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AULA 01 Introdução ao Estudo de Patologia

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Introdução ao 
Estudo de 
Patologia 
 
 
 
4º Período 
Profª.: Vanessa Vianna 
Aluna.: Vitória Wenceslau 
SAÚDE 
 
 
 
 
“O estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a 
ausência de doença ou enfermidade” (WHO, 1946). “um estado de 
adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, 
de modo que o indivíduo se sinta bem (saúde subjetiva) e não apresente sinais 
ou alterações orgânicas (saúde objetiva)” (PEREIRA, 2012, p. 1). 
 
 
 
“Um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou 
social em que vive, de modo que o indivíduo se sinta bem (saúde subjetiva) 
e não apresente sinais ou alterações orgânicas (saúde objetiva)” (PEREIRA, 
2012, p. 1). 
 
DOENÇA 
“Um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no 
qual o indivíduo se sente mal (sintomas) e/ou apresenta alterações orgânicas 
evidenciáveis (sinais)” (PEREIRA, 2012,p.1). 
 
O QUE É PATOLOGIA? 
Etimologicamente, a palavra Patologia deriva da união dos termos gregos 
pathos (doença) e logos (estudo, doutrina), significando, portanto, o estudo 
das doenças. 
A Patologia poderia ser compreendida como “a ciência que estuda as causas 
das doenças, os mecanismos que as produzem, os locais em que ocorrem e as 
alterações morfológicas e funcionais que apresentam”. 
DIVISÃO PATOLOGICA 
 
A patologia se divide em.: Patologia Geral e Patologia Especial 
A Patologia Geral ocupa-se dos aspectos comuns compartilhados por 
diferentes doenças, ou seja, dos elementos básicos das doenças (etiologia, 
mecanismos patogênicos, lesões estruturais e alterações funcionais). 
 A Patologia Especial, por sua vez, orienta seu foco para as doenças de 
determinado órgão ou sistema (Patologia do Sistema Nervoso Central, 
Patologia da Cavidade Bucal, Patologia do Sistema Digestório, dentre outras). 
 
AGRESSÃO, DEFESA, ADAPTAÇÃO, LESÃO 
 
As agressões são estímulos do ambiente que potencialmente perturbam a homeostase 
de determinada célula ou tipo celular. 
As agressões evocam das células afetadas alguma reação; na tentativa de se 
defender, as células podem se adaptar ou seguir um processo patológico (lesivo). 
Ainda, vale ressaltar que o perfil da resposta após dada agressão dependerá em 
parte da natureza do agente agressor (se químico, físico ou biológico, sua intensidade 
e duração) e em parte das características do tecido acometido (tipo celular afetado 
e estado metabólico das células). 
 
ESTRÁTEGIAS ADAPTATIVAS 
 
. 
 Alterações de volume celular: Hipertrofia( por 
sobrecarga), hipotrofia (por privação metabólica). 
 Alterações proliferativas: Hiperplasia (aumento na 
quantidade das células) e hipoplasia (diminuição 
na quantidade das células). 
 Metaplasia: Alteração da diferenciação celular. 
 Displasia: Quando alterações proliferativas 
ocorrem concomitantemente a alterações de 
diferenciação celular. 
 
 
 
 
LESÃO 
Tratamos por lesão o conjunto das alterações morfológicas, moleculares e/ou 
funcionais que surgem nas células, tecidos ou sistemas como resposta à não 
adaptação diante das agressões. 
É importante considerarmos, contudo, que, antes da manifestação de 
qualquer alteração morfológica, ocorre a instauração de alguma alteração 
molecular, haja vista serem as moléculas (especialmente as macromoléculas, 
vitais à célula) os alvos primeiros das agressões. 
O que se segue pode manifestar-se então como um conjunto de alterações 
morfológicas celulares e transtornos funcionais (fenômenos fisiopatológicos) 
que comprometem tanto a integridade quanto a funcionalidade das células, 
tecidos ou sistemas acometidos. Todos estes fenômenos configuram-se como 
um processo (mais precisamente tratado por processo patológico ), ou seja, os 
fenômenos associados às doenças surgem e evoluem até dado desfecho. 
Consequentemente, este dinamismo se traduz em diferentes apresentações 
morfológicas observáveis a depender do momento do processo em que se 
analisa dada lesão. 
Os agentes agressores podem atuar sobre seus alvos tanto de maneira direta 
quanto indireta. 
A ação direta caracteriza-se como o agente agressor é capaz de promover 
diretamente alguma alteração molecular sobre seu alvo, que evoluirá para 
alterações morfológicas e funcionais de diferentes naturezas. O fato de uma 
dada célula ou tecido responder a uma agressão mobilizando seus 
mecanismos de adaptação não quer dizer que a partir daí não as possa iniciar 
e estabelecer um processo patológico. Logo, esta ação indireta de agentes 
agressores caracteriza-se pelo acionamento inicial de mecanismos de 
adaptação, que, na tentativa de neutralizar a agressão, provocam alterações 
moleculares que resultam em alterações morfológicas. funcionais. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 
LESSÕES CELULARES 
Afetam a célula propriamente. Tais lesões podem ainda ser 
subdivididas em letais e não letais, sendo que a diferença de uma para 
a outra depende da qualidade, intensidade e duração da agressão, 
além de, obviamente, o tipo de célula atingida e seu estado funcional. 
Desta forma, a agressão que é letal para dado tipo celular pode não 
passar de uma lesão para outro tipo celular. As agressões que não são 
suficientes para matar as células podem provocar o acúmulo 
intracelular de substâncias (efeitos coletivamente tratados por 
degenerações), afetar o controle de mecanismos de proliferação e 
diferenciação celulares (processos subjacentes às hipotrofias, 
hipertrofias, hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, displasias e 
neoplasias) ou levar ao acúmulo de pigmentos (pigmentações). No 
caso das lesões letais, a morte celular pode se dar por necrose ou 
apoptose. 
 
ALTERAÇÕES DO INTERSTÍCIO 
Lesões causadoras de perturbações nas estruturas das fibras elásticas, 
colágenas e reticulares componentes do interstício. Pode haver 
também formação e/ou acúmulo de algumas substâncias. 
DISTÚRBIOS DA CIRCULAÇÃO 
Voltada à compreensão de importantes fenômenos circulatórios tais 
como hiperemia (aumento da quantidade de sangue dentro do 
sistema vascular), isquemia (diminuição ou falta de suprimento 
sanguíneo em determinado órgão ou estrutura), trombose 
(coagulação do sangue dentro do sistema vascular), embolia 
(aparecimento na circulação de substâncias que não se misturam ao 
sangue), hemorragia (saída de sangue dos vasos e/ou coração) e 
edema (aumento da quantidade de líquido intersticial dos tecidos ou 
das cavidades orgânicas). 
 
INFLAMAÇÃO 
Na vigência da inflamação é possível observar alterações locais da 
microcirculação, extravasamento (exsudação) de leucócitos de dentro dos 
vasos para o interstício e consequentes lesões desta matriz e também das 
células dos tecidos afetados. Trata- -se de uma resposta inespecífica e, por isso 
mesmo, altamente relevante (ocorre em respostas a uma grande variedade 
de agressões).

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