o corante e atua como um agente retardante e repressor, dando melhor 
nivelamento, mas baixa exaustão (ou esgotamento) final do banho. 
 Os compostos aniônicos reagem com compostos catiônicos para formar 
complexos de pouca solubilidade. Por isso os dois tipos não deverão ser 
misturados, a menos que haja a presença de um solubilizante. 
Ex: Aniônico 
- Atexal DA-DC (ICI) Zeneca; 
- Irgasol DA (CGY) Clariant; 
- Avolan IS (FBY); 
- Lyogan PAA (Sandoz); 
- Alcanol TD (Dupont); 
- A 50 (ICI) Zeneca. 
Catiônico 
- Atexal SC - A 50 (ICI) Zeneca; 
- Lyogen AN (Sandoz); 
- Retardante LAN (Dupont); 
- Tinegal A (CGY) Clariant; 
- Levagal PAN (Bayer). 
 
Não iônico 
- Atexal DN-VL, 
- Cirrasol ALN-WF (ICI), 
- Avolan IW (CGY). 
 
43 
 
 
 Não iônico – Catiônico 
- Atexal LC-CLW (ICI); 
- Umiradine W (CGY) Clariant; 
- Avolan UL (FBY); 
- Irgasol SW (CGY); 
- Lyogen WD; 
- Lyogen SMK; 
- Lyogen DK (S). 
 
 Anfotéricos 
- Algebals A e B (CGY); 
- Uniperol W (Basf). 
 
 Quando um agente nivelador e retardante são usados, um ou mais dos 
seguintes fatores serão encontrados, além do alto custo. 
 a) Formação de espuma no banho pode ocorrer resultando a flutuação do 
fio e tecido. Essa dificuldade pode ser evitada pela adição de um agente 
antiespuma. 
 Ex: Silicolapse 5000 (ICI) Zeneca 
 b) Adesão dos fios adjacentes. 
 c) Perda da circulação através da deformação das embalagens que resulta 
num tingimento desnivelado. 
 d) Se a temperatura sobe acima do "Ponto de turvação" (Cloud Point) do 
composto não iônico, o complexo separar-se-á em glóbulos que aderem à 
superfície dos fios, resultando a separação dos corantes da fibra, quando elas são 
tiradas do banho. 
 Foi aprovado que ambas as dificuldades podem ser evitadas pelo uso de 
Albegal C. 
 e) Se um produto é usado em excesso, a ação repressora pode ser muito 
grande, resultando em baixa exaustão do banho. 
44 
 
 
 f) O produto auxiliar pode formar um complexo com um outro produto de 
diferente (Ex: aniônico) estrutura química que foi adicionada em tratamentos 
anteriores ou no banho do corante, que pode resultar na formação de um 
precipitado. 
 
1.10.1. Agentes de Molhagem, Penetração e Dispersão: 
 
 Uma das propriedades principais dos detergentes é a diminuição de tensão 
interfacial entre a água e o ar, e entre a água e o óleo, isto é, o detergente possuio poder de molhagem. 
 Os compostos seguintes são agentes de molhagem e não são detergentes. 
 Nekal A, Nekal B x - (BASF); Lissapol N (ICI). 
 Estes são melhores agentes de molhagem e são estáveis na água dura e 
nas soluções ácidas ou alcalinas. 
 TETRACARNIT (S) - Famoso agente de molhagem agente dispersante. É 
apropriado para ser usado com corantes em pó, para formar pastas que dissolvem 
rapidamente e completamente em águas quentes. 
 ATEXAL WA - HS (ICI) - Poderoso agente de molhagem que é estável em 
água dura e soluções ácidas. 
 LISSAPOL D (ICI) - Pode ser usado como um agente antifricção para a 
adição com corantes Índigos (à Tina). 1/2 - 1 quilo por 400 litros; produz um 
tingimento limpo. 
 
