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TODAS TENTATIVAS APOL LITERATURA CLÁSSICA


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Questão 1/10 - Literatura Clássica
Atente para a seguinte citação:
“É evidente o quanto a famosa sabedoria trágica do Sileno – figura mítica que chefia os sátiros, seguidores do deus Dioniso –, a saber, de que o melhor para os mortais seria não terem nascido, mas já que nasceram, o melhor que pode haver para eles é morrerem o quanto antes –, é evidente, dizíamos, o quanto essa sabedoria ilustra a compreensão de que viver é sofrer”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOCAYUVA, Izabela. Sobre a catarse na tragédia grega. Anais de Filosofia Clássica, São Paulo, v. 2, n. 3, 2008, p. 46-52, p. 49.
Considerando a citação e pautando-se nos conteúdos do texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates? sobre a ideia da kathársis, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	trata-se de um efeito rítmico construído a partir da alternância de metros como o hexâmetro datílico e pentâmetros neutros.
	
	B
	foi utilizada pela primeira vez nas epopeias de Homero, sobretudo a partir de personagens como Aquiles e Odisseu.
	
	C
	enquanto termo, provém da terminologia filosófica e foi disseminada por figuras como os sofistas, referindo-se ao efeito de ironia produzido na poesia.
	
	D
	segundo Aristóteles, é um efeito produzido sobretudo pelas tragédias, produzindo no público uma transformação, um efeito de purgação ou purificação.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “O mais interessante, no que toca a teoria da Arte, é que a função catártica das músicas opera na transformação das emoções humanas, tais como o terror, a compaixão, e outras que tais. E Aristóteles percebe que a provocação e a transformação das emoções humanas nas obras poéticas é algo tanto ou até mais importante que a expressão de valores e conteúdos morais. [...] O que quis dizer exatamente Aristóteles ao escrever que a tragédia, mediante a piedade e o medo, produz uma catarse: uma ‘purgação’, ou ‘purificação’? Trata-se de uma extirpação ou erradicação, de uma moderação ou suavização, ou de uma clarificação das próprias emoções? As teorias sobre o tema são muitas, e não cabe discuti-las aqui, mas na perspectiva de uma resposta àquele desafio platônico, vemos que Aristóteles consegue justificar a utilidade moral de produzir terror e piedade como um certo tratamento homeopático que, pela representação de situações terríveis e a provocação das respectivas emoções no expectador, não o enfraquece como a um covarde compassivo, mas o torna mais puro, mais forte” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 25-26).
	
	E
	é percebida como o elemento dramático responsável pela quebra da mímesis e pelo descompasso entre obra e realidade.
Questão 2/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte citação: 
“As indestrutíveis vozes dos grandes poetas aguardam seus ouvintes, prontas a acolhê-los, oferecendo-lhes, generosas anfitriãs, o banquete imaterial da beleza indestrutível de seus versos que tantos séculos e tantas vicissitudes superaram.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAGUSA, Giuliana. Para conhecer a “lírica” grega arcaica. <https://fflch.usp.br/sites/fflch.usp.br/files/2017-11/LiricaGregaArcaica.pdf>. Acesso em 27 jul. 2018.
Depois de ler o excerto anterior e levando em consideração os conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica sobre o teatro grego, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	O teatro grego não existiria sem a tradição oral, a declamação nos palcos, diante de um público.
Você acertou!
“O teatro não teria sentido de existir sem sua declamação em um palco, diante de um público.” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 31).
	
	B
	O teatro grego marca a cisão entre a cultura oral e a cultura escrita, instituindo o conceito de cidadão letrado a partir do código democrático.
	
	C
	O teatro grego tem no nome de Luciano de Samósata o seu maior representante, autor de peças encenadas até hoje, como Édipo Rei e Electra.
	
	D
	O teatro grego institui o fim da poesia coral e o surgimento do uso da lira e da cítara, instrumentos até então não utilizados em declamações.
	
	E
	O teatro grego revela-se como um marco para pensar a literatura clássica, sobretudo por permitir a participação de mulheres na composição do coro.
Questão 3/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte citação: 
“Poesia, pelo menos na Antiguidade grega, é um fenômeno estruturador da cultura, ou melhor, poesia coincide com cultura, no sentido de educação e civilização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SOUZA, Jovelina Maria Ramos de. A poesia grega como paideia. Princípios, Natal, v. 14, n. 21, jan. 2007, p. 195-213, p. 196.   
A partir do excerto anterior e, baseando-se na leitura dos conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, relacione corretamente as figuras dos aedos e rapsodos às explicações que corretamente lhes correspondem: 
1. Aedos
2. Rapsodos 
(  ) A atitude retórica era uma das suas maiores marcas, utilizando, muitas vezes, um bastão para declamarem.
(  ) Suas palavras eram atribuídas à inspiração divina, enunciando temas tradicionais que se situavam em um período imemorial.
(   ) Homero e Hesíodo são as principais referências.
(   ) Eram os poetas que recitavam durante o Período Clássico os temas das tradições helênicas.
Nota: 10.0
	
	A
	1 – 1 – 2 – 2
	
	B
	1 – 2 – 1 – 2
	
	C
	1 – 1 – 2 – 1
	
	D
	2 – 1 – 2 – 2 
Você acertou!
Esta é a resposta correta porque, sobre os rapsodos, temos: “Os poetas que recitavam durante o Período Clássico os temas das tradições helênicas eram chamados rapsodos. Os rapsodos declamavam, munidos de um bastão e de uma atitude oratória, palavras e versos de um poema épico (VIDAL-NAQUET, 2002, p. 14-15). Homero e Hesíodo foram as principais referências.” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 37). Sobre os aedos: “Antes da emergência da poesia lírica, em toda sua diversidade, os poetas tradicionais eram os aedos. Atribuindo suas palavras à inspiração divina, enunciavam os temas tradicionais que se situavam em um período imemorial [...]” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 41).
	
	E
	2 – 1 – 1 – 2
Questão 4/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte informação:
“A atividade poética na Grécia está ligada primeiramente a uma ideia de inspiração divina, vinda ao homem através das Musas, revelando um passado glorioso. As Musas, segundo a tradição mítica, são filhas de Zeus, deus pai e rei do Olimpo e de Memória, Mnemosyne. Segundo a tradição emitida por Hesíodo, da união de Zeus com Memória por nove noites, nasceram nove deusas, cada uma presidindo a uma atividade artística”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SANTOS, Fernando Brandão dos. O canto dos helenos: poesia e performance. Clássica, Belo Horizonte, v. 25, n. 1/2, 2012, p. 231-249, p. 233.  
As transformações sofridas pela lírica grega acabaram fazendo com que, além dos temas, os poetas escolhessem outros locais para declamar. Tendo como subsídio a citação e, cotejando-a com os conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, os poetas contemporâneos à formação da pólis democrática e à construção da democracia passaram a escolher como locais de prevalência para apresentar a sua arte:
Nota: 10.0
	
	A
	palácios e espaços de família tradicionais
	
	B
	ambientes essencialmente privados
	
	C
	estabelecimentos em pequenos povos da Ásia Menor
	
	D
	jogos e festas públicas  
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “Os poetas deixam de praticar sua arte em ambientes privados e estabelecem definitivamente a sua participação em jogos e festas públicas” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 40).
	
	E
	templos míticos como o Panteão de Dionísio
Questão 5/10 - Literatura Clássica
Leia
a passagem a seguir: 
“Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e do novo compromisso, político e social, que substitui a euforia pan-estética do Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a institucionalização, na prática literária individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas pela primeira geração modernista”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. 
Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como foram os modernistas de 1922, a segunda geração modernista gerou tendências distintas que resultaram em estilos marcantes de seus poetas e prosadores. Apesar das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos iniciais da segunda geração são...
Nota: 10.0
	
	A
	A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
Você acertou!
A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores como a primeira obra do chamado romance de 30 ou romance regionalista de 30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do “modernismo heroico”. O livro de estreia de Carlos Drummond de Andrade (o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca algumas tendências inequívocas de sua obra ao longo da década de 1940) é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de Bandeira. (Livro-base, p. 195, 196).
	
