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APOSTILA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 090518

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACEIÓ-AL 
2018.1 
 
 
 
APOSTILA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
Documentos que regulamentam avaliação nutricional pelo profissional nutricionista: 
- Lei nº 8.234/91 do Ministério do trabalho 
- Resolução nº 380/05 do CFN 
 
CONCEITOS 
- avaliação nutricional é a abordagem para a definição do estado nutricional por meio das 
histórias médica, alimentar, e medicamentosa, do exame físico, das medidas antropométricas, 
e dos exames bioquímicos. Organização e a análise das informações por um profissional 
habilitado. Interpretação de múltiplos indicadores para definição de diagnóstico nutricional 
- antropometria obtenção de medidas físicas de um indivíduo. 
- índice é a combinação entre duas medidas antropométricas 
- indicador refere-se à aplicação dos índices. Corresponde à classificação que é atribuída a um 
indivíduo ou a uma população, saudável ou não, como resultado da aplicação de um valor 
crítico (ponto de corte) a um índice. 
- pontos de corte é a comparação dos valores encontrados na avaliação com valores de 
referência. Linha divisória que distingue quem necessita e quem não necessita de intervenção. 
Limites inferiores e superiores que estabelecem um intervalo de normalidade. 
- Padrão de referência metodologia de amostragem representativa de indivíduos saudáveis de 
determinada população que vive em condições socioeconômicas, culturais e ambientais 
satisfatórias e estáveis para a plena evolução de seus potenciais de crescimento, 
desenvolvimento, saúde e nutrição. Usado como instrumento de comparação. (referência 
adotada  curvas de crescimento da OMS 2006) 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
Métodos diretos: antropometria, composição corporal, parâmetros bioquímicos, consumo 
alimentar 
Métodos subjetivos: exame físico, avaliação global subjetiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
Principais componentes que podem causar variação na composição corporal: ossos, músculos 
e gordura. 
Massa gorda: todos os lipídeos extraídos do tecido adiposo e outros tecidos do corpo. 
Constituído por adipócitos, vasos sanguíneos. Tem sido considerado como metabolicamente 
inativo. 
Massa magra: massa livre de gordura mais lipídeos essenciais. Envolvida nos processos 
metabólicos ativos, composta por tecido musculoesquelético, ossos, água extracelular e 
vísceras. 
Gordura subcutânea: tecido adiposo acumulado soba pele. 
 
Métodos de avaliação de composição corporal 
Métodos diretos: dissecação de cadáveres 
Métodos indiretos: “padrão ouro” utilizam equipamentos de tomografia computadorizada, 
densitometria óssea (DEXA), ultrassonografia, tanque de pesagem hidrostática. 
Método duplamente indireto: mensuração de dobras cutâneas, perímetros e diâmetros ósseos 
(antropometria) 
 
Obs.: 1 - a distribuição de gordura pelo corpo é mais importante que a gordura corporal total 
para determinação do risco individual de doenças. 
2 – distribuição regional de gordura: acúmulo de gordura na parte superior  androide 
.acúmulo de gordura na parte inferior ginoide. 
 
DIVISÃO DAS FASES DO CURSO DA VIDA 
 Criança: < 10 anos de idade 
 Adolescente: ≥ 10 anos < 20 anos de idade 
 Adulto: ≥ 20 anos < 60 anos de idade 
 Idoso: ≥ 60 anos de idade 
 
 
 
 
 
 
 
DIVISÃO DOS ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE ACORDO COM OS GRUPOS 
POPULACIONAIS 
 
Obs.: Índices antropométricos para criança: 
0-5 anos  P/I, A/I, P/A, IMC/I 
5 – 10 anos  P/I, A/I, IMC/I 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ACORDO COM OS GRUPOS 
POPULACIONAIS 
 
 CRIANÇAS 
Ordem para avaliação antropométrica de crianças: 
1º aferição de medidas 
2º elaboração dos índices (tabelas ou gráficos) 
3º análise de acordo com idade e sexo , segundo o padrão de referência 
4º diagnóstico nutricional 
 
 
 
 
 