1.10.2. Agentes Seqüestrantes: 
 
 Muito usados para brandurecimento das águas de pouca dureza ou em 
remoção da dureza restante da água que já foi brandurecida. 
 Também pode ser usado para remoção de sabões de têxteis, pela 
conversão para a forma original. 
 Estes produtos reagem com íons metálicos (Ca+, Mn+, Mg+, Fe++, Fe+++, na 
maneira em que eles se transformam em um ânion complexo: 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calgon Na6P6O18 
 
Na6[Na2(PO3)6+Ca++ Na6[Ca(PO3)6] 2 Na
++ 
 O composto cálcio formado nem precipita o sabão, nem confere qualquer 
outra propriedade de água dura. 
 Ex: Calgon T. (Allright Wilson). 
 Trilon B (BASF). 
 Irgalan BT (CGY). 
 Tetralon (Allied Colloids) - Previnem a formação de sabões e efetivo em 
remoção de manchas de ferro e cobre. Também previnem o efeito do 
embasamento destes metais, no tingimento de corantes de cromo, quando 
presente na água. 
 EDTA não pode ser usado com corante de 1:1 complexo metálico, ou com 
corantes diretos que têm cobre. EDTA remove o metal, muda a cor e baixa a 
solidez. 
 
 
ETHYLENEDIAMINE TETRAACETIC ACID (IUPAC) 
CAS no 60-00-4 
Sinonimo - EDTA 
ETHYLENEDIAMINE TETRAACETIC ACID, INCLUDING DINATRIUM SALT (IUPAC) 
CAS no 139-33-3 
 Sinonimo Na2EDTA 
ETHYLENEDIAMINE TETRANATRIUM ACETATE (IUPAC) 
CAS no 64-02-8 
 Sinonimo Na4EDTA 
N-HYDROXYETHYL ETHYLENEDIAMINE TRINATRIUMACETATE (IUPAC) 
CAS no 139-89-9 
 Sinonimo Na3HEEDTA 
DIETHYLENETRIAMINE PENTAACETIC ACID (IUPAC) 
CAS no 67-43-6 
 Sinonimo DTPA 
DIETHYLENETRIAMINE PENTANATRIUMACETATE (IUPAC) 
CAS no 140-01-2 
 Sinonimo Na3DTPA 
NITRILOTRINATRIUM ACETATE (IUPAC) 
CAS no 5064-31-3 
 Sinonimo Na3NTA 
46 
 
 
1.11. Auxiliares no Banho do Corante 
 
1.11.1. Ácidos. 
 
 Usados para tingimento de fibras de proteína e náilon com corantes ácidos. 
 Os ácidos atuam reduzindo a carga negativa ou aumentando a carga 
positiva na fibra, para que o ânion de corante possa entrar na fibra. Diminuindo o 
corante substantivo, deve-se usar mais ácido para fazer com que o íon do corante 
seja atraído. Isto explica porque os corantes com boas propriedades de 
nivelamento migram ou se transferem prontamente de uma parte tingida da fibra 
para uma outra e podem sair durante a lavagem; ambos os efeitos indicam baixa 
substantividade e necessidade de um ácido forte (usualmente ácido sulfúrico) para 
uma boa exaustão. 
 
1.11.2. Álcalis. 
 
 Usados para o tingimento de fibras de celulose com corantes á tina, azóico, 
enxofre e corantes reativos. Os corantes á tina e os de enxofre têm que ser 
aplicados em banho fortemente alcalinos, contendo agentes redutores. 
 Em corantes azóicos o copulante naftol também é dissolvido em hidróxido 
de sódio no banho do corante. 
 No tingimento com reativos o álcali é sempre fraco. Ex: Na2CO3, serve a 
um objetivo diferente, visando promover a reação entre o corante e as moléculas 
da fibra de celulose. 
 
1.11.3. Sais minerais. 
 O sulfato de sódio (Sal de Glauber) é usado no tingimento da lã com 
corantes ácidos de igualização e atua como agente repressor, porque seus 
ânions, existindo em grande excesso, competem com os ânions dos corantes para 
absorção pela fibra. 
47 
 
 
 Todavia, o ácido sulfúrico presente ao mesmo tempo aumenta a atração 
entre o corante e a fibra. Assim, o ácido e o sal têm efeitos opostos e o mesmo 
resultado final pode ser obtido (a) omitindo o sulfato de sódio e usando menos 
ácido, ou (b) usando um ácido orgânico mais fraco. Todavia, no primeiro 
procedimento seria mais difícil controlar a relação do tingimento, porque a 
quantidade real de ácido necessária seria mais crítica, e o segundo procedimento 
seria menos aceitável, porque ácidos orgânicos são mais caros do que o ácido 
sulfúrico. 
 O sal usado no tingimento do algodão funciona parcialmente, por uns íons 
de sódio, reduzindo a carga negativa na fibra. Isto ajuda o ânion de corante a se 
aproximar o bastante para se unir pelas forças de Vander Walls. No tingimento de 
algodão com corante à tina para tingimento morno (Warm Dyeing) os íons de 
sódio são providos por ditionato de sódio e hidróxilo de sódio que são usados na 
transformação do corante da forma insolúvel para a forma solúvel. O tingimento 
frio (Cold Dyeing) com corantes à tina, possui substantividade mais baixa na fibra, 
e para obter boa exaustão ao usa-los, é necessário aumentar a concentração de 
íons de sódio, pelo acréscimo do cloreto de sódio e também pela redução da 
temperatura de tingimento. 
 
