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Ebook Aula 1 - Seguridade Social

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Profª. Djamere Braga 
 
 
AULA 1 - SEGURIDADE SOCIAL. CONCEITUAÇÃO. EVOLUÇÃO HISTÓRICA. 
 
Saúde, previdência e assistência social. Distinções 
 
1. Noções gerais 
De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF/1988), são direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade 
e à infância, bem como a assistência aos desamparados (art. 6º da CF/1988). 
A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais (art. 193 
da CF/1988). 
Dentro do Título VIII, que cuida da ordem social, a CF/1988 tem o Capítulo II, que trata especificamente da 
Seguridade Social (arts. 194 e 195, da CF/1988). 
A Seguridade Social, como direito social, é um dos instrumentos jurídicos para concretização do objetivo de 
alcançar o bem-estar e a justiça sociais, tendo por fundamentos a dignidade da pessoa humana, a solidariedade, a 
cidadania e os valores sociais do trabalho (art. 1º, incisos II, III e IV, da CF/1988), e se desenvolve em função dos 
objetivos de construção de uma sociedade livre, justa e solidária e de erradicação da pobreza e redução das 
desigualdades sociais (art. 3º, incisos I e III, da CF/1988). 
A Seguridade Social, assim como os direitos inerentes a cada um dos ramos que a compõem, possui natureza 
jurídica de direito humano fundamental de segunda geração ou dimensão. 
Fala-se em direito fundamental porque é um direito humano que está positivado (escrito) e assegurado no 
texto da CF/1988. 
Os direitos fundamentais de segunda geração ou dimensão são os direitos de caráter social, econômico e 
cultural, caracterizando-se como prestações positivas proporcionadas pelo Estado (fazer, fornecer), direta ou 
indiretamente, em favor do cidadão, como forma de possibilitar melhores condições de vida e realização de igualdade 
material (igualização de situações sociais desiguais). 
Como definição, “a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (art. 
194 da CF/1988). 
Ramos da Seguridade Social 
Saúde Assistência social Previdência Social 
Note-se que, em seus três ramos, a Seguridade Social não está restrita ao setor público. Há prestação de 
serviços de saúde, assistência social e Previdência Social por meio das iniciativas pública e privada. Como dito, a 
Seguridade abrange um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade. 
Quanto à Seguridade Social como um todo (e não os seus ramos individualizados), a competência legislativa é 
privativa da União (art. 22, inciso XXIII, da CF/1988), sem prejuízo de que lei complementar autorize os estados a 
legislar sobre questões específicas em matéria de Seguridade (art. 22, parágrafo único, da CF/1988). 
O ramo da saúde está previsto nos arts. 196 a 200 da CF/1988. A lei básica de regência desse setor é a Lei nº 
8.080/1990, Lei Orgânica da Saúde, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, 
a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências. 
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação” (art. 196 da CF/1988). 
O ramo da assistência social está disciplinado nos arts. 203 e 204 da CF/1988. A lei básica de regência desse 
setor é a Lei nº 8.742/1993, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que dispõe sobre a organização da assistência 
social, e dá outras providências. Trata-se de direito fundamental e dever do estado de atendimento das necessidades 
humanas básicas ou essenciais, com o fim de prover os mínimos sociais a qualquer pessoa que precisar. 
O ramo da Previdência Social está previsto nos arts. 40 (Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores 
– RPPS), 42, § 1º, e 142, inciso X (Regime Próprio de Previdência Social dos Militares, que é uma subespécie de Regime 
Próprio), 201 (Regime Geral de Previdência Social – RGPS) e 202 (previdência complementar) da CF/1988. 
A Previdência Social é um seguro com regime jurídico especial, de direito público, de caráter contributivo, com 
natureza estatutária ou contratual (previdência complementar), que visa assegurar benefícios e serviços em casos de 
contingências que impossibilitem a subsistência pelo trabalho. Em outros dizeres, consiste em um seguro público, 
estatutário ou contratual, normalmente prestado a quem contribuir, visando cobrir contingências futuras, 
programadas ou não, ligadas à incapacidade laboral (real ou presumida). 
2. Composição da Seguridade Social no Brasil 
A seguridade social brasileira foi instituída pela CF/1988, com o objetivo claro de proteger o povo brasileiro 
contra riscos sociais. Trata-se de uma verdadeira conquista do Estado Social de Direito. Nessa linha, Frederico Amado 
afirma que: 
Eventos como o desemprego, a prisão, a velhice, a infância, a doença, a maternidade, a invalidez ou mesmo a 
morte poderão impedir temporária ou definitivamente que as pessoas laborem para angariar recursos financeiros (...), 
sendo dever do Estado Social de Direito intervir quando se fizer necessário na garantia de direitos sociais. 
A CF/1988 foi a primeira Constituição brasileira a instituir um sistema de seguridade social, englobando ações 
em três áreas: previdência, assistência social e saúde. A sistemática referente ao tema em apreço se encontra 
espraiada entre os arts. 194 a 204 da CF/1988. Trata-se de direitos sociais previstos no art. 6º da CF/1988, o que 
evidencia a sua natureza de direito fundamental. 
Sendo assim, cumpre ressaltar que a seguridade social no Brasil consiste em um emaranhado de ações que 
visam assegurar tais direitos fundamentais, o que é uma tarefa não somente do Estado, mas de uma série de pessoas 
de direito privado, sejam elas naturais ou jurídicas. 
O sistema de seguridade social no Brasil pode ser sintetizado da seguinte maneira: 
SISTEMA DE SEGURIDADE SOCIAL BRASILEIRO 
SISTEMA CONTRIBUTIVO SISTEMA NÃO CONTRIBUTIVO 
PREVIDÊNCIA SOCIAL SAÚDE PÚBLICA 
 ASSISTÊNCIA SOCIAL 