 
 Peso 
Dimensão da massa do corpo que é constituída por todas as células, tecidos, órgão e 
sistemas do organismo. 
 Aferição em crianças menores de 2 anos  balança pediátrica OU “tipo bebê” 
(capacidade 16kg e divisão 10g) 
 Aferição em crianças maiores de 2 anos  balança clínica, balança de plataforma 
(capacidade máxima de 150kg divisão de 100g) 
 
 
 Observações: 
- nos primeiros dias de vida é normal decréscimo de até 10% do peso do nascimento; 
- recuperação de peso ocorre até o décimo dia; 
- 5 meses tem cerca de 2 vezes do peso do nascimento 
- 12 meses tem cerca de 3 vezes do peso do nascimento 
 Fórmula para cálculo do Peso aproximado em crianças entre 3 – 10 anos de idade: 
P = n x 2 + 9 
n=idade em anos 
 Fórmula peso ideal para idade no primeiro ano de vida: 
P = peso do nascimento + ganho ponderal mensal 
TRIMESTRE GANHO DE PESO 
1º 700g 
2º 600g 
3º 500g 
4º 400g 
 Mudanças na composição corporal: aumento de 8 a 9% de gordura até 1 ano e o dobro de 
aumento na massa magra. 
 
 
 
 
 
 Técnica de pesagem: 
 Crianças de 0-2 anos 
- Balança calibrada e travada 
- Crianças pesadas despidas e acompanhadas do responsável 
- Posiciona a criança sentada ou deitada no centro do prato da balança 
- Destrava-se a balança e move-se o cursor maior (quilos) e depois o cursor menor (gramas) 
até que a agulha do braço e o fiel estejam alinhados 
- Trava-se a balança realizando a leitura 
- Anotar o valor obtido 
 Criança de 2-10 anos 
- Balança calibrada, travada e afastada da parede 
- Pesadas descalças e com roupas leves 
- Criança deve permanecer em pé (ereta) no centro da plataforma do equipamento, com os pés 
juntos, e os braços estendidos ao longo do corpo 
- Destrava-se a balança e move-se o cursor maior (quilos) e depois o cursor menor (gramas) 
até que a agulha do braço e o fiel estejam alinhados 
- Trava-se a balança realizando a leitura 
- Anotar o valor obtido 
 Altura 
- Medida que determina a dimensão linear do corpo 
- comprimento  medido deitado (infantômetro) 
- estatura  medido em pé (estadiômetro) 
 Observações 
- o lactente cresce em torno de 15cm no primeiro semestre de vida e 10cm no segundo ano de 
vida 
- criança cresce em torno de 12cm no segundo ano de vida 
- cresce 7cm/ano do 3º ao 5º ano de vida 
- cresce 6cm/ano do 6º ano até o início da puberdade (10 anos) 
 
 
 
 
 
 
 Fórmula para o cálculo aproximado da estatura ideal para idade dos 3 – 11 anos de 
idade: 
A = [(n-3).6] + 95 
A= altura (cm) 
n= número de anos 
 
 Técnica de medição 
 0 – 2 anos 
- medidas despidas, sem adereços no cabelo, na presença do responsável. 
- criança permanece deitada no centro do equipamento 
- manter a cabeça da criança apoiada firmemente contra a parte fixada do infantrômetro, com 
o pescoço reto e o queixo afastado do peito, os ombros totalmente em contato com a 
superfície de apoio, os braços estendidos ao longo do corpo, as nádegas e os calcanhares em 
pleno contato com a superfície que apoia o equipamento. 
- pressionar com cuidado os joelhos da criança para baixo com uma das mãos de modo que 
fiquem estendidos 
- juntar os pés fazendo um ângulo reto com as pernas 
- levar a parte móvel da régua antropométrica até a planta dos pés 
- realizar a leitura e anotar o valor 
 2 – 10 anos 
- medidas descalças e sem adereços na cabeça, na presença do responsável, 
- permanecer ereta, com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, 
olhando para um ponto fixo na altura dos olhos, 
- nuca, ombros, nádegas e acalcanhares deverão permanecer encostados no equipamento, 
- joelhos deverão permanecer unidos, ossos internos dos calcanhares devem se tocar, 
- unir os pés fazendo ângulo reto com as pernas, 
- abaixar a parte móvel do antropômetro fixando-o contra a cabeça, 
- retirar a criança, realizar a leitura e anotar o valor. 
 Dobras cutânea (3 meses – 10 anos) 
Quantidade de gordura corporal (tecido adiposo subcutâneo) 
Instrumentos: fitae adipômetro 
 
