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Caso Maria José - Secao 2 - Direito Trabalho

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA XX VARA DO TRABALHO DE GOIANIA/GO
MARIA JOSÉ PEREIRA já qualificada nos autos da RECLAMATÓRIA TRABALHISTA em epígrafe, que lhe move ALBANO MACHADO, também já qualificado nos autos, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, através de seu advogado infra-assinado, que junta neste ato instrumento de procuração em anexo, com endereço profissional completo, para recebimento de notificações/intimações, apresentar sua CONTESTAÇÃO mediante os seguintes fatos e fundamentos:
I - DA JUSTIÇA GRATUITA
O reclamante requer o benefício da Justiça Gratuita alegando ser pobre na acepção jurídica do termo por não ter condições de arcar com o pagamento de eventuais custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de seus familiares, assumindo, ao final, total responsabilidade por tal declaração. 
Dispõe o art. 790, § 3º e § 4º da CLT: 
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social 
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
II - SÍNTESE FÁTICA
O Reclamante alega ter sido contratado em 02 de fevereiro de 2012, tendo sido dispensado por justo motivo em 06 de fevereiro de 2017.
Menciona que seu último salário fora de R$ 1.800,00 e que sua função era de Cuidador de Idoso.
Aduz, ainda, que diversas normas trabalhistas foram desrespeitadas pela Reclamada, motivo pelo qual requer a condenação desta aos pedidos declinados em exordial.
Contudo, a pretensão do Reclamante não merece prosperar nos termos como alegado em exordial, como se demonstrará no decorrer desta defesa, item por item.
Assim, impugna-se em um todo a reclamatória trabalhista, demonstrando, na medida do possível, que os pedidos formulados pelo reclamante são improcedentes, o que se requer desde já.
Ademais, quanto aos pleitos autorais, todos serão devidamente impugnados em tópicos específicos, motivo pelo qual requer sejam afastadas as alegações fáticas do obreiro, visto que este não se desincumbiu do seu ônus probatório, nos termos do art. 818, I, da CLT c/c art. 373, I, do NCPC.
III. DOS FUNDAMENTOS DE MÉRITO
1 - DO PEDIDO DE REVERSÃO DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA EM DISPENSA SEM JUSTA CAUSA - DESCABIMENTO
Inicialmente, para rechaçar os argumentos informados pelo reclamante, é inverídica a afirmativa de que tenha havido lapso temporal que tornasse irrazoável a referida dispensa.
Ademais, também destoa da verdade a alegação de que a demissão por justa causa tenha se dado por apenas advertências prévias mas sem nada por escrito ou de forma formal.
Esclareça-se que o empregado, quando do exercício de suas funções, não se despe dos seus direitos personalíssimos, mas sujeita-se ao comando diretivo do empregador que, desde que não extrapole os limites do razoável e não imponham restrição ilícita às liberdades individuais, pode impor comandos e regras que deverão ser seguidas pelos seus empregados para o bom andamento das atividades.
Acerca da desídia, cabe ressaltar que age com desídia o empregado que no curso do contrato de trabalho, comete atos repetitivos que prejudicam a funcionalidade do trabalho e demonstram o desinteresse do empregado pelas suas funções.
É o tipo de falta grave que, na maioria das vezes, consiste na repetição de pequenas faltas leves, que se vão acumulando até culminar na dispensa do empregado.
Os elementos caracterizadores são o descumprimento pelo empregado de obrigações de maneira diligente e desrespeitando orientações da empregadora. 
Portanto, praticado corretamente a justa causa no caso em apreço, requerendo-se a improcedência do pedido do reclamante.
2 - INTERVALOS 
O Reclamante, forçando muito toda a situação, falta com a verdade ao alegar que sua jornada teria como intervalo de almoço apenas 30 minutos, quando na verdade era em mais de 60 minutos e além disso, ele teria vários momentos de descanso durante o dia, vide que o paciente pelo qual o mesmo zelava, dormia longos períodos no turno da tarde vide noite.