2.1. Sistema contributivo: Previdência Social x Sistema Não Contributivo: Assistência Social e Saúde 
Aqui já temos uma primeira distinção relevante entre a previdência social e a saúde pública/assistência. 
Afirmar que a previdência é contributiva significa dizer que somente farão jus aos seus benefícios aqueles que 
contribuem com o pagamento de contribuições previdenciárias. Por outro lado, o sistema não-contributivo, como o 
próprio nome indica, prescinde de contribuição, não havendo que se falar em contribuições específicas dos 
beneficiários. 
Apesar dessa distinção, é importante se ter em mente que a previdência social, a saúde pública e a assistência 
social possuem os mesmos princípios informadores, os quais serão detidamente analisados em unidade específica 
sobre o tema. Todavia, para pronta referência, seguem abaixo algumas menções a respeito dos referidos princípios: 
(i) Universalidade de cobertura e atendimento: a seguridade deve atender a todos os necessitados, com exceção da 
previdência, que possui uma universalidade limitada. 
(ii) Uniformidade e equivalência dos benefícios: consagração do princípio da isonomia no âmbito da seguridade social. 
(iii) Seletividade e distributividade: como os recursos são escassos, devem ser selecionados os eventos mais relevantes 
para fins de cobertura. 
(iv) Irredutibilidade do valor dos benefícios: corolário do princípio da segurança jurídica. 
(v) Equidade de participação no custeio: o custeio da seguridade social deve ser isonômico. 
(vi) Diversidade da base de financiamento: o financiamento da seguridade social possui inúmeras fontes. 
(vii) Gestãoquadripartite: a seguridade social é gerida pelos trabalhadores, empregadores, aposentados e Poder 
Público. 
(viii) Solidariedade: princípio fundamental com especial aplicação no âmbito da seguridade social. 
(ix) Precedência da fonte de custeio: nenhum benefício poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio. 
(x) Orçamento diferenciado: há uma peça orçamentária exclusiva para fazer frente às despesas referentes ao 
pagamento de benefícios e prestação de serviços. 
3. Assistência social 
O assistencialismo é uma criação anterior à previdência social. No liberalismo, a proteção estatal era restrita a medidas 
assistenciais aos pobres. E mais do que isso: a assistência que era dada aos pobres não era vista como um direito do 
cidadão, mas como uma verdadeira benesse por parte do Estado. Como bem destaca Frederico Amado, somente com 
o Estado da Providência é que deixamos de ter essa visão de meras liberalidades estatais, surgindo a ideia de dever 
governamental. 
A CF/1988 trata do tema nos seguintes artigos: 
SEÇÃO IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade 
social, e tem por objetivos: 
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária; 
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem 
não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da 
seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: 
I – descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a 
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades 
beneficentes e de assistência social; 
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle 
das ações em todos os níveis. 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção 
social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento 
de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003.) 
I – despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003.) 
II – serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003.) 
III – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003.) 
Não bastasse a previsão constitucional, temos, ainda, a Lei nº 8.742/1993, conhecida como Lei Orgânica da Assistência 
Social, a qual traz alguns dispositivos importantes sobre o tema, dentre eles: 
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que 
provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, 
para garantir o atendimento às necessidades básicas. 
Art. 2º A assistência social tem por objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, 
especialmente: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e 
(Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não 
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 
2011.) 
II – a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a 
ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
III – a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. 
(Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas 
setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a 
universalização dos direitos sociais. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
Frederico Amado define a assistência social como: 
Medidas públicas (dever estatal) ou privadas a serem prestadas a quem delas precisar para o atendimento de 
necessidades humanas essenciais, de índole não contributiva direta, normalmente funcionando como um 
complemento ao regime de previdência social, quando este não puder ser aplicado ou se mostrar insuficiente para a 
consecução da dignidade humana. 
Sendo assim, pode-se afirmar que a regra geral é: somente farão jus a medidas assistencialistas as pessoas não 
cobertas por um regime previdenciário ou pela família. 
O art. 203 da CF/1988 é claro ao dispor que a assistência social é não-contributiva, atendendo os hipossuficientes por 
intermédio da concessão de benefícios, independentemente de qualquer contribuição. Cumpre ressaltar, no entanto, 
que as medidas assistenciais devem ser aplicadas dentro de uma lógica de “possibilidade” por parte do ente público, 
não podendo o Estado efetuar gastos superiores ao que é possível. Por isso, é importante a periódica revisão dos 
benefícios assistenciais. 
Pode-se afirmar, portanto, que o art. 203 da CF/1988 traz os objetivos da assistência social, quais sejam: 
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária; 
V – a garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem 
não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
 