 
 
 
 Técnica de Aferição: 
Prega cutânea tricipital 
- ponto médio do braço direito, entre os processos acromial da escápula e olecrânio da ulna 
- medido no aspecto lateral do braço, com cúbito flexionado a 90° com fita métrica 
- marca-se o ponto médio na lateral do braço 
- a dobra é tomada 1cm acima da linha marcada e o adipômetro é aplicado no nível marcado 
 
Prega cutânea subescapular 
- feita no ângulo inferior da escápula 
- medida no aspecto posterior, com decúbito flexionado posteriormente a 90° 
- marca-se 1cm abaixo doo ângulo inferior da escápula 
- a dobra é tomada diagonalmente 1cm abaixo da linha marcada 
- o adipômetro é aplicado no nível marcado e a leitura é realizada com o braço estendido 
 
 
 
 
Classificação: 
PERCENTIL/ ESCORE Z CLASSIFICAÇÃO 
3 – 97/ -2DP a +2DP Adequado 
< 3 / ≤ -2DP Déficit energético 
97 / ≥ +2DP Excesso energético 
 
 Perímetro braquial 
- Reflete a composição corporal total do indivíduo, sem distinguir tecido adiposo (reserva 
energética) da massa magra (reserva proteica) e serve apenas como rastreamento ou triagem 
do estado nutricional de crianças menores de 5 anos. 
- Medida recomendada somente quando não for possível verificar as medidas de peso e 
estatura 
 Técnica de aferição: 
-Ponto médio do braço direito entre o processo acromial da escápula e olecraniano da ulna 
- é medido no aspecto lateral do braço com decúbito flexionado a 90° e com uma fita métrica 
- marca-se o ponto médio na lateral do braço 
 
 
- o perímetro braquial é medido aplicando-se a fita firmemente ao redor do braço, no nível 
mediano marcado. 
Ponto de corte 
Faixa etária Ponto de corte indicativo de déficit 
cm (baixo peso) 
0 – 30 dias < 9 
1 – 5 meses < 10 
6 – 30 meses < 12,5 
31 – 60 meses < 13,5 
 
Referência perímetro braquial para crianças de até 5 anos de idade 
Percentil (escore z) Classificação 
Percentil 3 e 97 (-2 DP e + 2 DP) Adequada 
Percentil < 3 (≤ -2DP) Déficit energético 
Percentil > 97 (≥ +2 DP) Excesso 
 
 
Referência perímetro braquial para crianças de > 5 anos de idade 
Percentil Classificação 
15 – 75 Adequado 
5 – 15 Risco de déficit energético 
< 5 déficit energético 
75 – 85 Risco de excesso energético 
>85 excesso energético 
 
 
 
 Perímetro cefálico e perímetro torácico 
- perímetro cefálico até os 6 meses de idade tem relação direta com o tamanho do encéfalo; 
- diagnóstico de microcefalia, macrocefalia, hidrocefalia; 
- medida menos afetada por nutrição inadequada e a primeira que cresce ao se alcançar oferta 
proteico-calórica ideal; 
- sua utilização para classificação de subnutrição está associada ao perímetro torácico a partir 
do indicador PT/PC; 
Classificação: 
- até os 6 meses relação PT/PC = 1 
- dos 6 meses aos 5 anos de idade relação normal é > 1. Relação < 1 subnutrição energético-
proteica 
Técnica mensuração: 
- PC  tomar como referência a glabela como limite anterior e o polo occipital como 
posterior. Cuidado para não incluir parte do pavilhão auricular. Utiliza-se uma fita que deverá 
ser mantida justa à superfície cutânea sem pressão excessiva. 
- o monitoramento do PC é realizado pela leitura da curva de crescimento 
- PT  deve ser realizado no nível dos mamilos. A criança deve estar deitada e em posição 
respiratória média 
 Perímetro (ou circunferência) da cintura 
- indicador obesidade central 
- percentil acima de 90 esteve associado com alta concentração de lipídios e insulina, 
dislipidemias, hipertensão arterial e resistência à insulina. 
Técnica de mensuração: 
- permanecer em pé, braços afastados, a fita passa em torno do ponto médio entre a última 
costela fixa e a borda superior da crista ilíaca. Deve ser realizada ao final da expiração 
normal. 
 