	B
	A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário Quintana.
	
	C
	O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade.
	
	D
	O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
	
	E
	Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade.
 
Questão 6/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte passagem de texto:
“Consolidado em festas rituais em homenagem ao deus Dioniso, o teatro tem funções nítidas e específicas, mas que marcam sua relação com outras formas literárias anteriores. Além disso, é no teatro que há uma sublimação das outras artes gregas, tal como afirma Aristóteles, pois há uma conjunção entre poesia, música e dança, com o objetivo de mimetizar ações de agentes, ou seja, ocorre ali a apresentação de um drama”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORDEIRO, Luiz Henrique Bonifácio. O desenvolvimento da comédia antiga no sistema democrático ateniense no séc. V a. C. Dia-Logos, Rio de Janeiro, n. 9, 2015, p. 17-30, p. 18.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do texto-base Literatura, Teatro e gênero cômico na Atenas Clássica sobre o teatro na Atenas Clássica, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	a parábase era utilizada de maneira comum nas tragédias e comédias, representando a atuação do coro em momentos específicos das peças.
	
	B
	o agôn é uma das partes centrais do gênero cômico, sendo caracterizado pelo debate travado entre as forças polarizadas no drama.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “A parte central do gênero cômico e que tem elevado valor histórico é composta pelo agôn e pela parábase. O agôn é caracterizado como o debate travado entre as forças polarizadas no drama” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 18).
	
	C
	o êxodo correspondia a uma interferência extradramática, valorizando a participação ativa do autor da comédia em forma de depoimento.
	
	D
	diferentemente do que ocorria nas tragédias, o coro ganhava uma atuação mais ampla nas comédias, voltada para a construção da ironia e do efeito do riso.
	
	E
	é nas tragédias que a atuação do dramaturgo é permitida, correspondendo a uma ação de crítica à ordem mítica e à cultura oral que moviam o imaginário arcaico.
Questão 7/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte passagem de texto:
“FIDÍPIDES: Não poderia obedecer-lhe. Pois não suportaria olhar para os Cavaleiros, com as minhas cores raspadas...
ESTREPSÍADES: Ah, é assim? Por Deméter, então você não há de comer dos meus bens, nem você, nem o cavalo de trela, nem o puro sangue... Vou expulsá-lo para fora desta casa... para o inferno!”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓFANES. As nuvens. Trad. de Gilda Maria Reale Starzynski. <https://historiagam.files.wordpress.com/2012/08/as-nuvens-aristc3b3fanes1.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2018. 
O excerto anterior provém da peça As nuvens, do comediógrafo grego Aristófanes. A partir da leitura da passagem de texto e do texto-base Literatura, Teatro e gênero cômico na Atenas Clássica sobre a comédia na Grécia antiga, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas: 
I.   (  ) Diferentemente das tragédias, as comédias estavam mais relacionadas a questões de ordem metafísica.
II.  (  ) Em Atenas, as comédias estiveram intimamente relacionadas às questões políticas e sociais.
III. (  ) Comédias e tragédias se distinguem no que diz respeito à concepção do herói dramático.
IV.  (  ) De maneira geral, pode-se dizer que o riso da comédia é um elemento político e social.
Nota: 10.0
	
	A
	V – V – F – F
	
	B
	F – V – F – V
	
	C
	F – V – F – F
	
	D
	V – V – F – V
	
	E
	F – V – V – V
Você acertou!
Comentário: As afirmativas II, III e IV são verdadeiras. A afirmativa II é verdadeira, pois, segundo o texto-base: “[...] estava o específico desenvolvimento do gênero cômico, que em Atenas esteve intimamente relacionado às questões políticas e sociais.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 13). A afirmativa III está correta já que “Desde a concepção do herói dramático, os intentos da comédia e da tragédia são díspares.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 13). Por último, a afirmativa IV é verdadeira: “O riso da comédia, então, é um elemento político e social com contornos dionisíacos, pois pode se apropriar, entre outras coisas, de selvageria, bestialidade, espontaneidade, julgamento por causa e consequência e prazer.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 13). Quanto à afirmativa I, ela é falsa já que a temática metafísica é uma característica das tragédias, não das comédias, como afirmado incorretamente na questão.
Questão 8/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte citação: 
“SÓCRATES: Nem homens perversos e cobardes, me parece, que fazem o contrário do que há pouco dissemos, que falam mal e troçam uns dos outros e dizem coisas vergonhosas, tanto quando estão embriagados como sóbrios, e toda a espécie de erros que tais pessoas cometem, em palavras e em ações, contra si mesmos e contra os outros; entendo ainda que não devem habituar-se a assemelhar-se aos loucos em palavras nem em atos.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PLATÃO. A República. São Paulo: Martin Claret, 2000. p. 87.
Considerando a citação e os conteúdos do texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, é possível dizer que, na República de Platão, o personagem Sócrates define a poesia como imitação com o objetivo de:
Nota: 10.0
	
	A
	problematizar o lugar da poesia e demonstrar sua importância para o desenvolvimento da pólis democrática.
	
	B
	depreciar declaradamente a poesia, equiparando-a a ações como a pintura ou escultura.
Você acertou!
Esta é a resposta correta pois “[...] Sócrates, na República de Platão, define a poesia como imitação. Sócrates o faz explicitamente para denegrir a poesia, para torná-la de mesmo valor que a pintura ou escultura, coisa de artesãos (bánausoi), profissão de artífices manuais, socialmente inferiores na hierarquia da cidade
antiga.” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 20).
	
	C
	equiparar o discurso poético ao discurso histórico, relativizando o conceito de verdade a partir das sinuosidades da própria linguagem. 
	
	D
	explicitar os artifícios utilizados pelos atores no gênero dramático, sobretudo para viabilizar a catarse. 
	
	E
	contrapor a ideia da poesia como principal agente da realidade histórica, argumento postulado por nomes como Heródoto e Tucídides.
Questão 9/10 - Literatura Clássica
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“No processo de negação do mundo mítico, fundado em uma religião doméstica, e de afirmação da razão e da filosofia, as comunidades de aldeias dos tempos homéricos, organizadas em clãs, foram cedendo lugar a uma nova organização sociopolítica: as unidades políticas maiores e mais complexas das cidades-Estado, por sua originalidade, particularizaram a civilização grega”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MELO, José Joaquim Pereira; GOMES, Renan Willian Fernandes. O fenômeno formativo na tragédia sofocliana. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v, 20, n. 9/10, set./out. 2010, p. 521-539, p. 522.   
Depois de ler o fragmento de texto e tendo como referência os conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, sobre oralidade e escrita na Grécia homérica e arcaica, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Ilíada e Odisseia tematizam a oralidade ao longo de suas narrativas, apresentando críticas diretas à insistência do uso dos primeiros alfabetos. 
	
	B
	o fato de a escrita substituir a oralidade não era algo imaginável, inicialmente, pelos gregos antigos.
Você acertou!
Esta é a resposta correta porque “Se para o mundo atual é desconcertante imaginar uma sociedade sem escrita, para os gregos antigos foi desconcertante considerar que a escrita pudesse solapar a oralidade como a principal forma de comunicação à época de sua invenção” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 31).
	
	C
	A Poética de Platão se estabelece como uma espécie de tratado da língua grega, sistematizando, pela primeira vez, as principais letras do alfabeto.
	
	D
	Ao ficcionalizar o personagem Sócrates, Aristófanes apresenta em sua peça As rãs uma discussão sobre a cultura oral na sociedade grega.  
	
