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Profº Madson Sales Conceitos O conceito de Administração é bastante amplo e deve ser lembrado sempre que se inicia um estudo sobre o assunto. De modo geral, podemos definir Administração como o campo de conhecimento e de atividade que se ocupa com situações nas quais um indivíduo ou grupo de indivíduos se empenha em alcançar objetivos, valendo-se do trabalho de várias pessoas. Embora a administração, sob diferentes formas, perpasse toda a vida dos seres humanos, em todos os segmentos da sociedade, a empresa é uma das áreas em que essa presença se faz mais importante. DEFINIÇÕES Os dois conceitos (administração e empresa) são estreitamente ligados, sendo que a empresa pode ser entendida como “toda instituição que se propõe atingir determinados objetivos com a participação, pelo menos em trabalho, de várias pessoas”. Em resumo podemos dizer que a Administração é um campo que se volta para as atividades empresariais. Assim, a história da Administração tem a empresa como principal cenário. Didaticamente, podemos dividi-la em três fases, considerando o seu processo evolutivo. FasesÕES Fase Tradicional - os procedimentos administrativos são baseados na transmissão assistemática de condutas administrativas bem sucedidas. Esta transmissão, na maioria das vezes, é realizada através de contatos pessoais, sem grande formalismo. Fase Pragmática ou Racional - com a evolução social, dentro e fora da empresa, seus integrantes já não se relacionam apenas por meio de contatos pessoais. Faz-se necessária a criação de procedimentos administrativos, estabelecendo-se tratados e normas a respeito do assunto. Busca-se maior racionalidade nas organizações com aumento direto de produtividade. São representantes clássicos dessa fase o francês Henri Fayol e o americano Frederick N. Taylor. Fase Científica - a Administração já não se ocupa com problemas que possam ter soluções imediatas (a pesquisa experimental sem finalidades imediatas é muito desenvolvida). Nessa fase a empresa já não é vista como uma entidade isolada, os problemas fora dela também passam ser considerados e a integrar conscientemente o âmbito dos estudos e atividades. A REVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO “Verifica-se, portanto, que a Administração é uma área em constante evolução e vários conceitos relativos a ela foram produzidos por diferentes autores. Neste momento, todavia, vamos focalizar dois, Fayol e Jiménes Castro, principalmente para destacar o sentido evolutivo, já enfatizado. Fayol (1956) considerava a administração como um conjunto de atividades dentro da estrutura da empresa. Para ele, administrar é: prever ou planejar; organizar; comandar; coordenar; controlar. QUAL O MOTIVO DO EMPREENDEDROISMO? Jiménez Castro (1963) define a Administração como uma ciência social composta de princípios, técnicas e práticas cuja aplicação a conjuntos humanos, permite estabelecer sistemas racionais de esforço cooperativo, por meio dos quais se podem alcançar propósitos comuns que individualmente não seria fácil lograr. É a própria visão científica da Administração. No primeiro conceito (Fayol) está nítida a fase pragmática, enquanto que no segundo (Jiménez) percebe-se uma preocupação mais universalista, mais científica. OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA O objetivo geral é discutir os principais conceitos de administração aplicados à Engenharia de Segurança do Trabalho, enquanto os objetivos específicos são: entender os modelos de gestão das organizações e suas implicações; conhecer o processo de mudança pessoal e organizacional; estudar os modelos de liderança. EVOLUÇÃO ADMINISTRATIVA/ORGANIZACIONAL (CONHECIMENTO) reendedorismo? A figura abaixo mostra a resultante dos processos da Revolução Industrial, Revolução da Produtividade e Revolução Gerencial: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO Os São princípios básicos da Administração: divisão do trabalho, subordinação ao interesse geral, centralização/descentralização, iniciativa e união do pessoal. Divisão do trabalho Para produzir mais e melhor com o mesmo esforço, é fundamental dividir o trabalho a ser realizado entre diferentes pessoas. Pode até haver vários trabalhadores executando as mesmas tarefas, porém, a divisão de trabalho implica atribuir tarefas específicas a grupos de pessoas distintas. A divisão do trabalho implica os seguintes aspectos: GEM - Global Entrepreneurship Monitor” Monitor Global de Empreendedorismo” autoridade: para que o trabalho grupal se desenvolva eficientemente, é necessário que alguém goze do direito/poder de mandar em outras pessoas e de se fazer obedecer; disciplina: é a existência, entre as pessoas que desenvolvem uma atividade grupal, de obediência às convenções estabelecidas entre a empresa e seus agentes, obediência essa manifestada através da assiduidade e do cumprimento das atividades, como