1.11.4. Agentes Niveladores de Tenso-ativo: 
 
 Em alguns casos, é necessário, para ter certeza de tingimento nivelado, 
para reduzir a capacidade da fibra em absorver o corante. Este é feito pela adição 
de alguns reagentes químicos no banho, que pode agir em uma das duas 
maneiras: 
i) Ele pode competir com o corante na adsorção pela fibra, porque o reagente tem 
substantividade para fibra. Um exemplo no uso de agentes tenso ativos no 
tingimento com corantes ácidos para náilon - lã mistura. Alternadamente, ii) a 
reagente pode aumentar a retenção do corante pela água para formar um 
complexo que libera as moléculas do corante vagarosamente para adsorção pela 
48 
 
 
fibra. Alguns dos agentes de tenso-ativo usados no tingimento das fibras de lã 
comportam dessa maneira. 
 
1.11.5. Carrier: 
 
 Estes são usados no tingimento do poliéster. 
Ex: 2 - Hidróxidifenil. Parece que os carriers atuam ao serem absorvidos como 
uma camada na superfície da fibra, na qual o corante pode se dissolver. Assim, a 
fibra entra em contato com uma solução mais concentrada de corante e a relação 
de tingimento aumenta. 
 
1.11.6. Solventes Orgânicos: 
 
 O tingimento acelerado da lã ou náilon é obtido com certos tipos de 
corantes de baixa solubilidade na água. 
Ex: Complexo metálico corante 2:1. Se o banho corante contém solventes 
orgânicos ligeiramente solúveis na água há uma considerável economia no uso do 
vapor e a fibra fica numa condição melhor, após o tingimento. 
 Acredita-se que o efeito é devido a rápida formação de uma camada de 
solvente nas superfícies internas das fibras, o que reduz o efeito retardador na 
difusão do corante, causado pela atração corante-fibra. 
 
1.11.7. Agentes Redutores: 
 
 São usados para transformar os corantes insolúveis numa forma solúvel. 
 O agente redutor mais conveniente para converter os corantes de enxofre 
em formas "leuco" (forma solúvel) é o sulfeto de sódio, que também dá uma 
solução alcalina na qual o composto "leuco" dissolve-se imediatamente. 
 Os corantes à tina são insolúveis na água, mas pela redução com hidrosulfito 
na presença da soda cáustica, são convertidos em compostos "leuco" (forma 
solúvel) que tingem a celulose. 
49 
 
 
 
1.12. Termos Técnicos Usados em Tingimento 
 
1) Banho de Corante: 
 Solução corante na qual o material têxtil é mergulhado para ser tingido. 
2) Relação de Banho: 
A proporção que exprime a relação entre o peso do material a ser tingido e 
o volume de banho empregado; pode variar segundo o artigo e a 
maquinaria a ser usada. 
3) Exaustão: 
O processo de transferência de corante do banho para a fibra. Este é 
frequentemente expresso como percentagem (%) decorante originalmente 
presente na solução corante. 
Ex: 100% de exaustão significa que não foi deixado nenhum corante no 
banho. A quantidade de corante na fibra determina a profundidade do 
tingimento. 
4) Nivelamento: 
É essencial num fio ou tecido tingido. Um tingimento é nivelado quando: (1) 
possui a mesma profundidade em todo fio ou tecido. (2) quando mostra 
completa penetração no tecido. Ambos são obtidos por boa agitação e 
controle da relação de tingimento para que não seja muito alta, e deixando 
o tempo suficiente no banho. 
5) Trabalho (working): 
 O processo de movimento do material na solução corante. 
6) Strike: 
 A relação inicial na qual um corante entra em exaustão. 
7) Migração: 
A transferência do corante das regiões altamente tingidas para regiões 
levemente tingidas do mesmo material. 
8) Número de voltas ou fins no jigger (Ending ou Tailling): 
 Uma mudança gradual de profundidade ao longo do comprimento do tecido. 
50 
 
 
9) Combinação da cor (Matching ou Shade): 
Refere-se ao uso de misturas de corantes para obter uma combinação 
exata da cor de um dado padrão. 
10) Amostra: 
Uma amostra muito pequena pode ser cortada de um tecido, durante o 
tingimento, e após secagem é comparada com o padrão. 
11) Cobertura (Topping): 
É o processo pelo qual se acrescenta um pouco de corante brilhoso para 
melhorar o brilho de um corante de menor brilho (opaco). 
12) Descarregamento (Stripping): 
É o processo de remoção de corante não desejado através de meios 
químicos. 
 