 
 
 
 
 Perímetro (ou circunferência) do pescoço 
- diagnóstico de sobrepeso e obesidade em criança, fatores de risco metabólico, pré-
hipertensão em crianças e adolescente com peso normal e como triagem de risco 
cardiovascular em criança. 
- técnica de mensuração: deve ser realizada horizontalmente no nível da cartilagem cricoide 
 
ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS 
 Altura para idade 
- Reflete crescimento linear. É um parâmetro progressivo, não sofre regressões no período da 
infância. Seu déficit indica inadequação acumulada de longa duração. 
- Ganho de estatura é lento e demora a refletir processo de carência de saúde e nutrição 
- Tem como indicador antropométrico o stunting (nanismo) ou baixo comprimento 
 
 
 
 
 Peso para estatura 
- Reflete a distribuição do peso corporal em relação à altura. 
- Sensível para o diagnóstico de excesso de peso (sobrepeso e obesidade) 
- Indicador antropométrico de wasting (emanciaçã) processo patológico e magreza ou baixo 
peso para estatura, não implica processo patológico 
 
 
 Peso para idade 
- reflete peso corporal em relação à idade da criança. 
- em processos patológicos o diagnóstico é de baixo peso 
- situação de relação elevada P/I utiliza-se o termo sobrepeso 
 
 
 
 
 IMC para idade 
- utilizado para criança acima de 2 anos de idade. 
- opção válida e recomendada pela OMS para crianças e adolescentes entre 5 a 19 
anos de idade 
- fórmula: IMC = P (kg) 
 A
2
 (m) 
- indicadores antropométricos o baixo peso e excesso de peso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação e interpretação dos índices antropométricos 
- Escore z – indica aproximadamente quanto, em média, um valor encontra-se distante da 
média. 
- percentil – refere-se à posição que o valor da medida ocupa em ralação aos 100% da 
distribuição de referência (pontos importante= percentil 3 indicador de desnutrição, percentil 
97 indicador de sobrepeso ) 
 
 ADOLESCENTES 
- Consiste no período de transição entre infância e a vida adulta. 
- Caracterizado por intensas mudanças somáticas, psicológicas e sociais. 
- classificada em adolescência precoce ou fase inicial da adolescência (10 a 14 anos de idade) 
caracterizada pela puberdade, estirão de crescimento, aumento rápido das secreções de 
diversos hormônios e o aparecimento dos caracteres sexuais secundários (maturação sexual). 
- fase final ou adolescência tardia (15 a 19 anos) caracterizada pela desaceleração desses 
processos. 
 - diferença na composição corporal entre os dois gêneros: meninos têm aumento da massa 
corporal magra mais que as meninas e elas ganham mais gordura que os meninos. 
- ganho de aproximadamente 20% da estatura definitiva (segundo estirão), 45% da sua massa 
esquelética máxima e 50% do seu peso adulto. 
 
 Peso 
- instrumento: balança antropométrica (balança mecânica, balança clínica), com capacidade 
de 150kg e divisão de 100g, ou balança digital. 
- Balança calibrada, travada e afastada da parede 
- Pesadas descalças e com roupas leves 
- Criança deve permanecer em pé (ereta) no centro da plataforma do equipamento, com os pés 
juntos, e os braços estendidos ao longo do corpo 
- Destrava-se a balança e move-se o cursor maior (quilos) e depois o cursor menor (gramas) 
até que a agulha do braço e o fiel estejam alinhados 
- Trava-se a balança realizando a leitura 
- Anotar o valor obtido. 
 