também, através de sinais exteriores de respeito às convenções existentes; unidade de mando: é o princípio segundo o qual um funcionário da empresa, para a execução de uma tarefa qualquer, deve receber ordens de um só chefe; unidade de direção: é o princípio segundo o qual as operações desenvolvidas devem todas tender aos objetivos gerais da empresa. Subordinação ao Interesse geral Segundo o princípio da subordinação ao interesse geral, o interesse de um funcionário ou de um grupo de funcionários não deve prevalecer contra o interesse da empresa. No entanto, isso não dispensa a remuneração do pessoal. Remuneração do Pessoal O serviço prestado por qualquer funcionário em uma empresa tem um “preço” e, portanto, deve ser “remunerado”. Esta remuneração pode ser feita de várias formas, mas atualmente o mais usual é a remuneração financeira, que deve ser pré-estabelecida, de forma equitativa, atendendo a interesses pessoais do empregado e da empresa. FUNÇÕES CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO Após considerarmos os princípios clássicos, poderemos analisar as funções clássicas da administração: organizar; comandar; coordenar; controlar; avaliar; supervisionar. Organizar Organizar é dispor os recursos da empresa a fim de constituir seu duplo mecanismo, material e social. Todavia, quando falamos em dispor adequadamente os recursos, podemos referir-nos a diversas organizações conforme tratemos de diferentes tipos de recursos: humanos - organização do pessoal; materiais – organização do espaço físico (prédios e instalações móveis e máquinas e equipamentos); financeiros - organização financeira; atividades - organização funcional. Por onde devemos começar a organização de uma empresa? É necessário, primeiramente, tratar da organização estrutural, pois é a partir dela que tudo o mais se estrutura. Comandar Comando é a função administrativa exercida por pessoa investida de autoridade para tanto. Basicamente consiste em: tomar decisões quanto ao que deva ser feito ou providenciado; delegar parte da autoridade a outros elementos, a fim de melhorar e atingir os objetivos da empresa com menos esforço pessoal; determinar tarefas a serem executadas pelos subordinados; propor sanções positivas ou negativas para aqueles que se desincumbam, satisfatoriamente ou não, das determinações que lhes foram feitas. Portanto, para exercer a função de comando é necessário ter poderes para: decidir, determinar, delegar, propor Controlar Controle, em sentido amplo é a função por meio da qual se verifica a execução do que foi estabelecido ou determinado. Aplica-se tanto para coisas quanto para pessoas. Por exemplo: controle de horário de pessoal ou controle de estoque. Para que a função de controle possa se processar de fato e aumentar a eficiência do trabalho, é fundamental que o estabelecido estejaperfeitamente claro e explicado. O sistema de controle deve permitir chegar a uma conclusão real, pois, do contrário, ocorre um descrédito generalizado no sistema estabelecido. Quando se trata do controle de pessoas é fundamental que todos conheçam previamente os mecanismos de controle que serão utilizados. Avaliar Avaliar é a função através da qual se procura verificar e analisar se o determinado ou estabelecido atingiu os objetivos esperados. Ao observar o trabalho executado por um empregado para configurar uma avaliação, temos que verificar se o desempenho condiz ou não com o que se esperava do subordinado. Assim como no controle, os critérios de avaliação devem ser previamente estabelecidos a fim de se evitar subjetivismos na análise dos dados ou na coleta das informações que retratam um fenômeno observado. ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA DE SEGURANÇA Conhecer bem tudo Conhecer bem as pessoas, as linhas de produção, os ambientes de trabalho, as atividades e os produtos e serviços existentes. Recomendação Um Engenheiro de Segurança iniciante deve principalmente ouvir sempre as pessoas e visitar constantemente todos os ambientes de trabalho. Conhecer bem a Política da Empresa, com relação a: Suas Atribuições Quais são as suas tarefas (ex.: responder pela segurança patrimonial, bombeiros, meio ambiente etc.). De início, devem-se aceitar todas as que lhe forem sugeridas e, no decorrer do tempo, ir dando mais energia para aquelas mais importantes, sempre informando a seu superior hierárquico que você tem atribuições legais. Deve-se ter um descritivo de posto de suas atribuições. Conhecer bem a Política da Empresa, com relação a: Sua Competência Campo de ação (onde atuar), o qual deverá ser ilimitado (todos os locais) e até onde (ex. interrupção da produção ou de tarefas, limitar compra de materiais perigosos etc.) Sua Autoridade Deve ser fundamentada em bases pré-estabelecidas (Leis, Normas Técnicas, Normas Internas etc.) e ser compartilhada com a diretoria, as gerências, as chefias, os Técnicos de Segurança do Trabalho (TST), a CIPA, entre outros. O Engenheiro de Segurança Trabalho (EST) não necessita ter autoridade e, sim possuir boa didática de convencimento para fazer as pessoas entenderem o problema existente. O Engº de Segurança deve ter sempre em mente que deve ser um excelente vendedor e que qualquer funcionário é seu cliente. As oposições ao Empreendedorismo Sua Responsabilidade Saber o nível de conhecimento que as pessoas possuem com relação às definições de responsabilidade civil e criminal, com o objetivo de evitar acidentes. Procurar sempre, de forma natural e progressiva, transmitir os conceitos de que o Engenheiro de Segurança é um assessor, que nada executa e não manda executar, não delega, somente indica e alerta sobre os riscos e sugere ações preventivas e corretivas afim de evitar acidentes/ perdas. POLÍTICA DE SEGURANÇA DO TRABALHO Pressupostos Muito embora a maioria dos empresários já tenha algum contato com as políticas de segurança e possua consciência das suas atribuições e responsabilidades pela Segurança do Trabalho, poucas são as empresas que fazem uso dessas políticas. Tal fato pode ser indicador de distorções involuntárias, pela falta de compreensão ou até mesmo pela pouca importância que costuma ser atribuída à segurança, o que pode indicar a inexistência de uma consciência prevencionista. Portanto, a temática da segurança deve ser cuidadosamente analisada, desenvolvida e adaptada à realidade de cada empresa antes de ser introduzida em seu programa de trabalho. Definição da política de segurança Tal como as demais atividades desenvolvidas em uma empresa, as de Segurança do Trabalho devem ser precedidas pela definição de uma política, entendida como linha de conduta administrativa adotada pela direção. Ao declará-la, é imprescindível que essa direção o faça de forma clara e de fácil interpretação por todos os funcionários e que, em escopo, demonstre a vontade, o interesse e o grau de importância, dedicados à atividade em pauta. Nesse contexto, os profissionais especializados em Segurança do Trabalho, têm um papel de vital importância, devendo contribuir por meio de sua assessoria, no direcionamento daquela política, que deve se fundamentar em quatro elementos básicos: Gerenciamento de linha Os gerentes, traduzindo a alta administração, devem liderar as ações de prevenção de acidentes, para que todos os empregados, de qualquer nível hierárquico, sintam a preocupação da empresa pelo assunto. Essa preocupação deve expressar-se, principalmente, no total apoio, moral e financeiro, ao desenvolvimento de um programa prevencionista adequado. Somente com uma política bem definida de delegação de atribuições e de responsabilidades poder-se-á alcançar sucesso na área de Segurança do Trabalho. Em uma empresa, a responsabilidade pela prevenção de acidentes compete a todos; para que um programa alcance sucesso, é indispensável que todos os integrantes da empresa, em todos os níveis hierárquicos, dele participem ativamente; para tanto, torna-se necessário que, a cada categoria de pessoal, seja atribuída uma cota de responsabilidade dentro do programa geral desenvolvido. Perfil do Empreendedorismo do Mundo Responsabilidade da alta administração Estabelecer e divulgar a política de segurança da empresa; estabelecer e divulgar um programa de segurança para a empresa; adotar medidas administrativas e financeiras visando ao cumprimento das normas e diretrizes e proporcionando a manutenção dos locais de trabalho, de modo a mantê-los em condições seguras, ou seja, em condições favoráveis à saúde e à integridade dos empregados. Perfil do Empreendedorismo do Mundo Responsabilidade da área encarregada da Segurança do Trabalho A alta administração de uma empresa tem diferentes formas de mostrar seu interesse pelos assuntos de Segurança do Trabalho. Uma das mais importantes é delegar à área especializada a coordenação da prevenção de acidentes na empresa. Evidentemente, nem todas as empresas (pelo número de empregados e pelos poucos riscos que apresentam) estão em condições de ter um funcionário para trabalhar em tempo integral como responsável pela segurança, mas algumas podem dispor de diversos técnicos dedicados exclusivamente à prevenção de acidentes. Em todos os casos, porém, qualquer empresa deve contar com um responsável pela prevenção de acidentes, que deve dispensar, rigorosa e diariamente, pelo menos parte de seu tempo no desenvolvimento do programa de prevenção de acidentes. DÉCADA DE 90 Responsabilidade de todos os níveis de supervisão Inteirar-se da política de segurança estabelecida pela direção da empresa e do programa de Segurança do Trabalho, responsabilizando-se pelo cumprimento das diretrizes estabelecidas e pelo resultado do programa; cumprir e fazer cumprir as diretrizes e normas emanadas dos serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; tomar providências para a correção de condições inseguras e