1.13. Quantidade de Corantes e Auxiliares 
 
Normalmente em barcas trabalham-se com relação de banho (R:B) de 1:20 
a 1:50, sendo mais utilizada a relação de 1:20. 
 
 Em Jigger, esta relação varia de 1: 2, 5 a 1:1,5. 
 
Em aparelhos fechados a relação é de 1:8 a 1:12, sendo mais utilizada a 
relação de 1:10. 
 
Para tingimentos experimentais em laboratório, trabalha-se usualmente, 
com relação de 1:50 a 1:100. 
 
1.14. Cálculos de tingimento 
 
 Quando trabalhamos com corantes, calculamos percentualmente a 
quantidade a ser usada sobre o peso do material (s.p.m.) a ser tingido. 
51 
 
 
 Para medir-se a intensidade de um tingimento, costuma-se expressar a 
quantidade do corante empregado como porcentagem sobre o peso do material 
(s.p.m.). Assim, significa, por exemplo, que 100g de tecido tingido a 1% recebeu 
um tratamento em uma solução contendo 1g de corante. 
 Digamos que desejamos tingir 500Kgs de um tecido a 3% s.p.m., logo, 3% 
quer dizer que para 100Kgs de tecido usaremos 3Kg de corante, ou: 
 100Kg de tecido ----------------- 3Kg de corante 
 500Kg de tecido ----------------- XKg de corante 
Podemos estabelecer a seguinte relação: (I) 
% intensidade 
Grama ou quilograma, sobre peso do material (s.p.m.) 
 Por outro lado, nem sempre os corantes apresentam-se com concentração 
única de 100%, daí termos corantes com concentração acima de 100% (padrão ou 
abaixo de 100%). Dessa forma, digamos que nosso corante, no caso acima 
exposto, possui uma concentração de 250%, a quantidade em Kg ou gramas que 
iremos necessitar para tingir 500Kg de tecido é X Kg, com o corante a 100 % 
usaríamos 15 Kg a 250% usaríamos X Kg. Assim: 
X = 15 100
250
6× = Kg 
 Suponhamos agora que o corante se encontre com uma concentração de 
80%: 
 a 100% --------- 15Kg de corante 
 a 80% ---------- XKg de corante 
 Obs: Regra de três inversa. 
 X de corante= × =15 100
80
18 75, Kg 
 Agora podemos estabelecer a seguinte relação: (II) 
Gramas ou Quilogramas
do corante ou auxiliares
Peso do material % intensida s.p.m.
Concentração do corante (%)
=
×
 
 
 
52 
 
 
Ex: Do exemplo acima: I II III 
Peso do material = 500 Kg 500 Kg 500 Kg 
Intensidade do corante = 3% 3% 3% 
% concentração do corante 
= 
100% 250% 80% 
 
I caso Kg do corante = 500 3
250
× = 15 Kg 
II caso Kg do corante = 500 3
80
× = 6 Kg 
III caso Kg do corante = 500 3
80
× = 18,75 Kg 
 
 Para efetuarmos tingimentos experimentais em laboratório, usamos material 
em pequenas quantidades, 5 ou 10g de tecido por exemplo. 
 Assim, para tingirmos 5g de material a 1% s.p.m. usaremos: 
 1% (1g de corante para cada 100g de tecido). 
 1 g de corante --------- 100g de tecido 
 Xg de corante --------- 5g de tecido 
 X g= de corante.5 1
100
0 05× = , 
 Ou usando a relação (II) 
Gramas de corante necessário = 5 1
100
× = 0,05 g de corante. 
 Como podemos verificar, a quantidade de corante encontrada é muito 
pequena e torna-se trabalhoso pesar com exatidão, daí efetuaremos soluções 
diluídas de corante. 
 Por exemplo: Prepara-se uma solução 1:1000 que quer dizer 1g de corante 
está dissolvido em 1 litro de água (g/l). 
 Da solução acima podemos calcular a quantidade que iremos analisar; 
 1g de corante ---------- 1000 ml da solução 
53 
 