 
 
E quais são os princípios específicos informadores da assistência social? 
 
 
Os princípios que norteiam a assistência social se encontram descritos no art. 4º da LOAS (Lei nº 8.742/1993): 
 
 
Capítulo II 
Dos Princípios e das Diretrizes 
SEÇÃO I 
Dos Princípios 
Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios: 
I – supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; 
II – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais 
políticas públicas; 
III – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como 
à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 
IV – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se 
equivalência às populações urbanas e rurais; 
V – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais,bem como dos recursos oferecidos 
pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 
As diretrizes da assistência social, por sua vez, se encontram enunciadas no art. 5º da mesma lei: 
SEÇÃO II 
Das Diretrizes 
Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: 
I – descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das 
ações em cada esfera de governo; 
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle 
das ações em todos os níveis; 
III – primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 
3.1. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) 
A coordenação da política de assistência social compete ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, mais 
especificamente ao Conselho Nacional da Assistência Social (CNAS). 
O CNAS foi instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993) como 
órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável 
pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social (atualmente, o Ministério do Desenvolvimento Social), 
cujos membros, nomeados pelo presidente da República, têm mandato de dois anos, permitida uma única recondução 
por igual período. 
As principais competências do CNAS são: aprovar a Política Nacional de Assistência Social (PNAS); normatizar as ações 
e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social; zelar pela efetivação 
do sistema descentralizado e participativo de assistência social; convocar ordinariamente a Conferência Nacional de 
Assistência Social; apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo órgão da 
Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social; divulgar, no 
Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e 
os respectivos pareceres emitidos. 
Frederico Amado ressalta que um passo importante para a melhoria da assistência social no Brasil foi o nascimento 
do SUAS, que ocorreu com a edição da Resolução nº 130, de 15 de julho de 2005. Na oportunidade, aprovou-se a 
Norma Operacional Básica da Assistência Social (NOB SUAS). 
São objetivos do SUAS, consagrados na LOAS: 
Art. 6º A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e 
participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: (Redação dada pela 
Lei nº 12.435, de 2011.) 
I – consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de 
modo articulado, operam a proteção social não contributiva; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
II – integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do 
Art. 6º-C; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
III – estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das 
ações de assistência social; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
IV – definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 
2011.) 
V – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 
2011.) 
VI – estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) 
VII – afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011.) 
É o SUAS que define e organiza elementos imprescindíveis à execução da política pública de assistência social. 
Enquanto o SUAS que define e organiza elementos imprescindíveis à execução da política pública de assistência social, 
o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) seria uma unidade pública municipal localizada em locais de maior 
vulnerabilidade e que precisam de maior articulação de serviços socioassistenciais. O Centro de Referência 
Especializado de Assistência Social (CREAS), por outro lado, seria uma unidade pública municipal estadual ou regional 
destinada à prestação de serviços de pessoas e famílias em situação de risco. 
CATEGORIAS DE ORGANIZAÇÕES ASSISTENCIAIS 
Todas atuam de forma continuada, permanente e planejada. 
DE ATENDIMENTO: unidades dirigidas às famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade. 
DE ASSESSORAMENTO: unidades dirigidas ao fortalecimento de movimentos sociais e organizações de usuários, 
formação e capacitação de lideranças. 
DE DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS: unidades dirigidas à defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais. 
Há que se salientar que a LOAS ainda prevê projetos de enfrentamento da pobreza e a instituição de um Fundo 
Nacional de Assistência Social (FNAS). O FNAS tem por objetivo proporcionar recursos para financiar a prestação 
continuada de serviços referentes à assistência social. 
3.2. Benefício de amparo ao idoso/deficiente e outros benefícios 
A unidade ora estudada não tem por objetivo esmiuçar todos os benefícios assistenciais existentes. De toda 
forma, para referência, há que se informar que existem inúmeros benefícios assistenciais. A assistência social garante 
um salário mínimo à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovarem não possuir meios de subsistência. 
Trata-se de um benefício de prestação continuada que integra a proteção social do SUAS. 
E o seguro-desemprego? 
O seguro-desemprego deveria ser auxílio previdenciário. Apesar das divergências existentes, entende-se que 
o seguro-desemprego seria benefício assistencial, na medida em que é não contributivo, diferentemente dos demais 
auxílios previdenciários. 
No que tange à organização da assistência social, compete aos municípios atender as ações assistenciais de 
caráter emergencial e efetuar o pagamento do auxílio-natalidade e do auxílio-funeral. 
Mas, certamente, os benefícios assistenciais mais importantes hoje são aqueles integrantes do Programa Bolsa 
Família, que assim se subdividem: 
Benefício Básico: destina-se a unidades familiares em situação de extrema pobreza; 
Benefício Variável: destina-se a unidades familiares em situação de pobreza e extrema pobreza; e que tenham em 
sua composição gestantes, nutrizes, crianças entre 0 e 12 anos ou adolescentes até 15 anos. 
A disponibilização de medicamentos a preço de custo pelo Fundação Oswaldo Cruz também pode ser 
considerada um benefício assistencial. 
4. Saúde 
A saúde, sem dúvidas, é um direito fundamental de difícil implementação, pois, na maioria dos casos, envolve 
altos custos. O tema se encontra tratado na CF/1988, a partir do art. 196: 
SEÇÃO II 
DA SAÚDE 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, 
sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros 
e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um 
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III – participação da comunidade. 
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do Art. 195, comrecursos do orçamento da seguridade 
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único 
renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000.) 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de 
saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 29, de 2000.) 
I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