	E
	Ésquilo, Sófocles e Eurípedes são alguns dos principais nomes da prosa não ficcional grega, desenvolvida a partir do século III a. C.
Questão 10/10 - Literatura Clássica
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“É preciso atenuar as conquistas da escrita nas províncias do mundo grego. Devido à relativa raridade do objeto livro e ao pequeno número de letrados, os livros eram mais escutados do que lidos. Os filósofos, os médicos, os historiadores, todos se dedicavam a recitações públicas. O livro era escrito no interior de um amplo sistema cultural, cuja transmissão continuava a se fazer de forma oral e auditiva.” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MITOLOGIA. A importância da tradição oral para a civilização grega. <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/historia/mitologia/p1_03.html>. Acesso em 27 jul. 2018.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do texto-base Poetas e Poesia Oral na Grécia Homérica e Arcaica sobre o impacto da oralidade nos diferentes âmbitos culturais da Grécia antiga, leia as afirmativas a seguir:
I. A relevância da cultura oral na Grécia Antiga pode ser verificada na leitura de tratados filosóficos como os de Platão, por exemplo, cujos textos remetiam-se à atmosfera oral a partir do uso de diálogos.
II. Diferentemente da filosofia e da literatura, a criação do teatro não esteve ligada à invenção e ao desenvolvimento do alfabeto.
III. A oposição oralidade versus escrita substitui a dicotomia iletrado versus letrado.
IV. Está na Ilíada, de Homero, a primeira alusão ao uso da escrita na cultura grega. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I e II
	
	B
	I e III
	
	C
	III e IV
	
	D
	I, III e IV
Você acertou!
As afirmativas I, III e IV são verdadeiras. No que diz respeito à questão I: “Muitos sugerem que os próprios tratados filosóficos, em especial os platônicos, recorreram à notação em diálogos como uma estratégia para fazer sobreviver, através da escrita, uma atmosfera de oralidade” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 31). O item III é verdadeiro, tal como atestado no trecho do texto-base: “A dicotomia oralidade versus escrita foi prontamente convidada a substituir ‘letrado’ versus ‘iletrado’.” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 31). Já a afirmativa IV é confirmada a partir da seguinte passagem: “A primeira menção ao uso da escrita que possuímos se encontra na Ilíada [...]” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 33). Por último, a afirmativa II é falsa uma vez que, como se sabe, “Muitos creditavam à invenção do alfabeto, que teria possibilitado a criação do teatro, da literatura e da filosofia, o sucesso cultural da civilização helênica, berço do Ocidente” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 31).
	
	E
	II, III e IV
2ºTENTATIVA
Questão 2/10 - Literatura Clássica
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“Mas há algumas artes que fazem uso de todos esses meios mencionados, quero dizer, fazem uso do ritmo, da melodia e do metro, como a poesia dos ditirambos e dos nomos, ou a comédia e a tragédia: diferenciam-se, porém, porque aquelas fazem uso de todos os meios ao mesmo tempo, mas essas fazem uso deles por partes. Essas são, então, as diferenças entre as artes quanto aos meios em que se realiza a mímese.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GAZONI, Fernando Maciel. A Poética de Aristóteles: tradução e comentários. Pós-Graduação em Filosofia, Universidade de São Paulo, 2006, p. 34. [Dissertação de Mestrado]. <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-08012008-101252/pt-br.php>. Acesso em 28 de jul. 2018. 
Aristóteles herda a reflexão antes desenvolvida pelo pensamento platônico para categorizar a mímesis, estabelecendo, no entanto, outras concepções. Considerando a citação anterior e as leituras do texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates? a respeito da perspectiva de Aristóteles para categorizar o conceito de mímesis, leia as afirmativas a seguir:
I. Na perspectiva aristotélica, a imitação representa o lugar da semelhança e da verossimilhança.
II. A obra Poética ganha destaque até hoje nos estudos literários justamente por apontar uma reflexão equilibrada e ampla a respeito de grande parte das artes miméticas, tratando-as em um mesmo patamar de importância.
III. Para demonstrar a relevância do fazer, Aristóteles iguala mestres arquitetos como Fídias aos que trabalhavam com as mãos.
IV. Ao pensar a mímesis na construção das artes literárias, Aristóteles lhes devolve o valor arcaico tradicional de sabedoria e verdade que havia sido quebrado pelo pensamento platônico. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I e II
	
	B
	I e III
	
	C
	I e IV
Você acertou!
As afirmativas I e IV estão corretas. Sobre a afirmativa I: “Se, para Platão, a imitação era o distanciamento da verdade e o lugar da falsidade e da ilusão, para Aristóteles, a imitação é o lugar da semelhança e da verossimilhança, o lugar do reconhecimento e, assim, da representação” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 21). A afirmativa IV é verdadeira porque, segundo o texto-base, “Aristóteles herda de Platão a categoria de ‘arte mimética’, mas, ao menos no tocante ao que nós chamamos de artes literárias, ele está disposto a resgatar-lhes aquele valor arcaico tradicional de sabedoria e verdade.” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 20). A afirmativa II é falsa, pois, “Já no que diz respeito às outras artes miméticas, as não literárias, Aristóteles, por omissão, as deixa
no mesmo patamar em que sempre estiveram: ofício de artesão, atividade socialmente inferior, servil.” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 20). Por último, a afirmativa III está equivocada, uma vez que “Quando muito, o Filósofo faz uma distinção entre os mestres arquitetos e os que simplesmente obram com as mãos. Tal distinção ainda salva do total desprestígio alguém como Fídias, o arquiteto e mestre escultor dos monumentos da Atenas de Péricles.” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 20-21).
	
	D
	I, III e IV
	
	E
	III e IV
Questão 3/10 - Literatura Clássica
Considere o seguinte extrato de texto: 
“Uma das maiores contribuições para os estudos homéricos no século XX foi, sem dúvida, a investigação concebida e conduzida inicialmente por Milman Parry, continuada por seu discípulo Albert Bates Lord, acerca da técnica oral tradicional pela qual os poemas épicos são compostos, aplicada principalmente à Ilíada e à Odisséia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEIRA, Gustavo Junqueira Duarte. Homero: oralidade, tradição e história. Revista eletrônica de crítica e teoria de literaturas, Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 01-22, jan./jun. 2008, p. 01.   
Após a leitura do excerto anterior e considerando os conteúdos do texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica sobre as características que definem a oralidade e a sua relação com a literatura, analise as afirmativas a seguir:
I. A palavra é apenas um meio para se alcançar determinado efeito estético, não apresentando, por isso, poder sobre as coisas.
II. Na oralidade, privilegia-se o valor aditivo ao invés do subordinativo, justificando um menor uso de relações de causa e consequência.
III. As narrativas épicas são comumente resgatadas em culturais orais, como é o caso da época arcaica na Grécia, dando prevalência para ambientes de ação ao invés de reflexões mais abstratas
IV. Ao buscar o poder das palavras, a cultura oral prima pela não repetição e pela originalidade, sobretudo em manifestações literárias.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I e II
	
	B
	I e III
	
	C
	II e III
As afirmativas II e III são verdadeiras, porque: “Outro caráter da oralidade diz respeito a seu valor mais aditivo do que subordinativo, o que resulta em menos relações de causa e consequência (isto não quer dizer que não haja estas relações, mas que elas são menos comuns). [...] em culturas orais recorre-se frequentemente às narrativas épicas, repletas de ação e com pouco ou nenhum pensamento abstrato” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 5). A afirmativa I está errada, já que, como apontado no texto-base, “Em culturas orais, as palavras têm forte poder sobre as coisas a que estão referidas;” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 05). A afirmativa IV está errada, uma vez que se sabe o quanto “na oralidade se recorre com bastante frequência ao mecanismo da repetição, apontando para o caráter conservador e tradicionalista da cultura oral.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 05).
	