 
 0,05 g do corante ---------- X ml da solução 
 X = × =0 005 1000
1
50, ml 
 
 Ou podemos estabelecer a seguinte relação: (III). 
Nº de ml (ou litros) da
solução corante (estoque) requerida
Peso do
material 
 intensidade
do corante
Concentração da solução
corante estoque (%) *
=
× %
 
* Se a concentração do 
corante for 200%; 1g desse 
corante em 100ml dará 2% de 
concentração. 
 Agora aplicamos na relação (III): 
 Nº de ml da solução (estoque) corante = 50 1
0 1
×
,
 = 50 ml. 
 Em laboratório usa-se 1:100 como relação de banho (R:B). Como o material 
pesa 5g, usaremos 5 x 100 = 500ml da solução. Pegamos os 50ml da solução 
1:1000 (0,1%) e adicionamos ao Becker e completamos o volume necessário com 
água, isto é, 450ml. (450 + 50 = 500 ml). 
Exemplo: 
 Tendo-se 5g de lã a ser tingida com 2% de intensidade da tintura e a 
solução corante (estoque) contendo 1g de corante em 250 ml. 
 Calcular o volume da solução corante requerida. Para este processo 2% de 
ácido sulfúrico e 10% de sal Glauber devem ser usados como auxiliares e as 
concentrações destas substâncias nas soluções estoques são de 1% e 10%, 
respectivamente. Calcular as quantidades requeridas. Se a relação de banho for 
1:50, calcule o volume total do banho e a quantidade de água adicionada. 
 
1º - Para calcular a concentração (%) da solução do corante estoque tem-se a 
seguinte relação: 
 
54 
 
 
 
 250ml da solução estoque contém ------ 1g de corante 
 100 ml da solução estoque contém ------Xg de corante 
 X = 100 1
250
× = 0,4g = 0,4% 
 Usando a relação (III): 
Nº de ml requerido da sol. estoque = 5 2
0 4
×
,
 = 25 ml 
Nº de ml de ácido sulfúrico necessário = 5 2
1
× = 10 ml 
Nº de ml de Sal Glauber necessário = 5 10
10
× = 5 ml 
 Tendo a relação de banho de 1:50, o volume total de banho é: 
 5 x 50 = 250 ml. 
 250 ml do banho contém: 
 Corante → 25 ml 
 Ácido Sulfúrico → 10 ml 
 Sal Glauber → 5 ml 
 Total → 40 ml 
 Volume de água adicionado = 250 - 40 = 210 ml. 
 
 Foulard (pad): 
 Foulardagem é um processo no qual o tecido é passado continuamente 
aberto (ao largo), isto é, desdobrado ou reto. Primeiro através de um banho 
contendo a substância de tratamento e depois através de rolos de compressão, 
usualmente um aparelho para secagem. 
 A determinação do efeito espremedor de foulard é importante sob dois 
aspectos: 
 a) Fornece dados para a determinação da quantidade de sólidos da 
solução, que serão transferidos para o tecido pelo ato da foulardagem. 
55 
 
 
 b) Possibilita um processo econômico, fornecendo dados para o cálculo 
exato da quantidade necessária de corante para se processar o tingimento de uma 
determinada quantidade de tecido. 
 O efeito da expressão é medido pela retenção da solução pelo tecido. A 
retenção, também denominada de (Pick-up), é calculada pela seguinte fórmula: 
 % de retenção =
Peso molhado - Peso seco 100
Peso seco
×
 
 O tecido seco é pesado e passado na solução da caixa do foulard, sendo 
então espremido pelos rolos, sendo então novamente pesado (peso molhado). 
 Ex: Um tecido seco de 200g quandopesado, depois da foulardagem pesou 
360g. Calcule o Pick-up. 
 % Retenção (Pick-up) = 
360 200
200
100− × = 80% 
 Para sabermos a quantidade de gramas, de corante por litro de banho, nos 
baseamos na seguinte fórmula: 
 