 
 
 
 Estatura 
- instrumento: estadiômetro/antropômetro vertical. 
- devem ser medidos descalços e com a cabeça livre de adereços, na presença do responsável 
- permanecer ereta, com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, 
olhando para um ponto fixo na altura dos olhos, 
- nuca, ombros, nádegas e acalcanhares deverão permanecer encostados no equipamento, 
- joelhos deverão permanecer unidos, ossos internos dos calcanhares devem se tocar, 
- unir os pés fazendo ângulo reto com as pernas, 
- abaixar a parte móvel do antropômetro fixando-o contra a cabeça, 
- retirar a criança, realizar a leitura e anotar o valor. 
 Dobras cutâneas, perímetro braquial (PB)  aferir como descrito para crianças.Classificação da Soma das dobras cutâneas (tricipital e subescapular) e PB 
Percentil Classificação 
15 – 75 Adequada 
< 5 Déficit energético 
>85 Excesso energético 
5 – 15 Risco de déficit 
75 – 85 Risco de obesidade 
 
 Circunferência muscular do braço (AMB) 
Fórmula: CMB (cm) = PB(cm) – (π x DCT(cm)) 
 Área muscular do braço (AMB) 
Fórmula: AMB (cm
2
) = CMB
2 
/ 4π 
 Área muscular do braço corrigida (AMB-c) 
Fórmula: homens  AMB-c (cm
2
) = AMB – 10 Mulheres  AMB-c (cm
2
) = AMB – 6,5 
- CMB e AMB são úteis na avaliação da massa proteica. Diferencia composição corporal 
massa gorda e massa magra 
Classificação CMB e AMB-c 
Percentil CMB Percentil AMB-c Classificação 
10 – 90 15 – 85 Adequado 
<5 <5 Deficiente de massa magra 
>95 >95 Musculatura desenvolvida 
5 - 10 5 – 15 Risco de déficit massa magra 
 
 
 
 
 
 Perímetro abdominal  aferir como descrito para criança 
 Perímetro do pescoço  aferir como descrito para criança 
- classificação: considerado com sobrepeso ≥ 35,5cm para homem e ≥32,0 para mulher 
 Índices antropométricos 
- IMC/I (indicadores: baixo peso, risco de excesso de peso, excesso de peso) 
- E/I (indicadores: déficit de estatura) 
 
 
 
 
 
 
 Estágio de maturação sexual 
- Realizado por exame clínico direto ou indireto. 
- Avaliam-se nos meninos tamanhos dos testículos, características da genitália, pelos pubianos 
e mudança de voz. Nas meninas avalia-se as mamas, pelos pubianos e menarca. 
- Estágios variam de 1 a 5 para genitália (G) (meninos) e mamas (M)(meninas). 
- estágios de pelos pubianos para meninos e meninas 
G1 e M1 considerados pré-púberes 
- associação entre estágio de Tanner e a velocidade de crescimento: a aceleração coincide com 
o início da maturação (G3 e M2) o pico de crescimento com G4 em meninos e M3 em 
meninas (antecede a manarca) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Adulto 
 Considerações sobre peso: 
Técnica  em uma balança de plataforma ou eletrônica o indivíduo deverá posicionar-se em 
pé , no centro da base da balança, descalço e com roupas leves, preferência pesar antes das 
grandes refeições 
- A balança mecânica deve estar travada, posiciona o indivíduo a ser medido no centro da 
base da balança; destrava a balança após o indivíduo estar posicionado; mover o cursor maior 
e em seguida o cursor menor até a agulha e o fiel estejam nivelados. 
- peso atual: obtido através da pesagem. 
- peso usual: usado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em caso de 
impossibilidade de medir o peso atual (peso que costumava ter). 
- peso ideal ou desejável: peso ideal = IMC desejado x estatura (m
2
). Utilizado para pessoas 
que não se encontra dentro do IMC desejável. 
- adequação de peso: a porcentagem de adequação do peso atual em relação ao ideal ou 
desejável 
Adequação de peso = peso atual x 100 (observar a classificação de acordo com adequação) 
 Peso ideal 
 