	D
	I, III e IV
	
	E
	II, III e IV
Questão 5/10 - Literatura Clássica
“Não assustava ao sertanejo a imobilidade da moça; durante a corrida, apesar do estrépito do incêndio e do esforço que empregava para arrancá-la às chamas, não cessara um instante de ouvir sobre o peito a palpitação do coração de D. Flor, a princípio violenta, mas que foi moderando-se gradualmente.
Conheceu que não passava isso de um simples desmaio causado pelo vapor do incêndio. Com o repouso e a inspiração do ar mais vivo e fresco, a donzela não tardaria a voltar a si. Mas se não receava já pela vida preciosa que salvara, todavia não se desvaneceu completamente a inquietação do mancebo pelas consequências que podia ter aquele susto para a saúde e tranquilidade de D. Flor”.
O trecho acima foi destacado do romance O sertanejo de José de Alencar. Figura central do romance do século XIX brasileiro, o escritor cearense consolida o romance brasileiro como principal gênero literário do Oitocentos. A tradição crítica classificou as obras de Alencar em quatro frentes: romance histórico, urbano, regionalista e indianista. A partir do fragmento acima e do livro-base Literatura Brasileira, relacione as obras de José de Alencar abaixo aos seus respectivos estilos:                   
1) Romance urbano
2) Romance regionalista
3) Romance histórico
4) Romance indianista
(   ) Iracema
(   ) O sertanejo
(   ) Lucíola
(   ) Minas de prata 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	4, 2, 1, 3
Você acertou!
4) Romance indianista - Iracema
1) Romance urbano - Lucíola
3) Romance histórico – Minas de prata
2) Romance regionalista – O sertanejo
As obras e seus respectivos estilos foram trabalhados no capítulo dois e corresponde à página 101 do livro-base.
	
	B
	1, 3, 2, 4
	
	C
	2, 3, 1, 4
	
	D
	3, 2, 4, 1
	
	E
	1, 2, 3, 4
Questão 6/10 - Literatura Clássica
Leia a passagem a seguir: 
“Minha vida começou a ser um mosaico de profissões; aqui onde me veem, fui mascate, agente do foro, guarda-livros, lavrador, operário, estalajadeiro, escrevente de cartório; algumas semanas vivi de tirar cópias de peças e papéis para teatro. Trabalhava com energia, mas a fortuna não correspondia à constância, e o melhor dos anos gastei-o em luta áspera e desigual. Uma compensação havia, a mais doce de todas: era o amor e o contentamento de Ângela, a igualdade do ânimo com que ela encarava todas as vicissitudes. Pouco tempo depois da nossa fuga, havia outra compensação mais: era Helena. Essa menina nasceu em um dos momentos mais tristes da minha vida”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, J. M. Machado de. Hedlens. In: Domínio Público, p. 80. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000079.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2017.
A passagem acima é narrada por Salvador, pai de Helena, do romance homônimo. Machado de Assis foi também um grande leitor e intérprete da realidade social de seu tempo. Retratou de perto segmentos importantes e diferentes da sociedade brasileira. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, em Helena, Machado retrata com minúcia os dilemas de qual grupo social? Assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Os escravos.
	
	B
	A classe dirigente brasileira.
	
	C
	Os intelectuais e artistas.
	
	D
	A população pobre e livre.
Você acertou!
Os chamados quatro romances da primeira fase machadiana – Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia – tratam de personagens que não pertencem nem à elite nem são escravos: são pobres e livres. Essas personagens giram em torno dos proprietários, das classes abastadas, em busca de ascensão social, muitas vezes frustradas como no caso de Helena. “Um dos temas centrais da obra machadiana é o destino da população pobre e livre, que tem uma inserção social precária no século XIX. Trata-se daquela mesma população que é protagonista no romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e que comparece em peso na ficção de José de Alencar. Machado deteve-se em grande medida nos dilemas desse grupo social, principalmente em seus quatro primeiros romances” (livro-base, p. 115)
	
	E
	Os membros do clero.
Questão 8/10 - Literatura Clássica
Leia o seguinte fragmento de texto:
“[...] Nietzsche separa os gregos dos homens da Idade Média e assimila o gosto deles àquele dos modernos. Isso de fato é realizar uma reviravolta notável em relação aos trabalhos dos historiadores da música que haviam claramente colocado em evidência a evolução da música no Ocidente mostrando que a polifonia harmônica se desenvolveu na segunda metade do período medieval”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORBIER, Cristophe. Harmonia e música dionisíaca: do Drama musical grego ao Nascimento da tragédia.
Cadernos Nietzsche, São Paulo, v. 1, n. 34, 2014, p. 61-98, p. 72-73.
Considerando o fragmento de texto e pautando-se nos conteúdos presentes no texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates? sobre a perspectiva de Aristóteles quanto à música orgiástica, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	para o filósofo, tratava-se de uma expressão inferior utilizada pelos tragediógrafos, geralmente limitada a assuntos banais.
	
	B
	para o filósofo, personificava o efeito do riso das comédias.
	
	C
	para o filósofo, restringia a atuação do corifeu.
	
	D
	para o filósofo, foi consagrada pelas obras de Hesíodo.
	
	E
	para o filósofo, estava associada aos delírios bacantes.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “Aristóteles associa esta música orgiástica aos delírios bacantes, e sabemos que muitas festas e rituais religiosos eram denominados de catárticos, purificadores ou purgadores” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 24).
3ºTENTATIVA
Questão 1/10 - Literatura Clássica
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, lhe darei o de Cunha.
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos gulosos. A comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar que devora com uma fome canina, como quando contemplava uma multidão de mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a capricho”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados romances urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a qual acena para o ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, o trecho acima é um fragmento do romance urbano:
Nota: 10.0
	
	A
	O Guarani.
	
	B
	Iracema.
	
	C
	Lucíola.
Você acertou!
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os demais são: histórico (O Guarani), indianista (Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “Do ponto de vista temático, José de Alencar [...] desenvolve [o romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele praticou o romance histórico, então em voga em virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875); e adentrou o país ao ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O sertanejo (1876), e os pampas, com O gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em cada uma dessas frentes, José de Alencar legou, ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101).
	
	D
	Til
	
	E
	Dom Casmurro
Questão 3/10 - Literatura Clássica
Considere a citação: 
“Primeiro, os gregos desenvolveram uma escrita de caráter silabar (baseada nas sílabas), conhecida por linear b, que, por estar restrita ao uso de escribas palacianos, desapareceu no século XIII a.C. após um turbulento período de revoluções, invasões e catástrofes naturais. Cerca de quatro séculos depois, o empréstimo e a adaptação da escrita fenícia permitiram a invenção do alfabeto”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DUARTE, Adriane da Silva. A Revolução da escrita na Grécia e suas consequências culturais (Resenha). Revista Interface, Botucatu, n. 2, v. 2, p. 205-206, fev. 1998, p. 205.
Considerando a citação e os conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Em versos pontuais da Ilíada, Homero faz alusão ao uso da escrita não como expressão literária, o que mostra o caráter pragmático e utilitarista que o alfabeto teria naquele contexto.
Você acertou!
Esta é a resposta correta porque “A primeira menção ao uso da escrita que possuímos se encontra na Ilíada [...] Os versos em questão atestam um uso não-literário da escrita. O fato das letras terem sido grafadas em tabuinhas pode ser um indicativo de que se tratava de um alfabeto símile ao Linear B (ou mesmo o próprio), já que o estabelecimento de um alfabeto baseado no sistema de signos fenícios só se deu ao longo do Período Arcaico. Esta passagem assinala um uso não administrativo do alfabeto, mas autentica seu caráter utilitarista.” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 33).
	
	B
	O nome de Heródoto é recuperado pelos estudos literários não somente pelo fato de o poeta assumir a autoria de grandes epopeias, mas também por ter sido um dos principais responsáveis pela invenção do alfabeto grego.
	