I – no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% 
(quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015.) 
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o Art. 155 e dos 
recursos de que tratam os Arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas 
aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000.) 
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o Art. 156 e 
dos recursos de que tratam os Arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 
2000.) 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000.) 
I - os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
I – os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015.) 
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das 
disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000.) 
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e 
municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000.) 
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
IV – (revogado) . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015.) 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de 
combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006.) 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e 
agente de combate às endemias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) (Vide Medida provisória nº 
297. de 2006) 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de 
Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, 
competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 
2010.) 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do Art. 41 e no § 4º do Art. 169 da Constituição Federal, o servidor que 
exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder 
o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 51, de 2006.) 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes 
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins 
lucrativos. 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos. 
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, 
salvo nos casos previstos em lei. 
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas 
para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus 
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de 
medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015.) 
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas 
para consumo humano; 
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
Ainda, temos a Lei nº 8.080/1990, a qual prevê a existência de solidariedade dos entes federativos na 
prestação da saúde. Por essa razão, já afirmou o Superior Tribunal de Justiça (STJ), algumas vezes, que o 
funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é de responsabilidade solidária dos entes. 
Mas, não se pode perder de vista que não há recursos públicos suficientes para a adoção de todos os 
procedimentos necessários na área da saúde, razão pela qual a Administração Pública precisa fazer “escolhas trágicas”. 
Lembre-se, ainda, de que instituições privadas podem participar de forma complementar do SUS. 
Para efetivação do direito fundamental à saúde, instituiu-se o SUS, com atendimento integral no âmbito das 
três esferas de governo, sendo certo que o art. 200 da CF/1988, acima transcrito, elenca as competências do sistema 
em questão. 
Outro ponto fundamental dentro da Saúde diz respeito à necessidade de serem aplicados recursos mínimos. 
O art. 7º da Lei nº 8.080/1990 elenca os princípios que regem o SUS: 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o 
Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no Art. 198 da Constituição 
Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: 
I – universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e 
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 
III – preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 
IV – igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V – direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
VI – divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; 
VII – utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação 
programática;VIII – participação da comunidade; 
IX – descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; 
X – integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; 
XI – conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; 
XII – capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e 
XIII – organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. 
XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica 
em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, em 
conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017.) 
5. Previdência Social 
Como já mencionado, o grande traço diferenciador da Previdência é o seu caráter contributivo. 
A expressão “Previdência” abarca todos os regimes previdenciários existentes no Brasil, razão pela qual a sua 
disciplina na CF/1988 não se encontra concentrada, na medida em que temos: (i) o art. 40 tratando do regime de 
previdência dos servidores públicos efetivos e militares; (ii) o art. 201 cuidando do Regime Geral; (iii) o art. 202 
referindo-se à previdência complementar privada. 
A Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição de Weimar de 1919 constitucionalizaram um conjunto de 
direitos sociais, colocando-os no mesmo plano dos direitos civis, momento este que marcou o início da fase de 
consolidação da seguridade social. 
O Brasil possui planos previdenciários públicos e privados. 
Cumpre salientar, ainda, que a Constituição de 1946 foi a primeira que se valeu da expressão “Previdência 
Social”. Em 1988, evoluiu-se para o uso da expressão seguridade social. Posteriormente, a Emenda nº 20/1998 
promoveu uma série de alteração e inserção de regras constitucionais no âmbito da previdência social, dentre as quais 
podemos citar: 
 Exigência de idade mínima para aposentadoria voluntária integral no serviço público. 
 Desconstitucionalização do cálculo da renda mensal inicial das aposentadorias. 
 Concessão do salário-família e do auxílio-reclusão. 
 Elevação do teto do Regime Geral. 
 Vedação da percepção de duas aposentadorias para servidores públicos. 
 Criação do chamado “tempo de contribuição”. 
 Proibição do tempo de contribuição fictício. 
 Instituição de novas fontes de custeio. 
 Competência da Justiça do Trabalho para executar contribuições previdenciárias reconhecidas em suas 
sentenças. 
 Proibição de determinados tipos de trabalho para menores de 18 anos. 
 Proibição de qualquer tipo de trabalho para menores de 16 anos, salvo no caso de menor aprendiz. 
 Impossibilidade de previsão de segurados facultativos no Regime Geral. 
Em seguida, tivemos a Emenda nº 41/2003, a qual promoveu as seguintes alterações: 
 Fim da paridade entre ativos e inativos. 
 Cobrança de contribuições previdenciárias sobre aposentadorias e pensões pagas no serviço público, desde 
que acima do teto. 
 Redutor da pensão por morte no serviço público. 
 Criação do abono permanência no serviço público. 
 Vedação de existência de mais de um regime próprio de previdência social para servidores titulares de cargos 
efetivos. 
A relação previdenciária tem duas vertentes: custeio e plano de benefícios/serviços. O custeio envolve a obrigação 
de pagar contribuições previdenciárias. O plano de benefícios diz respeito ao pagamento de prestações pela 
Previdência aos segurados e seus dependentes. 
Abaixo, segue um breve resumo dos planos previdenciários brasileiros: 
PLANOS PREVIDENCIÁRIOS BRASILEIROS 
PLANOS BÁSICOS PLANOS COMPLEMENTARES 
 