 
- peso ajustado: é o peso ideal corrigido para determinar a necessidade energética e de 
nutrientes quando a adequação do peso for menor que 95% ou maior a 115% 
Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual 
- peso ideal para amputados: deve-se subtrair o peso da extremidade amputada do peso ideal 
calculado (observar a figura de porcentagem de peso correspondente de cada parte do corpo ) 
 
 
 
Estimativa de peso: 
Homem = [(0,98 x CP)+(1,16 X AJ)+(1,73 X CB)+(0,37 x PCSE) - 81,69] 
Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] 
CP – circunferência da panturrilha 
AJ – altura do joelho 
CB – circunferência do braço 
PCSE – prega cutânea subescapular 
- perda de peso: a perda de peso involuntária constitui uma importante informação para 
avaliara a gravidade do problema de saúde, por causa da sua relação com mortalidade 
Perda de peso (%) = (peso usual - peso atual) x 100 (observar tabela) 
 Peso usual 
 
 
 
 
 
 
 Considerações sobre estatura 
Técnica  mede-se utilizando estadiômetro/ antropômetro. O indivíduo fica em pé, descalço, 
com os calcanhares juntos, costas retas e os braços estendidos ao lado do corpo. 
- A fita ou estadiômetro deverão ser fixados juntos à parede reta, lisa, sem rodapé 
- altura do joelho: indivíduo em posição supina ou sentado o mais próximo possível da 
extremidade da cadeira, com o joelho esquerdo flexionado em ângulo de 90°. Mede-se o 
comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna na altura do joelho. Indicado 
para idosos. Fórmula de Chumlea: 
Homens = [64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm)] 
Mulheres = [84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm)] 
Obs.: se considerar que a medida em membros inferiores é menos afetada pela diminuição das 
dimensões ósseas. 
- extensão dos braços  os braços devem ficar estendidos formando um ângulo de 90° com o 
corpo. Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos utilizando-se uma fita métrica 
- estatura recumbente  indivíduo em posição supina e com o leito horizontal completo. 
Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé. 
 
 Dobras cutâneas 
- É uma das medidas mais comumente usadas na estimativa da composição corporal, visto que 
grande quantidade de gordura está localizada no tecido subcutâneo. 
- Principais dobras: tríceps, bíceps, subescapular, abdominal, suprailíaca, coxa e panturrilha. 
Medir sempre o hemicorpo direito, a menos que haja uma recomendação específica; 
- estando o avaliado em posição cômoda e com musculatura relaxada; 
- Separa tecido adiposo subcutâneo do tecido muscular; 
- destacar a dobra cutânea colocando o polegar e o dedo indicador separados 
aproximadamente 8 cm entre si. Quanto mais espesso for o tecido subcutâneo, maior deverá 
ser a distância entre o polegar e o dedo indicador para destacar a dobra. 
- elevar a dobra cutânea por volta de 1 cm do ponto de medida; 
- soltar a pressão das hastes do compasso lentamente; 
- aguardar 2 a 4 s para fazer a leitura 
- realizar 3 medidas 
- abrir o compasso lentamente e liberar a dobra. 
 
 
 
 IMC 
Indicador simples de estado nutricional calculado a partir da seguinte fórmula: 
Peso atual (kg) 
 Altura
2 
(m) 
Classificação do estado nutricional de adultos segundo IMC 
IMC (kg/m
2
) Classificação 
< 16 Magreza grau III 
16 a 16,9 Magreza grau II 
17 a 18,4 Magreza grau I 
18,5 a 24,9 Eutrofia 
25 a 29,9 Pré-obeso 
30 a 34,9 Obesidade grau I 
35 a 39,9 Obesidade grau II 
≥ 40 Obesidade grau III 
Fonte: OMS,1995 e 1997. 
Obs.: Considerando-se que o IMC não distingue o peso associado ao músculo ou à gordura 
corpórea, torna-se importante investigar a composição corporal e é recomendável a 
interpretação dos pontos de corte de IMC em associação com outros fatores de risco. 
 
