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Beatriz Marinelli 7º termo Respirador Oral →Considerações iniciais • Nomenclatura correta é respirador oral (referindo-se a boca), pois bucal refere- se a bochechas. • No Brasil dados são pobres. • Presente entre 25 a 50% das crianças de 8 a 10 anos. • Menezes e col. encontraram prevalência de 53,3% em Recife. →Respirador oral • Faringe: Nasofaringe, Orofaringe e Hipofaringe • Anel linfático de Waldeyer (imunologicamente competente) ▪ Tonsilas faríngeas (Adenóides) ▪ Tonsilas palatinas ▪ Tonsilas tubárias ▪ Tonsilas linguais ▪ Rede de tecidos linfóides • Vias aéreas superiores: cavidade nasal (e seios paranasais) e faringe • Purificação do ar inspirado • Aquecimento • Filtragem e umidificação do ar antes de chegar aos pulmões. →Respirador bucal • Obstáculo da passagem do ar pelos V.A.S • Obstrução Nasal e Respiração Bucal Crônica- Consequências desastrosas Beatriz Marinelli 7º termo →Sintomas mais comuns • Dormir de boca aberta (86%), roncos (79%), prurido nasal (77%), sialorréia noturna (62%), sono agitado (62%), obstrução nasal (49%), e irritabilidade durante o dia (43%). →Principais causas • Rinite alérgica (81,4%), aumento das tonsilas faríngeas (79,2%), aumento das tonsilas palatinas (12,6%) e desvio de septo nasal obstrutivo (1%). →Distúrbios do crescimento craniofacial • Respiração oral prejudica desenvolvimento dento craniofacial. • Grande parte deste desenvolvimento é após o nascimento, em conjunto com desen. da respiração nasal e alimentação. • Fatores sistêmicos: genéticos, endócrinos, metabólicos e comportamentais • Fatores locais: dentição, hábitos inadequados (chupeta, sucção de dedo), alt. musculares e respiração. →Alterações Craniofaciais • Alterações posturais: alongamento da musculatura + desbalanço das forças teciduais = restrição crescimento maxilar com projeção anterior e inferior. • Estabelecido este crescimento por volta de 3 anos de idade. • Maior prevalência em indivíduos com obstrução nasal dentre os dolicofaciais comparando com braquifaciais. • Patência da via aérea é peça chave no desenvolvimento da face e crescimento complexo nasomaxilar. • Passagem de ar promove: - Reabsorção óssea parte interna das cavidades nasais - Deposição óssea na parte externa, contribuindo para rebaixamento do palato duro. • Para facilitar passagem de ar pela boca: - Lábios entreabertos - Mandíbula mantida posição inferior - Língua deslocada para baixo e para frente • Falta de contato entre dentes superiores e inferiores → mordida aberta • Contração mm. supra-hioideos + relaxamento mm. masseter, pterigóideo interno e temporal = dificuldade fechamento da mandíbula Beatriz Marinelli 7º termo • Hipertrofia tonsila palatina gera obstrução mecânica com diminuição espaço na orofaringe. • Palato estreito e ogival, com aumento incidência mordida cruzada e aberta. Beatriz Marinelli 7º termo →Etiologia da respiração Bucal Crônica na Infância A – Com Obstrução Nasal ➢ Atresia coanal ➢ Desvio de septo nasal; perfuração septal ➢ Rinites - Infecciosas – Alérgicas – Hipertróficas – Vasomotoras. Atróficas, outras ➢ Massas Nasais,Nasofaringe ➢ Pólipos ➢ Tumores ➢ Angiofibroma juvenil ➢ Fossas Nasais Estreitas ➢ Vegetação Adenóide ➢ Amigdalite Crônica Hipertrófica ➢ Corpos Estranhos B – Sem Obstrução Nasal ➢ Obstrução Hipofaríngea: S.Pierre – Robin ➢ Macroglossias ➢ Insuficiência Labial ➢ Respiração Bucal por Hábito ➢ Estenose Faríngea pós-cauterização, amigdalectomia, adenoidectomia, acidental (soda caustica) →Etiologia Respirador oral Atresia Coanal: o Obstrução de 1 ou ambas as coanas ➢ Congênito ➢ Unilateral 75% ➢ Bilateral 25% ➢ Ósseo (80%); Membranoso (10%) →Diagnóstico Respirador oral ➢ Clinico ➢ Sondagem ➢ Radiográfico ➢ Fibronasolaringoscopia ➢ Tomografia computadorizada Tratamento: Cirúrgico. Beatriz Marinelli 7º termo →Exame clinico • Rinoscopia anterior, oroscopia e otoscopia. Classificação de Brodsky: • Grau 0: na loja amidaliana (intravélica) *Sady • Grau I: tonsilas situadas levemente fora da fosssa tonsilar, ocupando menos de 25% da área entre os pilares das fossas tonsilares. • Grau II: prontamente visíveis, ocupando 25 a 50% da área entre os pilares. • Grau III: ocupando 50 a 75% da área entre os pilares. • Grau IV: 75% da área entre os pilares →Hipertrofia Adenoamidaliana • Pico dos 4 aos 8 anos. • Associado com ronco habitual. • Na SAOS não são suficientes para indicar gravidade e predizer recidiva após cirurgia. →Indicações de adenoidectomia Indicações Relativas • Respiração Bucal por sua hiperplasia ( e suas consequências) • Otite média secretora não controlável clinicamente • Otite média aguda de repetição • Infecções nasossinusais de controle difícil • Rinofaringites e amigdalites de repetição Indicações absolutas: • Apnéia noturna / Cor pulmonale (Sde. Cardiopulmonar) • hipoventilação pulmonar / Hipóxia e hipercapnia
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