3 - DOS SUPOSTOS DANOS MORAIS
Verifica-se que os argumentos já apresentados levam à improcedência do pedido de dano moral. Reitera-se: a Reclamada não causou direta ou indiretamente qualquer dano moral ao reclamante, sendo, portanto, indevida a indenização que pretende.
De qualquer sorte, na inicial há apenas o pedido indenizatório, sem haver singular prova de algum DANO MORAL, seja no âmbito familiar, profissional ou social, o que não apenas cerceia o direito de defesa da empregadora como também impossibilita a concessão da indenização.
Com relação aos danos morais, segundo leciona Yussef Said Cahali:
Parece mais razoável, assim, caracterizar o dano moral pelos seus próprios elementos; portanto, “como a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos”; classificando-se, desse modo, em dano que afeta a “parte social do patrimônio moral” (honra, reputação etc.) e dano que molesta a “parte efetiva do patrimônio moral” (dor, tristeza, saudade etc.); dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.).
Não há campo para dúvidas - conforme a definição acima, verifica-se que a situação narrada pelo reclamante sequer se enquadra no conceito de dano moral.
Corroborando com o exposto, temos os seguintes precedentes do TRT4, senão vejamos:
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Se a reclamante não produz prova dos fatos ensejadores do abalo moral alegadamente suportado, ônus que lhe incumbia, não há falar em acolhimento do pedido de indenização por dano moral. Recurso da reclamante a que se nega provimento, quanto ao tópico. (TRT-4 - RO: 00005845120145040451 RS 0000584-51.2014.5.04.0451, Relator: Laís Helena Jaeger Nicotti, Data de Julgamento: 17/02/2016, 1a. Turma)
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. É indevida a reparação por danos morais, quando ausente prova suficientemente robusta a demonstrar ato ilícito praticado pelo empregador, a ponto de causar dano aos direitos de personalidade do reclamante. No caso concreto, a reclamante não se desincumbiu do ônus de comprovar ofensas por parte de seu superior hierárquico. (TRT-4 - RO: 00014696220125040022 RS 0001469-62.2012.5.04.0022, Relator: JOÃO BATISTA DE MATOS DANDA, Data de Julgamento: 10/04/2014, 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre)
Ademais, o dano moral in re ipsa, é aquele que demonstrada a ofensa, o abalo moral é presumido. Ou seja, neste ponto a razão se coloca ao lado daqueles que entendem que o dano moral está ínsito na própria ofensa, e decorre da gravidade do ilícito em si. Se a ofensa é grave e de repercussão, por si só justifica a concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado. Em outras palavras, o dano moral existe in re ipsa, deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção natural, uma presunção hominis ou facti, que decorre das regras da experiência comum. 
No caso concreto, nenhum dos danos morais alegados não se encontram materializados.
Consoante doutrina, não é qualquer dissabor que enseja o pagamento de indenização por dano moral.
Outrossim, mesmo que se houvesse indenizações morais no caso concreto, necessário ressaltar-se que tais danos deverão serem deferidos de forma gradual, de acordo com a dimensão e parâmetros do caso em concreto.
Assim, mesmo restando totalmente demonstrada a improcedência de tal pedido, requer-se que a quantificação de eventual indenização esteja adequada à realidade, não gerando enriquecimento sem causa, vedadopelo art. 884 do Código Civil.
Daí a necessidade de ser transcrito o entendimento dos autores Sebastião Luiz Amorim e José de Oliveira:
(...) Pela ofensa a tais direitos, notadamente os sem cunho patrimonial, bens jurídicos mais valiosos que os integrantes do patrimônio, deve-se receber uma soma que compense a dor e o sofrimento, a ser arbitrada pelo juiz, atendendo às circunstâncias de cada caso, sem perder de vista as posses do ofensor e a situação pessoal do ofendido. (grifamos)
Diante o exposto, evidente que a Reclamada não deverá ser condenada em danos morais, tendo em vista a ausência de prova do real dano moral do presente feito e, alternativamente, caso Vossa Excelência entenda ser devido danos morais, que estes sejam arbitrados em valor justo e condizente com o caso em apreço, dentro da razoablidade, a fim de evitar enriquecimento sem causa ao Reclamante, enfim, pelos fatos acima descritos.