	C
	Ésquilo, Sófocles e Eurípides são os maiores responsáveis pelo desenvolvimento da cultura oral na Grécia Antiga, plasmando, em muitas de suas peças, a aversão à invenção do alfabeto.
	
	D
	Ao buscar a arte do bem dizer, a retórica de Tucídides consolida novas letras para o alfabeto grego, sacramentando o fim da cultura oral no período clássico.
	
	E
	Luciano de Samósata é considerado o inventor do alfabeto ou pai da cultura letrada grega, dando origem ao que muitos críticos chamam de prosa de ficção grega ou romance grego antigo.
Questão 5/10 - Literatura Clássica
Leia o seguinte fragmento de texto:
“Portanto, ainda que Aristóteles não tenha pensado sobre as artes em geral, tal como as entendemos hoje, o que ele escreveu foi decisivo ao longo da história da estética ocidental, sobretudo após o Renascimento”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SANTORO, Fernando. Sobre a estética de Aristóteles. Viso – Cadernos de estética aplicada, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, maio-agosto/2007, p. 04-13, p. 04.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, na perspectiva aristotélica, as obras de arte:
Nota: 10.0
	
	A
	caracterizam-se por despertar um prazer simples, decorrente da força expressiva da representação e da harmonia orgânica das unidades das partes.
	
	B
	podem e têm de provocar emoções e comoções pelas ações representadas, levando a experimentação de sentimentos perturbadores como a angústia.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “As obras de arte podem e devem suscitar emoções e comoções pelas ações representadas, de modo que quem as contemple venha a experimentar sentimentos perturbadores como os de angústia e de horror” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 27).
	
	C
	diferenciam-se de outras produções e expressões discursivas por sua composição estética e pelo o que o filósofo intitulou como literariedade.
	
	D
	representam o ponto alto do período arcaico, justificando a preponderância das narrativas míticas para a consolidação do chamado cânone literário.
	
	E
	não eram diretamente influenciadas por transformações sociais e políticas, gozando de autonomia para a sua manifestação estética.
Questão 6/10 - Literatura Clássica
Considere a citação:
“Tendo em vista a metafísica platônica,
todas as coisas que pertencem ao âmbito sensível são imagens, um reflexo do paradigma eterno do eidos, ou seja, das ‘Ideias’, das formas eternas e imutáveis que pertencem ao âmbito do inteligível”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VOIGT, Andressa Cristina; ROLLA, Cinthia Elizabet Otto; SOERENSEN, Claudia. O conceito de mímesis segundo Platão e Aristóteles: breves considerações. Travessias, Cascavel, v. 10, n. 2, 2015, p. 225-235, p. 227.  
Depois da leitura da citação e, baseando-se nos conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, é possível afirmar que a teoria platônica é centrada no conceito de:
Nota: 10.0
	
	A
	cultura oral.
	
	B
	mímesis.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “O centro da teoria de Platão é a noção de mímesis. Tradicionalmente traduzida por ‘imitação’, a mímesis platônica pode responder por esse sentido mas, como defende Massaud Moisés, pode também corresponder a ‘representação’, ‘indicação’, ‘sugestão’ e ‘expressão’” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 38).
	
	C
	cultura escrita.
	
	D
	metro jâmbico.
	
	E
	hexâmetro dactílico.
Questão 7/10 - Literatura Clássica
Leia a citação: 
“Mais próximo aos problemas do cotidiano do que as tragédias, que estavam mais próximas às questões de ordem metafísica, o específico desenvolvimento do gênero cômico em Atenas esteve intimamente relacionado às questões políticas e sociais”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORDEIRO, Luiz Henrique Bonifácio. O desenvolvimento da comédia antiga no sistema democrático ateniense no séc. V a. C. Dia-Logos, Rio de Janeiro, n. 9, 2015, p. 17-30, p. 19.
No que diz respeito à forma, a comédia grega é composta por elementos característicos, garantindo a sua divisão e encenação. A partir da citação e do texto-base Literatura, Teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, relacione corretamente os elementos abaixo ligados ao gênero cômico às explicações que lhes correspondam: 
1.Agôn
2.Parábase
3.Coro
4. Êxodo 
(  ) Posicionava-se geralmente na orquestra e tinha uma participação mais restrita na comédia do que na tragédia.
(   ) Um dos elementos que assume elevado valor histórico para o estudo do gênero cômico, sendo caracterizado como o debate travado entre as forças polarizadas no drama.
(  ) Trata-se de uma interferência extradramática, representando uma espécie de depoimento, a participação ativa do autor da comédia sobre temas variados.
(   ) Corresponde ao final do jogo cômico, sendo, em geral, de tom festivo. 
Nota: 10.0
	
	A
	3 – 1 – 2 – 4
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque 1. Agôn: “A parte central do gênero cômico e que tem elevado valor histórico é composta pelo agôn e pela parábase. O agôn é caracterizado como o debate travado entre as forças polarizadas no drama.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 18). 2. Parábase: “A parábase é considerada como uma interferência extradramática. Não é composta por ação, mas sim por uma participação ativa do autor da comédia sobre temas variados, tendo ou não a ver com a obra, o contexto sociopolítico do momento ou obras anteriores. Essa participação poderia ser executada na figura do próprio autor, fantasiado e mascarado ou não ou na figura do corifeu ou mesmo no conjunto coral. A parábase funcionou, na comédia do século V a. C., como um depoimento de seu autor.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 18-19). 3. Coro: “[...] o coro, que se posicionava na orquestra e, nas comédias, possuía participação muito mais restrita do que nas tragédias, onde agiam como mais uma personagem.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 18). 4. Êxodo: “O final do jogo cômico é denominado de êxodo. Geralmente festivo, com final feliz, o encerramento das comédias é muito diferente do final das tragédias.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 19).
	
	B
	1 – 2 – 4 – 3
	
	C
	1 – 2 – 3 – 4
	
	D
	2 – 4 – 1 – 3
	
	E
	3 – 4 – 1 – 2
Questão 9/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte passagem de texto:
“Como seria de se esperar, esse momento de grande transformação cultural é também de confronto, já que as novas ciências contestam a autoridade da poesia, que passa a ser considerada apenas uma forma de entretenimento”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DUARTE, Adriane da Silva. A Revolução da escrita na Grécia e suas consequências culturais (Resenha). Revista Interface, Botucatu, n. 2, v. 2, p. 205-206, fev. 1998, p. 206.
Ao tomar o fragmento anterior e, a partir da leitura dos conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, entre os poetas gregos que empregaram em sua lírica temas mais ligados à vida em sociedade e à dimensão pessoal, temos:
Nota: 10.0
	
	A
	Heródoto, Eurípedes e Semônides
	
	B
	Sólon, Sófocles e Sócrates
	
	C
	Arquíloco, Alcman e Sapho
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “Assim como a vida em sociedade, a poesia se torna mais pessoal. A autoria dos poemas, que em tradições anteriores costumava ser atribuída às divindades, começa a ser assumida. Os versos passam a ser compostos através da escrita, com metrificações diferentes das tradicionais, para a posterior enunciação oral. Diversas regiões da Hélade contaram com poetas emblemáticos, como Arquíloco em Paros, Alcman na Lacedemônia, Semônides em Amorgos, Sólon em Atenas ou Sapho em Lesbos” (texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 40-41).
	
	D
	Semônides, Aristófanes e Tucídides
	
	E
	Alcman, Hesíodo e Ésquilo
Questão 10/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte citação: 
“Para compreendermos o lugar da tradição oral na cultura grega é preciso retomar o momento da entrada dos Dórios na Península Balcânica. Este povo indo-europeu foi responsável pela destruição da civilização Micênica e pela ocupação de Esparta na região do Peloponeso. Nesse contexto, a escrita caiu em desuso e houve uma significativa redução da vida urbana e do comércio”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MITOLOGIA. A importância da tradição oral para a civilização grega. <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/historia/mitologia/p1_03.html>. Acesso em 27 jul. 2018.   
Depois de ler a citação e pautando-se nos conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica sobre a poesia grega, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	era ser entoada ao som da cítara, tendo o uso de rimas ricas como uma das suas maiores exigências. 
	