G de corante
por litro de banho
% de intensidade (SPM) 1000
% de retenção
=
×
 
 Ex: Um tecido é tingido com 2% de tintura e o pick-up é 80%. Qual é a 
quantidade de corante necessário por litro de banho? 
Quantidade de corante/litro = 
2 1000
80
×
 = 25 g/l 
 Sabemos a quantidade de corante (g/l) e a % de retenção (Pick-up) 
calculamos o volume total do banho (V B) que teremos de preparar para tingir a 
quantidade total de tecido desejado, por exemplo, 1000Kg. 
 O V B pode ser calculado pela seguinte fórmula: 
 V B em litros =
Peso total do
material seco % de retenção×
100 
 Ex: O peso do material seco a ser tingido é 1000Kg e a % de Pick-up é 
80%. Qual é o volume total do banho (V B)? 
56 
 
 
 V B = 
1000 80
100
×
 = 800 litros. 
 Se soubermos o V B a ser usado e a quantidade corante por litro do banho, 
para sabermos a quantidade total para tingir toda partida do tecido, basta 
multiplicarmos um pelo outro, ou seja, 800 litros x 25g é igual a 20.000g ou 20Kg 
de corante. 
 Ex: Calcule quantos tingimentos serão efetuados e qual a quantidade de 
corante que iremos consumir em cada tingimento e o total para tingir 490Kg de 
tecido de algodão com uma intensidade equivalente a 2% SPM, usando Jiggers 
com capacidade para 300 litros de banho cada um, e o corante a ser utilizado 
possuindo 80% 
de concentração. 
 Normalmente no Jigger a relação de banho usada é de: 1:2,5 a 1:5. 
 Aqui podemos usar uma relação de banho de 1:3 para o Jigger de 
capacidade de 300 litros e teremos um rolo de 100Kg, que é a capacidade máxima 
do material. 
 A relação de banho 1:3 é 1Kg de tecido para cada 3 litros de banho. 
 Para 100Kg de tecido é feita a seguinte proporção: 
 1 Kg de tecido ⎯⎯⎯ 3 litros de banho 
 100 Kg de tecido ⎯⎯⎯ X litros de banho 
 X = 
3 100
1
×
 = 300 litros de banho. 
 Sendo 490Kg de material a ser tingido, dividimos por 100Kg (capacidade do 
Jigger com relação de banho 1:3) iremos usar: 
 
490
100 = 4,9, ou seja, 5 Jiggers. 
 Faremos então: 
 4 tingimentos de 100Kg de cada (4 Jiggers) 
 1 tingimento de 90Kg de cada (1 Jigger) 
 O volume do banho para cada tingimento será (R.B. = 1:3); 300 litros de 
banho para cada 100Kg de material e 270 litros para o de 90Kg de material. 
57 
 
 
 A quantidade de corante necessário será: 
 A % de intensidade (SPM) É 2%; o peso do material 490Kg e a 
concentração do corante 80%; usando a relação: 
 
A quantidade de
corante necessária é 
Peso do material % de intensidade(SPM)
% de concentração do corante
=
×
 
 = 
490 2
80
×
 = 12,25 Kg. 
 
 Para 490Kg de tecido precisamos de 12,25Kg de corante a 80%. 
 Para 100Kg de tecido precisamos de XKg de corante a 80%. 
 X = 
100 12 25
490
× ,
 = 2,5 Kg. 
 Desta forma, para cada rolo de 100Kg usaremos 2,5Kg de corante a 80% 
de concentração. Para tingir os 4 rolos de 100Kg de tecido precisamos 2,5 x 4 = 
10 de corante e 12,25 - 10 = 2,25Kg de corante para tingir os 90Kg de tecido 
restante. 
 No final, faremos: 
 a) 5 tingimentos usando 5 Jiggers. 
 b) Em Jigger que tem 100 Kg de material usaremos 2,5 Kg de corante e o 
Jigger que tem 90 Kg de material usaremos 2,25 Kg de corante. 
 c) No total para tingir 490 Kg de tecido, usaremos 12,25 Kg de corante a 
80% de concentração. 
 
1.15. Diferentes classes dos corantes e suas propriedades e aplicação 
 
 Os corantes são classificados de acordo com a sua constituição química, ou 
com base em suas propriedades corantes. 
 Há pouca correlação entre os dois métodos. 
58 
 
 
 Assim, os membros do grande grupo classificado, constitucionalmente, 
como corantes azóicos são encontrados entre várias das classes baseadas na 
aplicação. 
 O tingidor prático está interessado, basicamente, na classificação de acordo 
com a aplicação. 
 