Assim, caso Vossa Excelência entenda haver algum dano passível de ser indenizado, requer seja limitado ao previsto em lei, na CLT.
Com a reforma trabalhista, a Lei 13.467/2017 passou a prever o dano extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho (art. 223-A), sendo que o que causa este dano é a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica (art. 223-B), sendo cediço que um dos bens tutelados inerentes a pessoa natural é a sua saúde[1], nos termos do art. 223-C da CLT, sabendo-se que a indenização extrapatrimonial aqui requerida não exclui a material (art. 223-F). 
Para aferição dos danos extrapatrimoniais, o juiz considerará:
Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - a natureza do bem jurídico tutelado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a possibilidade de superação física ou psicológica; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VII - o grau de dolo ou culpa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VIII - a ocorrência de retratação espontânea; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
X - o perdão, tácito ou expresso; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XII - o grau de publicidade da ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Sendo que ao analisar os elementos acima citados, deverá o juiz atribuir grau de ofensa e com isso, atribuir limite para a condenação, senão vejamos:
§ 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido.
Assim sendo, a Reclamada não merece ser condenada a patamar superior ofensa de natureza leve, ou seja, requer seja limitada a condenação em, NO MÁXIMO, uma vez o valor do salário do reclamante, que corresponde a R$ 1.800,00.
4 - DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Da simples leitura da exordial apresentada, em cotejo com os fatos e fundamentos expostos pela reclamada na presente defesa, tem-se claro que o reclamante se valeu de afirmativas dissonantes com a realidade dos fatos, especialmente quanto às alegações lançadas para “fundamentar” seus pedidos.
Ressalta-se que alegações indevidas, infrutíferas e sem nenhum respaldo jurídico ou embasada por documentação hábil comprobatória, apenas tratando-se de alegações vãs, aleatoriamente formuladas com intuito de macular a ilibada honra da parte que pleiteia judicialmente apenas a percepção daquilo que lhe é devido, configura a denominada litigância de má-fé.
Em linha de princípio, ao definir má-fé De Plácido e Silva assim pontua:
“A expressão derivada do baixo latim malefacius [que tem mau destino ou má sorte], empregada na terminologia jurídica para exprimir tudo que se faz com entendimento da maldade ou do mali que nele se contém. A má-fé, pois, decorre do conhecimento do mal, que se encerra no ato executado, ou do vício contido na coisa, que ser quer mostrar como perfeita, sabendo-se que não o é [...] A má-fé opõe-se à boa-fé, indicativa dos atos que se praticam sem maldade ou contravenção aos preceitos legais. Ao contrário, o que se faz contra a lei, sem justa causa, sem fundamento legal, com ciência disso, é feito de má-fé”.
Para Rui Stoco a má-fé: “Decorre do conhecimento do mal, que se encerra no ato executado, ou do vício contido na coisa, que se quer passar como perfeita, sabendo-se que não o é”.
Neste sentido, corroborando com o requerido pela Reclamada, é o jurisprudencial do TST, conforme ementa que segue:
MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS. Correta a decisão mediante a qual, diante de circunstâncias de fato indicativas do manifesto propósito da parte de induzir o juiz a erro, alterando a verdade dos fatos, se impõe penalidade por litigância de má-fé. Não há falar, em tais circunstâncias, em violação do princípio assecuratório do contraditório e da ampla defesa, uma vez que dele não se extrai salvaguarda à parte que deixa de atentar para a obrigação de proceder com boa-fé no processo. Ileso, portanto, o artigo 5º, LV, da Constituição da República. Recurso de revista não conhecido. […] Recurso de revista não conhecido. (TST - RR: 223007320035150109 22300-73.2003.5.15.0109, Relator: Lélio Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 15/06/2011, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/06/2011) (grifo meu)
Da análise da conduta do reclamante, tem-se que o mesmo deve ser condenado nas penas por litigante de má-fé.
