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Aula 12 ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO ADOLESCENTE

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ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO
ADOLESCENTE
Professora: Ruth Kelly
Disciplina: Saúde da criança e adolescente
CONCEITOS
 A adolescência é marcada por um complexo processo de crescimento e
desenvolvimento biopsicossocial.
 o Ministério da Saúde considera que a adolescência compreende a segunda
década da vida (10 a 20 anos incompletos) e a juventude estende-se dos 15 aos
24 anos.
 Já o Estatuto da Criança e do Adolescente considera adolescência a faixa etária de
12 a 18 anos.
 Por outro lado, o Estatuto da Juventude preconiza que os jovens estão entre 15 a
29 anos.
PUBERDADE
O termo puberdade deriva do latim pubertate e significa idade fértil; a 
palavra púbis (lat.) é traduzida como pelo, penugem.
QUANDO COMEÇA A PUBERDADE ?
• Meninas : 8 a 12 anos
• Meninos : 9 a 13 anos
Desenvolvimento físico
 Aceleração (estirão) e desaceleração do crescimento ponderal e estatural, que 
ocorrem em estreita ligação com as alterações puberais.
 Modificação da composição e proporção corporal, como resultado do crescimento 
esquelético, muscular e redistribuição do tecido adiposo.
 Desenvolvimento de todos os sistemas do organismo, com ênfase no circulatório e 
respiratório.
 Maturação sexual com a emergência de caracteres sexuais secundários, em uma 
sequência invariável, sistematizada por Tanner (1962).
 Reorganização neuroendócrina, com integração de mecanismos genéticos e 
ambientais.
Crescimento
 O crescimento estatural é um processo dinâmico de evolução da altura de
um indivíduo em função do tempo.
 A velocidade do crescimento, constitui um indicador importante de
normalidade, que ajuda o profissional de saúde a esclarecer o diagnóstico
de qualquer transtorno.
 As velocidades de crescimento da criança e do adolescente normais têm
um padrão linear previsível
Crescimento
 Durante a puberdade, o adolescente cresce um total de 10 a 30 cm (média de
20 cm).
 A média de velocidade de crescimento máxima durante a puberdade é cerca de
10 cm/ano para o sexo masculino e 9 cm/ano para o sexo feminino.
 A velocidade máxima de crescimento em altura ocorre, em média, entre 13 e 14
anos no sexo masculino e 11 e 12 anos no sexo feminino.
 Atingida a velocidade máxima de crescimento, segue-se uma gradual
desaceleração até a parada de crescimento, com duração em torno de 3 a 4
anos.
 Após a menarca, as meninas crescem, no máximo, de 5 a 7 cm.
Gráfico de crescimento para meninos
Gráfico de crescimento para meninas
Idade óssea
 A idade óssea ou esquelética corresponde às alterações evolutivas da 
maturação óssea, que acompanham a idade cronológica no processo de 
crescimento, sendo considerada como um indicador da idade biológica. 
 Ela é calculada por meio da comparação de radiografias de punho, de mão e 
de joelho com padrões definidos de tamanhos e forma dos núcleos dessas 
estruturas. 
 A idade óssea pode ser utilizada na predição da estatura final do adolescente, 
considerando a sua relação com a idade cronológica.
Composição e proporção corporal
 Todos os órgãos do corpo participam do processo de crescimento da
puberdade, exceção feita ao tecido linfoide e à gordura subcutânea que
apresentam um decréscimo absoluto ou relativo.
 Há acúmulo de gordura desde os 8 anos até a puberdade, sendo que a
diminuição deste depósito de tecido adiposo coincide com o pico de
velocidade do crescimento.
Composição e proporção corporal
Desenvolvimento muscular:
Na puberdade, chama atenção a hipertrofia e a hiperplasia de células musculares,
mais evidentes nos meninos. Este fato justifica a maior força muscular no sexo
masculino.
Medula óssea:
Ocorre uma diminuição da cavidade da medula óssea, mais acentuada nas meninas.
Volume final maior da cavidade medular para os meninos, que somado à
estimulação da eritropoetina pela testosterona pode representar, para o sexo
masculino, um número maior de células vermelhas, maior concentração de
hemoglobina e ferro sérico.
Sequência do crescimento
• O crescimento estatural inicia-se pelos pés, seguindo uma ordem invariável que vai
das extremidades para o tronco.
• Nas meninas e meninos observa-se um alargamento da pelve.
• Os pelos axilares aparecem, em média, dois anos após os pelos pubianos. O pelo
facial, no sexo masculino, aparece ao mesmo tempo em que surge o pelo axilar.