	B
	trata-se da representante mais nobre da tradição da oralidade helênica.
Você acertou!
“A despeito da consolidação do uso da escrita, a poesia – representante mais nobre da tradição de oralidade helênica [...]” (textos-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 33).
	
	C
	representa a ruptura entre a cultura oral e a escrita, estabelecendo os caminhos de consolidação da escrita.
	
	D
	o seu eixo discursivo e temático  é o pathos erotikón.
	
	E
	os seus dos maiores representantes são Heródoto e Tucídides.
4ºTENTATIVA
Questão 3/10 - Literatura Clássica
Considere a citação:
“[...] o teatro grego se desenvolveu como suplemento e sucessor da épica, assumindo, no mundo ático, as funções pedagógicas que Homero desempenhava em relação ao mundo grego em geral. Este facto explicaria a decisão de financiar publicamente os festivais e deles encarregar magistrados públicos, e a convicção de que o teatro desempenhava um serviço público vital”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEIRA, Francisco de. Teatro e poder na Grécia. HVMANITAS, Coimbra, v. XLV, p. 69-93, 1993, p. 69-70.    
Após a leitura da citação e tomando como base os conteúdos do texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas
Clássica sobre a literatura na Grécia clássica, leia as afirmativas que seguem e marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas.  
 I.(   ) Diferentemente do que pode ser verificado por expressões literárias a partir do Renascimento, na Grécia antiga, os gêneros literários tinham uma preocupação exclusivamente estética.
II.(   ) Embora a escrita tenha demarcado um momento de transformação e expressão cultural, na época clássica grega, o uso da escrita acabou sendo subalterno e coadjuvante em virtude da preocupação com a oralidade e com a sonoridade.
 III.(  ) A época clássica grega caracteriza-se pela coexistência, manutenção e transformação de diferentes gêneros literários, além de tratados filosóficos e históricos.
IV.(   )  A cultura oral forja, em grande medida, o desenvolvimento da estrutura literária grega no período arcaico, valorizando a palavra como ferramenta para a manutenção da memória. 
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – F
	
	B
	F – F – V – V
Você acertou!
As afirmativas III e IV são verdadeiras. Sobre a afirmativa III: “Não queremos dizer, no entanto, que um gênero posterior exigia a extinção de um anterior para sua perpetuação na sociedade. Como afirma Romilly (1984, p. 15), produções do teatro, poemas e obras prosaicas, como tratados filosóficos e históricos, puderam coexistir ao longo do século V a.C., e sua transformação manifestava-se incessantemente a cada nova obra” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 3). Já a afirmativa IV é verdadeira, relembrando que “A estrutura literária dos gregos foi concebida e consolidada ao longo de todo o período arcaico através de uma cultura oral, valorizando a palavra, que era, nesse sentido, prova da existência de uma memória a ser preservada. Isto é, o surgimento da literatura estava a serviço de uma tradição cultural ao relacionar-se à perpetuação de uma memória.” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 4). Quanto aos itens falsos, é válido lembrar que a afirmativa I está equivocada porque “[...] os gêneros literários gregos sempre tiveram uma latente permuta com a sociedade em que estavam inseridos; [...] As ideias e sentimentos presentes na sociedade são o que permeia uma produção literária” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 3). Por último, a afirmativa II está incorreta, já que, segundo o texto-base: “Havelock (1996), desenvolveu trabalhos que se propuseram a analisar a importância da escrita e da cultura letrada nas sociedades e afirmou que a consolidação do uso da escrita serviu como uma virada progressiva entre os gregos, possibilitando novas tecnologias e estágios de desenvolvimento social, cultural e político. [...] Independente do valor dado pelos gregos à oralidade (questão a ser abordada adiante), Havelock (1996, p. 74) é firme em sustentar a tese de que a escrita revolucionou o olhar das sociedades que com ela tiveram contato: ‘entrar no mundo do que chamamos ‘literatura grega’, de Homero em diante, é encontrar uma dimensão mais vasta da experiência humana, mais diversificada, pessoal, crítica, sutil, cheia de humor, apaixonada, irônica e refletida’” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 3-4).
	
	C
	F – V – V – F
	
	D
	V – F – F – F 
	
	E
	F – F – V – F
Questão 4/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte passagem de texto:
“Hércules: Ora deixa cá ver, por qual deles hei-de começar? Qual há de-ser? Há um que parte da corda e do banco. Enforca-te.
Dioniso: Vira essa boca para lá! É um sufoco esse que dizes”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓFANES. As rãs. Trad. de Maria de Fátima Silva. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2014. p. 49.
Após a leitura do trecho da peça As rãs, de Aristófanes, e considerando os conteúdos do texto-base Literatura, Teatro e gênero cômico na Atenas Clássica sobre a comédia na Grécia antiga, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	nas comédias, o dramaturgo busca promover o debate e a reflexão para educar o cidadão, usando o teatro como espaço de denúncia,.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “Segundo Maria Regina Candido (2005, p. 625), “o dramaturgo usa o teatro como espaço de denúncia, visando a promover o debate e a reflexão para educar o cidadão” (texto-base Literatura, teatro e gênero cômico na Atenas Clássica, p. 16).
	
	B
	as comédias abordavam temáticas subalternas ou de entretenimento, afastando-se de polêmicas ligadas à temática social ou política.
	
	C
	a função denunciativa era um dos elementos fundamentais das tragédias, garantindo a tensão e o drama de obras como Édipo Rei.
	
	D
	além de Aristófanes, o nome de Ésquilo se transforma em referência na produção das comédias gregas.  
	
	E
	o riso constitui-se como o eixo temático principal das comédias, geralmente utilizado para retratar o comportamento ridículo de escravos, mulheres e idosos.
Questão 5/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte citação:
“A divergência a que se refere Platão não tem pois a ver com o fato de o pensamento ser enunciado em versos, ou seja, sob uma forma poemática, embora, para ele, essa não possa ser mais o modo de exposição do filosofar, por não ser congruente com a prática do dialégesthai que, a partir de Sócrates, passou a caracterizar o pensamento filosófico”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VILLELA-PETIT, Maria da Penha. Platão e a poesia na República. Kriterion, Belo Horizonte, n. 107, jun/2003, p. 51-71, p. 52.
Considerando a citação e os conteúdos do texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates? sobre o personagem Sócrates presente na República, de Platão, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Sócrates foi utilizado por Platão para retomar a importância das epopeias.
	
	B
	Sócrates caracterizou-se pelos jogos de silêncio e pela aversão ao gênero trágico   
	
	C
	Sócrates representava a voz do próprio Platão, reforçando a ideia da comédia como o gênero superior da literatura grega.
	
	D
	Sócrates denegria a poesia por conta do caráter mimético dela, responsável por atrair os jovens e produzir falsidades e sofismas.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “[...] o Sócrates da República não denegriu a poesia apenas por seu caráter mimético, capaz de produzir falsidades e sofismas. As razões que levaram Sócrates a expulsar os poetas da cidade que se quer conservar justa vão além do problema de conteúdo falso das representações miméticas: vão alcançar o caráter sedutor da obra de arte (o valor propriamente estético) e também a sua capacidade de produzir sentimentos (o poder patético). Para o Sócrates da República, a beleza sensível da obra de arte serve para atrair pelo prazer o jovem incauto para as garras maléficas da falsidade e dos sentimentos fracos. Especialmente as artes dramáticas amoleceriam os sentimentos dos jovens, desvirtuando-lhes o caráter: a comédia torna-os propensos ao despudor, enquanto a tragédia lhes incute as fraquezas do terror e da compaixão” (texto-base Como anistiar o poeta exilado por Sócrates?, p. 21).
	