adotar medidas de caráter preventivo; cuidar para que os respectivos subordinados sejam integrados e instruídos sobre os aspectos da Segurança do Trabalho; manter os respectivos subordinados com consciência e espírito voltados à prática da prevenção de acidentes. estabelecer medidas visando ao pronto atendimento médico aos respectivos subordinados acidentados. Década de 90 Responsabilidade dos trabalhadores Geralmente, pela falta de conhecimento dos riscos, os trabalhadores são os que mais dificilmente aceitam sua cota de responsabilidades pela prevenção de acidentes, mas a eliminação da prática de atos inseguros depende deles, em grandeparte. Vejamos, pois as responsabilidades dos trabalhadores: cumprir as normas e diretrizes da empresa, dos serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; estar atentos para informar à respectiva chefia imediata quaisquer anormalidades que possam resultar em acidentes envolvendo sua pessoa, as de seus companheiros de trabalho ou as máquinas e equipamentos da empresa; não executar trabalhos sobre cujos riscos não tenha pleno conhecimento, buscando esclarecer as dúvidas com sua chefia imediata; zelar pela manutenção de seu próprio espírito prevencionista e do de seus companheiros de trabalho. Perfil do Empreendedorismo no Brasil Criação da consciência prevencionista dos empregados Esse fundamento da política de Segurança do Trabalho visa a criar nos trabalhadores uma verdadeira consciência prevencionista, de maneira que deixem de praticar atos inseguros, com a absoluta convicção de que a única maneira correta de trabalhar é a maneira segura. O lema de todas as empresas deve ser segurança com benefícios para todos, incluindo cada um no conjunto dos beneficiários da prevenção de acidentes. Perfil do Empreendedorismo no Brasil Pronta Remoção das Condições Inseguras de Trabalho A experiência demonstra que os acidentes de trabalho geralmente são provocados por condições inseguras e atos inseguros. Deve-se, em conseqüência, dar grande importância à eliminação das condições inseguras de trabalho, mesmo porque, com essa eliminação, tornar-se- á impossível a prática de muitos atos inseguros. Vejamos agora um exemplo de declaração da política de Segurança do Trabalho de uma empresa. A direção da empresa X, entendendo que só é possível alcançar a plena produtividade a partir da garantia do bem-estar físico, social e mental de seus funcionários e que esse só será conseguido através de um alto grau de desenvolvimento das atividades de trabalho com segurança e saúde para as pessoas, define sua política de segurança, como segue: O PROCESSO EMPREENDEDOR Apos termos constatado a necessidade de uma empresa ter definida a sua Política de Segurança do Trabalho, vamos focalizar o Programa de Segurança que, na realidade, irá colocar em prática tudo aquilo que ficou estabelecido na política. O Programa de Segurança do Trabalho da empresa constitui a ferramenta por meio da qual a direção busca atingir seus objetivos relacionados às atividades prevencionistas. Antes, de estabelecer a estrutura básica de um Programa de Segurança do Trabalho, é importante alertar para algumas precariedades dos programas tradicionais, que normalmente são baseados em: O PROCESSO EMPREENDEDOR Seleção de novos funcionários A seleção de novos funcionários, sob o ponto de vista prevencionista, deve considerar vários aspectos. Em primeiro lugar, o requisitante da mão de obra, geralmente o supervisor imediato, deve estar inteirado dos riscos da atividade específica e de outros aos quais ficará submetido o trabalhador requisitado. Assim, ao fazer a requisição, o requisitante deve fornecer ao selecionador as características comportamentais e outras que se fizerem necessárias, segundo a visão prevencionista. Integração de empregados novos Quando do processo de integração de novos funcionários à empresa, devem ser previstas atividades direcionadas à conscientização de segurança. O envolvimento do SESMT e da supervisão no processo de integração facilitará ao novo empregado a apropriação das diretrizes e normas da empresa relativas à prevenção de acidentes e ajudará a enfatizar os riscos específicos de cada atividade e os cuidados que deverão ser tomados para evitar os acidentes. FATORES CRÍTICOS DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO Acompanhamento de novos empregados O processo de acompanhamento de novos empregados visa ao desenvolvimento de sua consciência de Segurança do Trabalho. Ele deve ser contínuo, e desenvolver-se com base no estabelecimento de parâmetros. É importante que o grau de consciência do empregado seja periodicamente avaliado, de modo a estimular-lhe o desenvolvimento profissional. Treinamento Os empregados devem ser permanentemente treinados na prevenção de acidentes, através de reciclagens, objetivando atualizar e manter viva a consciência de segurança. Esse programa deve contar com a participação do