REGIME GERAL 
REGIMES PRÓPRIOS 
PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL DOS 
CONGRESSISTAS 
PÚBLICO 
PRIVADO(ABERTO OU FECHADO) 
Sintetiza Frederico Amaro que: 
É possível definir o Direito Previdenciário como o ramo do Direito composto por regras e princípios que 
disciplinam os planos básicos e complementares de previdência social no Brasil, assim como a atuação dos órgãos e 
entidades da Administração Pública e as pessoas jurídicas privadas que exerçam atividades previdenciárias. 
Muito importante! 
 
 
 
 
 
Não erre !!! 
 
A Seguridade Social está definida no art. 194 da CF/1988, caput, como “um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social”. 
Seguridade social 
Assistência social 
Atendimento aos hipossuficientes, por meio da concessão de benefícios, independentemente de contribuição. 
Saúde 
É dever do poder público em todas as suas esferas prestá-la aos brasileiros, estrangeiros residentes e mesmo aos não 
residentes, havendo uma solidariedade entre os entes federativos. Da mesma forma que a assistência, independe de 
contribuição. 
Previdência 
Conjunto de regras e princípios que disciplinam os planos de previdência existentes no Brasil. O gozo de benefícios 
previdenciários somente poderá ser concedido caso haja efetiva contribuição.

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