	E
	exemplificava a função do corifeu e problematizava como o coro deveria assumir mais destaque nas tragédias.
Questão 8/10 - Literatura Clássica
Considere a seguinte passagem de texto:
“Demagogos ávidos de poder conquistaram apoio popular suficiente para atingir os seus fins, à revelia das constituições e leis. Finalmente, o descontentamento com esse governo de poderes ilimitados, o aumento do poder econômico e a consciência política desenvolvida por cidadãos comuns criaram as condições para a implantação da democracia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MELO, José Joaquim Pereira; GOMES, Renan Willian Fernandes. O fenômeno formativo na tragédia sofocliana. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v, 20, n. 9/10, set./out. 2010, p. 521-539, p. 523.  
Considerando
a passagem acima e tendo em vista os conteúdos do texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica sobre os temas tratados pela poesia grega, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	No final do século VIII a.C, os poetas líricos começaram a se dedicar às questões mais próximas da vida social e ao canto de temas cotidianos.
Você acertou!
Comentário: Esta é a resposta correta porque “A partir do final do século VIII [a.C], os chamados poetas líricos começaram a se dedicar ao canto de temas cotidianos, aos aspectos mais próximos da vida social. Os enredos dos poemas, que não deixaram de incluir os deuses, começaram a se dedicar à questões tipicamente humanas, incluindo geralmente máximas relativas à boa conduta” (Texto-base Poetas e Poesia oral na Grécia Homérica e Arcaica, p. 39-40).
	
	B
	Até o final do século V. a.C., os poetas gregos cantavam temas ligados exclusivamente às narrativas míticas.
	
	C
	O período arcaico rompe com a perspectiva mítica, levando para a poesia temas como a formação da pólis democrática e a construção da democracia.
	
	D
	As transformações políticas instituídas a partir do período clássico não impactaram diretamente na maneira de se pensar e cantar a lírica grega.  
	
	E
	A democracia se transforma no grande tema de Homero, inspirando a condução de epopeias como a Odisseia.
5ºTENTATIVA
Questão 1/10 - Literatura Clássica
Leia os trechos do poema a seguir: 
“............................
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.
............................
Porque o escrever – tanta perícia,
Tanta requer,
Que ofício tal… nem há notícia
De outro qualquer.
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma!” 
Os versos acima são de  
Profissão de fé, de Olavo Bilac. Certamente é o poeta mais conhecido do Parnasianismo. Os escritores parnasianos em boa parte voltaram-se contra a poética romântica buscando em autores como Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga e Bocage modelos para seus versos. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, entre as características do Parnasianismo estão:
Nota: 10.0
	
	A
	a melopeia, expansão da subjetividade, preferência pelas redondilhas e os octossílabos.
	
	B
	os versos livres, a ambiguidade, polissemia, ausência de rimas e uso de metáforas e alegorias.
	
	C
	a melopeia, fanopeia, palavras-valise, poemas visuais e abandono do sujeito lírico em prol da forma.
	
	D
	os versos decassílabos, cultismo e conceptismo, uso da alegoria, emprego da figuratização. 
	
	E
	o descompromisso com a realidade, a objetividade, a exatidão das palavras e perfeição formal.
Em reação à melopeia romântica intensificada na década anterior, os poetas parnasianos elaboram uma dicção em que a exatidão das palavras e o desenvolvimento claro das ideias são o princípio básico para a composição do poema. É por conta disso que os poetas parnasianos apostam em certas opções formais. Elege-se por exemplo o verso alexandrino [...] e desqualificam-se em grande medida, as redondilhas menores e maiores ou octossílabos e eneassílabos. [...] a principal preocupação dos parnasianos esteve sempre ligada à correção da linguagem, que está associada, por sua vez, à busca pela palavra exata e à aposta em uma linguagem culta, castiça” (Livro-base, p. 136-137). Por essas razões, estão incorretas as demais alternativas, já que a melopeia, o cultismo, versos livres entre outras características não eram próprias da escola parnasiana.
Questão 2/10 - Literatura Clássica
Leia o poema abaixo: 
“Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos, e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32.
O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujos versos marcam o início da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra de Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica.
	
	B
	poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um idílio amoroso.
Você acertou!
A alternativa b está correta porque reflexão do eu lírico trata do desencontro dos sentimentos que eram atribuídos àquele cenário revisitado. No passado foi palco de um amor que não mais existe. As demais alternativas estão erradas porque a presença da natureza é um traço predominante na poesia inicial árcade, como se vê nas referências a florestas, rios, montanhas etc. Outra característica importante do arcadismo é a presença dos elementos locais, como a descrição da rústica floresta, que caracteriza melhor a paisagem brasileira em comparação com o ambiente bucólico dos poemas das escolas europeias Por fim, não há referência no poema à ideia de felicidade e reencontro amoroso, tampouco a elementos ligados ao pecado e afins (livro-base, p. 62-64).
	
	C
	o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz.
	
	D
	as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se observar na segunda estrofe do poema.
	
	E
	não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções europeias integralmente.
 
Questão 3/10 - Literatura Clássica:“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suado vermelho afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente”.
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de Aluísio de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética realista-naturalista no Brasil, no trecho acima é possível perceber algumas das características centrais dessa escola, características que criam efeitos de objetividade e realismo buscados por essa escola literária. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre as características da estética realista-naturalista que ajudam a criar o efeito de objetividade e realismo temos:
Nota: 10.0
	
	A
	a descrição e a redução das peripécias.
Você acertou!
Para produzir este efeito de objetividade os escritores da escola
realista-naturalista procuravam descrever minuciosamente os espaços e ambientes em que suas personagens desenvolviam suas ações. Estas não deviam encobrir a representação objetiva do real, ou seja, a narração de muitas reviravoltas ou peripécias, base do melodrama e do folhetim, tende a chamar muita atenção e tirar o foco das condições de realidade em que as personagens estão postas: “Em linhas gerais, a prosa buscava a representação de uma realidade em seus detalhes de modo a deslindar as vicissitudes da sociedade contemporânea. [...] O romance realista-naturalista [...] tende a diminuir o papel da peripécia e apostar mais nas descrições da realidade representada – prefere descrever a narrar [...]. O romance, no afã da busca pela objetividade pela realidade, aposta nos detalhes (livro-base, p. 131, 132). O narrador intruso chama a atenção para si e para seu ponto de vista, expresso geralmente pela digressão. O narrador naturalista esconde-se atrás da narrativa. O fluxo de consciência leva o foco da história para os sentimentos e ideias do narrador e também não foi empregado pelos escritores naturalistas.
	
	B
	a narração e grande número de peripécias.
	
	C
	o narrador intruso e a digressão.
	
	D
	grande número de peripécias e a descrição.
	
	E
	redução das peripécias e fluxo de consciência.
Questão 4/10 - Literatura Clássica
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o Belo Monte”.
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de um país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de transição e consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como:
Nota: 10.0
	
	A
	Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
	
	B
	Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar.
	
	C
	Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
	
	D
	Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma literatura de caráter e convenções nacionais.
	