A reforma trabalhista trouxe à baila o art. 791-A, § 4º:
Art. 791-A. § 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
A leitura que se faz do preceito contido no art. 791-A, § 4º não é de inconstitucionalidade, mas sim no sentido de ser necessário que o juiz seja provocado pela parte interessada no momento oportuno para que se retire o benefício da justiça gratuita concedido ao autor.
Complementando o entendimento acima, temos que a reforma trabalhista trouxe quem são os litigantes de má-fé, senão vejamos:
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II – alterar a verdade dos fatos;
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV – opuser resistência injustiͅcada ao andamento do processo;
V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI – provocar incidente manifestamente infundado;
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Assim, aquele que se enquadrar em um dos incisos acima, deverá responder as penas de litigância previstas no art. 793-C da CLT, senão vejamos o dispositivo citado:
Art. 793-C.De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
Sendo assim, requer seja o Reclamante reputado como demandante de má-fé, condenando-a ao pagamento de multa no percentual de 10% do valor corrigido da causa, indenização, honorários e custas, em conformidade com o art. 793-C, II, da CLT.
5 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Cediço que, com a nova redação da CLT, em razão da Reforma Trabalhista, passou-se a prever a possibilidade de honorários advocatícios em favor dos advogados de ambas as partes. 
Vejamos:
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Assim, em razão do trabalho do procurador da parte Autor, necessário que, diante os aspectos do presente caso, sejam fixados apenas 5% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, pois o grau de zelo foi pequeno, em virtude as falhas apontadas em preliminar, bem como pelo valor da causa não ser de grande monta, entre outras hipóteses à serem avaliadas por Vossa Excelência.
Ademais, necessário que sejam aplicados também honorários sucumbenciais em favor deste patrono, devendo estes serem fixados em 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Vale salienta que ainda que o trabalhador ganhe o benefício da Justiça Gratuita, a mesma não é capaz de afastar à incidência dos honorários sucumbenciais no caso em apreço.
Caso a ação seja julgada parcialmente procedente, o que se admite somente em hipótese de defesa, resta atualmente previsto a impossibilidade de compensação sucumbencial o que desde já requer seja aplicado.
6 - DA CONCLUSÃO
Diante o exposto, requer à Vossa Excelência:
Acolhimento da preliminar de limitação da condenação ao valor da causa e/ou dos pedidos liquidados;
Requer a aplicação imediata da Lei 13.467/2017 no caso em apreço.
Requer seja julgada Improcedente a presente demanda, condenando o Reclamante ao pagamento das custas processuais;
Protesta por todos os meios de prova em direito admitido, em especial depoimento pessoal do Reclamante e testemunhal;
Impugna-se o pedido de Assistência Judiciária, eis que o Reclamante não cumpre com os requisitos legais para tal concessão;
No que tange aos honorários advocatícios, requer sejam deferidos ao procurador do reclamante na importância de 5% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
Ademais, necessário que sejam aplicados também honorários sucumbenciais em favor deste patrono, devendo estes serem fixados em 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Requer ainda seja condenado o RECLAMANTE no pagamento de honorários sucumbenciais em razão da improcedência dos pedidos, tudo nos termos da legislação vigente.
Caso a ação seja julgada parcialmente procedente, o que se admite somente em hipótese de defesa, resta atualmente previsto a impossibilidade de compensação sucumbencial o que desde já requer seja aplicado. 
A Reclamada, por cautela, requer caso seja deferida quaisquer verbas fiscais e previdenciárias, que as mesmas tenham autorização de descontos cabíveis consonância com o enunciado da Súmula nº 368 do TST.
Alternativamente, caso seja deferido algum dos pedidos do Reclamante, postula seja deferida a compensação dos valores pagos ao mesmo título.
Requer, ainda a condenação do trabalhador às penas de litigância de má-fé, condenando o trabalhador ao pagamento de multa no percentual de 10% do valor corrigido da causa, indenização, honorários e custas, em conformidade com o art. 793-C, II, da CLT.
Pede deferimento. 
Goiânia/GO, 29 de Agosto de 2017.
Advogado: XXXX
OAB: XXXX

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