 Circunferência do braço 
- Representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do braço 
- Procedimento: braço deve ser flexionado em direção ao tórax, formando ângulo de 90°; 
localizar e marcar o ponto médio entre o acrômio e olecrano; solicitar ao indivíduo que fique 
com o braço estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para coxa; contornar 
com a fita no ponto marcado de forma ajustada evitando compressão ou folga. 
- O resultado deve ser comparado com valores de referência. 
 
 Adequação da CB 
A adequação da CB pode ser determinada por meio da equação abaixo e o estado nutricional 
classificado de acordo com os valores de referências: 
Adequação de CB (%) = CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 50 
 
 
 
 
 
 
Estado nutricional segundo a circunferência do braço 
 Desnutrição 
Grave 
Desnutrição 
moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia sobrepeso Obesidade 
CB < 70 % 70 a 80% 80 a 90% 90 a 100% 110 a 120% >120% 
Fonte: Black, GL & Thornton, PA.,1979 
 
 Circunferência Muscular do braço (CMB) 
- Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea) 
- É obtida através da CB e da prega cutânea triciptal (PCT): 
CMB (cm) = CB (cm) – π x [PCT (mm) ÷ 10] 
- O resultado deve ser comparado com a referência 
- Adequação da CMB é dado pela seguinte fórmula: 
Adequação da CMB = CMB obtida (cm) x 100 
 CMB percentil 50 
Estado nutricional segundo a CMB 
 Desnutrição leve Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia 
CMB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90% 
 
 Área muscular do braço corrigida (AMBc) 
- Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea; 
- Avalia mais adequadamente a mudança do tecido muscular do que a CMB 
- É obtida de acordo com o gênero 
Homem 
AMBc (cm
2
) = [CB(cm) – π x PCT (mm) ÷ 10]
2 
- 10 
 4π 
Mulheres 
AMBc (cm
2
) = [CB(cm) – π x PCT (mm) ÷ 10]
2 
– 6,5 
 4π 
Estado nutricional segundo a área muscular do braço corrigida 
 Normal Desnutrição 
leve/moderada 
Desnutrição grave 
AMBc Percentil > 15 Percentil entre 5 e 15 Percentil < 5 
 
 
 
 
 
 Área de gordura do braço 
AGB (cm
2
) = CB (cm) x [PCT (mm) ÷ 10] – π x [PCT (mm) ÷ 10]
2 
 
 2 4 
Classificam-se como obesidade valores acima do percentil 90 
 
 Circunferência da cintura 
- prediz tecido adiposo visceral 
- correlaciona-se com IMC 
- Aferição: Com o paciente em pé, deve-se circundar o indivíduo no ponto médio entre a 
última costela e a crista ilíaca. A leitura deve-se ser feita no momento da expiração. 
Circunferência da cintura de acordo com gênero 
Classificação da circunferência da cintura para adultos 
Risco de complicações metabólicas associadas á obesidade 
 Elevado Muito elevado 
Homem ≥94 cm ≥102 cm 
Mulher ≥80 ≥88cm 
 
IDOSO 
- composição corporal se altera. 
- elava-se quantidade de tecido adiposo e reduz tecido muscular. 
- redistribuição do tecido adiposo, diminuindo nos membros e aumentando na cavidade 
abdominal. 
- a elasticidade e a hidratação da pele diminuem. 
Estado nutricional de idosos segundo o IMC 
IMC (kg/m
2
) Classificação 
< 22 Magreza 
22 a 27 Eutrofia 
>27 Excesso de peso 
Fonte: Lipschitz, D.A., 1994. 
 
 Circunferência da panturrilha 
De acordo com a OMS, a circunferência da panturrilha é aquela que fornece a medida mais 
sensível da massa muscular nos idosos. Esta medida indica alterações na massa magra que 
ocorrem com a idade e com o decréscimo na atividade física. É particularmente recomendada 
na avaliação nutricional de pacientes acamados.

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