	E
	Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Você acertou!
O caso de Euclides da Cunha (1866-1909) representa um marco dessa mudança de perspectiva. Engenheiro de formação, é enviado como correspondente jornalístico a Canudos em 1897, a fim de fazer a cobertura da reação das forças republicanas ao grupo liderado por Antônio Conselheiro. Munido de uma perspectiva teórica formada no determinismo do século XIX, em que raça, meio e momento histórico seriam capazes de explicar a natureza humana, Euclides da Cunha, ao defrontar-se com a exposição dos acontecimentos ocorridos no sertão baiano, atinge, em Os sertões (1902), uma superação da perspectiva puramente determinista dos fatos. [...]. Supera largamente uma perspectiva sociológica de gabinete, ou mesmo o puro ensaísmo, a fim de construir uma representação literariamente relevante e problematizar o aspecto da realidade a que se dirige” (Livro-base, p. 167,168).
Questão 5/10 - Literatura Clássica
Leia o fragmento de texto a seguir 
“De noite, no dia seguinte, em toda aquela semana pensei o menos que pude nos cinco contos, e até confesso que os deixei muito quietinhos na gaveta da secretária. Gostava de falar de todas as coisas, menos de dinheiro, e principalmente de dinheiro achado; todavia não era crime achar dinheiro, era uma felicidade, um bom acaso, era talvez um lance da Providência. Não podia ser outra coisa. Não se perdem cinco contos, como se perde um lenço de tabaco. Cinco contos levam-se com trinta mil sentidos, apalpam-se a miúdo, não se lhes tiram os olhos de cima, nem as mãos, nem o pensamento, e para se perderem assim totalmente, numa praia, é necessário que... Crime é que não podia ser o achado; nem crime, nem desonra, nem nada que embaciasse o caráter de um homem. Era um achado, um acerto feliz, como a sorte grande, como as apostas de cavalo, como os ganhos de um jogo honesto e até direi que a minha felicidade era merecida, porque eu não me sentia mau, nem indigno dos benefícios da Providência. Nesse mesmo dia levei-os ao Banco do Brasil. Lá me receberam com muitas e delicadas alusões ao caso da meia dobra, cuja notícia andava já espalhada entre as pessoas do meu conhecimento; respondi enfadado que a coisa não valia a pena de tamanho estrondo; louvaram-me então a modéstia, — e porque eu me encolerizasse, replicaram-me que era simplesmente grande”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2017. 
O fragmento acima do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas corresponde à noite posterior ao achado do embrulho contendo 5 mil réis. Brás Cubas encontra-o na praia e acaba ficando com ele, como se lê acima. Alguns capítulos atrás tinha acontecido algo semelhante: Cubas havia topado com uma moeda de ouro e a encaminhado ao delegado para que este a devolvesse ao dono. Mas os 5 mil réis, valor muito superior, ele não devolveu. No final do episódio fica com o dinheiro e com a fama de grande homem. Os fatos e a forma de contar esses episódios expressam a complexidade da narrativa machadiana. Essa passagem remete ao que Antonio Candido em “Esquema de Machado de Assis” diz da modernidade da obra machadiana. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance de Machado, entre as técnicas machadianas que revelam sua modernidade, segundo Candido, está...
Nota: 10.0
	
	A
	a capacidade de mostrar ao leitor sem contradições ou ironia a realidade das relações sociais do Rio de Janeiro do século XIX, distinguindo claramente o protagonista de seu antagonista.
	
	B
	a habilidade em detalhar os ambientes e os espaços romanescos de modo a expressar como num inventário todas as particularidades da sociedade de seu tempo.
	
	C
	a capacidade em expressar coisas espantosas da forma mais suave possível, fazendo uso da ironia, de forma a fazer com que algo excepcional pareça normal e vice-versa.
Você acertou!
Segundo Antonio Candido, mencionado no livro-base, a técnica de Machado de Assis “consiste essencialmente em sugerir as coisas mais tremendas da maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a normalidade social dos fatos e a sua anormalidade essencial; ou em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua modernidade, apesar de seu arcaísmo de superfície” (livro-base, p. 114)
As demais alternativas estão erradas porque a ironia está no centro da “poética” machadiana; porque a ideia de escrever de modo realista à semelhança de um inventário é contrária ao estilo de Machado, que usou essa mesma imagem (do inventário) para criticar o realismo de Eça de Queiroz; porque as características psicológicas das personagens de Machado não são elaboradas pelas teorias darwinistas ou deterministas que influenciaram escritores como Aluísio Azevedo, entre outros; porque apesar da vontade de elaborar uma literatura nacional não estivesse fora dos horizontes de Machado, ele jamais empregou linguagem transparente ou grandiloquente, uma vez que empregou a ironia.
	
	D
	a habilidade em elaborar a psicologia e os caracteres das personagens de acordo com as determinações do espaço e da raça às quais elas pertencem.
	
	E
	a vontade de elaborar uma literatura nacional por meio da criação de personagens alegóricos, expressos em uma linguagem transparente e grandiloquente.
Questão 6/10 - Literatura Clássica
Leia o fragmento de texto a seguir
“A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível a tradição literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as manifestações, embora sem nenhuma excelência e antes inferiormente, animou-a todavia desde o princípio o nativo sentimento de apego à terra e afeto às suas coisas. Ainda sem propósito acabaria este sentimento por determinar manifestações literárias que em estilo diverso do da metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se diferenciava”.
  
A delimitação do momento inaugural da nossa literatura foi e é um problema para os historiadores da literatura brasileira. Galho secundário da literatura universal, como disse um crítico, o primeiro passo dado por nossos escritores foi o de tentar se distinguirem de nossos colonizadores. Algo ainda insuficiente, no entanto, para estabelecer uma literatura nacional. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre os problemas que dificultam a definição do marco inicial da literatura brasileira está:
 
Nota: 10.0
	
	A
	o hábito dos autores do período escreverem textos religiosos, gramáticas, em vez de textos literários.
	
	B
	a censura de Portugal, que impedia que os temas nacionais aparecessem nos textos de autores brasileiros.
	
	C
	a ausência de um sistema literário em território brasileiro, que articulasse autor, obra e leitor, estabelecendo um sistema simbólico.
Você acertou!
O problema de delimitar a origem de nossa literatura não está simplesmente na produção de obras em nosso território. Isso não é suficiente para estabelecer um sistema literário, como propõe Antonio Candido. A ideia de um sistema literário é de um “sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. [...] Entre eles se distinguem: a existência de um conjunto de produtores literários [...]; um conjunto de receptores [...]; um mecanismo transmissor; [...] O conjunto dos três elementos dá lugar a um tipo de comunicação inter-humana, a literatura, que aparece, sob este ângulo, como sistema simbólico” (livro-base, p. 16-17). Assim, a dificuldade não está nos gêneros escritos, nem nos temas desenvolvidos por nossos autores, mas por uma falta de vida espiritual que fizesse circular as obras e seu material simbólico (livro-base, p. 16).
	
	D
	a limitação dos temas literários, voltados para a transmissão dos acontecimentos locais por meio de crônicas.
	
	E
	a produção de textos alegóricos que impedem a manifestação dos temas locais e a diferenciação com a literatura de Portugal.
Questão 7/10 - Literatura Clássica
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
                       I 
“No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.”
...........................................................................
                       IV 
“Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;”
....................................
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa:
Nota: 10.0
	
	A
	é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 85)
	
	B
	é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas.
	
	C
	é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra.
	
	D
	é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de três.
	
	E
	é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música.
Questão 8/10 - Literatura Clássica
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava:
– Ai! que preguiça!...
e não dizia mais nada.
Ficava no canto da maloca, trepado no jirau da paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, M. Macunaíma. 26. ed. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Editoras Reunidas/ Vila Rica, 1990, p. 9.
Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre a obra Macunaíma, de Mário de Andrade, leia as afirmativas abaixo e assinale V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas
I. ( ) O “herói sem nenhum caráter”, Macunaíma, nasce indígena e negro, depois se transforma em homem louro de olhos azuis. Desde criança, na tribo, revela-se preguiçoso, malicioso e espertalhão.
II. ( ) Segundo Mário de Andrade, Macunaíma é mais uma “rapsódia” do que um romance.
III. (  ) Macunaíma é um herói que, partindo do Amazonas em direção a São Paulo, salva o Brasil das interferências europeias.
IV. ( ) O romance usa recursos de linguagem humorística, misturados a elementos trazidos de mitos, fábulas e lendas e a registros da língua oral. 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0
	
	A
	V – V – V – F
	
	B
	F – V – V – V
	
	C
	V – V – F – V
Você acertou!
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras

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