• Alterações morfológicas ocorrem na laringe; as cordas vocais tornam-se espessas
e mais longas e a voz mais grave (meninos).
• A telarca (aparecimento do broto mamário entre 8 e 13 anos) é o primeiro sinal da
puberdade feminina, seguido do surgimento de pelos pubianos (pubarca) e
axilares, e posteriormente da menarca.
CONSULTA DE ENFERMAGEM AO ADOLESCENTE
• O enfermeiro deve estar qualificado para o acolhimento e classificação de
risco na atenção integral do adolescente, nas unidades de saúde, em todas
as suas complexidades e especificidades.
• O acolhimento do adolescente é fundamental, deverá ser feito com sigilo e
respeito.
• O profissional de saúde deverá promover vínculo e confiabilidade durante a
consulta.
CONSULTA DE ENFERMAGEM AO ADOLESCENTE
• Torna-se oportuno nessa ocasião dar ciência ao adolescente de que ele 
tem direito a um tempo disponível com garantia de privacidade e sigilo 
profissional.
• O adolescente deverá ser informado das circunstâncias em que o sigilo 
profissional poderá ser rompido.
• A família deve participar da consulta após concordância do adolescente.
CONSULTA DE ENFERMAGEM AO ADOLESCENTE
• A linguagem utilizada para os mesmos deve ser clara de fácil 
compreensão.
• Evitar o uso de gírias e linguagens infantis e no diminutivo;
• O local da consulta deve ser tranquilo e livre de interrupções.
ANAMNESE
• A anamnese ocorre por meio da entrevista e busca indagar sobre aspectos
da vida do indivíduo e da família. Algumas questões podem ser
compartilhadas com os pais e outras resguardadas para encontro isolado
com o adolescente.
O que observar de modo específico:
• Posturas e reações do adolescente através de seu processo de
comunicação corporal, identificando possíveis medos, ansiedades,
reações à consulta, processos significativos não explícitos verbalmente e
que possam estar relacionados à ida ao serviço ou a problemas
enfrentados.
CONSULTA DE ENFERMAGEM
Serão investigados na 
presença dos pais
• Antecedentes familiares;
• Antecedentes individuais;
• Puberdade;
• Hábitos de vida;
• Educação e trabalho.
Atendimento reservado
• Sexualidade;
• Drogas ilícitas;
• Violência;
• Projetos futuros.
EXAME FÍSICO
• Antes de iniciar o exame físico, deve-se perguntar ao adolescente
se deseja ou não a presença de um acompanhante, contribuindo
desse modo para que ele se sinta mais à vontade.
• O Ministério da Saúde recomenda que qualquer exigência, como a
obrigatoriedade da presença de um responsável para
acompanhamento no serviço de saúde, que possa afastar ou
impedir o exercício pleno do adolescente de seu direito
fundamental à saúde e à liberdade, constitui lesão ao direito maior
de uma vida saudável.
EXAME FÍSICO
Sinais vitais:
• Temperatura corporal;
• Pulso;
• Frequência Respiratória;
• Pressão arterial.
Medidas antropométricas:
• Peso
• Estatura
• Realizar IMC
Frequência do pulso arterial de acordo com a idade
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Pressão arterial na infância e adolescência
 Em crianças e adolescentes, a variação normal da pressão
arterial é influenciada pela idade e tamanho corporal.
 As tabelas de referência de pressão arterial, com base em
sexo, idade e altura, fornecem uma classificação precisa da
PA, relativa ao tamanho do indivíduo.
 Essa estratégia permite uma avaliação mais precisa, evitando
uma classificação equivocada de crianças que são muito altas
ou muito baixas.
Pressão arterial na infância e adolescência
 < p 90 PA normal
 P 90 - 95 Pré-hipertensão
 ≥ p95 Hipertensão arterial *
 Estágio 1 PAS ou PAD entre p 95 e p 99 +5 mmHg
 Estágio 2 PAS ou PAD mais que 5 mmhg
acimado p 99 / lesões de órgãos-alvo.
* valores acima do p 95, confirmados em 3 ocasiões diferentes, empregando-
se metodologia adequada.
O enfermeiro deve registrar todos os dados 
referentes à:
• Medidas do crescimento e
desenvolvimento;
• Avaliação da maturação
sexual de Tanner (1962) e inspeção,
a mais completa possível de
todos aparelhos;
• Avaliação do estado nutricional;
• Exame ginecológico ou 
andrológico mais acurado 
apenas para casos específicos 
dos motivos da consulta
• O exame psiquiátrico, 
acompanhamento psicológico 
e outros procedimentos 
seguem o mesmo critério.
