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Tingimento poliéster

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - CAMPUS BLUMENAU
Curso de Engenharia Têxtil
Disciplina Tecnologia do Beneficiamento II
 Keyla Bicalho
	
Tingimento de PES e PES/CO com Corante Disperso
	
	
	
1. Introdução
Sobre a fibra de poliéster Delzan afirma que “A fibra de poliéster é uma das fibras sintéticas que apresenta uma estrutura mais compacta e cristalina. Para o seu tingimento são utilizados corantes dispersos. 
Ao contrário de outras fibras, a fibra de poliéster não tem grupos polares e, por este motivo, não podem ser tingidas por mecanismos irônicos, com corantes hidrossolúveis como os ácidos, catiánicos, diretos, etc. Somente é possível tingir poliéster com corantes dispersos, não irônicos e praticamente insolúveis em água fria. “[1]
Com relação ao corante Delzan diz que “Os corantes dispersos são aplicados em dispersões aquosas, sendo que o tamanho das partículas em dispersão é da ordem de 0,5 a 1,0u. Possuem limitada solubilidade em água fria (somente uns poucos mg/L).
Uma dispersão estável de tão pequenas partículas só é possível mediante à adição de agentes dispersantes, os quais formam uma camada protetora ao redor das partículas de corantes, prevenindo contra uma aproximação destas, o que ocasionaria uma aglomeração dos corantes no tingimento com resultados não adequados na aplicação em tecidos.”[1]
A respeito do tingimento de misturas Gomes diz que “A componente celulósica (CO) pode ser tingida por qualquer um dos corantes mais utilizados para esta fibra como corantes diretos, de cuba ou reativos, e o poliéster tingido por corantes dispersos. No processo convencional estes dois tingimentos são efetuados separadamente devido à incompatibilidade das condições utilizadas no tingimento destas duas fibras. 
A fibra de poliéster (PE) é geralmente tingida primeiro com corantes dispersos, seguida normalmente por um tratamento redutivo com alcali e hidrosulfito de sódio para melhorar a solidez à lavagem e fricção com corantes azo (directos e reactivos) o tratamento redutivo destruiria a cor o que implica nos casos em que o tratamento é aplicado que o tingimento da componente de algodão deve ser posterior à do poliéster. “[2]
Considerando a necessidade de se tingir ambas as fibras da mistura, Gomes ressalva que “O processo de tingir misturas de PE/CO é muito longo devido aos dois processos de tingimento e aos processos de lavagem intermédios necessários entre os processos nomeadamente depois do tratamento redutivo.”[2]
2. Objetivos
O experimento teve como objetivo tingir empregando corante disperso duas amostras de malha contendo fibra de poliéster, uma com 100% e outra com 50% mais 50% de fibra de algodão na cor lilás, afim de conhecer o mecanismo de tingimento da fibra de poliéster.
3. Metodologia da receita
a. Materiais
Segue na tabela abaixo os produtos e as quantidades usadas no banho de tingimento. Foi considerada uma relação de banho 1:20 para este tingimento.
	Produto
	Função
	Quantidade
	Malha 100% Poliéster 
	Amostra a ser tingida
	 -
	2,88 g
	Malha 50% Poliéster 50%Algodão
	Amostra a ser tingida
	-
	3,38 g
	Colorsperse IGEM 1401
	dispersante igualizante
	3g/L
	37,56 mL SM
	Ácido fórmico
	Ajustar pH
	2 gotas
	-
	Turquesa GL (M)
	Corante azul
	0,25%
	0,72 + 0,42 mL SM
	Escarlate GS (M)
	Corante vermelho
	0,25%
	0,72 + 0,42 mL SM
b. Métodos
· Pesar, separadamente, 1g de cada um dos produtos citados, respectivamente, Colorsperse IGEM 1401, pesar 0,5 g de cada corante Turquesa GL e Escarlate GS.
· Diluir em 100 mL de água o Colorsperse IGEM 1401, cada corante Turquesa GL e Escarlate GS pesado afim de se produzir as respectivas soluções mãe a serem usadas nos banhos.
· Agitar as soluções mãe afim de tentar homogeneizá-las. 
· Com o auxílio de pipetas volumétricas, medir respectivamente e colocar no caneco de tingimento para formar a solução do banho: 
· Medir o pH, e aferir se está dentro do padrão, acrescentar gotas de ácido fórmico.
· Inserir um papel absorvente na solução do banho, afim de observar a cor do mesmo.
· Acrescentar à solução do banho as duas amostras de poliamida.
· Fechar o caneco de tingimento e agitar para garantir que as amostras entraram em total completo com o banho.
· Colocar o caneco na máquina de tingimento por 90 minutos com uma temperatura de 130°C.
· Ao final do processo, verificou-se o esgotamento do tingimento.
4. Resultados e discussões
O esgotamento do banho foi excelente, tendo o efluente pouca cor residual, límpido. Provavelmente devido a facilidade de entrada dos corantes na fibra de poliéster devido ao tamanho das moléculas do corante azul e vermelho serem moderadas.
5. Conclusão
No caso de misturas com altas concentrações de outras fibras que não sejam tintas com corante disperso, como neste caso 50% algodão, para se conseguir cores tão vivas quanto da amostra de 100% de poliéster, o ideal é seguir o processo tingindo a fibra com o corante adequado, neste caso poderia ser corante direto ou reativo.
6. Referências
[1] DOLZAN, Neseli. Tingimento de Fibras Sintéticas com Corante Disperso. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2004.
[2] GOMES, J.N. R. Corantes Dispersos. Universidade do Minho - Química Qualidade Materiais Têxteis. Braga.

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