setor responsável pelo treinamento da empresa, em conjunto com o SESMT e as chefias. Em todos os cursos, principalmente os profissionalizantes, deve haver um módulo de Segurança e Medicina do Trabalho. BENEFÍCIOS DO EMPREENDEDORISMO Análise de acidentes Toda ocorrência identificada deve ser objeto de análise conjunta do SESMT com as chefias imediatas e a Cipa. Devem ser elaborados relatórios em comum por esses setores, encaminhando-se cópias às lideranças da empresa, bem como a todas as áreas envolvidas. O SESMT deverá exercer controle sobre o desenvolvimento das atividades de segurança da empresa, destacando-se as seguintes: levantamento de condições inseguras; ocorrência de acidente; coeficientes de frequência e gravidade Auditorias O SESMT e a Cipa deverão realizar, em conjunto com as chefias dos diversos setores da empresa, inspeções planejadas de segurança, de forma periódica e rotineira, com vistas à detecção de riscos de acidentes e ao estabelecimento de medidas de controle. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTE (CIPA) A Cipa é um ponto básico do programa de Segurança do Trabalho relacionando-se estreitamente com o SESMT. Organismo criado pela Norma Regulamentadora no 5, a Cipa tem como objetivos: observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho; solicitar medidas para reduzir e até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizá-los; discutir os acidentes ocorridos, encaminhando ao SESMT e ao empregador o resultado da discussão; , solicitar medidas que previnam acidentes semelhantes; e (v) orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. Entre os temas abordados na NR-5, podemos destacar: A Cipa será composta por representantes do empregador e dos empregados. A ENGENHARIA DE SEGURANÇA E AS ÁREAS DA EMPRESA Com o SESMT dimensionado e registrado no MTE, há necessidade de assegurar ao serviço as condições necessárias para o cumprimento do respectivo programa de Segurança do Trabalho. Um dos fatores importantes é alocar o SESMT dentro da estrutura organizacional da empresa, de forma a viabilizar sua interrelação com as demais áreas, visando, entre outras coisas, ao atendimento das recomendações e exigências de segurança e à criação de uma mentalidade prevencionista cada vez mais forte, estreitando os vínculos entre a segurança e os vários órgãos da empresa. O programa do serviço de segurança deve prever contatos periódicos com os gerentes da empresa, através de reuniões cujo tema seja a prevenção de acidentes. Há um aspecto fundamental para o sucesso do trabalho do SESMT, que é a necessidade de as demais áreas da empresa darem prioridade aos problemas de segurança em seus orçamentos. Para tanto, cabe ao serviço de segurança determinar com precisão os problemas considerados inadiáveis, distinguindo-os daqueles programáveis. Essa definição ajuda a fortalecer a credibilidade do SESMT perante os órgãos e os empregados, além de influenciar o próprio orçamento do serviço de segurança. Esse orçamento deve prever recursos para a aquisição de equipamentos básicos e para a instalação e o funcionamento do SESMT: RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL – ASPECTOS ÉTICOS Um dos problemas sérios que envolvem as atividades dos profissionais de segurança é a questão da responsabilidade civil e criminal. A responsabilidade civil fica quase sempre imputada àempresa, desde que haja perfeita relação causal do evento com uma das seguintes condições: descumprimento da legislação de Segurança e Medicina do Trabalho; inexistência de ordens de serviços e instruções de Segurança e de Medicina do Trabalho; atos de negligência, imprudência ou imperícia, inclusive de prepostos, chefes, encarregados e empregados; desobediência às determinações técnicas do Ministério do Trabalho; reincidência de condições inseguras; permissão de trabalhos proibidos por lei. Quanto ao envolvimento criminal, lembramos o código penal - art. 132: “Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente” - pena: detenção de 3 meses a 1 ano. Esse é o dispositivo legal de maior alcance na área de prevenção dos infortúnios do trabalho. É aí que o profissional de segurança fica vulnerável. Considerando a necessidade de o profissional acautelar-se contra possíveis processos, torna-se vital a necessidade de comunicar à empresa, sempre por escrito, os seguintes fatos principais: riscos, condições e atos inseguros identificados; o que se determinou de imediato a respeito desses elementos de insegurança. o que se recomenda (quando há despesas envolvidas). necessidade de compra ou substituição de materiais e EPI. substituição do processo, método ou produto nocivo. isolamento da fase ou processo causador de risco ou doença. necessidade de limitar o tempo de exposição do trabalhador ao risco ambiental. necessidade de modificar ou instalar máquinas e equipamentos. Fim
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