• Imunizações
Avaliação nutricional
 A avaliação do estado nutricional é calculada pelo IMC (Índice de Massa 
corpórea) após a aferição do peso e altura.
 Devem ser investigados os hábitos alimentares do adolescente. Estar 
atento a alterações como desnutrição, anemias e obesidade e 
transtornos alimentares.
 E realizar as orientações devidas sobre a alimentação saudável.
Avaliação nutricional
Elementos a serem avaliados no exame físico
 A pele do adolescente sobretudo a da face e do coro cabeludo deve ser
atentamente observada. A acne e a dermatite seborréica são comuns nessa
fase da vida e, comumente, constituem-se fatores negativos na imagem
corporal. Embora sejam processos comuns, medidas devem ser adotadas à
sua redução/resolução.
 A avaliação da capacidade visual e auditiva: A avaliação da qualidade da
audição e da visão é fundamental à detecção de alterações na acuidade
auditiva e na imagem e acuidade visual normal, podendo indicar disfunções
que requeiram avaliação minuciosa e o acompanhamento de profissional
especializado.
Elementos a serem avaliados no exame físico
 Avaliação das condições de higiene e integridade da cavidade oral;
 Alterações posturais: Com o estirão da adolescência, podem se 
evidenciar alterações importantes na postura física, que requerem além 
de orientações básicas, atividades específicas de correção postural e de 
avaliação de alterações mais graves.
 Crescimento das extremidades (mãos e pés). Dor nos membros 
inferiores;
Elementos a serem avaliados no exame físico
 Avaliar os níveis pressóricos e as possíveis anormalidades. Deve ser uma 
rotina na consulta do adolescente, para permitir a identificação precoce de 
hipertensão arterial;
 Avaliar tireóide: verificar aumento da glândula, pois essa faixa etária onde 
predomina problemas da tireóide.
Alterações genitais:
 As mamas dos adolescentes homens devem ser investigadas; é comum a
ginecomastia, que frequentemente provoca mal estar e requer informações
apropriadas.
 Nas adolescentes mulheres também deve ser realizado o exame das mamas e
ensinar o autoexame e sua importância.
 Nos rapazes, investigar varicocele, hidrocele, fimose e lesões características
das doenças sexualmente transmissíveis, ensinando o autoexame genital.
 Nas adolescentes, realizar o exame ginecológico e coleta de material para
exame colpocitológico (CCO), nas sexualmente ativas. Inspecionar a vulva e
orientar o autoexame.
 Investigar distúrbios menstruais, alterações genitais e características de
perdas vaginais, distinguindo problemas e perdas fisiológicas.
Condições psicoemocionais:
 Observar dificuldades relacionais; processos de dependência/
independência e autoafirmação;
 Comportamentos de agressividade, nervosismo, depressão,
ansiedade, hiperatividade, apatia; manifestações de possíveis
abusos físicos, sexuais, psicológicos ou comportamentos de
negligência dos responsáveis.
 Realizar encaminhamento quando necessários.
O através dos dados obtidos enfermeiro deverá
realizar o processo de Enfermagem, esclarecer
sobre as condutas, fazer orientações gerais e
realizar os encaminhamentos necessários para as
diversas especialidades.
Referências
1. CAMPOS JUNIOR, Dioclécio; BURNS, Rabelo, D. A.; LOPEZ, Ancona,.Tratado de Pediatria, 3.ed 
Barueri, SP: Manole, 2014. p .561-585.
2. FERRARI, R. A. P.; et al. Atenção à saúde dos adolescentes: percepção dos médicos e enfermeiros das 
equipes da saúde da família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 22, n. 11, p. 2491-2495, nov. 
2006.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006001100024&lng=pt&nrm=isso
3. MANDÚ, E.N.T; PAIVA, M.S. Consulta de enfermagem à adolescentes. Rev. Adolesc. Saúde, Rio de 
Janeiro, v. 7, n. 5, p. 6-11, Ago 2011. Disponivel em:
<http://www.abennacional.org.br/revista/cap5.1.html>. 
4. PAIVA, M. R. S. A. Q. Atenção Integral à Saúde do Adolescente. In: Secretaria Municipal de Saúde. 
Secretaria da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde. CODEPPS. 
Manual de Atenção à Saúde do Adolescente. São Paulo: SMS, 2006. p. 85 - 89. Disponível em: < 
http://www.tele. medicina.ufg.br/files/palestras-material/Manual_do_ Adolescente.pdf. 
5. RODRIGUES, Yvon Toledo, RODRIGUES, Pedro Bastos. Semiologia Pediátrica. 3 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 08/2009. p.150-155.

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