1.15.1. Corantes Básicos. 
 
 São corantes que possuem um grupamento Amino NH2 substituível que 
confere a propriedade básica à molécula. 
 O corante básico, usualmente, tem uma fórmula geral do tipo: 
 
R NH2
OH
R NH2
OH
H Cl R NH2Cl H 2 O+ +
+ _
 
 
 A base não contendo cromóforo quinonóide é incolor e a cor apenas 
aparece na formação salina. Os corantes básicos ionizam-se e o componente 
corante sempre constitui o cátion. Por esta razão, há uma tendência para nos 
referirmos a eles como corantes catiônicos. Os corantes básicos, como aparecem 
no mercado, são sais usualmente, os cloretos, mas algumas vezes oxalatos de 
sais duplos, com cloretos de zinco. Há muitos corantes que pertencem a esta 
classe e variam consideravelmente na estrutura química. 
 Os corantes básicos exibem pouca ou nenhuma afinidade natural pelo 
algodão, por isso são usados sobre esta fibra, após um tratamento prévio, 
denominado mordentagem. 
Que é capaz de formação básica 
59 
 
 
 
1.15.1.1. Propriedade dos corantes básicos: 
 
 A característica notável dos corantes básicos é o brilho e a intensidade das 
cores. Algumas matizes possuem tanto brilho que nenhuma outra classe pode ser 
comparada com eles. 
 1 - Solubilidade: Os corantes básicos são profundamente solúveis em 
álcool ou metilato. Eles não são facilmente dissolvidos na água e a menos que se 
tome cuidado ao dissolvê-lo, estão sujeitos a formar uma massa viscosa, que 
pode ser muito difícil de se transformar em solução. Alguns corantes são 
decompostos pela água fervente e devem ser aplicados à temperaturas de 60 a 
65ºC. Mesmo os corantes mais estáveis tendem a sofrer uma leve decomposição, 
com assentamento da matiz, em fervura prolongada. 
 
 2- Quando um corante básico é tratado com um álcali ele é decomposto 
com a liberação do corante base que é incolor. 
 
 
H2NC6H4
H2NC6H4
C C6H4=NH2Cl + NaOH
H2NC6H4
H2NC6H4
C
OH
C6H4NH2
NaCl+
 
 
 Assim, no tingimento com corantes básicos, a água que contém álcali ou 
dureza temporária não deve ser usada, sem ser primeiramente neutralizada com 
ácido acético. 
 3 - Os corantes básicos, sendo catiônicos, sob certas condições podem 
ser precipitados por corantes diretos ou ácidos, que são aniônicos. Os dois não 
podem ser usados juntos, exceto em concentrações muito baixas. 
60 
 
 
 4 - Os corantes básicos possuem escassa solidez à luz e essa solidez 
pode ser melhorada pela adição de certas substâncias ao banho de tingimento 
(Ex: metafosfato de sódio, Tio uréia, sulfato de cobre); e com relação à lavagem, 
varia de baixa para moderada. Solidez a fricção aumenta quando se adiciona 
resorcina no banho de mordentagem. 
 5 - As fibras celulósicas não têm, para todos os fins práticos, afinidade 
com os corantes básicos. 
 No caso das fibras de proteína (seda, lã), há evidência substancial que a 
afinidade é de natureza química. A reação é essencialmente de formação salina. 
 Lã COO- + D+ ⎯⎯ Lã - COO - D 
 Onde: 
 Lã - COO- é o ânion da lã e D+ - o cátion do corante. 
 
1.15.1.2. Dissolução de Corantes Básicos. 
 
 Devido a relativa insolubilidade e tendência a alcançar, são necessárias 
precauções especiais na dissolução dos corantes básicos. 
 Para dissolver o corante é necessário empastá-lo com igual quantidade (em 
peso) de ácido acético a 30% e verter água aquecida, com constante agitação, e 
passar a solução através de um tecido fino ou tela. Algumas vezes é vantajoso 
usar metilato, em lugar de ácido acético, para ajudar a preparar uma solução 
satisfatória. 
 Em superfície sintética, os produtos ativos são usados. Eles devem ser não 
iônicos ou possivelmente cátion, porque aqueles que são aniônicos precipitarão o 
corante. 
 
1.15.1.3. Auxiliares usados. 
 
 Os corantes básicos têm tão grande afinidade com as fibras de proteína, 
que a presença de um agente retardante é sempre desejável. Usa-se de 1 a 5% 
de ácido acético por peso do

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